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Obrigado, Bauru!

Os leitores mais antigos e atentos já haviam percebido que, faz tempo, a periodicidade deste CANHOTA 10 caiu. Foram apenas 20 textos em 2019, contra 56 em 2018 — que já era um número pequeno, considerando um universo de cerca de 1,7 mil posts desde julho de 2010, uma média histórica de um texto a cada dois dias.

Desnecessário citar aqui os motivos dessa perda de pique, de tão diversos, complexos e particulares que são. É um ciclo que se encerra, que fica marcado na minha vida e na história da crônica esportiva de Bauru — e não é preciso ser modesto diante de todos os elogios colhidos em mais de nove anos.

Cumpri a proposta de jogar um olhar diferente sobre a cobertura local, redigir linhas menos óbvias, opinar amparado pela informação. E quando sobrou tempo para ser repórter, ainda pingaram umas notícias em primeira mão no mercado basqueteiro.

Este CANHOTA 10 lançou livro, editou outros dois (de Paulo Sérgio Simonetti, sobre a era Damião e a história do Norusca), ganhou prêmio, homenagem, foi referência para dezenas de universitários (para entrevistas, palestras, mesas-redondas e bancas de TCC), mediou debate na primeira edição do bem-sucedido Blogando e teve a honra de inspirar uma molecada que segue nos trilhos com sua Locomotiva.

E por essa trajetória ter credibilidade e carregar meu estilo de falar sobre esporte, a marca segue comigo para outro desafio. O CANHOTA 10 a partir de agora falará de futebol (nacional e internacional), reconectando-me à paixão que me trouxe ao Jornalismo. Um projeto que envolverá vídeos, redes sociais e que espero que você acompanhe — não sem antes eu agradecer, de coração, a companhia até este momento.

Todo o conteúdo produzido até aqui continuará neste espaço, nas nuvens da eternidade digital. E o mais importante: o CANHOTA 10 se despede do esporte bauruense, mas eu não. O programa ENTREVISTA 10, que deu voz a várias modalidades e personagens incríveis, segue firme em 2020, ao lado do meu grande amigo Júlio Penariol — quem não me canso de elogiar e dizer obrigado por elevar a qualidade do programa.

Foi bom demais, amigos. Canhotar me conectou ainda mais com essa cidade que me acolheu há 20 anos no Jardim Marambá — onde voltei a morar recentemente e de cá sigo olhando para o mundo. Se gratidão puder ter nome, a minha se chama Bauru.

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Panela, o seriado: que venha a próxima temporada

Dito e feito: nem 24 horas depois do spoiler dado aqui no CANHOTA 10 para o fim da temporada de Panela, o seriado, tudo resolvido. Mais uma vez, a Prefeitura é emparedada como vilã, mas banca o final feliz — aqui não é defesa, é constatação, que fique claro.

Saiu melhor do que a encomenda: pelos próximos seis meses, Bauru Basket e Vôlei Bauru terão R$ 150 mil, cada, para reforçar seus orçamentos. Dá para pagar não somente DAE e CPFL, como também o aluguel. Se a locação for negociada por R$ 20 mil mensais, conforme apurou o Jornal da Cidade, sobra um pouquinho para o IPTU — teoricamente, é o locatário quem paga.

Considerando que cada clube já estava disposto a gastar R$ 6 mil mensais na Panela, com recursos próprios, está tudo em casa. Segue o jogo.

Emoções da próxima temporada? O leilão, se ocorrer. Ou, mais tardar, janeiro de 2020, com a necessidade de um novo aditivo no Fundo Municipal de Esportes, de onde virá a grana.

Uma trama paralela: a equivocada esperança depositada no ginásio do Sesi, uma arena PARTICULAR. O maior erro da Prefeitura foi desistir de construir a Arena Bauru. Em maio de 2017, o prefeito Gazzetta disse ao CANHOTA 10 que procurava viabilizar a obra, na Nações Norte, para 2020. O assunto esfriou e se escorou na iniciativa do Sesi...

Fernando Beagá

 

 

Foto: Divulgação/Prefeitura Municipal de Bauru

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Ginásio Panela de Pressão não é novela, é seriado

Novela tem começo, meio e final (feliz). O ginásio Panela de Pressão já teve tantos finais felizes, depois de dramas rocambolescos, que cada um deles pode ser considerado final de temporada de um seriado. Vale roteiro de Netflix.

Depois de virar criadouro de pombos e ratos em 2006, um novo roteiro começou a ser escrito em outubro de 2010, a partir do aviso prévio da demolição do ginásio da Luso, com venda aprovada. Surgiram cenas de pura ficção (entrega das chaves do ginásio à Prefeitura) e muitas reviravoltas. O contrato de aluguel para o poder público foi assinado em março de 2011, mas o palco só ficou pronto em fevereiro de 2012, recebendo uma etapa da Liga das Américas de basquete. Parasse aí, seria um belo filme, mas vieram novos episódios.

Nem me atrevo a lembrar de todas as datas dos enroscos seguintes. Mas a trama era sempre a mesma: o contrato acabava e não era possível renová-lo porque o Noroeste tornara-se novamente inadimplente. A cada Refis, uma nova decepção. A canetada da Prefeitura (nem sempre vilã, mas com essa carapuça) salvava o season finale.

Agora, há novos elementos. O jurídico municipal deu um basta no Refis-do-Refis-do-Refis, a justiça trabalhista tornou-se protagonista e leilão rima com vilão. Ou não? Há quem torça por esse argumento. Como de costume, os personagens envolvidos têm suas falas dramáticas — e temos que concordar que, em todas as vezes, foi a comoção causada pelo temor da mudança de cidade dos times que resolveu a parada.

Como espectador, tenho um palpite (ou seria spoiler?): a temporada 2019 terá novamente final feliz. Bauru Basket e Sesi Vôlei Bauru irão dividir o aluguel, a Prefeitura seguirá pagando água e energia. O IPTU é a interrogação. Se houver leilão lá na frente, aí começa outra temporada… Falei que era seriado. Bem chato, aliás.

Fernando Beagá

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Vôlei Bauru

Sesi Vôlei Bauru na semifinal da Superliga: duplo ineditismo!

São dois os feitos históricos do Sesi Vôlei Bauru nessa vitória por 3 sets a 1 (parciais de 26/24, 25/27, 23/25 e 19/25) sobre o Sesc Rio. Primeiro, e mais importante, a primeira semifinal de Superliga feminina da história da Cidade Sem Limites. Segundo, e mais fantástico: impor ao técnico Bernardinho sua primeira ausência entre os quatro melhores da competição desde que iniciou seu projeto.

Foram 21 temporadas ininterruptas como semifinalista, do Rexona (ainda em Curitiba) da temporada 1997/1998 ao Sesc Rio de 2017/2018. Doze títulos, cinco vice-campeonatos, três medalhas de bronze e um quarto lugar. Vinha de quatorze finais seguidas. Agora, controle remoto. É um feito e tanto das gigantes bauruenses. Quebrar uma hegemonia e, quem sabe, inaugurar uma nova história vitoriosa. Curiosamente — e preocupante —, duas belas equipes sob o incentivo do ameaçado Sistema S.

Assunto para outra hora. Por ora, apenas aplaudir as novas semifinalistas. Exaltar seu grande feito. E desejar que curtam cada gota desses playoffs. Pode haver gole de champanhe no final. Nada é impossível para quem destronou Bernardinho.


Fernando Beagá

 

Foto: Marcelo Ferrazoli/Assessoria Sesi Vôlei Bauru

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Vôlei Bauru

Sesi/Vôlei Bauru apresenta técnico Anderson e promete ginásio para setembro de 2019

Terminada a temporada 2017/2018 para as equipes do Sesi/Santo André e do Vôlei Bauru, a manhã desta sexta-feira marcou oficialmente o início do projeto Sesi/Vôlei Bauru. Um evento com muita pompa, concorrido, com toda a sorte de personalidades e correntes políticas — vale lembrar que o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, é pré-candidato ao governo paulista.

Palanque à parte, o esporte bauruense tem muito a comemorar. Foram apresentados detalhes do novo ginásio, que será erguido na unidade Sesi do Horto Florestal — onde fica a escola, aliás, que hoje recebeu o nome do professor Duda Trevizani, outro momento do evento.

Com capacidade para cinco mil espectadores, o ginásio terá projeto pronto até julho, início das obras no final de outubro deste ano e previsão de inauguração em setembro de 2019. O custo estimado é de quinze milhões de reais. Terá também salas de fisioterapia, musculação, enfermaria, lanchonete e área externa para food trucks, além de espaços destinados à imprensa.

Novo treinador

Durante a cerimônia, foi apresentada a comissão técnica do Sesi/Vôlei Bauru, encabeçada por Anderson Rodrigues. Quando jogador, o campeão olímpico foi o primeiro capitão da primeira equipe apoiada pelo Sesi, em 2009. Ao CANHOTA 10, o novo treinador afirmou que o objetivo para a próxima temporada é brigar pelo título paulista e chegar, no mínimo, às semifinais da Superliga. E enalteceu que uma equipe que aposta em categorias de base pensa em continuidade. Até 30 de junho o novo elenco profissional será apresentado.

Tifanny - Anderson - Sesi Vôlei Bauru
Tifanny já trocou uma ideia com seu provável novo treinador. Foto: Fernando Beagá/Canhota 10

A permanência de Tifanny

Presente ao evento, a oposta Tifanny não chegou a ter sua presença anunciada, tampouco falou-se oficialmente sobre sua renovação. Muito requisitada pelos presentes, teve um momento reservado com Skaf, quando tiraram fotos. Ao repórter Luiz Lanzoni, da TVC Bauru, o vice-presidente do Vôlei Bauru, Adriano Pucinelli, confirmou a renovação.