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Vitor Hugo chega chacoalhando o Noroeste na Série A3

retranca-ECN-A3Eu iria escrever no título “chega para salvar”, mas acho que chacoalhar cabe melhor, ainda mais depois de saber que o contato do novo (velho) treinando com o elenco do Noroeste foi mesmo de mexer com os brios. Olho no olho, jogador por jogador, Vitor Hugo falou grosso. Está de volta mais sincerão do que nunca, cheio de energia. Confira as melhores declarações do treinador na véspera da partida mais que decisiva contra o Rio Preto, no Alfredão, nesta tarde (17h), via assessoria de comunicação do clube:

Vitão já chegou pondo a mão na massa. Fotos: Bruno Freitas/EC Noroeste
Vitão já chegou pondo a mão na massa. Fotos: Bruno Freitas/EC Noroeste

Camisa de peso: “Aqui é Noroeste. Aqui tem tradição. Vamos jogar com raça! Pode até perder, mas vamos perder jogando que nem homem!”

Mirando o G-8: “Se a gente jogar metade do que vocês sabem, dá pra vencer e buscar os caras lá do G-8. Eu quero classificar!”

Amor pelo ECN: “Aqui é a minha casa. Eu respiro isso aqui. Agora vamos trabalhar porque o tempo é curto.”

Parceria: “Eu e meu amigo Diego Kami Mura temos muito o que fazer pra recolocar esse time no patamar que o Noroeste merece.”

Desafio: “A situação é delicada? É, mas não impossível. Temos 7 rodadas pela frente e os jogadores vão ter que jogar ou jogar.”

Chacoalhão: “Aqui não tem reserva e nem titular absoluto. Quem não tá a fim de jogar pode pegar as coisas e ir embora. Alguém quer ir embora? Não? Então vamos pra cima do Rio Preto e começar a nossa virada nesse campeonato.”

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FOI MAL
Ne entrevista coletiva de apresentação, o presidente Emílio Brumati assumiu a responsabilidade pela equivocada demissão de Vitor Hugo durante a pré-temporada. Aquele argumento de uma antiga ação trabalhista não colou e hoje a gente tem certeza de que Lela fazia parte do “pacote” de quem articulou a montagem do elenco. Bola pra frente. Vitão agora soma 16 passagens pelo Noroeste. Já sentiu o amargor da queda, mas já subiu o time mais de uma vez.

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Noroeste repete falhas, perde do Catanduvense e a Bezinha é logo ali

retranca-ECN-A3Eu já disse isso antes: se fosse campeonato de volume de jogo, o Noroeste seria campeão. Mas o que vale é bola na rede — e isso tem faltado nessa Série A-3, apenas 12 marcados em 11 jogos. Diante de um pequeno público, pouco mais de 500 pagantes, o Alvirrubro perdeu para o Grêmio Catanduvense por 2 a 1, completou quatro partidas sem vitória e está mais próxima da zona de rebaixamento do que da de classificação…

Se é que isso serve de consolo, o Noroeste vai fechar a rodada fora do Z-6, independentemente do que ocorrer nos jogos de domingo desta 11ª rodada. É que apenas três times podem ultrapassar o Norusca (11º colocado) na classificação — o Guaratinguetá, 15º, até pode também, desde que vença o Grêmio Osasco por sete gols de diferença… Deixa quieto.

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A torcida, claro, ficou irritada. A equipe já desperdiçou nove pontos jogando em casa. Jogou relativamente bem contra Grêmio Osasco (estreia) e Flamengo, mas empatou, foi mal contra o Olímpia — outro empate — e só ganhou do Sertãozinho no Alfredão. Agora, a primeira derrota. Doída, porque atacou mais e sofreu um pênalti (não marcado). Mas não justifica. Até porque, repetiu as falhas defensivas que geraram os gols do adversário (os dois de Pablo) e não foi competente nas finalizações. O segundo gol, aos 33min do segundo tempo, quando a defesa estendeu o tapete para o ataque do Bruxo, aconteceu um minuto depois de o menino Octávio perder cara a cara com o goleiro.

TEM ESTRELA?
O centroavante Chocolate, apesar da derrota, pode comemorar uma façanha. Em seu primeiro toque na bola com a camisa do Noroeste, já anotou seu primeiro gol. A um minuto da etapa final, substituindo Vitor Visa, recebeu passe de Alemão e empatou o jogo naquele momento. Mas precisa aprender a respeitar a camisa alvirrubra: assim que fez o gol, retirou-a e deixou cair no gramado com desleixo…

 

Chocolate: gol logo de cara. Fotos: Bruno Freitas/EC Noroeste
Chocolate: gol logo de cara. Fotos: Bruno Freitas/EC Noroeste

GÊMEOS FORA
Os atacantes Ueslei e Everton foram liberados pela diretoria para resolver assunto familiar, em Itapira. A informação é que se reapresentam na segunda, mas todos ficaram com a pulga atrás da orelha. A conferir.

COBRANÇA
Ao final da partida, torcedores foram cobrar de diretoria e elenco uma reação. Ontem, membros das organizadas (Sangue Rubro e Falange Vermelha) foram autorizados a palestrar aos jogadores para instigar a importância de defender o manto alvirrubro. Questionado sobre um novo treinador, o vice-presidente Rafael Padilha disse estar em contato com dois treinadores que estão na corda bamba na Série A2. E novamente descartou o nome de Vitor Hugo.

ABRE ASPAS
Entrevistas pós-jogo ao Jota Augusto, da Auri-Verde 760AM/Jornada Esportiva

“Teve alguns lances que foram capitais. Um pênalti não marcado e o Octávio perdeu um gol sozinho. Aí eles tiveram uma falta, o cara fez o que quis… Agora começa realmente a complicar“, lamentou o técnico interino Diego Kami Mura, reclamou o centroavante Marcão, que foi cobrar o árbitro no fim do jogo.

O Noroeste perdeu mais uma jogando com Roni; Thiaguinho (Guilherme), Diego Bebê, Victor Matheus e Hipólito; Maicon Douglas, Alemão, Marcelo Santos e Tuxa (Octavio); Marcão e Vitor Visa (Chocolate).

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Raio-X do atacante Chocolate, reforço do Noroeste que já vai para o jogo

retranca-ECN-A3O Noroeste terá uma novidade para a partida de hoje, contra o Grêmio Catanduvense (16h, no Alfredão): o centroavante Chocolate.  Batizado Herbert Aquino de Melo, ele tem 21 anos (completará 22 em 12 de abril), 1,82m e pesa 77kg. Crescido no futebol baiano — primeiro no Vitória, depois no Bahia —, o atacante chegou ao São Caetano em 2013, ano em que fez sete gols em 47 partidas em competições de base.

Passagem pelo futebol mato-grossense. Foto: Sport Sinop
Passagem pelo futebol mato-grossense. Foto: Sport Sinop

Em 2014, o garoto teve sua primeira experiência como profissional, defendendo o Taubaté (por empréstimo) em cinco partidas da Copa Paulista. Também disputou o Paulista sub-20 pelo São Caetano, marcando seis gols em 20 jogos. Ano passado, Chocolate seguiu a sina de empréstimos para ganhar quilometragem. Atuou no União de Rondonópolis no Campeonato Mato-grossense — clube que voltou a defender no segundo semestre, na Copa Federação, quando marcou três gols. Entre um e outro campeonato, disputou a Bezinha paulista pelo Mauaense: 17 jogos, um gol marcado.

Defendendo o Mauaense em 2015. Foto: Mauá Sports
Chocolate fez 13 gols na base do Azulão. Foto: Divulgação/AD São Caetano
Chocolate fez 13 gols na base do Azulão. Foto: Divulgação/AD São Caetano

O atleta chega em forma, já está escrito na competição e vai para o jogo. Pelo vídeo abaixo, é possível ver que sabe finalizar com as duas pernas e que tem boa presença de área — além de porte físico mais para a velocidade do que para o estilo trombador. “Eu gosto de jogar mais centralizado, mas procuro dar opção nas laterais do campo. Sempre que sobra uma bola eu busco arriscar o chute. Estou à disposição do treinador para poder entrar e ajudar a equipe”, apresentou-se Chocolate, via assessoria do clube. Parece uma aposta interessante.

QUEM SAI?
Chocolate cabe no esquema de Diego Kami Mura com a camisa 9, assumindo o posto que hoje é de Vitor Visa e já foi de Marcão. A seu favor, a facilidade de também cair pelos lados dos campos — o que ajudará num 4-4-2. Quando Kami Mura optar pelo 4-3-3 (com Everton e Ueslei nas pontas), entretanto, ele tem que ficar quietinho lá na área!

Boa sorte ao garoto. Seu sucesso será sinônimo de êxito para o Norusca. Abaixo, um vídeo com alguns gols e jogadas. Vídeos assim sempre são editados para enaltecer, podem ser enganosos, mas perceba que ele sabe empurrar a bola para as redes, não faz o estilo afoito. E tem um voleio logo de cara que é coisa linda.

 


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Noroeste demora a reagir, perde para o São Carlos e Z-6 assombra

retranca-ECN-A3Não fosse essa a bela cor do glorioso Noroeste, diria que o sinal vermelho está aceso. Vamos a outro clichê, então: o fantasma está no retrovisor, é possível sentir o bafo da morte no cangote. O Alvirrubro está apenas três pontos acima do Z-6, a zika do rebaixamento. Estacionou na 11ª posição, com 13 pontos, não vence há três jogos e tem muita bronca pela frente nas nove rodadas finais:

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Catanduvense (hoje a 3ª colocada), no Alfredão
São José genérico (16º), fora
Rio Preto (líder!), no Alfredão
Inter de Limeira (18ª), fora
Comercial (9º), no Alfredão
Guaratinguetá (15º), fora
Fernandópolis (19º), no Alfredão
Primavera (14º), no Alfredão
Atibaia (vice-líder), fora

Ainda bem que desses nove adversários, cinco estão na briga pra não cair. Ganhar deles significa aumentar a distância do inferno. Mas não serão babas, porque no desespero podem arrancar pontos precisosos do Noroeste — que já desperdiçou vários, aliás… Preocupa-me chegar com alguma indefinição na última rodada, contra o Atibaia, na casa deles. Foi um time montado para a A-2 e que teve que continuar na Terceirona por conta da capacidade do seu estádio. Certamente já estará classificado na última rodada, mas será que vai relaxar? Ganhar do Rio Preto, aqui na Vila Pacífico, daria um moral danado… Mas como está difícil esse time emplacar!

O franzino Everton disputa bola: tarefa ingrata. Fotos: Cristiani Simão/Jornada Esportiva
O franzino Everton disputa bola: tarefa ingrata. Fotos: Cristiani Simão/Jornada Esportiva

O Norusca sofreu mais um gol de bola parada — Cássio, de cabeça, sozinho no segundo pau, aos 5min do segunto tempo — e outro estendendo o tapete vermelho para o ataque adversário — Alef, aos 16. Mais uma vez, provou ter volume de jogo e posse de bola, mas sem qualidade para completar a jogada. A única boa trama encontrou Rodrigo Menezes invadindo a área com o pé ruim, o esquerdo, e o traque foi nas mãos do goleiro. Em outra insistida, pênalti que o mesmo Rodrigo cobrou. Finalmente um penal convertido, diferença diminuída, esperança. Em vão. A pressão não vira chute a gol, falta objetividade e verticalidade ao ataque alvirrubro. Só ciscar, não dá.

ABRE ASPAS
Entrevistas na beira do gramado pelo Jota Augusto (Auri-Verde 760AM/Jornada Esportiva):

“No segundo tempo, conseguimos adiantar a marcação, mas infelizmente tomamos mais um gol de bola parada. Temos que corrigir isso e o nosso poder ofensivo”, avaliou o volante Maicon Douglas.

“A gente já tinha falado na preleção que a jogada deles era no segundo pau. No intervalo, alertamos sobre essa bola usando o pivô. Agora é tentar recuperar em casa. Vai ficando complicado, temos que voltar a vencer para afastar da parte de baixo e lá na frente voltar a pensar em alguma coisa. A gente não tem muita opção de elenco e tenta colocar o que é melhor. Esse time é técnico, mas não temos referência na frente e acabamos sofrendo”, lamentou o técnico interino Diego Kami Mura.

HORA DA BRONCA
Também em entrevista ao Jota, o presidente Emilio Brumati lamentou o resultado e disse que, a exemplo da cobrança que fez ainda nos vestiários do Nicolau Alayon, após a derrota para no Nacional, chegou a hora de outro chacoalhão no time. “O imporante é que estamos conseguindo manter o grupo e a disciplina. Mas chegou a hora de dar um choque de novo”, disse o presida, que afirmou ainda não ser o momento de trazer um novo treinador, mas que segue pensando em um nome. E finalizou dando recado direto ao interino: “O Kami Mura tem que mudar o time no próximo jogo”.

O Noroeste perdeu para o São Carlos jogando com Roni; Thiaguinho, Diego Bebê, Victor Matheus e Hipólito; Rafael Olinto (Tuxa), Maicon Douglas, Alemão e Marcelo Santos (Rodrigo Menezes); Everton e Vitor Visa (Ueslei).

Foi a primeira partida do zagueiro Diego Bebê como profissional. E vamos combinar: Tuxa é pedido por todo mundo todo jogo, cantado em prosa e verso, mas ainda não deu o tom.

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Empate com o fraco Olímpia evidenciou problema ofensivo do Noroeste

retranca-ECN-A3(Mais ou menos direto do Alfredão) Fui espectador de Noroeste e Olímpia, no último sábado, de três formas diferentes. O primeiro tempo na TV Brasil, metade do segundo tempo na rádio Auri-Verde a caminho da Vila Pacífico e o restinho no estádio, crente que veria o gol da vitória… Tudo isso para colher depoimentos pós-jogo (ouça abaixo) no meu sabadão cheio de compromissos .

O que dizer desse Noroeste, que não consegue bater o fraco Olímpia dentro de casa? Que falta ser mais agressivo no ataque. São apenas dez gols em nove jogos, média de pouco mais de um por partida. O time é superior em posse de bola, mas fica ciscando na intermediária. Nem a velocidade dos supergêmeos Ueslei e Everton consegue levar o time a uma jogada aguda. Eles são os responsáveis por carregar a bola até o gol, aos trancos e barrancos… Assim, é raro haver o último passe em profundidade. A tarefa dos meninos ficou ainda mais comprometida porque não havia o centroavante para receber a assistência — Visa e Marcão ficaram no banco e entraram mais tarde, na hora do abafa, do desespero.

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Outro ponto fraco: os irmãos são constantemente alvo de lançamentos longos e é covardia disputarem bola alta contra defensores mais fortes. Resumindo, o Noroeste precisa trabalhar a jogada de pé em pé até eles, que não podem simplesmente ser flechas — precisam tabelar, levantar a cabeça. Já são quatro empates em casa (oito pontos perdidos, desperdiçados, negligenciados!) que certamente cobrarão caro lá na frente.

Parêntese:Noroeste empatou com o Olímpia jogando com Roni; Thiaguinho, Rafael Pontoli (Marcão), Victor Matheus e Hipólito; Rafael Olinto (Vitor Visa), Maicon Douglas, Alemão e Marcelo Santos; Ueslei (Tuxa) e Everton.

Enfim, não está fácil. Os 13 pontos (aproveitamento de 48%) estacionam o Alvirrubro em 11º lugar, apenas a dois pontos do G-8 (ainda bem), mas a quatro do Z-6 (medo). Ainda acredito que a classificação sai, mas de forma penosa. Como tem que ser com o Norusca, pra variar.

Sobre essa dificuldade ofensiva, falei com os noroestinos:

Rafael Pontoli, zagueiro econômico nas palavras:

Everton, o gêmeo arisco que perdeu grande chance no último lance da partida:

O técnico interino Diego Kami Mura, que deixou torcedores na bronca por ter ido trabalhar de camisa azul-clara (cor do rival MAC)…