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Empate com o fraco Olímpia evidenciou problema ofensivo do Noroeste

Com dificuldade de concluir a armação ofensiva, Noroeste já acumula quatro empates em casa. Confira a opinião do CANHOTA 10

retranca-ECN-A3(Mais ou menos direto do Alfredão) Fui espectador de Noroeste e Olímpia, no último sábado, de três formas diferentes. O primeiro tempo na TV Brasil, metade do segundo tempo na rádio Auri-Verde a caminho da Vila Pacífico e o restinho no estádio, crente que veria o gol da vitória… Tudo isso para colher depoimentos pós-jogo (ouça abaixo) no meu sabadão cheio de compromissos .

O que dizer desse Noroeste, que não consegue bater o fraco Olímpia dentro de casa? Que falta ser mais agressivo no ataque. São apenas dez gols em nove jogos, média de pouco mais de um por partida. O time é superior em posse de bola, mas fica ciscando na intermediária. Nem a velocidade dos supergêmeos Ueslei e Everton consegue levar o time a uma jogada aguda. Eles são os responsáveis por carregar a bola até o gol, aos trancos e barrancos… Assim, é raro haver o último passe em profundidade. A tarefa dos meninos ficou ainda mais comprometida porque não havia o centroavante para receber a assistência — Visa e Marcão ficaram no banco e entraram mais tarde, na hora do abafa, do desespero.

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Outro ponto fraco: os irmãos são constantemente alvo de lançamentos longos e é covardia disputarem bola alta contra defensores mais fortes. Resumindo, o Noroeste precisa trabalhar a jogada de pé em pé até eles, que não podem simplesmente ser flechas — precisam tabelar, levantar a cabeça. Já são quatro empates em casa (oito pontos perdidos, desperdiçados, negligenciados!) que certamente cobrarão caro lá na frente.

Parêntese:Noroeste empatou com o Olímpia jogando com Roni; Thiaguinho, Rafael Pontoli (Marcão), Victor Matheus e Hipólito; Rafael Olinto (Vitor Visa), Maicon Douglas, Alemão e Marcelo Santos; Ueslei (Tuxa) e Everton.

Enfim, não está fácil. Os 13 pontos (aproveitamento de 48%) estacionam o Alvirrubro em 11º lugar, apenas a dois pontos do G-8 (ainda bem), mas a quatro do Z-6 (medo). Ainda acredito que a classificação sai, mas de forma penosa. Como tem que ser com o Norusca, pra variar.

Sobre essa dificuldade ofensiva, falei com os noroestinos:

Rafael Pontoli, zagueiro econômico nas palavras:

Everton, o gêmeo arisco que perdeu grande chance no último lance da partida:

O técnico interino Diego Kami Mura, que deixou torcedores na bronca por ter ido trabalhar de camisa azul-clara (cor do rival MAC)…

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

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