Categorias
Bauru Basket

Fora o baile

Com show de Larry, Itabom/Bauru arrasa Limeira e assume a liderança de sua chave no Paulista

Minha pequena Ana, no colo da mamãe Dani, batendo palminha segurando o ingresso que valeu um lanche do Bob's. Ela, como todos os torcedores, se divertiu no jogo

Direto da Luso

Vareio de bola. Passeio. Goleada – ou melhor, cestada, melhor ainda, “cestaiada”, para bom mineiro. Valeu cada centavo do ingresso a vitória do Itabom/Bauru sobre a Winner/Limeira, nesta noite de domingo (25/9). Depois de um primeiro tempo muito truncado – a ponto de o segundo quarto terminar com míseros 11 a 5 -, os guerreiros deslancharam na metade final da partida e levaram a galera ao delírio. Afinal, impor 27 pontos de diferença ao atual campeão paulista e até então líder da chave A foi para aplaudir de pé.

Contra o colega de Seleção, Benite, Larry Taylor gastou todo o seu repertório. Foi quase perfeito nos chutes de três (4 de 5) e suas infiltrações desnortearam a defesa adversária. Numa delas, finalizou colocando efeito na bola, para deixar incrédulos os terráqueos dentro e fora da quadra. Fechou o jogo com 28 pontos, seis rebotes e sete assistências.

Fischer segue com a mão calibrada e é bom vê-lo ajudar o jogo a fluir, não apenas ser um finalizador. Roubou uma bola fantástica no último quarto, deu quatro assitências e, como sempre, foi o regente da torcida.

Jeff fechou o duelo com um duplo-duplo (13 pontos, 15 rebotes) e consolidou sua posição de melhor aproveitamento do Paulista em chutes do perímetro – nesta noite, ótimos 71%. Já Pilar, o maior dos guerreiros, xodó da galera, só não foi o craque do jogo porque é deste planeta… Também chegou ao duplo-duplo (13 pontos, 13 rebotes) e abriu aquele sorrisão ao atender cada fã que foi abraçá-lo após o show.

Destoante no quinteto, apenas Douglas. Parecia desligado, não acompanhava o ritmo dos colegas. Na entrevista pós-jogo, o técnico Guerrinha até estranhou meu questionamento, depois de um jogaço do time bauruense. Mas a preocupação é com o que vem pela frente. Foi apenas uma noite infeliz ou o camisa 13 ainda sente a falta de ritmo pós-contusão? E longe de mim querer bancar o psicólogo, mas será que o pivô não sentiu a ausência de seu nome na lista de Magnano para o Pan-Americano? Enfim, Douglas tem bola e personalidade suficientes para ainda arrebentar neste Paulista. Como disse o treinador: “Imagine se ele tivesse jogado bem?”. Limeira teria perdido o rumo de casa… Guerrinha ainda comentou que os adversários jogaram muito abertos e com uma formação de baixa estatura, o que também comprometeu o estilo de jogo de Douglas.

Como era de se esperar, o revezamento foi menor, em duelos chave é comum os titulares ficarem mais tempo na quadra. Mas foi interessantíssimo ver Gui como sexto-homem. Foram 20 minutos em quadra, apenas três pontos, mas um importante trabalho defensivo, o que tem sido cada vez mais seu ponto forte.  Aleo permitiu que Larry descansasse um pouco e Gaúcho também deu sua contribuição. Luquinha vem perdendo espaço, mas terá seu momento de amadurecer na Liga de Desenvolvimento Olímpico.

Quanto aos grandalhões que chegaram nesta temporada, senti falta de ver Mosso em quadra. Ele sempre faz um arroz com feijão benfeito, com chute seguro e alguns rebotes, e não é um jogador para ser maturado no banco, como é o caso de Alex e Andrezão. De qualquer forma, Guerrinha sabe que pode contar com ele.

Enfim, o time esteve perto da perfeição e mostrou que brigar pelo título paulista é uma realidade. Um confronto lá na frente com Pinheiros, para medir forças, já é bastante esperado. E, apesar do passeio desta noite, é bom respeitar Limeira, equipe raçuda que contou com Benite apenas pela segunda vez. O jogador ainda vai dar o que falar como armador desse time.

“Treinamos muito para chegar nesse nível, o time está bastante motivado e a defesa funcionou muito bem. Prova disso é que o placar deles foi baixo. Marcar 85 pontos está dentro da nossa média, mas sofrer apenas 58 de Limeira mostrou a força da nossa defesa hoje. Foi um passo importantíssimo para terminarmos em primeiro do grupo”, avaliou Guerrinha.

Para fechar a primeira fase, Bauru enfrenta dois jogos fora, contra Rio Claro (1/10) e Franca (8/10). Os 24 pontos de diferença na vitória sobre Franca no primeiro turno dão tranquilidade para uma suposta derrota com menor diferença, o que será importante na classificação. Mas pelo que o time tem jogado, vencer lá não será coisa de outro mundo. Afinal, há um Alienígena por aqui…

Categorias
Esportes

Guerrinha e Barbosa avaliam Brasil no Pré-olímpico

Treinadores comentam o trabalho de Rubén Magnano

Huertas, principal jogador brasileiro: pressão de 16 anos de espera. Foto de José Jiménéz/Fiba Americas

O Brasil terminou a primeira fase do Pré-olímpico das Américas em segundo de sua chave. Nesta segunda (5/9), começa a segunda fase e a Seleção precisa terminar em segundo ou terceiro lugar para não cruzar com a favorita Argentina, pois o duelo da semifinal é o que decide a vaga em Londres-2012. Para falar um pouco da situação brasileira na competição e como tem jogado, o Canhota 10 falou com dois treinadores que têm vasto currículo a serviço do Brasil. Guerrinha, do Itabom/Bauru (ex-armador e ex-auxiliar técnico da Seleção), e Antonio Carlos Barbosa, do Ourinhos (ex-treinador da Seleção feminina), comentaram o trabalho de Rubén Magnano.

AS DIFICULDADES
“O Pré-Olímpico é a competição mais difícil, pelo lado emocional, porque existe uma pressão em cima de todos. É que não dá muita chance de erro. O que define é uma situação de momento, uma bola que cai, um erro de lance livre. É bem cirúrgico mesmo, no detalhe. Nesse campeonato, o importante não é jogar bem, é vencer.”

“A disputa é bem equilibrada, de difícil prognóstico. A pressão é igual para todos. Agora, um atleta que faz parte de uma seleção nacional, que disputa um Pré-olímpico, se não conseguir administrar essa pressão, então não tem mesmo que se classificar.”

RUBÉN MAGNANO
“Com o currículo que tem, o Magnano conseguiu barrar a imprensa e blindar o time. Ele conseguiu deixar a imprensa fora, que criticava tanto o trabalho dos treinadores brasileiros. Não puderam assistir a treinos. A imprensa não pode interferir em nada, não opinou.”

“O maior problema do técnico brasileiro é a própria imprensa, que desmoraliza, deprecia, ridiculariza os nossos técnicos, poupando quase sempre os jogadores pelos resultados. Algumas vezes, sem condições para tal, queremos transformar em realidade nossos sonhos, que às vezes estão em um patamar bem acima do que podemos. Aí sobra para o técnico brasileiro. O Magnano está tendo moral com a imprensa especializada. Sempre se agrega valores, mas não o vejo como salvador da pátria.”

O TIME
“O time brasileiro não está melhor com o Magnano. Mas ele trouxe, sim, alguns valores. Passou valores defensivos, muito em função da ausência dos jogadores da NBA. Não melhorou tecnicamente, mas o espírito de Seleção, com atletas que estão ali porque querem. A circunstância ajudou o Magnano a criar esse espírito na equipe. A defesa melhorou, mas o ataque piorou. O revezamento está sendo melhor para a defesa funcionar, mas como o brasileiro não tem a cultura do revezamento, não consegue definir as jogadas lá no ataque se estiver pouco tempo em quadra.”

“Falam que o Brail melhorou sua defesa. Não vejo melhora tática, vejo mais disposição, mais empenho. Se buscarmos os resultados do Brasil nas últimas competições antes do Magnano, vamos ver que a média de pontos sofridos pouco ou nada mudou. Ofensivamente, houve uma melhor rotação de bola, em alguns momentos, mas de resto pouco mudou.”

CHAMARIA NENÊ E LEANDRINHO PARA A OLIMPÍADA?
“Se fosse o técnico da Seleção, não chamaria. Trabalharia com a garra e os valores desse pessoal que nunca deixou de comparecer, jogadores de muito caráter e que sempre estiveram à disposição.”

“Tem que analisar caso a caso, os reais motivos para não atenderem a convocação. Sou contra a vitória a qualquer preço, devemos presevar a disciplina e os objetivos do grupo.”

O Canhota 10 aproveitou para perguntar ao bauruense Barbosa como está seu momento no time de Ourinhos, pentacampeão brasileiro de basquete feminino (2004 a 2008) e vice nas duas últimas edições: “O momento é gratificante, gosto de desafios e de renovar objetivos. E Ourinhos surgiu em um momento muito imporante para mim, pessoalmente. Conseguimos, com uma equipe que não estava realizando um bom campeonato, chegar a uma final. Este ano, com a manutenção de todas as jogadores do ano anterior – mais a Kelly, já com reforços da Silva Gustavo e da Camila – e com mais tempo para um trabalho individualizado, em que preparação física e técnica (fundamentos) estão sendo priorizados, com certeza estaremos em condições de disputar o título da Liga Nacional”, contou Barbosa.

Categorias
Bauru Basket

Itabom/Bauru perde para Limeira

Termina a invencibilidade dos guerreiros no Campeonato Paulista

Mosso e Jeff na briga do garrafão. Foto de Edielson Teixeira/Divulgação (inclusive home)

Depois de cinco triunfos seguidos – vitórias que estavam na conta -, o Bauru Basket perdeu um jogo que poderia perder. Mas era aquele jogo que, nas contas de Guerrinha, a vitória faria muita diferença no chaveamento dos playoffs. Ou, pelo menos, perder de pouco. Os 12 pontos de diferença (79 a 67 para Limeira) obrigam o time a fazer bom placar no segundo turno…

Em seu primeiro grande teste no Campenato Paulista, os guerreiros abusaram das violações. Foram 15 bolas perdidas. O aproveitamento nos lances livres também foi fraco: 52%. E o rodízio no garrafão ficou comprometido com o desfalque de Douglas Nunes, pois Alex Passilongo e Andrezão (que nem entrou em quadra) ainda estão naquela fase de desenvolvimento – ao contrário de Mosso, cada vez mais importante (oito pontos e oito rebotes nesse domingo).

Outro problema corriqueiro do Bauru Basket tem sido as faltas. Antes um time que pouco faltoso, a ponto de Guerrinha dar bronca por não pararem as jogadas, agora as eliminações por estouro de cinco infrações têm sido frequentes. Desta vez, foi Jeff Agba. Pilar, acredite, foi até o fim e fez duplo-duplo (13 pontos e dez rebotes).

A maior preocupação, entretanto, foi a volta da “Larry dependência”. Durante o apagão* do segundo tempo, o Alienígena se desdobrou. Terminou a partida com 19 pontos, sete rebotes, quatro assistências e quatro bolas roubadas – e atuou por mais de 38 minutos! Fischer também ficou bastante tempo em quadra, mas não era sua noite. Acostumado a pontuar em dois dígitos, seu gatilhaço falhou, como reconheceu ao microfone do repórter João Paulo Benini, do Jornada Esportiva: “Não jogamos coletivamente, nem fizemos o que treinamos. Só o Larry teve bom aproveitamento. Faltou o meu jogo e o de alguns. Precisamos melhorar a execução. Viemos para ganhar, mas nos perdemos no segundo tempo”, resumiu bem o camisa 14.

No próximo domingo, 4/9, o desafio é contra Franca, na Luso. Aí sim teremos um termômetro do time que, claro, está entre os favoritos deste Paulista, desde que alcance a regularidade que não ocorreu em Limeira.

O Winner, aliás, está muito forte. Venceu bem desfalcado de Benite e do técnico Demétrius (ambos na Seleção), de Ronald Ramon (selecionado dominicano) e do ala Diego, suspenso. Do lado bauruense, além de Douglas, Thyago Aleo segue se recuperando de contusão no púbis. Sinal de evolução do Thyaguinho: ele fez falta.

* O termo apagão é tão apropriado para o comportamento do Bauru Basket em quadra que foi usado, inclusive, pela assessoria de imprensa do time. Um refresco na dura vida de ser vidraça – no Noroeste, o time não perde, “deixa de marcar três pontos”.

Categorias
Bauru Basket

Itabom/Bauru segue invicto no Paulista

Basquete bauruense passou susto em São José do Rio Preto, mas venceu

Na noite dessa quarta-feira (17/8), o Itabom/Bauru venceu o empolgado time do América de Rio Preto (de volta à elite paulista) por 83 a 75. E por pouco não volta para casa com uma derrota que não estava nos planos. O time só se impôs em quadra no último quarto, mas mantém a invencibilidade (três jogos, três vitórias).

Na cabeça de Guerrinha, já está desenhada a tabela: os jogos que o time tem que ganhar, os que pode perder e aqueles decisivos, que darão ao vencedor uma melhor classificação – e consequente vantagem nos playoffs.

Sem contar com o pivô Jeff Agba, contundido, os guerreiros mesmo assim foram bastante atuantes no garrafão. Entretanto, perderam muitas bolas no ataque, como relatou o colega Rafael Antônio, na transmissão do Jornada Esportiva. Ao microfone dele, Guerrinha fez a habitual análise do jogo:

Dificuldades
“O Paulista tem suas particularidades. Fator quadra, piso… O adversário jogou muito bem, não tem nenhum tipo de responsabilidade…. Temos que entender que conquistamos um espaço e todos vão querer jogar bem contra a gente. Ganhar de Bauru, hoje, é um feito comemorado por essas equipes, como nós comemoramos quando ganhamos do Flamengo. Esse respeito dos adversários nós conquistamos.”

Golpe final
“Com a entrada do Douglas no fim do jogo, mudamos a defesa para marcação em zona, apostando no erro deles, que realmente sentiram a falta de experiência em definir e acabaram errando mesmo.”

Exclusão de Pilar (duas faltas técnicas)
“O Pilar teve uma atitude irresponsável. Pediu desculpas para todos, mas o time dependia muito dele. E a atitude do Douglas foi bacana, o sacrifício que fez pelo time, entrando mancando em quadra.”

Currículo não ganha jogo
“Os jogadores têm que se preparar mentalmente. Currículo não ganha jogo.”

Perguntado pelo Rafa sobre o comportamento do time para o próximo jogo, contra o Rio Claro (sábado, 20/8, às 18h30), o treinador, espirituoso que é, saiu-se com essa: “No DDD 14 vamos jogar melhor”. Ainda ao Jornada, os jogadores se manifestaram. Larry reconheceu que o time não foi bem e que aprenderam com a dificuldade. Terá puxão de orelhas?, perguntou Rafael. “Ah, sim, vocês sabem como é…”, reconheceu o Alienígena. Perguntado se o Bauru Basket entrou de salto alto, Fischer foi enfático: “Nosso time é jovem e não ganhou nada ainda”.

Nas estatísticas, Pilar chamou a atenção com duplo-duplo (14 pontos, dez rebotes). Larry anotou 15 e pegou sete rebotes. E Fischer segue com a mão calibrada: 22 pontos no jogo. Gaúcho, com 15, finalmente soltou o braço.

Categorias
Bauru Basket

Itabom/Bauru vence na estreia. Estreia?

Guerrinha avisa que primeiro jogo no Paulista não serve de parâmetro

Jeff teve atuação discreta: oito pontos. Foto de Sérgio Domingues/HDR Photo/Bauru Basket (inclusive home)

Direto da Luso

Não serve de parâmetro para o bem, mesmo com a vitória folgada, muito menos para o mal. Segundo o técnico Guerrinha, a partida de estreia  no Campeonato Paulista tem valor nulo como avaliação do Itabom/Bauru. Ele não gostou do que viu e quer deixar para trás essa partida. O time bauruense venceu Santos por 83 a 69, depois de um primeiro tempo folgado (40 a 19) e uma segunda metade vacilante (derrota por 43 a 50).

“Se todo mundo mantivesse a concentração, independente do adversário, do frio… A equipe não empolgou e o jogo não serve de referência para nada. A gente deu moral para Santos. No nível que a equipe está, tem que ter um objetivo maior. Não tem que pensar em vencer uma partida, vencer o Santos é uma coisa natural. Individualmente, a equipe não aproveitou. Coletivamente, menos ainda. O revezamento foi péssimo, o rendimento foi péssimo”, concluiu o treinador.

Douglas Nunes chegou anteontem da Seleção – foi cortado por Magnano – com vontade, mas um pouco perdido em alguns momentos. Entretanto, protagonizou enterrada e bons arremessos e fechou a partida com 17 pontos – Fischer foi o cestinha, com 19.

Thyago Aleo ficou bom tempo em quadra (17min39), Gui também (10min52) e Mosso confirmou que será bastante útil, com chute seguro e presença defensiva. Gaúcho, ao contrário de sua atuação no jogo-treino contra Araraquara, ficou devendo (apenas dois pontos), mas parece que jogou sem totais condições físicas – não perderia a reestreia em sua verdadeira casa por nada…

Larry Taylor quase fez um triplo-duplo: dez pontos, nove rebotes, nove assitências.

Uniforme
O Itabom/Bauru atuou com o uniforme da temporada passada, ainda com os patrocinadores antigos, mas vale uma ressalva: a culpa não é da nova fornecedora de material esportivo, a Cambs. O contrato com a Claro foi fechado na última quarta-feira, seria impossível confeccionar uniforme em tão pouco tempo – os patrocinadores foram surgindo a conta-gotas e a diretoria sempre pedia para esperarem. A previsão de estreia da roupa nova, segundo o diretor Vitinho Jacob, é para a terceira rodada, em em 17/8, contra o América de Rio Preto, fora de casa. Certamente, em casa, no dia 20, contra Rio Claro. Ah! As placas de publicidade dos novos apoiadores estavam devidamente colocadas na quadra.

O próximo compromisso do Itabom/Bauru é no dia 10, contra o São Caetano, às 20h, no ginásio do adversário.