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Itabom/Bauru x Brasília: fala, Guerrinha!

Já ouvi de mais de uma pessoa do meio: Guerrinha é o melhor entrevistado do basquete brasileiro. Tem sempre boas tiradas, não mede palavras, fala com o coração. Fazia tempo que eu não o entrevistava com um pouco mais de tempo. Só não rendeu mais porque, terminado o treino, ele estava de saída para a academia. Mas rendeu aspas para a matéria do Basketeria e ainda mais que publico aqui no Canhota 10. Fala, Guerrinha!

O time está zerado fisicamente depois dessa folga?
“Nunca está. O Gui teve uma batida no joelho e ficou três dias sem treinar. Vamos observar, acho difícil ele jogar. Não é nada sério, mas tem dor. Ele está sendo avaliado constantemente. O Douglas ficou quatro dias afastado semana passada por conta de uma contratura muscular. Então não deu para treinar tudo o que deveria, mas pelo nosso histórico, está cento e dez por cento… Série de playoff é assim mesmo, começa de um jeito, machuca.”

Expectativa para o confronto
“Esperamos fazer uma boa série. Sabemos da qualidade de Brasília, da experiência. Um time que conhece os atalhos de um playoff. Temos que bloquear esses atalhos com muita boa vontade e disposição em quadra.”

Treino x jogo
“O momento da carreira dos nossos jogadores pede treinamento. Já Brasília pode treinar menos e ganhar condição no jogo. Nosso time precisa treinar para corrigir, faz parte de um processo. Esperamos compensar a falta de ritmo de jogo com força física e energia jogando em casa.”

Problema fora de quadra (saída da Itabom) vai ficar fora da quadra
” Temos que fazer, independentemente de qualquer situação, sempre o nosso melhor: representar Bauru, a comunidade, a região, como se estivesse tudo cem por cento.” 

A busca por apoio
“O ideal seria ter um patrocinador assinado por muitas temporadas para estabelecer um ciclo. Mas todo ano temos que correr atrás. Somente Franca tem esse patrocínio forte, da Vivo, Brasília vai renovando por causa dos bons resultados, Pinheiros tem um clube que tem uma contrapartida de oferecer projetos à Sky, São José usufrui de uma lei esportiva municipal… Hoje, estamos bem melhores do que três meses atrás, com finanças equilibradas. Nosso problema é continuidade. Algumas empresas já sinalizaram positivamente e temos um ou duas semanas para saber em que nível vai ser o projeto para a próxima temporada. Então, esperamos que as coisas aconteçam da melhor forma possível. Está sendo feita uma campanha publicitária muito legal, direta, com várias opções, para todos os tipos de investidores, desde o torcedor de arquibancada à cota master de patrocínio. Agora, é questão de resposta da cidade de Bauru. Estamos fazendo a nossa parte.”

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Coluna da semana: tchau, Norusca; até breve, Itabom?

A despedida do Noroeste na Série A-2 e a saída da Itabom no basquete são o tema do texto publicado na edição de 30 de abril de 2012 no jornal BOM DIA Bauru. Esqueci de colocar a errata das contas mal feitas na conta anterior… Enfim, o assunto Itabom merece mais aprofundamento, mas é feriado e ninguém é de ferro.

As lições da temporada

O ano de 2012 ainda não acabou, mas a temporada do Noroeste, pelo menos em relação a prioridade, já acabou.

Como era esperado, o Norusca não conseguiu vencer o São Bernardo no ABCD. Se dependesse dessa vitória para subir, já era. Mas despediu-se antes do sonho. Sobre a continuidade da comissão técnica, vale questionar, imaginar cenário melhor, mas não dá para chamar de incoerente. Pensar em continuidade, planejamento, vislumbrar um futuro melhor é louvável. O que não impede concluir que Amauri Knevitz poderia ter despertado um espírito mais vencedor no elenco. O discurso sempre foi conformista – e particularmente não me conformo com a escalação do time reserva na última rodada da primeira fase.
Para não voltar o velho papo do “laboratório”, que fique bem claro: a Copa Paulista precisa ser jogada por quem estiver em Bauru. Como sempre, servirá para a molecada correr, mostrar serviço, assim como aqueles que não encontrarem posição em uma das divisões do Brasileiro – ao contrário do volante França, negociando com o Coritiba. O que tem que ser diferente dos anos anteriores é não fazer contratações para essa competição. Se faltar gente para completar o elenco, que se recorra ao sub-20, ao sub-17…
Se desde 2005 não se disputa a Copinha pensando em título, que não seja em 2012. Se após os insucessos contra o Penapolense falaram em imitar o adversário, que assim seja. Montar um base. Luciano Gigante e Fio formam a dupla de ataque em Penápolis há um século. Se vai dar certo na elite, é outra história. Mas funcionou na caminhada até esse momento histórico.
Balanço 
Realmente foi uma boa campanha, a do Noroeste, ao pensar que a preparação começou atrasada. Entretanto, a partir do momento em que o acesso tornou-se uma realidade, que o nível técnico dos adversários não era nada assustador, vale sim pensar que poderia ter sido diferente. A torcida fez sua parte, viajou atrás do time, encheu o Alfredão. A estreia na segunda fase com vitória sugeria bom aproveitamento em casa, mas foi só aquela… Enfim, leite derramado, lições aprendidas, 2013 tem mais.
Pontos positivos 
É possível citar muitos nomes que foram bem na campanha noroestina na Série A-2. O goleiro Nicolas é de time grande. Marcelinho só precisa tirar a dúvida se só joga com a camisa alvirrubra – pois foi mal no Santo André na Série B. Everton Garroni fez falta na reta final.
França foi o pulmão da equipe, enquanto Juninho se destacou apenas pelo chute perigoso. Velicka, que tanto se acreditava fazer a diferença na armação das jogadas, só jogou bem naqueles 5 a 3 sobre o Red Bull. Leandro Oliveira, apesar da fama de pipoqueiro na reta final, mostrou qualidade na finalização. Romarinho é um diamante bruto, que ainda precisa de mais lapidação.
Papo de basquete 
A notícia da saída da Itabom para a próxima temporada do Bauru Basket não chega a ser surpreendente, mas é de se lamentar. Ninguém, entretanto, pode questionar o quanto o frigorífico de Itapuí ajudou o basquete bauruense. Termina um ciclo vitorioso, que gerou histórias maravilhosas. Quem viu de perto a rebodunk (o rebote seguido de enterrada) de Larry Taylor sobre Franca, ou  a cesta por trás da tabela há poucos dias, ou o crescimento do menino Gui, a mão certeira de Fischer, inúmeras partidas emocionantes, vitórias heroicas…
Todos esses momentos patrocinados pela Itabom, que pode pegar uma cota menor, retornar lá na frente quando o mercado melhorar ou, até mesmo, salvar a pátria se nenhum patrocinador master aparecer – mas essa é uma crença particular, prefiro mesmo que outros investidores se tornem guerreiros. O retorno é garantido, o garra e o carisma do time agregam muito à imagem de qualquer segmento.
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Obrigado, Larry (Guerrinha, Douglas, Fischer, Jeff…)

… Andrezão, Gaúcho, Luquinha, Gui, etc, etc, etc… Porque hoje Bauru ganhou um presente. Bauru ganhou um exemplo de amor ao esporte, respeito ao torcedor. Não economizaram uma gota de suor, nem de lágrima – Guerrinha se emocionou e emocionou a todos na coletiva. Esse time é um barato! Esse time não pode parar. O que se viu na Panela de Pressão nessa noite de domingo foi de arrepiar.

Pode chorar, Guerrinha. Cada lágrima vale uma gota de suor.

Torcida inflamada, empurrando os jogadores, presente em cada rebote, em cada chuá. Contar como foi o jogo, agora, é desnecessário (confira minha reportagem para o Basketeria). Prefiro relembrar os abraços de agradecimento que Larry recebeu no fim do jogo. Ele que foi para o sacrifício, venceu a dor, venceu o medo de errar e acertou o coração de cada um.

Que bom ver a evolução do Fischer, mero arremessador anos atrás, que hoje rouba bolas, pega rebote e até arma o time. Que bom ter um cara marrento como Douglas Nunes, que quando o bicho pega, chama o jogo para si, guarda uma bola de três atrás da outra. Que bom ver o Gui virar carrapato, incansável na defesa. Que bom ver o Jeff, mesmo mal fisicamente, dando o sangue (literalmente!, vide seu queixo) até o fim. Que bom, Itabom…

Enquanto a cúpula da política bauruense contava as horas para ganhar confete na reinauguração da Panela, Joaquim e Vitinho corriam atrás dos últimos detalhes. Ok, o poder público gastou dinheiro. Ótimo investimento, o fruto vem com sabor de vitória, Bauru ganhou visibilidade. Mas os louros vão todos para quem merece, cada guerreiro da Associação Bauru Basketball. Porque essa vitória começou em cada entrevista, cada cutucada cobrando a volta da Panela. E justificaram o pedido, enchendo o coração da comunidade basqueteira de alegria – e isso irá se multiplicar por toda a cidade, cada um vai contar a história do seu jeito, mas todas com o mesmo final: feliz.

Alienígena, monstro, o cara: Larry entra definitivamente para a história de Bauru

(O Itabom/Bauru venceu o Quimsa, da Argentina, por 89 a 83 e se classificou para a segunda fase da Liga das Américas)

Atualizado: Fischer teve uma séria luxação em um dos dedos da mão esquerdo, rompendo todos os ligamentos (previsão de seis semanas de recuperação). Também está fora do Interligas, junto com Jeff e Pilar. Talvez Larry vá, se puder jogar e tratar o joelho ao mesmo tempo.

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Itabom/Bauru: julgado, Jeff Agba não enfrentará o Minas pelo NBB

Desqualificado contra o Joinville na rodada 18 (dia 2 de fevereiro, derrota por 79 a 75), o pivô Jeff Agba foi julgado nesta quinta no STJD e punido com três partidas de suspensão.

Uma já foi cumprida automaticamente, na rodada 19 (derrota para São José em 4/2, 79 a 69). Outra, será contra o Minas, no próximo dia 29, na Panela. A terceira será convertida em cestas básicas. Nessa, o Itabom/Bauru saiu no lucro.

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Parabéns, Gui!

Ele merece. Ô moleque bom, guerreiro, humilde. Melhor: estava solto, desencanado, divertindo-se com seu amigo Larry Taylor – outro boleirão, curtindo a festa, e humilde e solícito ao ajudar o jovem Gui, o Guilherme Deodato, a ser o campeão do desafio de enterradas do Jogo das Estrelas do NBB4.

Evento simpático, com casa cheia, entusiasmo, semblantes alegres entre os atletas. Se há algo de bom no basquete brasileiro, é a vontade da Liga Nacional de Basquete em acertar. Falta muito, mas a LNB faz o que nunca foi feito, tem visão estratégica, paga preço alto por insistir na exclusividade global, mas é inevitável que colha frutos – um Tiago Leifert e uma transmissão ao vivo para todo o Brasil têm um impacto imensurável.

Pena Larry ter disputado o desafio de habilidades com certo desdém, enquanto Penna e Fúlvio voaram em poucos segundos na bela disputa. Pena maior ver o bicampeão Fischer fora da final do desafio de três pontos, mas foi legal ver o francano Helinho levantar a galera.

Aproveito para mandar um recado para o empresariado: percebam a exposição midiática da marca Itabom nesses dias! Na capa do GloboEsporte.com, com Larry, Jeff e Fischer entre os destaques do Jogo das Estrelas. Transmissão ao vivo de quase duas horas no Sportv, com jogadores do Bauru/Basket em todos os desafios – e um deles campeão! Reprise dos vencedores amanhã cedo, na transmissão ao vivo da TV Globo para milhares e milhares de brasileiros, além do jogaço que, ano passado, teve Larry fazendo a bela enterrada no lance final da partida, para encerrar com chave de ouro.

Bauru está lá, no evento dos melhores do campeonato, com cinco representantes (Guerrinha, Gui, Larry, Jeff e Fischer). Só os donos da casa, Franca, devem ter mais – preguiça de contar à uma da manhã… É como eu sempre digo: esse time, esse Itabom/Bauru Basketball Team, é um barato!!!