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Guerrinha e Barbosa avaliam Brasil no Pré-olímpico

Treinadores comentam o trabalho de Rubén Magnano

Huertas, principal jogador brasileiro: pressão de 16 anos de espera. Foto de José Jiménéz/Fiba Americas

O Brasil terminou a primeira fase do Pré-olímpico das Américas em segundo de sua chave. Nesta segunda (5/9), começa a segunda fase e a Seleção precisa terminar em segundo ou terceiro lugar para não cruzar com a favorita Argentina, pois o duelo da semifinal é o que decide a vaga em Londres-2012. Para falar um pouco da situação brasileira na competição e como tem jogado, o Canhota 10 falou com dois treinadores que têm vasto currículo a serviço do Brasil. Guerrinha, do Itabom/Bauru (ex-armador e ex-auxiliar técnico da Seleção), e Antonio Carlos Barbosa, do Ourinhos (ex-treinador da Seleção feminina), comentaram o trabalho de Rubén Magnano.

AS DIFICULDADES
“O Pré-Olímpico é a competição mais difícil, pelo lado emocional, porque existe uma pressão em cima de todos. É que não dá muita chance de erro. O que define é uma situação de momento, uma bola que cai, um erro de lance livre. É bem cirúrgico mesmo, no detalhe. Nesse campeonato, o importante não é jogar bem, é vencer.”

“A disputa é bem equilibrada, de difícil prognóstico. A pressão é igual para todos. Agora, um atleta que faz parte de uma seleção nacional, que disputa um Pré-olímpico, se não conseguir administrar essa pressão, então não tem mesmo que se classificar.”

RUBÉN MAGNANO
“Com o currículo que tem, o Magnano conseguiu barrar a imprensa e blindar o time. Ele conseguiu deixar a imprensa fora, que criticava tanto o trabalho dos treinadores brasileiros. Não puderam assistir a treinos. A imprensa não pode interferir em nada, não opinou.”

“O maior problema do técnico brasileiro é a própria imprensa, que desmoraliza, deprecia, ridiculariza os nossos técnicos, poupando quase sempre os jogadores pelos resultados. Algumas vezes, sem condições para tal, queremos transformar em realidade nossos sonhos, que às vezes estão em um patamar bem acima do que podemos. Aí sobra para o técnico brasileiro. O Magnano está tendo moral com a imprensa especializada. Sempre se agrega valores, mas não o vejo como salvador da pátria.”

O TIME
“O time brasileiro não está melhor com o Magnano. Mas ele trouxe, sim, alguns valores. Passou valores defensivos, muito em função da ausência dos jogadores da NBA. Não melhorou tecnicamente, mas o espírito de Seleção, com atletas que estão ali porque querem. A circunstância ajudou o Magnano a criar esse espírito na equipe. A defesa melhorou, mas o ataque piorou. O revezamento está sendo melhor para a defesa funcionar, mas como o brasileiro não tem a cultura do revezamento, não consegue definir as jogadas lá no ataque se estiver pouco tempo em quadra.”

“Falam que o Brail melhorou sua defesa. Não vejo melhora tática, vejo mais disposição, mais empenho. Se buscarmos os resultados do Brasil nas últimas competições antes do Magnano, vamos ver que a média de pontos sofridos pouco ou nada mudou. Ofensivamente, houve uma melhor rotação de bola, em alguns momentos, mas de resto pouco mudou.”

CHAMARIA NENÊ E LEANDRINHO PARA A OLIMPÍADA?
“Se fosse o técnico da Seleção, não chamaria. Trabalharia com a garra e os valores desse pessoal que nunca deixou de comparecer, jogadores de muito caráter e que sempre estiveram à disposição.”

“Tem que analisar caso a caso, os reais motivos para não atenderem a convocação. Sou contra a vitória a qualquer preço, devemos presevar a disciplina e os objetivos do grupo.”

O Canhota 10 aproveitou para perguntar ao bauruense Barbosa como está seu momento no time de Ourinhos, pentacampeão brasileiro de basquete feminino (2004 a 2008) e vice nas duas últimas edições: “O momento é gratificante, gosto de desafios e de renovar objetivos. E Ourinhos surgiu em um momento muito imporante para mim, pessoalmente. Conseguimos, com uma equipe que não estava realizando um bom campeonato, chegar a uma final. Este ano, com a manutenção de todas as jogadores do ano anterior – mais a Kelly, já com reforços da Silva Gustavo e da Camila – e com mais tempo para um trabalho individualizado, em que preparação física e técnica (fundamentos) estão sendo priorizados, com certeza estaremos em condições de disputar o título da Liga Nacional”, contou Barbosa.

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Diário do Larry Taylor (11): fora do Pré-olímpico

Alienígena conta como foi o dia da triste notícia: não jogará com a Seleção este ano

Todo mundo sabia que isso poderia acontecer, o próprio Larry, mesmo assim fui pego de surpresa e fiquei muito triste com a notícia de que a naturalização dele não sairá a tempo de disputar o Pré-olímpico. Mas bacana a postura dele de querer ajudar o grupo. Em contrapartida, o Itabom/Bauru vive fase final de pré-temporada e pode voltar a contar com sua estrela. Sobre seu retorno, falei com Guerrinha (leia aqui). Ao Larry, os brasileiros amantes do basquete, mesmo os que não concordam com um estrangeiro na Seleção, fica o reconhecimento por seu entusiasmo.

[author] [author_image timthumb=’on’]https://www.canhota10.com/arquivo//wp-content/uploads/2011/06/LARRY.jpg[/author_image] [author_info]“Hoje a gente teve folga de manhã. Quase meio-dia, o técnico Rúben me chamou para conversar com ele e o Vanderlei. E aí recebi a notícia de que eu não vou conseguir ajudar a Seleção este ano. Estou fora agora. Eles falaram que não vai dar tempo para me naturalizar antes do Pré-olímpico. Mas Rúben perguntou se eu quero ajudar o time nos treinos, ainda mais porque tem jogadores machucados. E eu falei para ele que eu vou ajudar de qualquer jeito. Então, treinei normalmente à tarde com o time. No começo do treino, o técnico falou para o time o que está acontecendo comigo. Agora, esou no meu quarto descansando. Não sei quanto tempo mais vou ficar aqui, mas estou feliz por ter essa experiência com a Seleção. Abraços!!![/author_info] [/author]

Larry Taylor é norte-americano de Chicago, jogador do Itabom/Bauru Basketball Team e está prestes a se tornar brasileiro – porque bauruense ele já é. Diariamente, o armador relata sua rotina na Seleção Brasileira, em depoimento exclusivo ao Canhota 10

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Guerrinha: “Precisamos do Larry aqui”

Treinador vai falar com diretor da Seleção hoje para marcar retorno do armador

A primeira questão que veio à mente depois do anúncio da impossibilidade de disputar o Pré-olímpico foi quando Larry Taylor volta ao Itabom/Bauru. É natural, pois ele é a estrela do time, que está em fase final de pré-temporada, teve muitas mudanças no elenco e precisa de sua referência. Para responder a pergunta, o Canhota 10 falou com o treinador Guerrinha, que vai resolver a questão em breve, levando em consideração todas as partes envolvidas.

Vou conversar com o Vanderlei [Mazzuchini, director da Seleção] hoje. Vamos ver o que é bom para a Seleção, para o Itabom/Bauru e o próprio Larry, ver o quanto ele será útil lá. Vamos deixá-lo absorver a notícia, estava bem integrado. Mas precisamos dele aqui. Estamos treinando em número reduzido de jogadores. Mais uma semana não irá atrapalhar nosso trabalho e será bom que o Magnano o observe mais, isso o ajudará numa próxima convocação. Mais do que isso, porém, acho que não é interessante, até porque ele tira o espaço de quem vai ficar lá. Acho que já foi feito o reconhecimento pelo trabalho dele e, consequentemente, o do Bauru Basket.

Certamente, o jogador será recebido com muito carinho pela cidade que o acolheu como (quase) brasileiro. Em seu diário (depoimentos exclusivos ao Canhota 10), o Alienígena comentou a notícia (leia aqui).

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Diário do Larry Taylor (10)

Gringo-brasuca não se deu bem no bolão do jogo do Brasil

[author] [author_image timthumb=’on’]https://www.canhota10.com/arquivo//wp-content/uploads/2011/06/LARRY.jpg[/author_image] [author_info]“Quarta-feira [13/7], já estamos no meio da semana… Acordei hoje bem descansado e pronto. Fui à academia e depois à quadra, de manhã. Na quadra, a gente fez muitos exercícios de correr e arremessar, junto. Isso sempre é bom porque ajuda a simular o jogo. Descansei à tarde e voltamos para o treino de novo. O treino da tarde foi muito tático, aprendemos algumas posições de defesa com o técnico. Depois, voltamos para o hotel. Hoje teve jogo do Brasil, no futebol. Eu e outros jogadores fazemos bolão nos dias dos jogos, mas não ganhei hoje, não. Apostei 3 a 1 para Brasil, com o primeiro gol do Robinho. Não tive sorte, mas vou ganhar o próximo (hahaha). Até mais.[/author_info] [/author]

Larry Taylor é norte-americano de Chicago, jogador do Itabom/Bauru Basketball Team e está prestes a se tornar brasileiro – porque bauruense ele já é. Diariamente, o armador relata sua rotina na Seleção Brasileira, em depoimento exclusivo ao Canhota 10

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Diário do Larry Taylor (9)

Como havia adiantado, a atualização do diário do Larry respeitaria, obviamente, a disponibilidade do nosso gringo-brasuca. Mas o Alienígena, que tem gostado da experiência, não atrasou mais do que poucas horas e mandou seu recado sobre a última terça-feira. Vale a pena também ler a matéria que está na capa do GloboEsporte.com, assinada pelo Rodrigo Alves, do blog Rebote.
Troquei a foto na home, antes uma montagem com a imagem do Larry vestindo a camisa do Brasil, por uma dele com o agasalho, sem truques (de Gaspar Nóbrega/Inovafoto/CBB). Afinal, ele já está lá! Com vocês, Larry James Taylor Jr, do Brasil.

[author] [author_image timthumb=’on’]https://www.canhota10.com/arquivo//wp-content/uploads/2011/06/LARRY.jpg[/author_image] [author_info]Terca-feira [12/7]. Nossa, eu acordei com muito sono, acho que não dormi bem. Mas tem que começar a dia mesmo. A gente foi à academia primeiro, depois à quadra. Lá corremos muito e fizemos bastante arremessos em duplas. À tarde, voltamos para a quadra para o treino de 5 contra 5. O treino foi forte e cansativo. O pivô Murilo apareceu lá na quadra hoje, ele acompanhou o treino e conversou com os jogadores. Depois, ele até fez umas entrevistas com alguns jogadores, como um repórter. Eu fiz uma com o ‘repórter’ Murilo (hahaha). Depois disso, voltamos para o hotel para jantar e descansar. Até mais![/author_info] [/author]

Larry Taylor é norte-americano de Chicago, jogador do Itabom/Bauru Basketball Team e prestes a se tornar brasileiro – porque bauruense ele já é. Diariamente, o armador relata sua rotina na Seleção Brasileira, em depoimento exclusivo ao Canhota 10