A morte de Diego Armando Maradona, aos 60 anos, neste 25 de novembro de 2020, comoveu o mundo da bola. Um dos personagens mais ricos do futebol não resistiu a si mesmo. Merece as inúmeras reverências, foi um gigante no gramado e um cidadão do mundo, com suas qualidades e defeitos. Fernando Beagá comenta:
Tag: Argentina
Anunciado na última quinta-feira (6/jun), o armador Lucas Faggiano é da principal prateleira do mercado sul-americano. Uma cestaça, portanto, do Sendi Bauru Basket. Mas quem é Lucas Faggiano? Conferir imagens do jogador em ação (highlights da última temporada logo abaixo) ajuda bem. Também sugiro ler o perfil do atleta no site da FIBA (crédito da foto acima, inclusive), mas nada melhor do que conferir opiniões de peso. Lucas Rocha* (repórter da Jovem News Bauru e quem publicou em primeira mão a contratação) ouviu nomes importantes no país vizinho, que viram o camisa 3 de perto. Logo abaixo do vídeo. Confira!
“Lucas é um grande jogador. Tem coração e entrega pela equipe sempre no nível máximo. Eu o enfrentei muitas vezes na Argentina e é um dos melhores armadores de nosso país, sem sombra de dúvida. Um jogador com muito talento, rápido e ótimo defensor. Nunca jogamos na mesma equipe, mas conheço sua carreira e sei que faz o melhor por seus companheiros e por seu clube. Por onde passou, deixou uma boa impressão. Em Bauru, não deverá ser diferente.”
DANIEL HURE, atleta do Hispano e vice-campeão do NBB 9 pelo Paulistano
“O torcedor de Bauru pode esperar muita garra, coração e basquete. Lucas é um jogador fantástico, entre os melhores com quem tive prazer de dividir quadra. Evoluí muito durante a temporada seguindo seus conselhos.”
TOMÁS ZANZOTTERA, ala-armador, companheiro de Faggiano no San Martín de Corrientes na temporada 2018/2019
“Lucas é sobretudo uma excelente pessoa, bom companheiro e altruísta. Como jogador, não tem parado de crescer em todos os aspectos: a defesa de um contra um, a linha do passe, as entrelinhas. Defensivamente, é excelente. Ofensivamente, melhorou bastante sua leitura de jogo e se tornou um atleta muito mais veloz. Elevou sua porcentagem em arremessos de três pontos, tornando-se também um grande pontuador. Com todos esses adjetivos, não é exagero algum dizer que Faggiano está entre os cinco melhores armadores argentinos em todo o mundo no momento.”
CARLOS ALTAMIRANO, jornalista e narrador da DirecTV Sports na Argentina
“Lucas é um jogador muito intenso nos dois lados da quadra, praticamente perfeito taticamente. Pode jogar em pick and roll, mas também joga em transição, além de ser excepcional finalizador de jogadas. Apesar disso, tem um coração muito grande e se entrega até o fim pela equipe. Defensivamente, é um dos melhores no basquete argentino — é muito difícil alguém se criar em cima dele. Fico extremamente feliz em vê-lo evoluir e agora ter essa oportunidade de jogar no exterior. Tivemos momentos fantásticos juntos, ótimos jogos, bons treinos, boas histórias. Desejo sucesso a Lucas e a Bauru na próxima temporada.”
SEBASTIÁN ‘SEBA’ GONZÁLEZ, treinador de Faggiano por três temporadas no San Martín de Corrientes
“Ele é um jogador que está em seu melhor momento na carreira. Teve oportunidade de ir para a seleção argentina e tem jogado em altíssimo nível por lá também. Aqui, foi fundamental para o San Martín nos últimos anos e acredito que ele irá muito bem no Brasil. Tem o perfil que o torcedor brasileiro gosta, sempre muito aguerrido. É grande profissional e acima de tudo muito boa pessoa.”
MAXI STANIC, armador do Atenas de Córdoba e com grande passagem no Brasil, pelo Palmeiras
*Lucas Rocha, especial para o CANHOTA 10
Depois da derrota de ontem para os anfitriões do Regatas Corrientes, o Bauru Basket estava nas cordas. Ambos, aliás, pois o Guaros de Lara também perdera na estreia, para o Estudiantes Concordia. Quem saísse derrotado nessa segunda rodada, portanto, diria adeus à Liga das Américas. E caíram os venezuelanos, atuais bicampeões. 81 a 77 para o Dragão, com domínio maduro do andar da contagem.
Quem se lembra da primeira fase, na Panela de Pressão, sabe que o Dragão perdeu para o Guaros jogando sem Alex Garcia e Rafael Hettsheimeir. Mesmo assim, foi apertado. Com os dois craques do time, a história foi outra. O Canela gosta demais de atuar em solo argentino — em 2011, em Mar del Plata, colocou o Brasil na Olimpíada de Londres. Fez 24 pontos e pegou oito rebotes. O Brabo, como de costume, a eficiência em pessoa: 16 pontos, oito rebotes, oito assistências. Alex deveria injetar formol nas veias e nunca parar de jogar…
Neste domingo, também às 19h15, Bauru e Estudiantes Concordia têm confronto direto por uma vaga no Final Four. O Regatas já está dentro, após vitória por 91 a 61 sobre os conterrâneos — não se iluda com a diferença, Estudiantes tirou o pé e se poupou depois de perceber a inevitável derrota, já que não será necessário saldo para definir a outra vaga.
Confira os melhores momentos da vitória sobre o Guaros
Fala, Brabo!
“Fez muito calor hoje. Jogamos na superação, com desfalque do Shilton, com problema no joelho. Defendemos do início ao fim e tivemos o controle do jogo a partir do terceiro quarto. Isso foi fundamental para lutarmos pela classificação amanhã”, disse o capitão Alex Garcia, 24 de eficiência, ao pós-jogo oficial da #LDA2018.
Numeralha
Canela: 24 pontos, 8 rebotes, 1 toco
Brabo: 16 pontos, 8 rebotes, 8 assistências, 1 roubo de bola
Duda: 12 pontos
Maikão: 10 pontos, 6 rebotes
Jaú: 7 pontos, 6 rebotes
Toninho: 5 pontos, 2 assistências
Isaac: 4 pontos
Boludinho: 3 pontos, 2 rebotes, 1 roubo, 1 toco
Renan e Osvaldas, discretos, não pontuaram (ambos jogaram 11min)
Foto: Victor Lira/Bauru Basket
Como esperado, a moderna Arena ABDA, inaugurada no último mês de agosto, segue rendendo intercâmbios para o desenvolvimento do polo aquático bauruense. Após hospedar a fortíssima delegação húngara (masculino e feminino) e a Seleção Brasileira feminina na preparação para a Olimpíada — além de sediar o Campeonato Brasileiro das divisões de base e etapas paulistas — a Cidade Sem Limites recebe agora mais um país. A seleção feminina adulta da Argentina já está em Bauru para um período de treinamentos.
As Tiburonas, como são chamadas (termo remete a tubarões), ficaram em oitavo no Pan de Toronto 2015 e não se classificaram para a Rio 2016. Buscam, portanto, mais experiências para crescerem na modalidade. Na programação na Arena ABDA, já treinam nesta quinta-feira, no final da tarde, antes de um jantar de boas-vindas. As hermanas ficarão por aqui até a próxima quarta (9/nov) e, até lá, farão quatro jogos-treino contra equipes da ABDA (inclusive uma masculina).
Para quem quiser acompanhar essas partidas, elas ocorrerão no sábado (5/nov), às 18h, na terça (8/nov), às 9h e às 15h, e na quarta (9/nov), às 19h.
Um detalhe interessante é que os encontros com as atletas bauruenses não se darão somente nos amistosos. Elas treinarão juntas e, claro, as comissões técnicas trocarão muitas informações.
PAULISTA: MAIS VITÓRIAS
No último final de semana, a ABDA conquistou mais duas vitórias no Campeonato Paulista, em partidas disputadas no Sesi, em São Paulo. O sub-15 masculino venceu o CPM por 15 a 2, com destaque para quatro gols de Pedro Zwicker e três de Daniel Ribeiro. “Nossos atletas entraram focados e trabalharam muito em equipe”, destacou o técnico Vinicius Marques, via assessoria. Já o sub-19 feminino teve mais trabalho, mas bateu o Paineiras por 14 a 10, contando com a artilharia de Leticia Belório (quatro gols).
Foto topo: Reprodução
Treinadores comentam o trabalho de Rubén Magnano
O Brasil terminou a primeira fase do Pré-olímpico das Américas em segundo de sua chave. Nesta segunda (5/9), começa a segunda fase e a Seleção precisa terminar em segundo ou terceiro lugar para não cruzar com a favorita Argentina, pois o duelo da semifinal é o que decide a vaga em Londres-2012. Para falar um pouco da situação brasileira na competição e como tem jogado, o Canhota 10 falou com dois treinadores que têm vasto currículo a serviço do Brasil. Guerrinha, do Itabom/Bauru (ex-armador e ex-auxiliar técnico da Seleção), e Antonio Carlos Barbosa, do Ourinhos (ex-treinador da Seleção feminina), comentaram o trabalho de Rubén Magnano.
AS DIFICULDADES
“O Pré-Olímpico é a competição mais difícil, pelo lado emocional, porque existe uma pressão em cima de todos. É que não dá muita chance de erro. O que define é uma situação de momento, uma bola que cai, um erro de lance livre. É bem cirúrgico mesmo, no detalhe. Nesse campeonato, o importante não é jogar bem, é vencer.”
“A disputa é bem equilibrada, de difícil prognóstico. A pressão é igual para todos. Agora, um atleta que faz parte de uma seleção nacional, que disputa um Pré-olímpico, se não conseguir administrar essa pressão, então não tem mesmo que se classificar.”
RUBÉN MAGNANO
“Com o currículo que tem, o Magnano conseguiu barrar a imprensa e blindar o time. Ele conseguiu deixar a imprensa fora, que criticava tanto o trabalho dos treinadores brasileiros. Não puderam assistir a treinos. A imprensa não pode interferir em nada, não opinou.”
“O maior problema do técnico brasileiro é a própria imprensa, que desmoraliza, deprecia, ridiculariza os nossos técnicos, poupando quase sempre os jogadores pelos resultados. Algumas vezes, sem condições para tal, queremos transformar em realidade nossos sonhos, que às vezes estão em um patamar bem acima do que podemos. Aí sobra para o técnico brasileiro. O Magnano está tendo moral com a imprensa especializada. Sempre se agrega valores, mas não o vejo como salvador da pátria.”
O TIME
“O time brasileiro não está melhor com o Magnano. Mas ele trouxe, sim, alguns valores. Passou valores defensivos, muito em função da ausência dos jogadores da NBA. Não melhorou tecnicamente, mas o espírito de Seleção, com atletas que estão ali porque querem. A circunstância ajudou o Magnano a criar esse espírito na equipe. A defesa melhorou, mas o ataque piorou. O revezamento está sendo melhor para a defesa funcionar, mas como o brasileiro não tem a cultura do revezamento, não consegue definir as jogadas lá no ataque se estiver pouco tempo em quadra.”
“Falam que o Brail melhorou sua defesa. Não vejo melhora tática, vejo mais disposição, mais empenho. Se buscarmos os resultados do Brasil nas últimas competições antes do Magnano, vamos ver que a média de pontos sofridos pouco ou nada mudou. Ofensivamente, houve uma melhor rotação de bola, em alguns momentos, mas de resto pouco mudou.”
CHAMARIA NENÊ E LEANDRINHO PARA A OLIMPÍADA?
“Se fosse o técnico da Seleção, não chamaria. Trabalharia com a garra e os valores desse pessoal que nunca deixou de comparecer, jogadores de muito caráter e que sempre estiveram à disposição.”
“Tem que analisar caso a caso, os reais motivos para não atenderem a convocação. Sou contra a vitória a qualquer preço, devemos presevar a disciplina e os objetivos do grupo.”
O Canhota 10 aproveitou para perguntar ao bauruense Barbosa como está seu momento no time de Ourinhos, pentacampeão brasileiro de basquete feminino (2004 a 2008) e vice nas duas últimas edições: “O momento é gratificante, gosto de desafios e de renovar objetivos. E Ourinhos surgiu em um momento muito imporante para mim, pessoalmente. Conseguimos, com uma equipe que não estava realizando um bom campeonato, chegar a uma final. Este ano, com a manutenção de todas as jogadores do ano anterior – mais a Kelly, já com reforços da Silva Gustavo e da Camila – e com mais tempo para um trabalho individualizado, em que preparação física e técnica (fundamentos) estão sendo priorizados, com certeza estaremos em condições de disputar o título da Liga Nacional”, contou Barbosa.