O empate contra o vice-lanterna Manthiqueira, na última quarta-feira, ainda incomoda. Porque ali, sim, foram dois pontos perdidos. Neste domingo ensolarado, o Noroeste foi buscar um ponto contra o Rio Preto. Ficou atrás no placar duas vezes e alcançou o 2 a 2. Claro que não é nada bom empatar diante da torcida, mas a boa partida da dupla de ataque Gindre e Jorge Mauá (autores dos gols) minimizou o prejuízo.
Agora, o Norusca soma 27 pontos e está na sexta posição, apenas três à frente do nono colocado. Isto é, a classificação para os mata-matas ainda não é uma realidade. Os três jogos restantes são cascudos: visita o Monte Azul (que ainda não perdeu em casa), recebe o Olímpia (que luta para não cair) e termina a primeira fase fora de casa, contra o Taboão da Serra, que hoje ocupa exatamente a nona posição…
Pela regularidade — o Noroeste está no G-8 desde a primeira rodada —, tudo indica que a equipe chegará à segunda fase. Mas precisa confirmar isso em campo! Alberto Félix admitiu na coletiva pós-jogo que ainda gira o elenco nas escalações para contar com todos bem na hora da verdade. Foi o caso do meia Michel, hoje titular, enquanto Leandro Oliveira e Samuel seguem poupados. Sobre a possibilidade de Leandro Oliveira estar fora por estar negociando com o São Bento, a palavra oficial do clube é que não há nada, o jogador está fora apenas para recuperação física.
Com uma semana para trabalhar, o Norusca deve se atentar aos erros defensivos e é sempre bom melhorar a pontaria.
O Noroeste empatou com o Rio Preto jogando com Ferreira; Pacheco, Jean Pierre, Marcelinho e Lucas Hipólito; Maicon Douglas, André Rocha (Igor Pimenta), Michel (Wellington) e Vilson; Gindre e Jorge Mauá (Alef).
O habilidoso Leandro Oliveira, autor do segundo gol
O Noroeste segue no limite da fase de classificação, em oitavo, mas com a mesma pontuação do terceiro colocado e a apenas dois do vice-líder – o Red Bull é um caso a parte, liderando com aproveitamento máximo. A vitória por 2 a 1 sobre o Rio Preto, fora de casa, foi uma prova de força, inclusive, contra os próprios erros: novamente o time caiu de produção no segundo tempo, mas desta vez conseguiu segurar o resultado.
Vale destacar o bom momento de Juninho nos chutes de fora da área. Característica antiga do jogador, desde que começou a ser aproveitado no profissional, agora a bola tem entrado e ele se tornou importante arma do Norusca por isso. Guardadas as proporções (que são gigantescas, é só uma inocente comparação), é o Marcos Assunção noroestino.
Agora serão dois duelos em casa e a chance de ficar mais folgado no G-8. Vejamos se Amauri Knevitz manterá a escalação do meio-campo, a mesma desde a estreia – o que significaria a manutenção de Velicka na lateral-esquerda. É que a mexida mudaria um pouco o estilo de jogar do time, que ficaria com o centroavante (agora Roberto, que tomou a posição de Boka) sozinho na frente – pois Velicka entraria no lugar de Romarinho, o que adiantaria um pouco Leandro Oliveira, mas não o tornaria necessariamente um atacante.
Mais comentários sobre o momento noroestino – que é de alerta, pois a tabela chega numa hora crucial, na coluna do jornal BOM DIA desta segunda. Abaixo, mais duas fotos de Milena Aurea, da Agência Bom Dia.
O lateral Bira: mais forte na marcação do que no apoio ao ataqueA torcida Sangue Rubro mais uma vez presente apoiando o Norusca
Velika chuta a gol: o craque do time jogou mesmo na lateral...
No dia em que perdeu um de seus ídolos, o goleiro Navarro (falecido aos 72 anos), o Noroeste estreou na Série A-2 trazendo bom empate com o América de Rio Preto (2 a 2).
Nem mesmo o fato de o time ter aberto 2 a 0 e cedido o empate no segundo tempo é motivo para lamentos. O badalado América, que emplacou boa estratégia de marketing com a chegada do agora cartola Marcelinho Carioca, era favorito para o confronto e viu, atônito, o Alvirrubro sair na frente. No segundo tempo, dominou as ações ofensivas e mereceu chegar à igualdade.
Se foi vacilo ou se o Norusca, pela curta pré-temporada, sentiu fisicamente, somente quem esteve no estádio Teixeirão pode dizer – comente! O que sei é que começar a cascuda segundona paulista com empate fora de casa é bom resultado. Vejamos como os noroestinos se comportam em casa, domingo, contra o Velo Clube. E tomara que Knevitz se convença de que Velicka tem que atuar no meio.
O Noroeste empatou jogando com Nicolas; Bira, Thiago Jr, Marcelinho e Velicka; Everton Garroni, França, Juninho e Leandro Oliveira (Betinho); Romarinho (Rafael Silva) e Boka (Roberto). Abaixo, mais um clique de Sidnei Costa, da parceira Agência BOM DIA.
O Noroeste não estará só em sua estreia na Série A-2, dia 25, em São José do Rio Preto, contra o América. A torcida Sangue Rubro organiza excursão.
A saída de Bauru será às 16h30 do dia 25 e a passagem custa R$ 23. Falar com o Pavanello (3011-1936) ou direto na sede da Sangue (rua Ângelo Cerigato, 8-73, Vila Pacífico).
Formação mais experiente dominou a partida; Saran busca time ideal
Texto publicado na edição de 29 de agosto de 2011 do jornal BOM DIA BAURU
Procurando o time ideal
Tem gente que diz que futebol é simples, não tem segredo. Bota a bola no chão, toca direitinho e o gol sai. Mas como é difícil fazer esse beabá! E não existe fórmula. É o decorrer das rodadas que forja um time vencedor, testando a paciência dos torcedores nesse trajeto. Veja o Noroeste, ainda longe da excelência: há um clamor pela escalação dos garotos, que têm resolvido em algumas partidas, mas na vitória do último sábado (2 a 0 sobre o Rio Preto), a experiência prevaleceu. Um time titular com média de 24 anos de idade se impôs no primeiro tempo, construiu o resultado e cozinhou o jogo no segundo, já com um atleta a menos em campo.
Dos 11 que foram a campo, apenas quatro são formados formados pelo Norusca e nenhum deles do atual elenco sub-20. Nas substituições, entraram mais três frutos da base. Isso não quer dizer que o treinador Jorge Saran encontrou o tempero perfeito. Está quase: Mizael entrou bem na lateral-direita, a zaga se comporta melhor sem Cris e, como era esperado, Tales deu qualidade ao meio-campo. Resta acertar o setor ofensivo, pois falta melhorar armação – o meia Altair tem mais gols do que assistências no campeonato e o centroavante do time, Anderson Cavalo, ainda não balançou as redes. Na evolução dos reforços Da Silva e Daniel Grando – que se encaixaram bem, mas falta entrosamento e ritmo de jogo –, mora a esperança de o quarteto da frente deslanchar.
Nessa procura por eficiência, pelo time ideal, é importante seguir adiante na Copa Paulista. E a rodada ajudou. A vitória sobre o Rio Preto, concorrente direto, deixou-o mais longe, a quatro pontos do Noroeste, quinto colocado. E como o Penapolense (quarto) apenas empatou com o laterna XV de Jaú, a distância para o G-4 é de apenas dois pontos.
Cautela pode
Ganhando de 2 a 0 e com um jogador a menos desde o fim do primeiro tempo, era de se esperar que Jorge Saran deixasse o time um pouco mais cauteloso, para garantir os três pontos. Iniciou a etapa final, porém, ainda com dois atacantes e só mais tarde deixou o jovem Vitor Hugo isolado na frente. Treinador é cobrado, de forma equivocada, a ser sempre ofensivo. Contra os rio-pretenses, ok, o time era fraco, não ameaçou e o Noroeste poderia perseguir melhor saldo de gols. Mas haverá partidas que exigirão prudência maior, pois o resultado é mais importante do que o espetáculo e, quando ele já está construído, deve ser mantido.
Mais uma noroestina
Levei minha filha Ana, de dois anos e meio, pela primeira vez ao Alfredo de Castilho. Assim que avistou o gramado, disse “Que lindo, papai!”, encantada pela imagem inédita para seus olhinhos. Durante o jogo, ocupou-se mais com sua boneca e devorou dois picolés. Ela, que chama tanto futebol quanto basquete de “gol” e diz que é palmeirense, já bateu palmas com a torcida no ginásio da Luso e, à sua maneira, gosta do ambiente esportivo. Se o Noroeste vive uma crise de identidade e viu nascer poucos torcedores nas últimas décadas, pelo menos nesse sábado mais uma sementinha alvirrubra foi semeada.
O calor rendeu
Além dos dois picolés da pequena Ana, o sêo Célio vendeu outros 68, faturando R$ 70 durante Noroeste x Rio Preto. Bom número, considerando a concorrência com pipocas e amendoins e o pequeno público no Alfredão – 244 pagantes, além de credenciados, familiares de jogadores e de 93 crianças da Escola Estadual Stela Machado (ação do projeto Primeira Pele). A média de público do Norusca como mandante é de 268 torcedores.
Papo de basquete
Perder de Limeira fora de casa não é nenhuma catástrofe. Problema foi o Itabom/Bauru sofrer apagão no segundo tempo. Contra um adversário qualificado, os erros ficaram evidentes: excesso de violações e a volta da “Larry dependência”. Muito trabalho para Guerrinha acertar o time durante a semana: o Bauru Basket recebe Franca no próximo dia 4, jogo termômetro das pretensões da equipe no Campeonato Paulista