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Vice paulista do Gocil Bauru Basket ficou de bom tamanho

retranca-bauru-basketNinguém gosta de perder para o rival, sobretudo porque vai-se embora a piada dos torcedores de que Mogi não tinha títulos (considerando a partir da retomada, em 2011). Mas mesmo o mais teimoso bauruense há de concordar com o tamanho do merecimento do título paulista dos mogianos. Um troféu que está para eles como está o estadual de 2013 para o Dragão, depois de tanto tentar. E foi para sair do quase que Mogi das Cruzes focou o Paulista, preparou-se para esse momento.

Dito isso, o vice-campeonato do Gocil Bauru está de bom tamanho. Sobretudo porque nem era algo imaginado ou planejado. Desejado, sempre — quem não gosta de ganhar? Mas, com muitas interrogações na formação do elenco e desfalques de Seleção Brasileira, decidiu-se por disputar o estadual com a molecada. E revelou-se, no calor das entrevistas pós-final, que a entrada dos adultos na competição foi antecipada — num momento em que boa parte da torcida já estava impaciente, diga-se. Conclui-se que anteciparam para garantir a ida aos playoffs e que, portanto, houve um momento em que nem chegar neles foi uma possibilidade. Isto é, o vice é um baita lucro.

Sobre lançar a molecada aos leões, já opinei muito. Penso que valeu a pena e disse isso aqui e aqui. Quando foi para a semi, disse que a partir daquele ponto, ganhar ou perder já não teria ligação com a primeira fase, com as escolhas anteriores. Com o time completo, ganhamos um termômetro do que pode fazer no NBB 9. E o fato de ter jogado a decisão de igual para igual foi um bom sinal. Não teria sido nenhum absurdo vencer essas partidas e levantar o tetra estadual. Assim, a equipe chega mais cascuda no nacional. Precoce imaginar onde vai chegar, que alterações o elenco vai sofrer, mas já há um bom parâmetro de que disputará a temporada regular entre as principais forças.

demetrius-bauru-vice-paulistaELENCO EM ABERTO
Enquanto escrevo este texto, terminou o flerte entre Hett e um clube da Lituânia, Roy Booker está sob ameaça e o possível fim de Rio Claro poderia significar novas peças por aqui. Um tabuleiro confuso, pois o movimento de uma peça influencia outro, já que a grana está curta. O que é certo é que o técnico Demétrius Ferracciú (foto) tem coisas para acertar. Alex e Meindl têm levado muito a bola para poupar Valtinho, expediente que já se mostrou desgastante na última temporada, com Paulinho Boracini no sacrifício. E enquanto se fala em reforços, penso eu que é hora, sim, de apostar de vez nos garotos Gui Santos, Stefano, Eltink, Jaú e Maicão. Dar-lhes confiança e minutos e ver no que vai dar na prática. Ou há algum armador diferenciado dando sopa por aí? Você apostaria em Gui Santos ou gastaria com Gegê? Eu fico com o material caseiro.

 

Fotos: Caio Casagrande/13 Comunicação/Bauru Basket

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Bauru 2, Pinheiros 1: o planejamento e a semifinal

retranca-bauru-basketLá vou eu escrever com atraso. Ou não. Se o(a) leitor(a) considerar que não estou aqui para informar resultado ou descrever a partida e, sim, para refletir sobre o resultado, estamos sempre no timing. Sendo assim, a vitória do Gocil Bauru sobre o Pinheiros, por 95 a 88, significou mais do que a vaga na semifinal do Campeonato Paulista. Mostrou a aposta acertada do que aconteceu até aqui — molecada abrindo os trabalhos, roendo o osso mesmo antes de os adultos assumirem a bronca.

(Antes de seguir, um parêntese: o jogo 2 serve como um grande aviso, a queda de produção no último período, que definiu a vitória do Pinheiros, foi avassaladora e preocupante. Os guerreiros reagiram logo, não deixaram escapar a vaga, mas precisam conversar muito sobre os fatores que resultaram naquele desastroso período perdido por 34 a 10…)

Voltando. Quem acompanhou minhas recentes argumentações sabe que não vi problema no planejamento do time, que de fato jogou a molecada aos leões em boa parte da primeira fase do estadual — este texto resume bem. Respeito demais quem pense diferente, mas acredito que valeu tanto para os meninos do sub-19 aprenderem errando (a melhor forma de aprender), quanto para os adultos cuidarem da forma física pensando em toda a temporada.

No fim das contas, o time está aí, na semifinal, apesar da campanha cheia de derrotas — derrotas essas normais, as dos meninos. E perder um playoff daqui por diante independe do que foi feito até aqui, não serve de argumento se o título paulista não vier. Por quê? Porque o sétimo lugar acabou sendo benéfico, pois tirou Mogi das Cruzes do caminho antes da decisão. Ah, mas tem o duríssimo time de Franca agora. Tem. Mais uma ótima oportunidade de calejar o Dragão para as tantas batalhas que a temporada ainda reserva.

E vamos combinar que o título paulista é bacana de ganhar, mas não é prioridade. Goste o torcedor ou não, o recado da Associação é muito claro quanto a isso. O estadual é mesmo o ponto de sacrifício visando fôlego até o fim do NBB. Se vier, é lucro. E aí está a parte boa: Alex e companhia vão dar o sangue em quadra por esse lucro.

No mais, o Pinheiros se mostrou um grande adversário, é uma molecada valorosa. Pesou a maturidade bauruense para conduzir bem o terceiro jogo e fechar a série. Agora, é usar a experiência e ter cabeça fria para não cair na provocação francana — ou não provocar. Não interessa quem acende o pavio. Ninguém aguenta mais ver treta nas quadras de basquete. Que joguem bola, apenas.

Time faz a festa da classificação
Time faz a festa da classificação. Fotos: Caio Casagrande/13 Comunicação/Bauru Basket

ABRE ASPAS
Declarações pós-jogo 3 ao repórter Lucas Rocha (Jornada Esportiva/Auri-Verde):

“Depois da péssima atuação de sexta, ficamos remoendo aquela derrota, conversamos muito para evitar os erros de novo. Agora estamos evoluindo, crescendo e o time está de parabéns por hoje. Agora vem parada duríssima contra Franca”, disse o ala-pivô Jefferson William.

“Hoje jogamos realmente como equipe, como grupo, como jogamos até o terceiro quarto de anteontem. Minha preocupação era não oscilar muito dessa vez e conseguimos manter o controle o jogo inteiro. Foi um jogo muito físico e com o Pinheiros com bom aproveitamento, mas nossa defesa se comportou bem e conseguimos impor mais dificuldade a eles. Tudo isso é resultado de concentração e de realizar o que estava programado”, avaliou o técnico Demétrius.

NUMERALHA
Hett: 20 pontos, 9 rebotes, 2 assistências, 1 roubo, 1 toco
Jé: 20 pontos, 5 rebotes, 4 assistências
Roy: 15 pontos, 3 rebotes, 2 roubos em apenas 11min!
Maestro Valter: 13 pontos, 3 assistências, 2 roubos
Brabo: 9 pontos, 4 rebotes, 3 assistências, 3 roubos, 3 tocos!!!
Meindl: 8 pontos, 3 rebotes, 2 roubos
Eltink: 6 pontos, 2 rebotes
Jaú: 3 pontos, 1 rebote
Gui Santos: 1 ponto, 1 rebote
Shiltão: 2 rebotes, 4 faltas e poucos minutos

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Bauru 1, Pinheiros 0: Dragão vai se ajustando com a bola em jogo

retranca-bauru-basket(Direto da Panela) Quem imaginava um passeio bauruense, precisou esperar até o último segundo para comemorar a vitória por 83 a 80 sobre o Pinheiros, na abertura da série quartas de final do Campeonato Paulista. Foi até bom para aquecer a noitinha chuvosa e extrair barulho da galera — em número tímido para a importância do jogo, sinal de que a majorada no preço em fim de mês não funcionou.

Com 1 a 0, agora o Gocil Bauru tem duas chances na capital para fechar o playoff e avançar à semifinal. A primeira delas na sexta-feira (7/out), às 19h30, no ginásio Henrique Vilaboim. Capaz de os bauruenses por lá fazerem mais barulho do que a diminuta torcida local. Apesar de ser reta final do estadual, é nítido que o time ainda está se ajeitando. O que confere ainda mais importância a essa vitória, a sexta em nove jogos desde que os adultos passaram a agregar a campanha.

Expectativa para o retorno de Alex Garcia, que ficou fora após sofrer um trauma no músculo posterior da coxa esquerda durante o treino de domingo — uma paulistinha do Maicão, sem querer, claro, porque o menino tem amor à vida.

Meindl: asas nos pés. Jé (ao fundo), destacou-se nos triplos e nos roubos
Meindl: asas nos pés. Jé (ao fundo) destacou-se nos triplos e nos roubos

DESTAQUES DA PELEJA
Todos de olho na estreia de Roy Booker, o escolta que tem estatura de Larry, estilo de jogo de Larry e também se chama Júnior. Era claro que ainda corria de freio de mão puxado e tentando entender os movimentos táticos, mas era nítido também que sabia o que fazer com a bola. Errou dois passes, depois se soltou, arriscou infiltrações e deu trabalho para a defesa pinheirense. Pode render muito mais, é só o começo.

Vale ressaltar demais a atuação de Valtinho. Pontuou em dois dígitos, o que não é sua obrigação, assistiu como sempre e brindou a torcida com uma infiltração garrincheira, mostrando estar fininho e com fôlego de um menino de 39 anos.

A mão quente de Hett, cestinha do jogo, o bom reflexo de , roubando bolas importantes — uma delas nos segundos finais —, e a velocidade de Meindl também marcaram a vitória. A impressão é que o camisa 23 poderia jogar mais 40min.

EU QUERO
A bela camisa rosa, confeccionada pela Aktion — a mais bonita desde que o Bauru Basket faz essa ação no Outrubro Rosa —, teve venda prometida para a partida, mas houve um problema de logística. Fica a expectativa de ser disponibilizada em loja física, afinal, o preço está convidativo (R$ 60). Por enquanto, a fornecedora está utilizando o site Mercado Livre.

ABRE ASPAS

Falei com Jefferson William, o ladrão de bola do jogo:

 

Léo Meindl falou do seu esforço da partida e da dificuldade da vitória:

 

A avaliação da vitória pelo técnico Demétrius, que comentou a estreia de Booker:

 

Falei também com Roy Booker, mas vou poupá-los de ouvir meu inglês maravilhoso. Transcrevo: “Foi difícil pra mim, porque não falo português, então é complicado entender o que estão tentando me dizer, mas é um processo de aprendizado. Meus colegas e os treinadores tiveram atenção comigo, vão me ajudar a aprender o mais rápido possível. Vai levar um tempo para eu me sentir mais confortável. Mas vou te dizer uma coisa: estou confiante, mais do que estava ontem e menos do que estarei mais amanhã”. Falou e disse, o novo gringo bauruense.

NUMERALHA
Canelaimeir: 25 pontos, 9 rebotes, 2 assistências, 2 roubos
Léo Monstro: 17 pontos, 6 rebotes
Maestro Valter: 14 pontos, 8 assistências, 2 roubos
Jé: 13 pontos, 6 rebotes, 3 roubos (!)
Roy Booker: 7 pontos, 2 rebotes, 1 assistência
Eltink: 4 pontos, 1 rebote
Gui Santos: 3 pontos, 4 rebotes

 

Fotos: Caio Casagrande/13 Comunicação/Bauru Basket

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Vôlei Bauru

Agora vai! Concilig Vôlei Bauru começa bem playoffs do Paulista

retranca-paulista-voleiFoi um sábado especial para o Concilig Vôlei Bauru e sua torcida. Depois de uma primeira fase levada no ponto morto (apenas uma vitória em seis partidas), o Campeonato Paulista começou pra valer, exigindo resposta rápida para seu enxuto sistema de playoffs. Assim, as gigantes confirmaram o fator casa e derrotaram o Sesi por 3 sets a 1 (parciais de  25×22, 25×23, 22×25 e 25×19), em 1h51min de jogo. A cobertura completa dessa vitória está caprichada lá na Locomotiva Esportiva, essa turma parceira e competente.

O segundo e decisivo confronto será quarta, 5/out, às 19h, em Santo André. Uma derrota bauruense obriga a disputa do golden set (25 pontos, logo após a partida).

Mas o Concilig deu um recado bem claro de que pretende superar o jovem e qualificado Sesi com duas vitórias. E fica a dúvida do desavisado: Bauru, sexto colocado, tornou-se favorito diante do segundo lugar da classificação? Sim. Algo semelhante ao que acontece no estadual de basquete masculino, com o Dragão (sétimo) melhor cotado do que o Pinheiros (segundo) em sua série quartas. Em ambos os casos, a fase inicial foi de ajustes, experiências e, principalmente, momento de nivelar a forma física de elencos que foram se encorpando com a competição em andamento.

No caso das gigantes, os três títulos até aqui na temporada (dois torneios amistosos mais os Jogos Abertos) servem como termômetro do poder do elenco em detrimento dessa primeira fase errante.

volei-bauru-sesi-paulista-riveraDOMINICANAS
A partida marcou as estreias das dominicanas Brenda Castillo e Prisilla Rivera. A primeira chegou chegando, titularíssima e melhorando a qualidade do passe bauruense. Já Rivera (foto) teve participação menor, mas deu sua contribuição. “Apesar de ter jogado pouco, acredito que pude ajudar minhas companheiras e contribuir de alguma forma para o bom resultado do nosso time”, disse a camisa 14, via assessoria.

PODER DE REAÇÃO
Importante a destacar nessa vitória do Concilig as viradas no placar do segundo e quarto sets. “Ganhar é sempre bom, ainda melhor é ver a maturidade da nossa equipe e saber que ainda temos muito pra evoluir”, comemorou o técnico Marcos Kwiek. “Nossa equipe soube se portar bem em quadra, mesmo após perder o terceiro set e ficar atrás no quarto. Mais uma vez mostramos um bom poder de reação”, avaliou a oposta Bruna Honório.

 

Fotos: Marina Beppu/Vôlei Bauru

 

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Bauru Basket

Obrigado, Roberdei

retranca-bauru-basket(Direto da Panela) Onze segundos para o final da partida, placar folgado. Torcida de pé nas arquibancadas aplaudindo os últimos instantes da carreira de Robert Day. Os adversários também se rendem ao clima e estendem o tapete vermelho para a cesta derradeira. De três, claro. Melhor roteiro impossível para esse final feliz.

Como prometera, o camisa 31 doou-se em quadra e contribuiu com a vitória de 78 a 60 sobre o Pinheiros, que garantiu ao Gocil Bauru uma vaga nos playoffs do Campeonato Paulista — com a derrota do América para a Liga Sorocabana, mais tarde, o Dragão terminou em sétimo e encara o próprio Pinheiros nas quartas.

O abraço no "irmão" Valtinho, parceiro dos tempos de Uberlândia
O abraço no “irmão” Valtinho, parceiro dos tempos de Uberlândia

Fora de forma, sem ritmo de jogo, Day deve estar, a esta altura, lidando com as dores no corpo após tanta entrega em quadra. Foram 12min intensos, esforçando-se na marcação, tentando entender as jogadas, encontrando espaços para seu arremesso certeiro. O período de inatividade cobrou sua conta nos quatro lances livres que perdeu, mas o placar sob controle permitiu essa regalia.

Acompanhado da esposa, Reena (com ele, na foto acima), recebeu bela e merecida homenagem, daquelas para bater no peito e dizer fiz tudo certo, plantei boas sementes. Os colegas de time ali, no centro da quadra, reverenciando não só um profissional talentoso, mas um amigo. Entrevistas dadas, o dono da festa ainda dedicou seu tempo para as últimas fotos, os últimos abraços com torcedores. Eu também fui lá, despi-me do jornalismo e fui abraçá-lo, desejar boa sorte. Obrigado, Roberdei.

ABRE ASPAS
Repercuti a partida com alguns personagens do jogo e, claro, falamos sobre Day (cuja entrevista está aqui):

O ex-bauruense Mathias, que jogou e foi campeão com Day:

 

O ala-pivô Jefferson William, um dos grandes amigos do camisa 31:

 

O técnico Demétrius avalia a vitória, o momento do time e comenta a participação do agora ex-jogador:

 

 

Ao lado do amigo Brabo: cestinhas do jogo
Ao lado do amigo Brabo: cestinhas do jogo

NUMERALHA
Alex Garcia: 22 pontos, 4 rebotes, 7 assistências
Robert Day: 12 pontos, 2 rebotes, 1 assistência
Léo Meindl: 10 pontos, 3 rebotes, 2 assistências
Rafael Hettsheimeir: 9 pontos, 7 rebotes, 2 roubos
Gui Santos: 9 pontos, 5 rebotes, 4 assistências
Jefferson William: 8 pontos, 6 rebotes
Valtinho: 5 pontos, 3 assistências
Shilton: 3 pontos, 11 rebotes

 

Mais cliques dessa tarde especial:

Aplaudido de pé nos últimos segundos
Aplaudido de pé nos últimos segundos

 

Homenagem da Torcida Fúria
Homenagem da Torcida Fúria

 

Recebendo placa das mãos do presidente, Beto Fornazari
Recebendo placa das mãos do presidente, Beto Fornazari