Que terça-feira agitada! O dia em que a Liga Nacional de Basquete lançou oficialmente a nona edição no Novo Basquete Brasil (NBB) era também de ultimato para o Rio Claro, com problemas para continuar após a oposição levar a melhor nas eleições — é sempre complicadíssimo depender do poder público… Dessa forma, com os jogadores da Cidade Azul dando sopa, o Gocil Bauru resolveu agir rápido e fazer uma reformulação pontual em seu elenco.
Sai o escolta Roy Booker, chegam o armador Gegê e o ala Gui Deodato — informação antecipada pelo colega Luiz Lanzoni, da Auri-Verde, ontem. O Repórter Tá no Jogo também falou no pivô Teichmann, mas este não deve vir — conversa com o Vasco. Foi mesmo um arranjo financeiro. Saiu o gringo após menos de dois meses, ganhando em dólar, e chegaram os dois reforços. Claro que o fator técnico também pesou, sobretudo a limitação defensiva do norte-americano. Mas seu potencial ofensivo era inquestionável. Enfim, resolveram mexer antes de a bola subir no NBB.
GEGÊ
No meu texto anterior, aliás, cheguei a comentar que não traria Gegê, preferiria apostar em Gui Santos. Uma ducha de água fria para o crescimento do camisa 20. Mas é compreensível que o armador formado pelo Flamengo vai agregar. Boa sorte e bom trabalho a ele, que apesar de jovem (25 anos), acumula quatro títulos do NBB e também um troféu da Liga de Desenvolvimento, além de já ter passado pela Seleção Brasileira.
Médias históricas no NBB: 18min em quadra, 3,8 pontos, 1,7 rebote, 2,7 assistências
No último Paulista: 30min, 9,5 pontos, 3,6 rebotes, 3,7 assistências
GUI!!!
Batman, o retorno. A torcida está celebrando muito nas redes sociais. Menino bom, 100% bauruense, saiu chateado, mas aceitou com humildade e entusiasmo o convite para disputar o Mundial contra o Real Madrid. Fez o que se esperava dele em Rio Claro, virou protagonista, pontuou muito (média de 15 pontos no NBB 8)e conquistou a torcida por lá também. Mas o lugar de Gui Deodato é aqui. Certa vez, aliás, um membro da diretoria me confidenciou: “Por mim, não teria saído”. Pela torcida, também não. Mas acredito que foi importante para a carreira dele. O número da camisa? Como Valtinho está com a 9, o Batman vai vestir a número 1 — Gegê será o 19.
Médias históricas no NBB: 20min em quadra, 7,9 pontos, 1,9 rebote, 1,2 assistência
No último Paulista: 33min, 14,9 pontos, 3 rebotes, 2,5 assistências
BYE, BOOKER
Nem deu tempo de mostrar serviço. O gringo ainda estava atônito quando falei com ele, com exclusividade. “Penso que não fui mal, o que você achou?”, questionou-me. “É meio louco isso, porque eu acho que não fiz nada de errado, não joguei mal, mas não sei… Talvez o treinador queria outros nomes. Eu realmente não sei o que está acontecendo”, lamentou, antes de saber do anúncio oficial de sua saída.
Mas Booker não deverá ficar muito tempo parado. Seu provável destino é o Obras Sanitarias, da Argentina. Booker disputou oito partidas e teve médias de 18min, 10,2 pontos, 2,6 rebotes e 1,1 assistência.
Fotos: Divulgação (Bruno Ulivieri/Rio Claro, Caio Casagrande/Bauru Basket, Luiz Pires/LNB