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“Precisamos urgentemente de mais dois reforços”

Guerrinha fala ao Canhota 10 sobre treinos sem Larry e Douglas

O treinador Guerrinha, do Itabom/Bauru, esteve descansando alguns dias, após período de amistosos na China, comandando um combinado brasileiro. Enquanto isso, o mercado do basquete se agitou, a Seleção Brasileira foi convocada e isso refletiu no time bauruense, sobretudo porque, com Larry Taylor e Douglas Nunes na Seleção, não é possível, hoje, completar um coletivo. Em entrevista por e-mail ao Canhota 10, o técnico também falou das dificuldades financeiras e da necessidade de patrocínios. E, como sempre faz, salientou que este canal é uma oportunidade de falar com os amantes do basquete. “Agradecido pela oportunidade de sempre poder esclarecer e colocar os assuntos pertinentes, de uma forma bem transparente, da nossa equipe à nossa torcida, que merece esse respeito e atenção”, disse Guerrinha. Confira:

O que muda sem Larry e Douglas nos treinos
“Muda muita coisa, mas o Bauru Basket não tem como deixar de atender a convocação dos seus jogadores. Ganhamos publicidade por um lado, mas perdemos fisicamente os jogadores no dia a dia da equipe, ou seja, são dois titulares a menos até a volta. Precisamos lembrar que já estamos iniciando a temporada sem dois titulares da temporada passada, o Jeff e o Alex. No caso do Jeff, ainda não conseguimos repor no nível de titular, mas temos para o revezamento melhor do que do ano passado. No lugar do Alex, temos o Pilar, que fará muito bem essa função até conseguirmos orçamento para trazer um especialista na função.”

Mais reforços
“Em relação aos treinamentos, precisamos urgentemente de mais dois jogadores para completar dez para termos treinos na parte coletiva – uma necessidade física para termos dez sem as presenças do Larry e do Douglas, por atenderem a convocação. O Bauru Basket é uma equipe jovem e precisa de treinar, o problema todo passa pelo orçamento. Hoje estamos 30% abaixo do final da temporada passada, ainda não renovaram alguns Amigos do Basquete (Nutrisaúde, Claro), isso nos deixa muito complicados para poder administrar a equipe atual sem reforços.”

À procura de patrocínio
“Nos próximos dias, iremos apresentar à nossa comunidade, principalmente aos pequenos e médios empresários, uma campanha para adesão a nossa equipe para participar de uma forma mais direta, ou seja, as empresas – através de cotas de todo valor que ajuste as suas possibilidades – dariam à equipe condições de, no mínimo, iniciar a temporada sem pendências. Conforme forem aumentando as adesões, poderemos pensar em reforçar nas posições que perdemos os jogadores titulares. Temos várias boas opções já conversadas, mas precisamos da parte financeira para poder viabilizar.”

Pré-temporada na China
“Estamos aguardando a proposta da viagem em forma de contrato, datas que serão os jogos, para dar a resposta. Estamos também aguardando de uma forma oficial a data do início do Paulista, para nos organizarmos para uma possível viagem de dez dias, como nesse caso.”

Copa EPTV
“Se tivermos no nosso calendário condições de atender, iremos participar para defender o título do ano passado e preparar a equipe para o Paulista.”

Um pedido e um recado
“Vamos ver se aparece uma luz nas pessoas que decidem em Bauru para fora da quadra. Termos, no mínimo, uma estrutura justa com as nossas necessidades para fazer a equipe brigar de igual contras as demais, que tem estrutura e estão sempre melhorando e se reforçando dentro e fora da quadra, a cada temporada. Temos como filosofia de trabalho o que o basketball oferece para quem se apaixona por ele: emoção e sempre ACREDITAR… É o único esporte que TERMINA mas não acaba… O cronômetro zerado, a bola ainda está no ar para definir o jogo… Essa é uma prova de que devemos sempre acreditar na vitória ou, no nosso caso, em melhorias fora da quadra para seguirmos trabalhando da forma que sempre trabalhamos.”

Foto na home: Sergio Domingues/Bauru Basket

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Jeff Agba fora de Bauru

Três por um: sai o norte-americano, chegam três novos pivôs

Pronto. É definitivo, conforme publicou o BOM DIA em seu portal (reportagem de Gustavo Longo). A diretoria do Bauru Basket não estava blefando quando disse que não pagaria um centavo a mais, ao mesmo tempo em que os agentes de Jef Agba também não arredaram o pé. E Guerrinha, recém-chegado da China, deve ter fiado sua informação no otimismo, ao me dizer que a renovação com o pivô norte-americano estava encaminhada.

Por outro lado, a informação que ele passou em primeira mão ao Canhota 10, durante a festa de premiação do NBB, procedeu: o pivô André, ex-Assis, foi contratado. Com ele veio o também pivô Mosso.

Por fim, outra novidade esperada, pelo entusiasmo com que o treinador comentava de sua estatura (2,12m) nos e-mails enviados da China: Alex Passilongo, ex-Vitória, fechou.

Assim, são três novos pivôs que, juntos, não chegam ao salário de Jeff Agba, que sobrecarregava as finanças do Itabom/Bauru. A torcida pode lamentar, mas não criticar, pois a grana está curta e um novo copatrocinador master ainda não chegou. Por outro lado, com o exemplo de Douglas Nunes, principalmente, é de se esperar que Guerrinha desenvolva o potencial desses atletas que estão chegando.

Resumindo, o garrafão de Bauru foi renovado: saem Renato, Ricardo e Jeff Agba e chegam André, Mosso e Alex. Boto fé em Alex, que em um elenco muito mais encorpado que o de Vitória, deverá render mais.

Publicaria os números desses três jogadores no NBB3, mas no exato momento em que escrevo, o site da Liga Nacional de Basquete está, aparentemente, sendo vítima de hackers, com uma bolinha de futebol pingando na tela…

Segundo a reportagem, falta um ala para fechar o elenco – que só virá quando mais grana chegar. E como havia o sonho de um brasileiro renomado, mas todos os nomes de peso já estão acertados com seus clubes, Guerrinha vai atrás de um estrangeiro, até porque o treinador reclamou do “mercado inflacionado” internamente. Daniel Zilmer, o Gaúcho, estava nos planos, mas foi descartado por motivos financeiros.

Análise do Canhota 10: Jeff Agba é bom pivô, não à toa foi um dos três melhores de sua posição no NBB3. Mas está longe de ser craque, indispensável. Um amigo meu o apelidou de “mão de alface”, pela forma afoita como recebia algum passe mais difícil, sobretudo os de Larry. Segundo o próprio Guerrinha, ele tinha que melhorar sua postura defensiva, rotacionar melhor. Por outro lado, tem um jump excelente, dificilmente erra um arremesso do perímetro. Vai fazer falta? Só saberemos a partir da resposta dos três reforços em quadra.

A minha impressão é a de que, para o Campeonato Paulista, o time vai ralar com o que tem e ganhar tempo para melhorar o aporte financeiro para, aí sim, chegar mais forte no NBB.