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Coluna da semana: Brasileirão, Norusca e Bauru Basket

Texto publicado na edição de 28 de novembro de 2011 no jornal BOM DIA BAURU

Abordo a emocionante reta final do Brasileirão – defendendo os pontos corridos -, o silêncio noroestino e a invencibilidade do Itabom/Bauru. Boa leitura!

É o futebol brasileiro!

Engraçado eu pegar emprestado uma frase justamente de Galvão Bueno, ferrenho defensor do mata-mata. Mas que bom é o futebol brasileiro com pontos corridos! Que rodada foi essa de ontem… Já não sei quantas vezes escrevi defendendo esse sistema de disputa, então, não vou me alongar nesse tema. Já está mais do que provada sua eficiência, inclusive mercadologicamente: por reter a atenção do torcedor jogo a jogo, o número de compradores de pacote pay-per-view dobrou nos últimos dois anos, por exemplo.

Essa discussão leva a outra: o nível técnico do Brasileirão. Os mau humorados dizem que muitos times disputando o título significa nivelamento por baixo. Quando o São Paulo disparava na frente há quatro anos, diziam que não tinha adversários, eram todos fracos… Isto é, a ordem é a crítica gratuita.

Até aceito o argumento de um amigo que pede para não confundirmos qualidade com emoção – que há de sobra! Mas o que o torcedor mais quer, senão se emocionar? Só que não consigo ver, além de Barcelona e outros três gigantes europeus, um jogo tão melhor do que o que é disputado aqui.

Para fechar: mesmo na Série B, que teve a Portuguesa campeã por antecipação, torcedores ficaram sem fôlego até a última rodada, pela briga por vaga na elite. Vida longa aos pontos corridos!

Vai dar Timão
O Palmeiras vai dar a vida em campo para evitar o pentacampeonato brasileiro do Corinthians – que ultrapassaria o rival, considerando as taças disputadas desde 1971. Só que a diferença de qualidade é tanta que empatar já seria uma façanha alviverde. E o empate basta para o Timão levar a taça.

Pode dar zebra? Pode. Mas o Alvinegro, mesmo perdendo, ainda conta com o empate ou derrota do Vasco, que enfrenta o Flamengo, que precisa somente empatar para se garantir na Libertadores. E os rubro-negros, a exemplo dos palmeirenses, darão a vida em campo, com a diferença de que têm mais qualidade do que o time de Felipão. Podem comprar o chope, corintianos.

Bolso vazio
A coluna apurou que até o fim da última semana, os funcionários do Noroeste ainda estavam com salários atrasados. O clube vive um momento silencioso, estão todos apreensivos e cheios de interrogações. A ansiedade é grande para que chegue logo quinta-feira, dia da reapresentação do elenco. Virá um pacotão de novidades? Novo treinador, reforços… Não duvido – e isso é só um palpite – que o diretor Beto Souza reassuma seu cargo, em consideração à família Garcia nesse momento conturbado. Só resta esperar, que é o que mais os noroestinos têm feito.

Papo de basquete
Parecia jogo de playoff. O ginásio da Luso tremeu mais uma vez – como a torcida joga junto! A vitória do último sábado (sobre São José) valeu ao Itabom/Bauru a condição de único invicto no Novo Basquete Brasil. Valeu também para mostrar que o entusiasmo com o ala Nathan Thomas tem que ser dosado. Depois de boa estreia contra Joinville, ele zerou em pontos, mas foi importante na defesa (cinco rebotes e um roubada de bola). Além disso, já pode ser considerado o sexto-homem (jogador mais minutos em quadra depois dos titulares).

O norte-americano comentou à coluna seu último desempenho. “Meu impacto no jogo era mais necessário defensivamente, pegando rebotes e na marcação. Esse é o meu papel agora e qualquer ponto que eu fizer será como um bônus!”, disse o empolgado jogador, que já caiu nas graças da torcida por seu carisma e dedicação ao time – basta observá-lo torcendo quando está no banco ou como vibra a cada bola recuperada.

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Bauru Basket

Bauru vence Joinville e segue invicto

Dois jogos, duas vitórias. Ainda não está aquela maravilha, mas pelo menos o fator casa está prevalecendo. Nota para o estreante Nathan Thomas, que tem um vigor físico impressionante! Ainda é afobado, mas tem potencial. Já começou com uma rebodunk!

Confira a crônica do jogo lá no Basketeria, conteúdo parceiro do Canhota 10, para quem fiz cobertura presencial.

Abaixo, alguns cliques do jogo, feitos por mim mesmo!

Larry aperta a marcação: Alienígena completou 100 jogos pelo NBB
Nathan Thomas e Pilar deverão disputar a titularidade da posição 3 durante o NBB4
Bastidores: os treinadores Guerrinha e Neto trocam ideias. À direita, mão na massa: o gerente da Liga, Sergio Domenici, cola pessoalmente adesivos do NBB na tabela, ao lado do diretor do Bauru, Vitinho Jacob
Estratégia: Guerrinha e Neto orientam seus jogadores
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Coluna da semana: a derrota do Noroeste e o “acerto” de Nathan Thomas com o Bauru Basket

Texto publicado na edição de 24 de outubro de 2011 no jornal BOM DIA BAURU

FALTAM DOIS JOGOS

Muito já se falou desse controverso segundo semestre do Noroeste. Laboratório, uso da base e daí por diante… Todo ano é a mesma coisa. “Semestre perdido” é a expressão recorrente, aquela muleta de discurso tratada pela coluna na semana anterior. No mundo ideal, o time que disputará a Série A-2 de 2012 já deveria estar pronto e entrosado. Mas a realidade não é tão generosa assim. Nem com o clube bauruense, nem com ninguém. Cada metade de temporada tem vida própria. Somente planejamento e continuidade refletem resultados de uma competição para outra. E até que o Noroeste já colhe frutos de suas categorias de base – reativadas há cerca de um ano – que deverão encorpar o grupo ano que vem.

Vamos combinar assim: o Alvirrubro tem dois jogos para decidir sua permanência na Copa Paulista. Esse é o foco. Deixemos a roupa suja para outra hora.

Apatia
No sábado, na derrota para a Ferroviária, o Norusca se arrastou em campo em rede nacional. Praticamente não incomodou a defesa grená. Altair, que alterna lampejos de armador cerebral com sumiços em campo, foi pouco produtivo. Sem Anderson Cavalo, não se viu um noroestino marcando presença na área – nem quando Vitor Hugo entrou no segundo tempo. O volante França novamente se desdobrou, enquanto Tiago Ulisses não é nem sombra daquele marcador voluntarioso que chamou a atenção no Paulistão. Já o jovem goleiro Léo assumiu a fogueira em sua estreia no profissional e não comprometeu. E o meia Lucas ainda não justificou o oba-oba lançado sobre ele – uma espécie de “Neymar da Vila Pacífico”.

Não cola
Mais uma vez, o treinador Jorge Saran usou a justificativa da juventude da equipe. A média de idade de alvirrubros que estiveram em campo foi de 22 anos – contra 26 do time de Araraquara. Engraçado é que, na Copinha do ano passado, o clube bauruense tinha um elenco mais velho e atribuía seus insucessos à correria da molecada dos adversários. A grande vantagem de quadrangulares decisivos é que todo jogo “vale seis pontos”, isto é, sempre há confronto direto entre postulantes a vaga. Apesar de estar na lanterna do grupo, com três pontos, o Noroeste ainda está vivo.

Papo de basquete
Com início arrasador – duas vitórias por “cestadas” – na Liga de Desenvolvimento Olímpico (o NBB sub-21), o Itabom/Bauru já virou sensação do grupo B da competição, que classificará três equipes para o hexagonal final, que já tem Flamengo, Franca e Paulistano classificados. O ala Gui, sobrando fisicamente, tem ficado mais de 30 minutos em quadra, mesmo sem haver essa necessidade – lembrando que Luquinha e Ferrugem se machucaram na estreia. Entre os jogadores do Regatas de Campinas (clube que fez parceria com o Bauru Basket), o ala Weliton roubou 15 bolas na partida de ontem, contra a Liga Sorocabana (106 a 48), e ainda foi o cestinha do jogo (20 pontos). Olho nele, Guerrinha!

Enquanto o futuro está garantido, o presente é a semifinal do Paulista. Abrir 2 a 0 sobre São José nos jogos em casa é primordial. Gui, Luquinha e o assistente Hudson Previdello (que treina o sub-21) voltam de São Sebastião do Paraíso para reforçar o time.

Papo de basquete 2
Segundo o site Basketeria, o norte-americano Nathan Thomas assinou com o Bauru Basket um contrato de dois meses para ser experimentado em condições de jogo, no início do NBB 4. A posição oficial da diretoria, entretanto, é de que o ala continua em fase de testes – o que o próprio jogador confirmou à coluna. O diretor financeiro Eder Poli afirmou que é preciso levantar recursos para a contratação, se houver o aval de Guerrinha. O certo é que o carismático gringo já caiu no gosto da galera.

Atualizado: apesar de todas as pistas de que Nathan deve defender o Bauru Basket no início do NBB 4, o Canhota 10 tomou o cuidado de ouvir o lado oficial da história, que não confirmou o acerto.

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Bauru Basket

Nathan Thomas: perfil de guerreiro?

A interrogação do título é só porque ainda não o vi jogar – logo vou a um treino. Ao que tudo indica, por ter um histórico nas ligas que disputou de forte homem de defesa, Nathan Thomas deve mesmo lutar pela bola com garra. Mas teoria e prática – e encaixe ao estilo de jogo dos prováveis novos colegas – podem não dar liga. O norte-americano que passa por testes no Itabom/Bauru está empolgado, tem o perfil que Guerrinha precisa, mas é preciso confirmar isso com a bola quicando.

E quando falo em perfil que Guerrinha precisa, o fator extraquadra pesa forte. Ele já se misturou à torcida Fúria, já rolou no chão com crianças e foi atencioso com a imprensa. Tem, aparentemente, o estilo “sussa” de Larry que conquistou o treinador – e toda Bauru. Guerrinha e o grupo rechaçariam uma estrelinha estilo Lamonte.

Na internet, encontram-se algumas estatísticas de Nathan, mas é preciso se debruçar um pouco mais para não distorcer números (de colegial, daqueles camps que ranqueam atletas e de conferências universitárias). O que se sabe, pelos vídeos, é que marca forte, dá tocos, tem boa infiltração e, além de saber fazer todo esse “serviço sujo”, ainda tem bom chute de fora.

No domingo, após a vitória do Itabom/Bauru sobre Mogi, o norte-americano deu breve (e exclusivo) depoimento ao Canhota 10, quando gastei meu enferrujado inglês. Boa sorte ao gringo e, se agradar, tomara que não exagere na hora de negociar salário.

“Jogo na posição 3 e gosto de jogar tanto fora quanto dentro do garrafão. Estou animado, adorei o time, a torcida, o técnico é muito bom. Espero ficar aqui até o final da temporada, depende do treinador. Adoraria ficar… Fui muito bem recebido pelos jogadores, eles são uma família.