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Central do Rexona Rio, Mayhara fala do feliz reencontro com Bauru

A central Mayhara não chegou a entrar em quadra na partida em que seu time, o Rexona Sesc Rio, venceu o Genter Vôlei Bauru por 3 sets a 1. Mesmo assim, viveu mais uma noite especial em sua carreira, por jogar em casa. A camisa 2 do time carioca, que nasceu em Bauru em 9 de abril de 1989, estava rodeada de familiares e amigos ao final do jogo, com um sorrisão que deixava ainda mais bonito seu rosto marcado pelo capricho dos cílios postiços.

Antes de fazer parte do time mais poderoso do vôlei feminino do brasileiro — pelo qual já é bicampeã sul-americana, bicampeã da Superliga, campeã da Copa Brasil e bicampeã estadual —, Mayhara lutou muito por esse espaço, a começar por sua cidade natal.

Em 2009, ela era o grande destaque do então Luso Bauru, treinado por Osvaldo Altafim Junior, que ganhou a segunda divisão dos Jogos Abertos e os Jogos Regionais. “Comecei em Bauru, lutei com Bauru pra ter uma equipe como essa, disputado a Superliga. Era nova, saí pelo Brasil para poder jogar”, contou Mayhara ao Canhota 10, sobre quando seu sonho era maior do que aquela aguerrida equipe poderia oferecer na ocasião. “Infelizmente não cheguei a disputar por Bauru, mas estou muito feliz pelo time estar na Superliga hoje”, completou. Sobre o confronto da última sexta-feira (11/nov), ela estava radiante. “Adorei! Estou contente por estar aqui, ver muitos amigos, a família… Todo mundo veio”.

BERNARDINHO

Ouvindo o chefe: gente boa
Ouvindo o chefe: gente boa

Depois de Bauru, a central passou por Araraquara, Mackenzie, Osasco, Rio do Sul e Praia Clube antes de chegar ao Rio e ser treinada pelo multicampeão Bernardinho, para quem ela só tem elogios. “O Bernardinho é espetacular, uma pessoa maravilhosa, um técnico que não tem o que falar sobre. As pessoas julgam pelo que veem, por ele ser muito bravo, mas é muito bom ser treinada por ele”, comentou a bauruense.

No currículo da atleta de 27 anos e 1,84m de altura, consta ainda a medalha de prata na Universíade de 2013. Na Seleção Brasileira, ganhou oportunidade em 2015, quando Zé Roberto Guimarães teve que montar dois times para competições simultâneas. Enquanto ele esteve com o grupo que conquistou a prata no Pan de Toronto, Mayhara atuou no time que ganhou o bronze no Grand Prix, treinada pelo auxiliar Paulo Coco.

Tomando por exemplo que a agudense Bruna Honório, que por tantas temporadas defendeu o Rexona, hoje atua no Vôlei Bauru, pertinho de casa, fica a torcida: que Mayhara, em breve, possa trilhar o mesmo caminho Rio-Bauru e degustar o sonho que ela teve em 2009, da Cidade Sem Limites na elite nacional.

 

A central em ação pelo Rexona, observada pela colega Gabi
A central em ação pelo Rexona, observada pela colega Gabi

 

No Rio, rotina de conquistas
Com taça e medalha da Superliga 2015/2016: no Rio, rotina de conquistas. Foto: Juliana Cerdeira. Demais fotos: Divulgação
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Presente de ouro: Bernardinho levou amuleto de Bauru para a Olimpíada

Após a vitória de seu Rexona Sesc Rio sobre o Genter Vôlei Bauru, por 3 sets a 1, Bernardinho foi rapidinho para o vestiário. Sabia que não iria embora tão cedo, pelo volume de pessoas que iam pedir uma selfie com o técnico campeão olímpico, mundial, brasileiro, das galáxias. Eu e os colegas de imprensa ali, matutando. Abordei o supervisor do time que, gentilmente, levou-nos à porta do vestiário para sermos atendidos pelo treinador.

Simpático, solícito, mas agitado, naquela pilha já pensando no próximo compromisso profissional — uma viagem ao Paraná nesse sábado. E fiquei me perguntando: um cara que ganhou tudo, tem independência financeira, que fica dias fora de casa nessa incessante busca de vitórias, tem que ter uma grande motivação continuar na estrada. Perguntei a ele qual era e ele contou história:

“Vou dizer pra você uma coisa: ganhei esse trofeuzinho aqui dos pais de um menino que começou a jogar vôlei com a gente, nas nossas escolinhas. Os pais contaram que ele, antes de jogar vôlei, era muito agitado, tinha problemas, tomava medicamentos. Passou a jogar, a conviver com as pessoas e hoje ele é querido. No aniversário dele, ninguém ia; agora, todo mundo vai. E ele parou de tomar remédios. É um outro menino. Isso é o que conta, isso é o que a gente leva. O carinho das pessoas, o reconhecimento dos pais, poder fazer com que os jovens tenham oportunidade de praticar um esporte e viver os valores do esporte. Não tem preço. Se de alguma forma eu vou continuar por aí, tenho certeza que quero continuar ensinando. Não sei até quando vou continuar à beira da quadra, um dia vou ter que parar, mas poder de alguma forma transmitir isso para as pessoas é muito legal”, relatou Bernardinho.

AMULETO DE BAURU

Seguindo com seu relato, Bernardinho disse ter se emocionado com o abraço de uma senhora: “Acabou de vir uma senhora que tem problema de audição e que veio falar comigo do jeito dela, que torcia sempre por mim, chorou e me abraçou. Essa é a emoção que eu levo, o carinho das pessoas”.

O treinador ainda revelou que, na partida de novembro do ano passado entre Bauru e Rio, ele ganhou um objeto que se tornou um amuleto para a disputa da Olimpíada, quando conquistou o ouro com a Seleção masculina.“Ano passado, aqui, um senhor me deu um crucifixo e disse ‘Boa sorte na Olimpíada, leva com você’. Está aqui até hoje. Eu levei porque foi com tanto carinho, tanta sinceridade, tanta consideração, que levei comigo para a Olimpíada, estava na minha mochila. E fomos campeões olímpicos. Tenho certeza que lá no cantinho dele , ele pensou nisso. É esse carinho que nos faz seguir em frente”, contou, lamentando não ter reencontrado esse senhor nesse retorno.

Bernardinho nos cumprimentou e seguiu em frente, porque ainda tem muita gente pra abraçar por aí.

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Não teve repeteco: Genter Vôlei Bauru perde para o Rexona na Panela

icone-VOLEI(Direto da Panela) É praticamente outro elenco, é outro treinador, mas não tinha jeito: a vitória do Vôlei Bauru sobre o Rio de Janeiro há um ano servia como combustível para acreditar em outro triunfo. Tanto que o próprio Bernardinho, na entrevista pós-jogo, reconheceu que havia em suas comandadas essa pulga atrás da orelha. Mas, dessa vez, não deu. O Rexona venceu por 3 sets a 1 (parciais de 25 a 18, 22 a 25, 25 a 19 e 25 a 17), mantendo a invencibilidade e chegando à liderança. Já as bauruenses agora somam duas derrotas em três jogos, permanecendo na metade de baixo da classificação. O próximo desafio do Genter será contra Valinhos, fora de casa, no próximo dia 18 (sexta), às 19h30.

Apostando na formação com Juma, Valquíria, Angélica, Rivera, Mari Cassimiro e Thaisinha, além da líbero Brenda Castillo, o técnico Marcos Kwieck viu suas comandadas manterem o equilíbrio no primeiro set até a metade da pontuação, quando as cariocas deslancharam.

Mari: primeira vez
Mari: primeira vez

O melhor momento das gigantes foi a segunda parcial, sabendo explorar os erros adversários, mas houve o susto de permitir a quebra de quatro set points antes de fechar em 25 a 22. Foi nesse segundo set que a ex-Bauru Camila Adão entrou em quadra e não foi poupada pela torcida local.

No terceiro set, o bloqueio carioca funcionou logo de cara, Kwieck trocou Lyara por Juma para tentar a reação — que aconteceu, encostando em 20 a 17 —, mas falhas seguidas de Rivera decidiram a parcial a favor do Rio. A camisa 14 acabou sendo vaiada pela torcida… Meio precoce essa cobrança, mas pagaram ingresso e a bronca é livre.

O último set da partida marcou a estreia da ponteira Mari, que por alguns minutos esteve em quadra para sentir o jogo, quebrar o gelo mesmo. Foi bastante aplaudida. Juma voltou para a partida, Dayse e Bruna Honório também tentaram ajudar, mas foi a fração mais tranquila para as cariocas.

ABRE ASPAS

Mari comentou como foi sua estreia e a importância de enfrentar adversárias do mais alto nível:

 

O técnico Marcos Kwieck analisou a partida:

 

FALA, BERNARDINHO

“Foi importante a vitória aqui hoje, diferentemente do ano passado, quando a gente sofreu mais. Com certeza a derrota do ano passado estava na cabeça das meninas, com receio de a torcida se inflamar e não conseguirem se recuperar. Soubemos controlar os nervos depois da derrota no segundo set e voltar bem no terceiro. Tenho certeza que três pontos aqui são muito importantes, porque Bauru, em casa, vai complicar a vida de muita gente grande”, disse o treinador do Rio, que ainda fez uma revelação, que você pode conferir aqui.

CASA CHEIA

A partida registrou bom público, claro que muita gente atraída pela força do Rio de Janeiro e o carisma de Bernardinho, mas desde que a bola subiu pela primeira vez o apoio para as gigantes bauruenses teve muito mais decibéis. Terminada a peleja, as atletas do Rexona atenderam o público com muito carinho e paciência, sobretudo a líbero e multicampeã Fabi, que demorou mais de meia hora para conseguir ir para o vestiário. Já o treinador, ciente da muvuca que provocaria, foi para os vestiários, de onde atendeu a imprensa antes de sair discretamente pelos fundos. Parou, entretanto, para atender aos sortudos que cruzaram seu caminho.

Bom público na Panela
Bom público na Panela

 

Bernardinho, Fabi e companhia: atrações
Bernardinho, Fabi e companhia: atrações
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Defesa boa, ataque tem que melhorar: análise do Genter Vôlei Bauru após duas rodadas na Superliga

retranca-superligaApós a derrota para o Praia Clube na última rodada, a torcida do Genter Vôlei Bauru precisa ter paciência, pois a próxima partida será somente na próxima sexta-feira, 11/nov. E que jogo! Será contra o Rexona Sesc Rio, na Panela de Pressão. A lembrança é positiva, afinal, há um ano as gigantes venceram as cariocas por 3 sets a 1. Enquanto seu Bernardinho não vem, vamos dar uma olhada nas estatísticas da Superliga — Bauru tem uma vitória e uma derrota, até aqui, ocupando a sétima posição.

PONTOS FORTES

Juma: levantamento facilitada pela boa recepção
Juma: levantamento facilitado pela boa recepção

Se o passe foi um dos grandes problemas na última temporada, agora são outros tempos, sob o comando da líbero Brenda Castillo. Bauru tem a quarta melhor recepção (42,9% de eficiência). O Pinheiros lidera o fundamento, com 49,6%.

Se a defesa está no miolo dos 12 times (sexta melhor, 36,5% de eficiência — item liderado pelo Brasília, 51,9%), a rede bauruense é uma das melhores paredes: terceiro melhor bloqueio, com 28,5% de sucesso em suas tentativas — São Caetano é o primeiro, com 47,4%.

Outro item positivo: o levantamento, quarto melhor com eficiência de 14,1%, fruto do trabalho das jovens Juma e Lyara. Brasília lidera o quesito, com 29,6%

TEM QUE MELHORAR

Thaisinha se destaca, mas o ataque no geral está devendo
Thaisinha se destaca, mas o ataque no geral está devendo

Quando o assunto é colocar a bola na quadra adversária é que mora o problema. As gigantes são o quarto pior ataque, com apenas 16% de êxito; Osasco é quem mais bota a bola no chão, 34,1% das vezes que corta. Outro dado ruim: em números absolutos, Bauru é quem mais errou ataques, 36 vezes. Esse número acaba por não tornar animador o fato de as gigantes serem as menos bloqueadas na Superliga (apenas seis vezes).

Por fim, outra arma ofensiva importante, o saque, está devendo. Ninguém errou mais saques do que Bauru até aqui (26 vezes), e o time é apenas o oitavo em aces (5,3% das tentativas, contra 9,5% do melhor, o Rio).

É cedo, não é diagnóstico, apenas um parâmetro do que foi feito em duas partidas. Certamente, são números que a comissão técnica tem dissecados para explorar virtudes e minimizar erros contra o poderoso Rio, vencedor das últimas quatro edições da Superliga.

 

Fotos: Wander Roberto/Invafoto/CBV

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Genter Vôlei Bauru perde para o Praia Clube na segunda rodada da Superliga

icone-VOLEINem deu pra usar aquele surrado clichê do “mantém 100% de aproveitamento” na Superliga. Depois da ótima estreia vencendo o Minas, o Genter Vôlei Bauru não conseguiu a segunda vitória. Foi até o Triângulo Mineiro e sucumbiu ao Praia Clube, atual vice-campeão da competição. As mineiras venceram por 3 sets a 0 (parciais de 25 a 16, 25 a 23, 25 a 26), em 1h14 de partida.

A eficiência pautou a vitória do time de Uberlândia: a levantadora Claudinha, eleita melhor em quadra, teve sucesso em 44% de seus levantamentos (30/67), enquanto a bauruense Juma teve apenas 23% no quesito. Outro ponto crucial é que o Vôlei Bauru ofereceu 28 pontos ao adversário em erros cometidos.

Como ponto positivo, a boa atuação da ponteira Thaisinha, maior pontuadora das gigantes com nove bolas na quadra adversária, além de ter acertado oito das dez defesas que tentou.

O próximo desafio bauruense será em casa — e será pedreira. Contra o Rexona Sesc, no dia 11/nov, às 19h30, na Panela. Traz boas lembranças, já que venceu as comandadas de Bernardinho, jogando em Bauru, na temporada passada.

Entraram em quadra pelo Vôlei Bauru a levantadora Juma, a oposta Dayse, as centrais Valquiria e Angélica, as ponteiras Thaisinha e Mari Cassemiro e a líbero Castillo — também entraram a levantadora Lyara, a central Carol, as ponteiras Carol Westermann e Rivera e a oposta Bruna Honório.

ABRE ASPAS

“Jogamos muito mal, não tem muito que explicar, erramos demais e erros que não costumamos cometer. Diante de uma equipe forte como o Praia, favorita ao título, é fatal. Agora é virar a página e já pensar na próxima partida, que também será complicada”, disse a central Valquiria, ao repórter Luiz Lanzoni, da Auri-Verde 760AM.

“Hoje nossa equipe foi muito inconstante, jogou bem abaixo do que vínhamos treinando e do que apresentamos na primeira partida. Contra uma equipe forte, como é o Praia Clube, é muito pouco jogar bem apenas um set, como jogamos o segundo. Agora é trabalhar para corrigir o que não funcionou aqui, pois temos outra parada dura pela frente na próxima rodada”, avaliou o técnico Marcos Kwiek.

 

Foto: Divulgação Praia Clube