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Noroeste vence mais uma e Knevitz tem cartas na manga

Não pude ir ao segundo (e último) jogo treino do Noroeste, preparando-se para a Série A-2, contra Osvaldo Cruz (vitória por 4 a 0, gols de Leandro Oliveira, boka, Velicka e Everton Garroni). Ouvi, porém, os cronistas – ouvidos por Jota Martins, no Giro Esportivo da 87FM.  O repórter bom de bola é fera nisso, busca a palavra dos colegas, mesmo da concorrência, afinal estamos todos no mesmo barco. E pela escalação e a coletiva com Amauri Kenvitz, e por ter visto o time jogar semana passada, consigo rabiscar algumas impressões.

Até a coletiva de Knevitz, havia achado estranha a escalação do meia Velicka na lateral-esquerda. Mas, afinal, jogo-treino é para testar e o treinador afirmou que pensa, sim, nessa opção para a saída de bola ganhar qualidade. Particularmente, prefiro Velicka lá na armação, tem tudo para ser o maestro alvirrubro – e Leandro Oliveira desponta para ser seu parceiro, alterando o losango para o quadrado no meio-campo, ficando com apenas dois volantes. Antes, porém, o meia que veio do Paraná tem que ganhar a concorrência de Juninho, que dizer ter ido muito bem ao explorar seu maior potencial, o chute de longe.

Interessante a escalação de Romário no ataque, o garoto está com moral. Não mais do que Boka, que já se configura como candidato a goleador do time. E a atuação de Rafael Silva, que já havia chamado a atenção em um coletivo, foi elogiada. Com isso, o técnico tem dúvidas para formar o time titular, o que é muito bom, pois sinaliza que o elenco tem opções. Vejamos:

• Yuri ou Nicolas no gol? Nicolas começou os dois amistosos. De qualquer forma o Norusca estará bem servido.

• Bira parece ter ganhado a posição na lateral-direita, mas se contundiu e vira dúvida para a estreia – voltando Mizael a ganhar terreno.

• Quando o experiente beque-central De Lazzari se recuperar, terá trabalho para tirar Thiago Jr. do time, que vem ganhando confiança ao lado de Marcelinho.

• Alexandre está na frente de Pedro na disputa pela esquerda, a não ser que Kenvitz insista com Velicka na lateral – tomara que não…

• Everton Garroni é absoluto como primeiro volante e fez até gol no jogo-treino, apesar de não avançar muito. Desponta como um dos líderes da equipe.

• França e Juninho também têm a confiança do treinador e deverão começar o campeonato como titulares – ainda mais em uma estreia fora, contra o badalado América.

• Se Velicka for confirmado na meia, Leandro Oliveira se transforma no décimo segundo jogador do time.

• Daniel Grando parece já ter perdido espaço, resta saber quem assumirá a dupla com Boka: Romário ou Rafael Silva?

O Noroeste iniciou o amistoso contra Osvaldo Cruz com Nicolas; Bira, Thiago Jr., Marcelinho e Velicka; Everton Garroni, França, Juninho e Leandro Oliveira; Romário e Boka. Depois de algumas alterações, Velicka foi para o meio e o time rendeu mais, deslanchando o placar.

O Alvirrubro terminou a atividade com Yuri; Mizael, Thiago Jr., Neto e Alexandre; Everton Garroni, Kasado e Betinho; Daniel Grando, Rafael Silva e Roberto.

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Coluna da semana: o esquema noroestino

Explicação do desenho tático de Amauri Knevitz é o destaque do texto publicado na edição de 16 de janeiro de 2012 do jornal BOM DIA Bauru

Noroeste versão 2012

Foi apenas um jogo-treino, mas o suficiente para projetar como o Noroeste irá se comportar em campo na Série A-2. Na vitória sobre o XV de Jaú (2 a 1), o desenho tático montado por Amauri Knevitz era bem nítido e simples. Sem invencionices, o Norusca vai com um 4-4-2 com o meio-campo em losango, com um trio de volantes atrás do meia de criação. Confira abaixo a interpretação do esquema, decifrado pela coluna, que esteve em Pederneiras.

Como em todo esquema com dois zagueiros de área, os laterais alternam o avanço ao ataque. Pelo que se viu no amistoso da última terça, Mizael, pela direita, e Alexandre, pela esquerda, ainda não convenceram como titulares. Bira e Pedro, respectivamente, entraram motivados no segundo tempo e brigam pelas vagas. A dupla de zaga supostamente titular não pôde ser testada, pois o experiente De Lazzari foi poupado. Mas é ele quem deve atuar ao lado de Marcelinho.

No meio, Everton Garroni é literalmente o cabeça de área: praticamente não ultrapassa a linha central e sua função é proteger a defesa, combater os avanços adversários e ficar na cobertura. Ao seu lado, Knevitz apostou em dois volantes que, se não são dos mais habilidosos, sabem subir ao ataque com outros atributos: Juninho (pela esquerda), como arma no chute de fora da área, e França (direita), que se impõe fisicamente em arrancadas com a bola dominada. Eles ainda têm que cobrir os laterais.

Velicka é o talento solo: o meia-armador é o responsável pelo toque cadenciado, pelos lançamentos e é a ponta ofensiva do losango de Knevitz. Mas, por ser canhoto, acaba caindo bastante para a esquerda, até porque o atacante Daniel Grando, que tem a função de cair pelas pontas, fica mais pela direita – e isso acaba por equilibrar o esquema. Para finalizar, Boka, fixo na área, faz o pivô, servindo de opção para quem se aproxima, e sempre se posiciona para receber a bola na cara do gol. Começou bem o novo camisa 9 noroestino.

Calma com Grando
O atacante Daniel Grando foi bastante vaiado na partida contra o XV. Ao saber disso, um dos torcedores mais conhecidos do Noroeste, Marcos Cunha (o Marcão do shopping), apressou-se em pedir paciência à galera. “Precisamos fazer uma campanha junto ao apaixonado noroestino para deixar de pegar no pé do Daniel Grando. É um ser humano como nós e já entra em campo sabendo que tem que jogar mais que o Pelé. O nervosismo aumenta e ele erra mais ainda. Não rendeu bem no ano de 2011 pelo grupo ser muito limitado. Tem que dar tranquilidade para que o jogador saiba que não é no primeiro ou segundo jogo que a torcida já vai pegar no pé”, argumentou. O riquíssimo depoimento do Marcão, sobre sua relação com o clube e o que espera da temporada, pode ser conferido na íntegra no blog Canhota10.com.

Rafael Silva
O atacante recém-chegado da Portuguesa é a sombra de Grando. Há relatos de que agradou no primeiro coletivo. Que bom. Quanto mais opções para o treinador, melhor. Fui procurar vídeos do jovem atuando pela Lusa, mas só se acha no Google conteúdo sobre a morte suspeita de sua namorada, ano passado. Que ele possa recomeçar a vida em Bauru, com muitos gols.

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Noroeste

Noroeste vence XV de Jaú em jogo-treino pegado

Já dizia o poeta: clássico é clássico. A turma não afina nem em jogo-treino. Assim foi o confronto entre Noroeste e XV de Jaú, preparatório para a temporada (cada um em sua divisão do Paulista). Teve até uma expulsão de cada lado – no caso, foi autorizada a substituição dos jogadores punidos (Marcelinho pelo Norusca).

Cheguei em Pederneiras – aliás, cidade muito simpática – para o segundo tempo. Arquibancada cheia, como o interior é um barato. O clássico regional virou atração na cidade. Aquele clima de corneta, cerveja liberada, torcedores bauruenses e jauenses lado a lado, em provocações divertidas e pacíficas. Melhor ainda: encontrar colegas de imprensa para bater papo e trocar impressões: os Jotas (Martins e Augusto), Alexandre Colin, Luis Antônio ‘Sin Sinhô’, Zé da Barca, Zé Carlinho, Gustavo Longo e o assessor Thiago Navarro.

Em campo, os cronistas contaram que foi um primeiro tempo de perna pesada – afinal, primeiro teste da temporada – e poucas chances de gol. Para minha sorte, o técnico Amauri Knevitz manteve o time após o intervalo, trocando apenas o goleiro – Nicolas, que começou titular, deu lugar a Yuri.

A escalação inicial do Norusca: Nicolas; Mizael, Thiago Júnior, Marcelinho e Alexandre; Garroni, França, Juninho e Velicka; Daniel Grando e Boka.

O esquema tático bem nítido: linha de quatro na defesa, com os laterais alternando os avanços; meio-campo em losango, com Garroni no vértice defensivo, França na direita, Juninho na esquerda e Velicka como homem da ligação – canhoto, acabava por cair mais na esquerda; no ataque, Grando abrindo nas pontas e o grandalhão Boka na área.

E foi numa jogada pela esquerda que o Noroeste abriu o placar aos três minutos do segundo tempo. Juninho, na lateral da grande área, cruzou para Boka completar de cabeça. Pouco tempo depois, o árbitro viu pênalti a favor do XV e o experiente lateral-direito Ricardo Lopes empatou, cobrando rasteiro no canto direito de Yuri.

A partir daí, o jogo esquentou, vieram as expulsões e os jauenses por algum tempo levaram mais perigo. Pressionado, Knevitz começou a mudar no time. Destaque para a entrada do jovem Pedro na lateral-esquerda – tem personalidade, encara o adversário, dribla, vai ao fundo. Daniel Grando, muito vaiado pela galera, deu lugar a Vitor Hugo.

Quando o confronto caminhava para terminar empatado, o Norusca chegou ao segundo gol. Após um pênalti não marcado sobre Nathan, os alvirrubros não desistiram da jogada e Boka recebeu a bola na linha de fundo; mesmo quase sem ângulo, ele finalizou de canhota no cantinho.

Se o Norusca passou longe de agradar, pelo menos começou vencendo. Espero que tenha uma característica que faltou ao time nas últimas temporadas: garra. Porque, pelo que se viu, só esse diferencial para compensar as deficiências técnicas.

O time que concluiu a partida: Yuri; Bira, Neto, Hélio e Pedro; Garroni, Kasado, Betinho e Nathan; Vitor Hugo e Boka. (o zagueiro De Lazzari, provável titular, sentiu dores e foi poupado; o atacante Diego, pra variar, está com problemas físicos – desta vez no púbis)

A seguir, imagens do confronto:

França encara marcador: titular remanescente de 2011
A torcida compareceu, inclusive a jauense (destaque): clima amistoso
Boka comemora seu primeiro gol com os companheiros: bom início do centroavante
Cobrando pênalti, Ricardo Lopes empata
Amauri Knevitz orienta o time; de camisa preta, o supervisor Marcos Honda
Velicka, driblando adversário e cobrando falta: candidato a maestro do time
Marcelinho reclama de expulsão durante a partida pegada (destaque) em Pederneiras
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De volta ao BD na Arquibancada!

Passada a correria, Fernando BH reencontra Júlio Penariol e… Alexandre ‘Mira’ Moreno

Eu sempre digo que o mês de abril me esfola vivo. Editar guias e tabelas do Brasileirão é prazeroso, mas leva tempo. Assim, não pude estar nas três últimas edições do Bom Dia na Arquibancada. De volta nessa terça (26/4), tenho o prazer de reencontrar o colega Alexandre Moreno, agora comandando a rede em São Paulo, de passagem por Bauru. Assista!

Programa faz balanço das semifinais do Paulistão e da reta final da A-2

Elite tem apenas os quatro grandes na disputa pelo título

Agência BOM DIA

Com a visita do jornalista Alexandre Moreno, coordenador da CEC (Central de Edição Compartilhada) do BOM DIA, e a volta do jornalista Fernando BH, do site Canhota10.com e colunista do BOM DIA, o BOM DIA na Arquibancada desta terça-feira, 26 de abril, faz um balanço das semifinais do Paulistão.

Como já era de se esperar, apenas os quatro times considerados grandes continuam na disputa pelo título de 2011. Palmeiras e Corinthians se enfrentam em uma semifinal – será que Valdívia vai se arriscar a dar seus chutes no ar diante do rival? Veja o que os integrantes da mesa acham -, enquanto São Paulo e Santos brigam por outra vaga – quem vai desequilibrar? Neymar? Dagoberto? Ilsinho? Ganso? Confira nossa opinião.

Na Série A-2, fim da linha para Rio Preto e São José, que perderam no fim de semana e deram adeus à chance de voltarem à elite. Dos times das cidades onde o BOM DIA atua, Catanduvense e Atlético Sorocaba continuam na luta pelo acesso. O programa mostra o que cada equipe precisa fazer para avançar.

Deixe seu comentário na página do BOM DIA e concorra ao prêmio. E todos que comentarem concorrem ainda à camisa do seu time no fim do Paulistão, que começará a ser sorteada no dia 29 de abril.

Clique aqui para assistir aos programas anteriores.

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