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Chegou a hora! Paschoalotto Bauru inicia playoffs em busca de sua obsessão

retranca-NBBDaqui a pouquinho, às 21h, em São Paulo, começa a reta final em busca do título do NBB. O adversário do Paschoalotto Bauru nas quartas de final é o Pinheiros, que superou o Minas nas oitavas. “NBB é obrigação” é uma cartaz que nunca existiu na Panela de Pressão, nem no Facebook. O que seria uma ingratidão da torcida, aliás, depois de tantos títulos nas últimas duas temporadas. A palavra é outra, obsessão, e faz parte do discurso interno da Associação mesmo, conforme já abordei aqui em outros textos. A hora é agora, o ano é este, sabe-se lá como será 2016/2017. A meta do Paschoalotto Bauru, segundo colocado na fase de classificação, é completamente possível, há time pra isso e um sistema mais justo de disputa na decisão (melhor de cinco jogos). Portanto, que seja combustível venha o Pinheiros, quem mais vier.

Mesmo sem Ricardo Fischer? Mesmo sem Ricardo Fischer. Pode ser discurso batido, mas dificuldades geram superação. Um eventual insucesso terá a ausência do Ligeirinho no diagnóstico, certamente. Sendo assim, é como se diz: “o não já temos”. Que lutem pelo sim, isto é, a taça dourada.

E de onde tirar essa força? No potencial adormecido de uma temporada para outra. Ok, mudou o treinador, mudaram algumas peças, mas a espinha dorsal do elenco foi mantida e vai aqui uma análise despretensiosa, mas que pode motivar, pois há números a perseguir:

NBB PTS %3pt %2pt %LL REB AST RB
8 (2015/2016) 86,3 38,9% 55,9% 76,7% 34,6 17,7 6,3
7 (2014/2015) 90,7 40,2% 59,6% 78,8% 37,2 18,6 9,4

(médias por partida, considerando apenas temporada regular de cada edição do NBB)

Bom trabalho aos guerreiros!

 

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Foto: Caio Casagrande/13 Comunicação/Bauru Basket

 

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Ricardo Fischer fora do NBB 8: sonhos adiados e o desafio de Paulinho Boracini

retranca-NBBA notícia é devastadora, como bem adjetivou o Bala na Cesta. Ricardo Fischer rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho direito, terá que passar por cirurgia e está fora do NBB 8. Pior: como o tempo de recuperação do armador é de seis a oito meses, automaticamente ele perde a chance de disputar uma vaga no grupo que vai disputar a Olimpíada do Rio, em agosto.

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O Paschoalotto Bauru perde muito na busca pelo título, pois perde seu Maestro, o regente das jogadas, mas que também atacava a cesta nos momentos decisivos. Apesar disso, o maior lamento é pelo adiamento de uma escalada do atleta que mirava, além da Seleção Brasileira, a migração para o basquete europeu. Os sonhos de Ricardo foram interrompidos. O Dragão que se reorganize em quadra e jogue por ele, do que já trato mais abaixo.

“Hoje é o momento mais difícil da minha carreira. Muitos sonhos e objetivos adiados, mas Deus sabe o que faz. Ele sabia que eu precisava passar por isso, e eu vou passar e voltarei ainda mais forte. Obrigado a todos pelas inúmeras mensagens de carinho e preocupação. Estarei do lado de fora ajudando meus companheiros no que for preciso! Em breve estarei de volta. Um abraço a todos!”, manifestou-se Ricardo, em sua fanpage.

Bastão: com Ricardo fora, a bola está com Paulinho. Foto: Caio Casagrande/13 Comunicação/Bauru Basket
Bastão: com Ricardo fora, a bola está com Paulinho. Foto: Caio Casagrande/13 Comunicação/Bauru Basket

A VEZ DE PAULINHO
A pergunta imediata, claro, é a reposição da perda de Ricardo. Só pode ocorrer dentro do elenco, pois o limite de inscrições de jogadores era no final do primeiro turno desta fase de classificação. Pois bem: a responsabilidade recai sobre Paulinho Boracini. Recuperando-se de um edema ósseo no joelho esquerdo, o armador estará apto para jogar no próximo dia 23/qua, contra a Liga Sorocabana, antepenúltimo compromisso do Dragão da fase inicial.

Sem ainda apresentar todo o seu potencial, o camisa 3 terá o desafio de vencer as desconfianças sobre sua fragilidade física — nas duas últimas edições do NBB, jogou apenas 14 partidas. Mas romper ligamentos tem muito mais a ver com fatalidade, como aconteceu com Ricardo. E a mais recente contusão de Paulinho foi uma pancada, coisa de jogo.

Creio que o que vale agora é lançar luz sobre o potencial adormecido de Paulinho. Extremamente habilidoso, com estilo mais agressivo do que cadenciador, ela deverá mudar um pouco o jeito de jogar do time, mas temperado com uma adaptação à artilharia pesada que aguarda por seus passes — o histórico de assistências não é tão volumoso. Coelho para tirar da cartola, o armador de 32 anos e 1,83m tem:

• média de 23,2 pontos no NBB 2, atuando pelo Paulistano
• melhor sexto homem do NBB 4, pelo Pinheiros
• convocado para o Jogo das Estrelas do NBB 5, no ápice de sua boa fase antes da sequência de contusões, quando liderou o Pinheiros na conquista da Liga das Américas de 2013

Abaixo, o histórico de Boracini no NBB (fonte: LNB):
escaute-paulinho

Claro que é um alento o fato de Alex quebrar o galho na armação — nenhum outro time tem o  luxo de ter o maior escolta da história recente do nosso basquete como coringa —, mas cabe a Paulinho fazer desse expediente apenas uma esporádica necessidade. O menino Gui Santos, agora reserva imediato da posição, terá seus minutos, a prova de fogo na Liga das Américas foi importante, mas ninguém pode jogar responsabilidade sobre ele. E fico curioso por uma oportunidade ao Stefano, o habilidoso argentino de apenas 17 anos que arranca efusivos elogios por suas atuações na base — até imaginei que lá em Barquisimetro fosse atuar um pouco.

Portanto, Paulinho, mais do que boa sorte, a torcida deseja-lhe bom trabalho! Qualidade e comprometimento ele tem. A vontade de permanecer em Bauru na próxima temporada (seu contrato é só de um ano) é um ingrediente ótimo para motivá-lo ainda mais. Uma chance que surgiu da forma que nem ele mesmo gostaria, a tristeza de um colega, mas a oportunidade esta aí.

Foto topo: José Jiménez-Tirado/13 Comunicação/Bauru Basket

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Paschoalotto Bauru perde para o Vitória e vê liderança do NBB mais longe

retranca-NBBVai fazer falta, muita falta. Assim como ocorreu em Sorocaba, em dezembro, foi mais uma daquelas derrotas que nem nos piores pesadelos estava na conta — por maior que seja o respeito ao adversário, mandante da partida. O Vitória da Bahia, vice-lanterna, que fora atropelado na Panela de Pressão (94 a 68) e vinha de cinco derrotas seguidas, venceu o Paschoalotto Bauru no ginásio de Cajazeiras, em Salvador: 95 a 94, na prorrogação.

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Tanto nos instantes finais do quarto período, quanto da prorrogação, Robert Day foi decisivo em chutes de três, mantendo o Dragão na partida. Mas a defesa bauruense não conseguiu conter os ataques decisivos dos baianos… A façanha foi tão comemorada pelo elenco comandado por Régis Marrelli, que o twitter oficial do time considerou o resultado “Histórico!” — o que denota o tamanho da zebra permitida.

Se estava ou não com a cabeça no Final Four, agora sim o Bauru Basket pode se concentrar na preparação para a decisão das Américas — seu adversário, o Flamengo (11/mar, às 18h45), ainda tem duas partidas a cumprir no NBB antes de voar para a Venezuela, sede das finais da #LDA2016.

Duelo de armadores em Salvador: Kojo levou a melhor. Fotos: Divulgação/EC Vitória
Duelo de armadores em Salvador: Kojo levou a melhor. Fotos: Divulgação/EC Vitória

FAZENDO AS CONTAS
Com 18 vitórias em 24 jogos, o Dragão segue vice-líder, tem mais quatro partidas pela frente e pouca chance de terminar na liderança. Encara Cearense (fora), Liga Sorocabana, Paulistano e Franca (esses três últimos em casa). Supondo que vai ganhar três desses jogos, chegará a 21 triunfos. O Flamengo hoje tem 17 e sete partidas a disputar. Vai ganhar quatro, pelo menos, e terminar no mínimo com os mesmos 21, levando vantagem sobre Bauru no confronto direto.

Até a vice-liderança está ameaçada, caso perca para o Paulistano — já perdeu no primeiro turno. Brasília e Mogi, que também têm chances de encostar, assustam menos porque levam a pior no confronto direto.

ABRE ASPAS
“Eu venho falando a semana inteira que a gente não podia ficar pensando na Liga das Américas. Demos moral para o adversário e eles tiveram êxito na última bola. É uma derrota que pesa, um peso que temos que assumir. Vamos ver como iremos digeri-la lá na frente. Não temos mais margem para perder no NBB, não podemos depender de circunstâncias”, disse o técnico Demétrius ao Rafael Antônio, da Auri-Verde 760AM/Jornada Esportiva.

Aliás, o Rafa se desdobra para acompanhar o time, vai até Salvador e nenhum jogador se digna a dar uma declaração a ele e aos torcedores ligados no radinho…

NUMERALHA:
Day: 26 pontos, 2 rebotes
Jefferson: 15 pontos, 10 rebotes
Alex: 14 pontos, 5 rebotes
Meindl: 14 pontos, 2 rebotes
Ricardo: 11 pontos, 3 rebotes, 5 assistências
Murilo: 11 pontos, 4 rebotres, 5 faltas cometidas
Wesley: 3 pontos, 3 rebotes
Labbate: 2 rebotes, 1 assistência

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Paschoalotto Bauru se desdobra para trazer boa vitória de São José no NBB

retranca-NBBFoi um jogo capenga. A começar por um Lineu de Moura que não estava lotado, reflexo das quatro derrotas seguidas do São José como mandante neste NBB 8 — agora cinco. Isso poderia sugerir uma vitória tranquila do Paschoalotto Bauru — não foi (62 a 60) —, mas o Dragão não tinha Paulinho Boracini e poupou Ricardo Fischer, com desconforto na coxa direita. Pra piorar, Rafael Hettsheimeir deixou a partida ainda no primeiro quarto, com dores na panturrilha esquerda.

Sem seus dois principais armadores, Demétrius contou com a polivalência de Alex Garcia. O menino argentino Stefano teve seus minutos, mas não conseguiria conduzir toda a partida — lembremos que o Boludinho tem só 18 anos. Após a saída de Hett, mais um trabalhão para o treinador: dividir os minutos da posição cinco entre jogadores que ainda buscam seu melhor momento físico e técnico (Murilo, Wesley e Labbate). Pesou a favor que o garrafão joseense é um dos menos físicos da Liga.

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Obviamente, a qualidade caiu, a quantidade de assistências despencou, foi mais na vontade — e na experiência de Alex, que se saiu bem nessa fogueira. Contra Mogi, no próximo sábado (27/fev, 17h30, na RedeTV!), Ricardo volta. Hett, não. Tem que ser recuperado para o Final Four da Liga das Américas. Já Paulinho, com edema ósseo na patela do joelho esquerdo, fica fora três semanas. E é melhor não colocar o Ligeirinho na fogueira, hein?! Uma derrota para Mogi, no Hugão, não seria nenhuma catástrofe.

O Dragão segue líder do NBB, com 18 vitórias em 22 jogos.

ABRE ASPAS
Entrevistas pós-jogo ao repórter Chico José (Auri Verde 760AM/Jornada Esportiva)

“Jogar aqui é sempre duro, conheço bem a casa. Conseguimos uma vitória muito boa.  Foi um jogo de superação, conseguimos jogar nesse sistema novo sem nossos dois armadores e sem nosso cincão”, comemorou o ala-pivô Jefferson William.

“A gente está se superando. Tentamos fazer nosso melhor. Mesmo adaptando, não é a mesma coisa do que o armador nato. Mas deu para o gasto, deu tudo certo no final. Queremos continuar nessa sequencia de vitórias”, comentou o hoje armador Alex Garcia.

“Só de ter ganho hoje já é um passo importante. Do jeito que estamos descaracterizados, é uma baita vitória. Temos que segurar o Ricardo no sábado para não perdê-lo para a decisão da LDA”, ponderou o técnico Demétrius Ferracciú.

Demétrius teve um quebra cabeça nessa noite. Fotos: Caio Casagrande/Bauru Basket
Demétrius teve um quebra-cabeças nessa noite. Fotos: Caio Casagrande/Bauru Basket

NUMERALHA
Brabo: 13 pontos, 4 rebotes, 2 assistências
Jé: 13 pontos, 3 rebotes, 3 roubos de bola
Meindl: 12 pontos, 10 rebotes, 3 assistências, 4 roubos, 40min em quadra
Day: 9 pontos, 7 rebotes
Wesley: 6 pontos, 3 rebotes
Murilo: 5 pontos, 6 rebotes, 2 roubos, 1 toco
Hett: 2 pontos, 2 rebotes
Labbate: 2 pontos, 1 rebote
Stefano: 9min42 em quadra, pra pegar cancha

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Antes da Liga das Américas, Paschoalotto Bauru bate Rio Claro pelo NBB

retranca-NBBPode-se dizer que foi um aperitivo antes do grupo E da Liga das Américas, um dos grupos semifinais da competição, que será disputado em Bauru a partir do próximo dia 19. Melhor ainda: foi uma partida difícil contra o Rio Claro, apesar de o placar (82 a 69) sugerir o contrário. Ótima oportunidade para reativar o ritmo de jogo do Dragão, que não atuava há dez dias e terá três pedreiras pela frente na #LDA2016.

A partida também marcou o reencontro do ala Gui Deodato com a torcida bauruense. O camisa 9, que disputou as sete primeiras edições do NBB pelo Bauru, foi homenageado e confessou que sentiu o golpe da emoção — até porque o “até breve” da reverência mostra que essa bela história ainda não terminou.

Com 17 vitórias em 21 partidas na oitava edição do NBB, os guerreiros seguem na cola do líder Flamengo. Agora, pausa para a “Libertadores do basquete”. Que a Panela esteja lotada.

BOLA QUICANDO
Rio Claro fechou o primeiro quarto na frente (20 a 27), principalmente, por conta de uma atuação quase perfeita do armador Eric Tatu (14 pontos no período, sendo quatro triplos). O Dragão conseguiu ajustar a defesa e conter a euforia do Leão, mas continuou produzindo pouco no atacando, fazendo uma magra fração (15 a 14) e indo em desvantagem para o vestiário (35 a 41).

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A partir do terceiro período, a reação. Hettsheimeir assumiu o protagonismo — ultrapassou a marca de 1.000 pontos no NBB — e foi o principal pontuador na parcial de 22 a 15. Com Ricardo Fischer fora (duas faltas técnicas) e sem Paulinho (contundido), o técnico Demétrius teve que apostar no menino Stefano, depois na experiência de Alex Garcia, que assumiu a armação (distribuiu cinco assistências no quarto final). O Rio Claro chegou a encostar no placar (apenas três pontos atrás a 2min53 do fim), mas acabou sucumbindo à artilharia bauruense.

ABRE ASPAS
Entrevistas ao repórter Luiz Lanzoni (Auri-Verde 760AM/Jornada Esportiva)

“Eu saí porque tomei um arranhão do outro olho. O pessoal pede para eu jogar de óculos, mas não dá, embaça muito. Foi só um susto, está tudo certo. Eu estou me dedicando, lutando e fiquei feliz demais pela condição física, aguentei mais de dez minutos seguidos. Estou bem, tenho muito a melhorar, mas estou ajudando”, comemorou o pivô Murilo Becker.

“Foram duas etapas bem distintas. Fomos muito desconcentrados no primeiro e segundo quartos, depois voltamos a ter o domínio. Temos que levar de lição este jogo, ter uma constância maior para não deixar o adversário crescer na partida. Estamos tentando adaptar a equipe ao máximo à ausência do Paulinho. Isso não é rápido e, por isso, essa vitória foi do time. Assim, a gente se torna mais forte”, avaliou o técnico Demétrius Ferracciú.

“Eles conseguiram me desequilibrar emocionalmente. Fiquei extremamente emocionado, segurei para não chorar. Nunca vou conseguir agradecer pelo que fizeram por mim”, disse o ala Gui Deodato, que foi homenageado pelo Bauru Basket.

NUMERALHA
Mil vezes, Hett: 19 pontos, 6 rebotes, 2 roubos de bola
Day: 15 pontos, 5 rebotes, 2 assitências, 2 roubos
Meindl: 13 pontos, 5 rebotes, 3 assistências, 4 roubos
Jefferson: 12 pontos, 4 rebotes
Murilo: 10 pontos, 8 rebotes
Ricardo: 6 pontos, 5 rebotes
Alex: 6 pontos, 3 rebotes, 6 assistências
Wesley: 2 pontos, 2 rebotes
Stefano: 2 rebotes
Eltink: 1 rebote

 

Foto: Caio Casagrande/Bauru Basket