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Entrevista com Larry Taylor, convocado para defender o Brasil na Olimpíada

 

Todo mundo já sabia, afinal, a própria Confederação Brasileira de Basquete quem cuidou de sua naturalização. Mas isso não tira a graça do anúncio oficial da convocação de Larry Taylor para a Olimpíada de Londres. Aliás, como os outros, ele ainda está sujeito a um corte, mas é muito difícil.

Estive com Larry ontem e ele não parecia nervoso por causa da lista de Magnano. Curioso, ansioso, um pouco. Escaldado, o Alienígena dizia que só botaria fé com o anúncio feito, jurando que não houve um contato prévio nos últimos dias. A seguir, um resumo do nosso papo, que reconta a história desde que veio a ideia da naturalização.

O processo
“O Guerrinha e o Vanderlei vieram comentar comigo e gostei da ideia. Perguntei o que eu teria que fazer e já providenciei os papéis. Depois foi esperar até a prova na Polícia Federal. Só precisei copiar um texto, foi tranquilo.”

Colegas de Seleção
“Quando estive com eles, ano passado, me surpreendi porque todos me trataram muito bem, fui bem acolhido. Varejão e Splitter brincavam comigo, falando em inglês, muitos eu já conhecia de enfrentar e foi legal conhecê-los como colegas de time.” Até o Marcelinho Machado?, brinco: “Ele é um cara legal. A torcida de Bauru vaia, xinga, porque ele joga muito. Se fosse do lado de cá… Quem não ia querer o Marcelinho no seu time?”

Marcelinho Huertas
“Tive um bom relacionamento com ele no período de treinos para o Pré-Olímpico, mas não tive oportunidade de treinar junto, pois ele estava sendo poupado enquanto estive lá. Mas sei que vou aprender muito com ele, é um grande jogador e que está numa grande fase.”

O corte em 2011
“Na concentração, o Vanderlei [Mazuchinni, diretor de seleções] me chamou para ir ao quarto do Magnano e me avisaram que não ia dar tempo de naturalizar. Aí, o Magnano disse para eu não desanimar e que contava comigo no futuro. E me coloquei à disposição para ficar treinando mais alguns dias. Liguei para o Guerrinha e disse que o que aprenderia ali com grandes jogadores iria acrescentar muito para minhas atuações por Bauru.”

Habituar-se à reserva
“Estou à disposição do Magnano para o que ele precisar. Posição um ou dois, ficar na reserva, quantos minutos for preciso. O que eu quero é ajudar o time, ajudar o Brasil.”

Magnano
“Ele é um treinador vencedor e enquanto estive com ele me empenhei muito nos treinos. Tem um estilo diferente do Guerrinha, aliás, sempre procurei aprender algo diferente com cada treinador com quem trabalhei.”

Parabéns ao Larry, ao basquete de Bauru. Fica a torcida para que tudo dê certo na preparação e ele esteja com a camisa da Seleção em Londres!

Antes de se apresentar, no dia 10 de junho, o Alienígena aterrissa em Chicago nos próximos dias para rever a família.

Ah! Os convocados:
Armadores: Marcelinho Huertas (Barcelona-ESP), Larry Taylor (Bauru) e Raulzinho (Lagun Aro-ESP).
Alas: Alex Garcia (Brasília), Marcelinho Machado (Flamengo), Marquinhos (Pinheiros) e Leandrinho Barbosa (Indiana Pacers-EUA).
Alas-pivôs: Anderson Varejão (Cleveland Cavaliers-EUA) e Guilherme Giovannoni (Brasília).
Pivôs: Nenê Hilário (Washington Wizards-EUA), Tiago Splitter (San Antonio Spurs-EUA), Rafael Hettsheimer (CAI Zaragoza-ESP) e Caio Torres (Flamengo).
Convidados para treinar: Ricardo Fischer (São José) e Ronald (Brasília)

OUTRA GRANDE NOTÍCIA! Ricardo Fischer, pretendido pelo Paschoalotto/Bauru, irá se desenvolver bastante nesse período como “ouvinte” ao lado das feras da Seleção. Mas… essa visibilidade pode estimular São José a abrir o bolso para segurá-lo ou mesmo chamar a atenção de outros times.

 

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Gui, do Bauru Basket, na Seleção Brasileira!

Na verdade, não é nenhuma surpresa, tamanha a evolução de Guilherme Deodato nesta temporada – e sabendo que esse time B da Seleção Brasileira tem um olhar para 2016. E é muito merecido. Não é garantia de que o camisa 9 bauruense estará no Sul-Americano, pois foram convocados 21 jogadores para se chegar a 12. Mas a lembrança já deve ser muito comemorada, tanto pelo jovem guerreiro, quanto pelo projeto Bauru Basket – o que reforça como foi oportuno o lançamento da campanha “Basquete: Paixão de Bauru”, entre a naturalização de Larry e essa convocação.

Outro fato interessante é que a convocação do técnico Gustavo de Conti dá dicas de que Larry Taylor estará mesmo no time principal. Afinal, os grandes nomes como Marcelinho, Marquinhos, Alex e Giovannoni também ficaram fora dessa lista B – como Larry. Já Benite, Nezinho, Rafael Luz e Scott Machado, todos concorrentes do Alienígena a uma vaga de armador ou ala, foram chamados. Uma espécie de vestibular, já que Rubén Magnano estará de olho. Parece que Larry já foi aprovado. E o Gui será um ótimo aluno, com certeza.

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O Larry é do Brasil, o Larry é de Bauru!

Fotomontagem que fiz à época da convocação do Larry para o Pré-Olímpico. Agora vai!

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Sem palavras, Larry

Eu vou poder contar para os meus netos – porque a minha filha já viu também – que vi Larry Taylor jogar. Lamentei tanto não estar no ginásio da Luso quando ele deu aquela rebodunk contra Franca, mas estava lá, nessa noite de sexta (20/4), pra ver com meus próprios olhos a cesta fantástica por trás da tabela.

E pra ouvir de Guerrinha que saiu a naturalização de Larry.

Mais detalhes estão lá no Basketeria, inclusive minha crônica do jogo (leia aqui).

Agora eu vou dormir. Quero correr nesta manhã de sábado. Se eu conseguir, conto aqui.

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Bauru Basket tem choque de realidade contra o Pinheiros

Jeff briga no garrafão com Fiorotto: mal fisicamente, ele foi poupado por Guerrinha de boa parte do jogo

Em fase difícil, num segundo turno ruim depois da ótima primeira metade do NBB4, o Itabom/Bauru teve um choque de realidade ao enfrentar o Pinheiros fora de casa – adversário superado no turno, na Luso. A derrota por 91 a 67 evidenciou o atual abismo entre o líder do campeonato e o combalido time bauruense, ainda sem Pilar e com Douglas Nunes fora de ritmo. Não fossem as surpreendentes atuações do ala Gaúcho (cestinha do jogo com 19 pontos) e do armador Luquinha no fim da partida – compensando o mau dia de Larry, Fischer e Jeff – o resultado poderia ter sido pior.

O momento agora é esquecer momentaneamente o NBB e fazer as pazes com o melhor jogo dos guerreiros na Liga das Américas, em Bauru, nos próximos dias 16, 17 e 18 de março. Curtirem a Panela de Pressão novinha, serem acolhidos pela torcida. É um momento único, histórico para Bauru, para o projeto da Associação Bauru Basketball Team. Que seja vivido plenamente, com a raça habitual, com aprendizado (pelo enfrentamento com argentinos e chilenos) e superação (enfrentar os atuais bicampeões brasileiros nunca é tarefa fácil).

Após a partida, o técnico Guerrinha concedeu entrevista ao repórter Chico José, do Jornada Esportiva. Pode ser uma impressão equivocada de minha parte, mas achei a voz do treinador abatida – ou foi isso ou ele contou até dez para não dar as habituais respostas em tom de irritação.

“Não fizemos uma boa partida tecnicamente em função da formação tática deles. Teríamos que ter marcado bem e feito contra-ataques. Eu não acredito em sorte ou azar. Se estamos passando por esse momento difícil, é por merecimento. Quem está aqui, está brigando. Mas a temporada foi desgastante, tivemos contusões que sobrecarregaram os outros. O bom é que o Gui e o André estão fazendo bom proveito do maior tempo de quadra que estão tendo”, declarou Guerrinha ao JE.

Sobre a Liga das Américas, o treinador do Bauru Basket espera contar com o calor da torcida, que considera a grande família do time. “Queremos contar com o apoio das pessoas que gostam da gente. A gente sabe a luta que foi trazer esse campeonato e o público de Bauru é merecedor de um campeonato desse nível”, disse.

O técnico da Seleção Brasileira, Rubén Magnano, assistiu à partida e também foi entrevistado pelo Jornada (parabéns pelo trabalho, Chico). Avisou que se Larry estiver naturalizado, certamente será convocado para os treinamentos – e a partir do desempenho na prepraração conquistará ou não sua vaga no grupo que vai à Olimpíada de Londres.