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Com Gui e Gegê inscritos, Gocil Bauru Basket estreia encorpado contra o Flamengo

retranca-bauru-basketFoi uma grande correria durante o dia, pois havia um prazo limite, mas o Gocil Bauru conseguiu inscrever o armador Gegê e o ala Gui Deodato a tempo de enfrentar o Flamengo na estreia da nona edição do Novo Basquete Brasil (NBB). Assim, o Dragão vai completo para a partida, com seu elenco mais encorpado para encarar o pentacampeão brasileiro (e adversário nas duas últimas decisões da competição).

O esforço em inscrever os dois atletas se justifica: Apesar do pouco tempo de treinamento, o técnico Demétrius Ferracciú conta com os ex-rio-clarenses no revezamento. “Minha ideia de usá-los nesse sábado é em cima de algumas situações específicas que conseguimos treinar durante a semana. Com isso, eles poderão estar entrosados nesse sentido”, disse ao Canhota 10. Ele está animado com as novas peças. “São dois jogadores campeões, o Gegê pelo Flamengo, o Gui por Bauru. Eles vão trazer uma rotação maior, uma consistência defensiva a mais e também qualidade ofensiva. Conto muito com eles nas duas competições que temos pela frente”.

EMPOLGADOS

Os dois novos reforços estão animados com a oportunidade, depois de verem Rio Claro desistir do NBB 9. “Estou muito feliz de voltar para Bauru. Me sinto muito mais preparado e aprendi muito nesse tempo fora. É uma grande alegria saber que o Gocil Bauru conta comigo e que vou poder ajudar meu time de coração”, celebrou Gui, radiante pelo retorno pra casa, via assessoria.

“Estou feliz por ter fechado com uma equipe gigantesca como o Gocil Bauru. É uma cidade que respira basquete, um time de tradição e fico na expectativa de ajudar ao máximo. Pode ter certeza que não faltará luta e muita dedicação com essa camisa”, prometeu Gegê, que em vídeo no Facebook lembrou de seu passado rubro-negro e disse agora querer sentir a energia da Panela do lado de cá.

No Media Day que aconteceu hoje em Bauru, Gegê vestia a camisa 16 (do ala-armador Gui Bento) e Deodato, a 22 (que era de Booker), ao contrário do que o C10 contou, que o carioca vai jogar com a 19 e o Batman, com a 1. Creio que improvisaram, porque os mantos já deviam estar prontos antes das contratações. Vejamos como estarão no sábado.

INGRESSOS

Se você ainda não comprou ingresso para a partida contra o Flamengo (sábado, 5/nov, 14h, na Panela), corra! Você pode comprar na loja Copical Tintas ( Getúlio Vargas, 17-70) nesta sexta, das 8h às 18h, ou online, no site da Total Player (aqui). A bilheteria do ginásio irá abrir ao meio-dia do sábado com os ingressos restantes. Preços: R$ 30 (inteira), R$ 15 (meia) para arquibancada e R$ 100 para cadeira de quadra.

 

Foto: Divulgação LNB

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Gocil Bauru repatria Gui, traz Gegê e dispensa Booker, que vai para a Argentina

retranca-bauru-basketQue terça-feira agitada! O dia em que a Liga Nacional de Basquete lançou oficialmente a nona edição no Novo Basquete Brasil (NBB) era também de ultimato para o Rio Claro, com problemas para continuar após a oposição levar a melhor nas eleições — é sempre complicadíssimo depender do poder público… Dessa forma, com os jogadores da Cidade Azul dando sopa, o Gocil Bauru resolveu agir rápido e fazer uma reformulação pontual em seu elenco.

Sai o escolta Roy Booker, chegam o armador Gegê e o ala Gui Deodato — informação antecipada pelo colega Luiz Lanzoni, da Auri-Verde, ontem. O Repórter Tá no Jogo também falou no pivô Teichmann, mas este não deve vir — conversa com o Vasco. Foi mesmo um arranjo financeiro. Saiu o gringo após menos de dois meses, ganhando em dólar, e chegaram os dois reforços. Claro que o fator técnico também pesou, sobretudo a limitação defensiva do norte-americano. Mas seu potencial ofensivo era inquestionável. Enfim, resolveram mexer antes de a bola subir no NBB.

gege-bauruGEGÊ
No meu texto anterior, aliás, cheguei a comentar que não traria Gegê, preferiria apostar em Gui Santos. Uma ducha de água fria para o crescimento do camisa 20. Mas é compreensível que o armador formado pelo Flamengo vai agregar. Boa sorte e bom trabalho a ele, que apesar de jovem (25 anos), acumula quatro títulos do NBB e também um troféu da Liga de Desenvolvimento, além de já ter passado pela Seleção Brasileira.
Médias históricas no NBB: 18min em quadra, 3,8 pontos, 1,7 rebote, 2,7 assistências
No último Paulista: 30min, 9,5 pontos, 3,6 rebotes, 3,7 assistências

gui-deodato-bauruGUI!!!
Batman, o retorno. A torcida está celebrando muito nas redes sociais. Menino bom, 100% bauruense, saiu chateado, mas aceitou com humildade e entusiasmo o convite para disputar o Mundial contra o Real Madrid. Fez o que se esperava dele em Rio Claro, virou protagonista, pontuou muito (média de 15 pontos no NBB 8)e conquistou a torcida por lá também. Mas o lugar de Gui Deodato é aqui. Certa vez, aliás, um membro da diretoria me confidenciou: “Por mim, não teria saído”. Pela torcida, também não. Mas acredito que foi importante para a carreira dele. O número da camisa? Como Valtinho está com a 9, o Batman vai vestir a número 1 — Gegê será o 19.
Médias históricas no NBB: 20min em quadra, 7,9 pontos, 1,9 rebote, 1,2 assistência
No último Paulista: 33min, 14,9 pontos, 3 rebotes, 2,5 assistências

booker-bauruBYE, BOOKER
Nem deu tempo de mostrar serviço. O gringo ainda estava atônito quando falei com ele, com exclusividade. “Penso que não fui mal, o que você achou?”, questionou-me. “É meio louco isso, porque eu acho que não fiz nada de errado, não joguei mal, mas não sei… Talvez o treinador queria outros nomes. Eu realmente não sei o que está acontecendo”, lamentou, antes de saber do anúncio oficial de sua saída.

Mas Booker não deverá ficar muito tempo parado. Seu provável destino é o Obras Sanitarias, da Argentina. Booker disputou oito partidas e teve médias de 18min, 10,2 pontos, 2,6 rebotes e 1,1 assistência.

 

Fotos: Divulgação (Bruno Ulivieri/Rio Claro, Caio Casagrande/Bauru Basket, Luiz Pires/LNB

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Arrebenta, Gui: uma homenagem ao menino bauruense

batmanO menino bateu asas. Digo, o morcego. O Batman voou para Rio Claro. Foi virar protagonista, jogar tantos minutos quanto seu fôlego aguenta — todos, portanto — para escrever um novo capítulo em sua carreira. Caminhada que já é longa, apesar de ter apenas 24 anos de idade, pois ele disputou todas as sete edições do Novo Basquete Brasil.

Esse menino que começou magrelo e hoje exibe musculatura que não tirou sua agilidade é Guilherme Pereira Deodato. Filho de Bauru, do Mary Dota, do seo Clodoaldo e da dona Gislaine. Moleque que migrou das arquibancadas da Panela de Pressão para dentro da quadra. Que abraçou a oportunidade e mudou sua história.

Aplicado nos treinamentos, estilo sangue nos olhos, Gui começou a experimentar protagonismos a partir de 2011. Liderou Bauru na primeira edição da Liga de Desenvolvimento, quando foi vice-campeão. A explosão veio no ano seguinte: vencedor do torneio de enterradas, eleito destaque jovem e jogador que mais evoluiu do NBB4, e convocado pela primeira vez para a Seleção Brasileira, quando disputou o Sul-Americano.

O ano de 2012 ainda reservou um registro especial: quando participei de um dia de treinamento dos guerreiros, pude presenciar um recado determinado que o ala passou para a garotada: “Esse ano eu não admito perder de novo!”, referindo-se à Liga de Desenvolvimento, cujo elenco seria completado por alguns dos meninos que participavam daquela atividade. Não deu outra: ele, Ricardo e Andrezão comandaram o Dragãozinho ao inédito título brasileiro sub-22, já em março de 2013, no mesmo final de semana em que o Batman virou Darth Vader e conquistou o bi nas enterradas.

A bela postura do Sargento Gui durante o Hino Nacional: disciplina é uma de suas marcas
A bela postura do Sargento Gui durante o Hino Nacional: disciplina é uma de suas marcas

Ainda em 2013, Gui levou mais uma vez o troféu de jogador que mais evoluiu, no NBB5. Foi sua melhor temporada: titular, médias de 30min em quadra e dois dígitos nos pontos (11). Desempenho que valeu reconhecimento com o campeonato ainda em andamento, quando teve seu contrato renovado por três temporadas, um momento de realização profissional e financeira. Para coroar o ano, o título paulista, em que foi o único a disputar todas as 34 partidas da campanha — em sua melhor atuação, destruiu em São José dos Campos.

Desde então, o desempenho do camisa 9 caiu. Curiosamente, no NBB6 ele ainda poderia se firmar, pois o ala Ayarza foi um fiasco e Fernando Fischer, atrapalhado pelo tornozelo, jogou pouco. E para a temporada seguinte, viu chegarem Alex Garcia e Robert Day, o que diminuiria ainda mais seus minutos — o que gerou uma madura declaração ao Canhota 10, quando o Sargento Deodato falou também de sua experiência na Seleção Militar.

Veio a última temporada e, apesar da grande concorrência, Gui teve seus momentos — como quando bateu seu recorde de pontos num jogo, contra a Liga Sorocabana. E foi titular na maioria das partidas dos playoffs do NBB7, devido ao seu potencial defensivo.

Depois de roer o osso desde a retomada do basquete em Bauru, saboreou a avalanche de títulos (bi paulista, Sul-Americana, Liga das Américas) e ainda teve a honra de ser escolhido para erguer o troféu dos Jogos Abertos, em Bauru, evento que também contou com ele acendendo a pira na cerimônia de abertura.

Por fim, a contratação de Léo Meindl foi determinante para a joia bauruense ir respirar novos ares. Vale lembrar que era um namoro antigo contar com a joia francana, que não veio antes, entre outros motivos, exatamente para não tirar o espaço de Gui. Se ficasse — tinha mais um ano de contrato — certamente teria poucos minutos a dividir com Alex, Day e Meindl. Assim, foi aconselhado pela comissão técnica a ir buscar esses minutos e seguir evoluindo, como relatou Guerrinha ao C10 no mês de junho.

E Gui foi voar. Foi levar seu sorrisão pra outra torcida, pra enterrar o estigma de eterna promessa e virar realidade. Tem talento e determinação pra chegar longe. E leva na bagagem as energias positivas de uma cidade inteira. Se a saída de Larry comoveu, a de Gui tem um sentimento diferente. Chegou a hora de deixar o filho crescer. Ele deixou um recado:

“Estou feliz com o novo desafio que eu vou enfrentar. Quero agradecer apenas, a você e a todos os bauruenses por todo o carinho que tiveram por mim todos esses anos, que sempre de alguma forma me empurraram pra cima, com um esporro ou um grito incentivador. Abraços com gratidão. Serão só boas lembranças!”

Nós é que agradecemos, Gui. Um dia você volta. E volta com tudo. Arrebenta, moleque.

 

Foto do topo: Orlando Bento, Divulgação

OBS: alguns dos posts sugeridos estão com imagens com links perdidos. Mesmo assim, vale o registro. Mostra que este Canhota conseguiu registrar os melhores momentos desse guerreiro.

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Fala, Guerrinha! Treinador opina sobre Gui Deodato

Conforme avisei ontem, no texto que atualiza a situação de mercado do Paschoalotto Bauru, fiz uma extensa entrevista com o treinador Jorge Guerra (exatos 1h6min de conversa) que rendeu bastante. Sendo assim, é necessário fracionar o papo e o tema mais urgente é a situação do ala Gui Deodato. Já foi falado por aí que havia recebido propostas, depois que fora dispensando, confirmação de que cumpre contrato… O que há de concreto é o que foi conversado em uma reunião com o estafe técnico do time e o jogador, passagem que o próprio Guerrinha explica abaixo:

“Eu fico muito à vontade pra falar do Gui. Ele chegou aqui depois de ser dispensado de Garça porque errou uma bandeja. Ninguém acreditava no Gui. Eu disse a ele que não ia treinar mais no time se não estudasse. A ele e ao Diego, na época. Eu forcei os dois a estudar, fazer o ensino médio intensivo para entrarem na faculdade de Educação Física. Eu fico à vontade pra falar porque já bati no Gui, já chorei junto com o Gui e estou junto com o Gui. Como profissional, foi o cara a quem mais me dediquei no time. Eu, o Vitinho e o Hudson conversamos com ele. Até choramos juntos. Eu disse a ele que, no momento, ele tem que jogar 38 minutos. Ele precisa pôr três metralhadoras na cintura, sair atirando e errar à vontade. Ele está num processo. Pode se desenvolver mais no nosso time? Pode. Já mostrou que é um excelente defensor, um excelente arremessador, para ele o jogo não pesa numa decisão. Mas ainda tem que dedicar muito tempo ao trabalho tático, individual, corte, passe… O Alex não tinha um chute tão bom e foi desenvolvendo durante a carreira, por exemplo. Não podemos nos esquecer que o Gui ainda tem 24 anos e vai se desenvolver muito ainda. Eu estou feliz com o Gui, acho que vai evoluir. Tem que ter qualidade no momento que entra e é possível crescer assim. Só que, no nosso time, ele não vai ter 38 minutos. O Alex, o Rafael, que são jogadores prontos, terão no máximo 30 minutos. Mas o Gui precisa de volume. Já falamos isso pra ele, os jogadores também já conversaram e ele também acha: o ideal é ir para um time em que ele faça minutagem. Se tiver uma condição dessa, com um técnico bom, eu sou o primeiro a defender a liberar o Gui. Não porque a gente não quer o Gui. Pra mim, seria ótimo o Gui ficar. Entre o jogador Gui e o Bauru Basket está tudo certo. Tem contrato, queremos que fique. Aí ele cumpre o ano de contrato e a gente avalia no fim da temporada. Mas, para ele, é melhor minutagem, quantidade. Pela personalidade que ele tem, ele precisa de volume. Profissionalmente, trato todos iguais. Mas, pessoalmente, tenho muito mais carinho pelo Gui do que por outros jogadores. Eu vi o Gui nascer. Ninguém torce mais pelo Gui do que a gente. Mas se você tem um filho que recebe uma proposta boa, mesmo pra ir ficar longe de você, qual é o sentimento? Deixar voar. Se ele puder voltar um dia, melhor ainda…”

Guerrinha foi enfático: não se fala em dispensa ou que Gui não será aproveitado. Ele apenas tem a opinião de que o jogador precisa de espaço, ser protagonista, o que é impraticável num elenco cheio de atletas experientes e decisivos. Logo vêm mais depoimentos do treinador. Foi uma conversa franca, sobre a temporada, a queda no final, sobre o desempenho de outros jogadores e muito mais.

 

Foto: Luiz Pires/LNB

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Melhores do NBB4: Gui, do Bauru Basket, leva dois troféus

Na noite dessa terça-feira (6/6), a Liga Nacional de Basquete premiou os melhores da edição 2011/2012. E o ala GUI DEOATO, do Itabom/Bauru, levou dois troféus para casa: revelação e jogador que mais evoluiu.

Conforme comentei em outro post, não concordo com o prêmio de revelação, pois Gui já havia concorrido na temporada passada – então já não era novidade e, sim, realidade, tanto que seu prêmio de evolução foi merecidíssimo. De qualquer forma, é uma ótima notícia para o Bauru Basket, uma despedida de gala da marca Itabom. Vale mencionar que Larry Taylor concorreu como armador (já ganhou duas vezes, dessa vez deu Fúlvio), Jeff Agba como pivô e Guerrinha como técnico.

O pivô Murilo foi o grande destaque da noite. A nota triste da festa foi a ausência de representantes do Flamengo. Ô time marrento! Já não basta passar vergonha em querer, ao processar Ronaldinho, camuflar sua incompetência administrativa…

Abaixo, os melhores do NBB4:

Seleção do campeonato:
Armador: Fúlvio (São José)
Alas: Alex (Brasília) e Marquinhos (Pinheiros)
Pivôs: Guilherme Giovannoni (Brasília) e Murilo (São José)

Prêmios técnicos:
Cestinha: Murilo (São José)
Assistente: Fúlvio (São José)
Reboteiro: Murilo (São José)
Defensor: Alex (Brasília)

Revelação:
 Gui Deodato (Bauru)
Jogador que mais evoluiu: Gui Deodato (Bauru)
Técnico: Régis Marrelli (São José)
Jogador mais valioso:
Murilo (São José)
Melhor defesa:
 Pinheiros
Melhor ataque: Flamengo
Fair play: Uberlândia
Árbitro Revelação – Diego Chiconato
Melhor trio de arbitragem: Carlos Renato dos Santos, Sérgio de Jesus Pacheco e Fernando Serpa Oliveira
Árbitro Destaque: Cristiano Maranho
Árbitro homenageado: Antônio Carlos Afinni