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O Teorema do Barcelona

Por Deivide Sartori

Nos últimos três anos, o Barcelona não terminou um jogo sequer com menos posse de bola que seus adversários. Tal fato já demonstra a superioridade do futebol praticado pelo time da Catalunha. Posse de bola, porém, não implica vitória certa. O que se faz durante essa posse, sim. E aí está um aspecto que revela a unicidade do Barça atual. Com o domínio da bola, Messi e companhia jogam em triângulos e deixam as parábolas como as opções únicas para o jogo dos adversários. Mas o que esse papo geométrico tem a ver com futebol?

Resposta: amigos(as), os triângulos são inabaláveis. No caso do Barcelona, são onze vértices em movimento e revezamento contínuo na criação de jogadas triangulares. Para os comandados de Pep Guardiola, a distância mais curta entre as duas áreas não é o chutão parabólico e a esmo da zaga em direção ao ataque. Evita-se isso a todo custo. Basta ver como a equipe cobra suas faltas e tiros de meta – nada de parábolas. Sua aula de futebol é sobre triângulos: equiláteros, isósceles, escalenos, com ângulos agudos, retos, obtusos, enfim, versatilidade absoluta sob a regência dos mestres Xavi, Iniesta e Messi. Este, aliás, é aquele que possui autonomia e, sobretudo, qualidade para traçar linhas que fogem de qualquer lógica.

Na final do Mundial de Clubes, o Santos teve sua aula particular. Com todo o rigor euclidiano, a demonstração azul-grená fez com que os jogadores santistas parecessem pontos dispersos no retângulo verde da sala de aula. Mais uma vez, o teorema que afirma que, para se chegar aos gols, os pequenos triângulos são mais eficientes do que as grandes parábolas foi demonstrado. Mas nada de lamentação, torcedor(a) santista. O Santos, logicamente, tem bom futebol e não vive somente de parábolas. O fato é que, nos últimos três anos letivos, a lição do Barça acontece invariavelmente e seja qual for o oponente. E foi bonito o reconhecimento da derrota pelo melhor aluno alvinegro: Neymar disse “tomamos uma aula de futebol”.

Finalmente, eis o óbvio: é necessário algo de outro mundo para vencer a melhor equipe do mundo. Nesse caso, Pelé e Coutinho, os pais da matéria triangulação, seriam ideais.

Deivide Sartori é estudante de Jornalismo da Unesp/Bauru

Se você estuda Jornalismo é quer publicar textos nesta seção ‘Fala, universitário!’, entre em contato: fernandobh@canhota10.com

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Coluna

Coluna da semana: o passeio do Barcelona sobre o Santos

Texto publicado na edição de 19 de dezembro de 2011 no jornal BOM DIA fala sobre como o Santos assistiu à final de dentro do campo

Geração videogame

De tudo o que vi e ouvi durante a transmissão da final do Mundial de Clubes, a informação que não saiu da minha cabeça foi a de que Neymar é fã do zagueiro Puyol. Não por sua qualidade como zagueiro no gramado, mas no videogame! E a partida entre Santos e Barcelona pareceu mesmo uma disputa virtual, no modo “hard” (difícil), quando você joga contra a máquina e não consegue tocar na bola… Pareceu também que os jogadores do Peixe estavam admirando, dentro de campo, aqueles que protagonizam sua diversão no quarto do hotel, os heróis do joystick. A verdade é que todos nós admiramos – e o menino Neymar mostrou maturidade ao reconhecer a aula de futebol que recebeu.

Assim que o Brasil perde uma partida de Copa do Mundo, começa o esforço coletivo para explicar a derrota. Para entender o vice santista, não é preciso tanto. O Barcelona é de outro planeta, de uma perfeição no trato com a bola jamais vista nas últimas décadas. Não vi a seleção holandesa de 1974, mas imagino que era algo próximo disso: uma dinâmica troca de posições e entrega em campo até o apito final. O Barça vence por 4 a 0 e continua marcando pressão, incomodando a saída do adversário. Messi é tão operário quanto o cascudo Mascherano, não para nunca.

Se faltou mais atitude ao Santos, foi nas poucas vezes em que esteve com a posse de bola. Porque roubá-la do Barcelona é mesmo missão quase impossível. A impressão é de que se fica zonzo com tamanha movimentação. Nada é previsível, não se sabe para onde correr, quem marcar. Os próprios jogadores alvinegros reconheceram em entrevistas pós-jogo o quanto se desdobraram em vão.

Há o que criticar? Claro que há. E não é na base da corneta, como muitos cronistas fizeram nas redes sociais. O Santos Futebol Clube, tricampeão da América, merece todo o respeito.

O equívoco do Muricy
O Santos entrou em campo com um esquema tático equivocado, com três zagueiros em linha. O segredo estava em pressionar lá na frente e não aguardar que o Barcelona chegasse, com toda sua qualidade, na cara do gol santista. Com isso, ficou com um meia a menos para tentar criar com a migalha de tempo de posse de bola que teve (29%). Quando Elano entro no lugar de Danilo, o esquema ficou torto e os zagueiros continuaram lá…

Vacilão
Durval foi de uma apatia irritante. Eu sempre defendi o zagueiro santista em conversas, pelo ótimo histórico no Sport Recife e pela temporada 2010 irretocável ao lado de Edu Dracena. Este ano, mesmo com alguns vacilos, fez uma honesta Libertadores. Ontem, entretanto, o camisa 6 santista parecia um poste. No primeiro gol, a bola desviou nele antes de chegar a Messi. Não houve reação, ele parou para admirar a conclusão do argentino. No segundo, o cruzamento de Daniel Alves passou por ele, que ficou caminhando enquanto Xavi concluía. Preferiu pedir impedimento (duas vezes!) no terceiro gol a tentar roubar a bola. O último golpe catalão também contou com a caminhada durvalina enquanto Messi arrancava sobre Rafael. Não que seja o vilão da derrota – há sim heróis grenás –, mas certamente foi o maior destaque negativo.

3-7-0
Sempre me irritaram as definições táticas fatiando o gramado em quatro setores, como o famoso 4-2-3-1 que a Espanha consagrou na última Copa do Mundo. Temos defesa, meio-campo e ataque, certo? Enquanto não inventarem um nomo para esse “quarto setor”, para mim a Fúria ganhou o Mundial no 4-5-1. Mas até na tática o Barcelona dá um nó nos analistas. Muricy falou em 3-7-0, mas como dizer que um time que faz quatro gols não tem atacantes? Na verdade, é uma espécie de 3-4-3, mas sem peças fixas. A cada ataque, são três jogadores diferentes na frente. E como botar no papel? Tem que escolher… Os que mais ficaram avançados foram Daniel Alves, Messi e Fàbregas.

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Bauru Basket

Itabom/Bauru vence na estreia. Estreia?

Guerrinha avisa que primeiro jogo no Paulista não serve de parâmetro

Jeff teve atuação discreta: oito pontos. Foto de Sérgio Domingues/HDR Photo/Bauru Basket (inclusive home)

Direto da Luso

Não serve de parâmetro para o bem, mesmo com a vitória folgada, muito menos para o mal. Segundo o técnico Guerrinha, a partida de estreia  no Campeonato Paulista tem valor nulo como avaliação do Itabom/Bauru. Ele não gostou do que viu e quer deixar para trás essa partida. O time bauruense venceu Santos por 83 a 69, depois de um primeiro tempo folgado (40 a 19) e uma segunda metade vacilante (derrota por 43 a 50).

“Se todo mundo mantivesse a concentração, independente do adversário, do frio… A equipe não empolgou e o jogo não serve de referência para nada. A gente deu moral para Santos. No nível que a equipe está, tem que ter um objetivo maior. Não tem que pensar em vencer uma partida, vencer o Santos é uma coisa natural. Individualmente, a equipe não aproveitou. Coletivamente, menos ainda. O revezamento foi péssimo, o rendimento foi péssimo”, concluiu o treinador.

Douglas Nunes chegou anteontem da Seleção – foi cortado por Magnano – com vontade, mas um pouco perdido em alguns momentos. Entretanto, protagonizou enterrada e bons arremessos e fechou a partida com 17 pontos – Fischer foi o cestinha, com 19.

Thyago Aleo ficou bom tempo em quadra (17min39), Gui também (10min52) e Mosso confirmou que será bastante útil, com chute seguro e presença defensiva. Gaúcho, ao contrário de sua atuação no jogo-treino contra Araraquara, ficou devendo (apenas dois pontos), mas parece que jogou sem totais condições físicas – não perderia a reestreia em sua verdadeira casa por nada…

Larry Taylor quase fez um triplo-duplo: dez pontos, nove rebotes, nove assitências.

Uniforme
O Itabom/Bauru atuou com o uniforme da temporada passada, ainda com os patrocinadores antigos, mas vale uma ressalva: a culpa não é da nova fornecedora de material esportivo, a Cambs. O contrato com a Claro foi fechado na última quarta-feira, seria impossível confeccionar uniforme em tão pouco tempo – os patrocinadores foram surgindo a conta-gotas e a diretoria sempre pedia para esperarem. A previsão de estreia da roupa nova, segundo o diretor Vitinho Jacob, é para a terceira rodada, em em 17/8, contra o América de Rio Preto, fora de casa. Certamente, em casa, no dia 20, contra Rio Claro. Ah! As placas de publicidade dos novos apoiadores estavam devidamente colocadas na quadra.

O próximo compromisso do Itabom/Bauru é no dia 10, contra o São Caetano, às 20h, no ginásio do adversário.

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Vídeos

De volta ao BD na Arquibancada!

Passada a correria, Fernando BH reencontra Júlio Penariol e… Alexandre ‘Mira’ Moreno

Eu sempre digo que o mês de abril me esfola vivo. Editar guias e tabelas do Brasileirão é prazeroso, mas leva tempo. Assim, não pude estar nas três últimas edições do Bom Dia na Arquibancada. De volta nessa terça (26/4), tenho o prazer de reencontrar o colega Alexandre Moreno, agora comandando a rede em São Paulo, de passagem por Bauru. Assista!

Programa faz balanço das semifinais do Paulistão e da reta final da A-2

Elite tem apenas os quatro grandes na disputa pelo título

Agência BOM DIA

Com a visita do jornalista Alexandre Moreno, coordenador da CEC (Central de Edição Compartilhada) do BOM DIA, e a volta do jornalista Fernando BH, do site Canhota10.com e colunista do BOM DIA, o BOM DIA na Arquibancada desta terça-feira, 26 de abril, faz um balanço das semifinais do Paulistão.

Como já era de se esperar, apenas os quatro times considerados grandes continuam na disputa pelo título de 2011. Palmeiras e Corinthians se enfrentam em uma semifinal – será que Valdívia vai se arriscar a dar seus chutes no ar diante do rival? Veja o que os integrantes da mesa acham -, enquanto São Paulo e Santos brigam por outra vaga – quem vai desequilibrar? Neymar? Dagoberto? Ilsinho? Ganso? Confira nossa opinião.

Na Série A-2, fim da linha para Rio Preto e São José, que perderam no fim de semana e deram adeus à chance de voltarem à elite. Dos times das cidades onde o BOM DIA atua, Catanduvense e Atlético Sorocaba continuam na luta pelo acesso. O programa mostra o que cada equipe precisa fazer para avançar.

Deixe seu comentário na página do BOM DIA e concorra ao prêmio. E todos que comentarem concorrem ainda à camisa do seu time no fim do Paulistão, que começará a ser sorteada no dia 29 de abril.

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Bom Dia na Arquibancada fala da chegada de Muricy ao Santos

Programa mostra que vela noroestina está acesa e repercute rodada da A-2

Time de Bauru mantém esperanças de não rebaixar; na elite, tudo sobre Muricy Ramalho no Santos

Agência BOM DIA

O BOM DIA na Arquibancada desta terça-feira, 5 de abril, mostra que, pós vencer a Portuguesa no fim de semana, o Noroeste mantém a esperança de não rebaixar no Paulistão e, por isso, acendemos uma vela para iluminar os caminhos do time nas próximas rodadas.

Ainda na elite do futebol estadual, repercutimos a vitória do Palmeiras sobre o Santos, a atuação apagada da dupla Neymar/Ganso, a contratação do técnico Muricy Ramalho pelo Peixe e a inconstância do Corinthians.

Tem também Copa do Brasil e Libertadores, com São Paulo e Santos em campo nesta quarta-feira em busca da vitória. Será que dá para os dois clubes? Veja a opinião dos jornalistas.

Na Série A-2, a segunda fase não começou nada boa para as equipes da rede BOM DIA – nenhuma venceu. Confira o que Rio Preto, Catanduvense, São José e Atlético Sorocaba precisam fazer para garantir o acesso.

E não se esqueça: deixe seu comentário na págna do BOM DIA e concorra a réplica da camisa histórica da seleção brasileira, que será sorteada na próxima sexta-feira. Todos que comentarem concorrem ainda à camisa do seu time no fim do Paulistão. Participe!

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