Categorias
Coluna

Coluna da semana: ao trabalho, Norusca!

Texto (publicado na edição de 12 de dezembro de 2011 no BOM DIA Bauru) também fala do Santos, do Bauru Basket e do meu novo desafio: a corrida

Agora é trabalhar

Pronto, acabaram as incertezas imediatas. O Noroeste não deve mais salários, há gerente de futebol, comissão técnica formada e até elenco! Remanescentes deste ano ruim aliados a garotos da base, é verdade, mas é possível fazer coletivo. Há promessa de pelo menos uma dúzia de reforços – dois já chegaram – que terão que correr contra o tempo para entrarem em forma e se entrosarem.

A partir do atual cenário noroestino, vamos devagar. O primeiro objetivo é não cair para a Série A-3. Claro que somente observando todos os clubes nas rodadas iniciais é que será possível projetar a caminhada do clube bauruense. Se chegar à fase final, aí a conversa muda. Entra zerado. Mas, um passo de cada vez.

Pronto nada! Segue a incerteza de fevereiro (eleições). Há pistas, entretanto, de que a família Garcia pode continuar: Beto Souza, agora consultor, segue como interlocutor Bauru-São Paulo; e João Paulo Garcia, neto de Damião, é o jovem gerente financeiro. Mas é preciso encontrar outro nome para presidir o Norusca.

É forçar muito a barra reeleger uma pessoa que encontra-se sem condições físicas de dirigir o clube – mesmo que ele tenha gente de confiança para agir por ele. Entretanto, sempre há uma saída. Se li direito o estatuto do clube, bastam dois terços do Conselho Deliberativo aprovarem alguém como sócio honorário e ele se torna automaticamente elegível para a presidência. Portanto, outra geração dos Garcia pode surgir. Se é algo diferente disso, ajude-me, leitor.

Vai, Peixe!
Quando todos esperavam o mexicano Monterrey como adversário do Santos na semifinal do Mundial de Clubes, chega o Kashiwa Reysol, de Nelsinho Batista, Jorge Wagner e Leandro Domingues. Depois do africano Mazembe, ano passado, é bom o Peixe descer do salto, pois a correria japonesa pode surpreender. Com paciência e sabedoria, Ganso e Neymar podem cadenciar o jogo e construir um placar folgado. Já o Barcelona deve passear sobre o Al-Sadd, do Catar. Tomara que a partida mais esperada do ano, o duelo Messi-Neymar, aconteça.

Papo de basquete
As primeiras partidas do Bauru Basket no Novo Basquete Brasil deixaram bem claro: o time precisa de um grande reforço na posição três se quiser sair do pelotão intermediário. E não é somente pela contusão de Pilar, pois o ideal é que ele seja sexto-homem. Gaúcho também pode contribuir com uns 15 minutos em quadra, Gui é importante na defesa, mas nenhum deles ainda convenceu como titular. Muito menos o empolgado e esforçado Nathan Thomas – será uma pena sua saída, é um cara do bem, caiu no gosto da torcida, mas não há tempo hábil para ele se adaptar, o campeonato está em andamento!

O ala Janis Porzingis, da Letônia, é o nome da vez. Se houver grana para trazê-lo, há chance de ser o homem que Guerrinha precisa: forte na defesa e atuante no ataque. Segundo o treinador relatou à coluna, é para chegar e jogar, pela experiência que tem no basquete italiano. Até porque não é nenhum garoto: tem 29 anos do alto de seus 2,02m.

Os números do ala letão na segunda divisão da Liga Italiana 2010/2011, pelo Tuscany Pistoia: médias de 10,3 pontos e quatro rebotes em 33 partidas. Aproveitamentos: 56,9% nos arremessos para dois pontos, 33,9% nos chutes de três e 71,7% nos lances livres.

Papo de corredor
O BOM DIA ganhou mais um representante nas corridas de rua – alô, Thiago Roque! Ontem completei minha primeira prova de 5km, em humildes (e honestos) 37 minutos… Foi na base do “trote constante”, não caminhei em nenhum momento e o importante foi inaugurar a estante de medalhas. Muitas corridas virão, em nome da boa saúde!

Categorias
Institucional

Canhota 10 estreia coluna em Ituiutaba

Caderno Mais Esporte do jornal Mais Notícia traz entrevista exclusiva com Deivid, do Flamengo

A partir desta semana, o Canhota 10 passa a atuar em mais um veículo. Além deste site e da coluna ‘Papo de Futebol’ no jornal Bom Dia Bauru, passo a assinar espaço também no caderno Mais Esporte do semanário Mais Notícia, de Ituiutaba-MG, minha cidade natal.

Agradeço o espaço cedido pelo empreendedor Valteir Dutra, abraço meus novos leitores e comemoro meu retorno à mídia tijucana depois de oito anos.

O carro-chefe do espaço – uma página inteira, no formato tabloide – será o Boa Esporte Clube. Apesar de sediado hoje em Varginha, é sabido que muitos ituiutabanos ainda acompanham seu time de coração, o Tricolor da Fazendinha. Na coluna de estreia, decifro o esquema tático do Boa e repercuto declarações da diretoria e do prefeito de Ituiutaba a recentes reportagens sobre o imbróglio Ituiutaba-Varginha.

Há também entrevista exclusiva como centroavante Deivid, do Flamengo, que comenta sua boa fase – e a do Rubro-Negro. Logo estará publicada também neste espaço. Espero que os leitores gostem da novidade.

Abaixo, os patrocinadores que acreditaram no projeto em sua primeira semana (obrigado!). Aqui no Canhota 10, sempre na seção Ituiutaba, repercutirei assuntos ligados a minha atuação no Mais Esporte.

Categorias
Coluna

Acreditável Otacílio

Coluna PAPO DE FUTEBOL da semana fala da redenção de Tatá

Texto publicado na edição de 21 de março de 2011 no jornal Bom Dia Bauru

Acreditável Otacílio

O futebol desperta tanta paixão por resistir a prognósticos com suas zebras, encantar multidões por ser a melhor das metáforas da vida fora dos gramados. E, principalmente, por gerar tantos personagens com histórias riquíssimas – a maioria delas, vividas no limite entre o céu e o inferno. No último sábado, a saga de Otacílio Neto no Noroeste ganhou mais um capítulo. Sua trajetória alvirrubra cheia de suor e gols estava se desmanchando até que, munido de seu mais característico poder, a raça, reergueu-se. Até a forma como fez seu gol espelha essa luta.

Nada que o devolva de imediato ao patamar de heróis noroestinos, mas os gritos de “Burro!” que o treinador Lori Sandri teve que ouvir da torcida ao substituir Tatá já são um sinal de reconciliação com a galera. Acrescente-se que a substituição era mesmo necessária, para poupar o atleta, voltando de contusão e pendurado com dois cartões.

Como no futebol a opinião é pautada pelo imediatismo, Otacílio terá nova prova na próxima quarta-feira, contra o Grêmio Prudente. E assim segue a vida do filho de Seo Barreto e Dona Nonon, orgulho da comunidade de Estreito, na cearense Orós. Como milhares de conterrâneos, trilhou o caminho do Sudeste. Mais um retirante que venceu.

Após inicialmente recusar-se a usar a camisa do Inacreditável Futebol Clube – referência ao incrível gol que perdeu contra o Mirassol, na 11ª rodada –, o atacante voltou atrás e a vestiu, para minimizar a antipatia que gerou em meio a sua fase negra. Não colou muito – botou a negativa na conta da diretoria –, mas a verdade é que essa camisa não lhe caiu bem. Por sua trajetória, Otacílio Neto é digno de crédito. Boto fé que o Norusca pode se salvar com sua ajuda.

Corneta desligada
Ser cronista é tarefa das mais difíceis. Afinal, é preciso desligar o lado torcedor e botar a razão na frente da emoção para não passar informação equivocada. Nem no formato opinativo se dá ao direito de cometer uma injustiça. Por isso mesmo, corro o risco de parecer ingênuo. Mas nunca irresponsável.

A corneta da vez em Bauru é a de que o time só correu depois que Damião Garcia prometeu premiação pela permanência da Série A-1. Pra falar a verdade, não vi nada de excepcional sábado, no Alfredão. O Noroeste jogou mal de novo, passou certo sufoco no segundo tempo e rifou a bola como pode. E não me pareceu mais raçudo do que antes. Excetuando as partidas contra os grandes, naturais combustíveis pela visibilidade que geram, há pelo menos três jogos em que o time correu mais (e melhor). Ao buscar o empate com o Bragantino no finalzinho e nas boas atuações contra Botafogo e Mirassol.

Tem mais: o timaço alvirrubro de 2006, exaltado em prosa e verso, era movido a bicho – combinado desde o início, é verdade, mas era. Jogador de futebol gosta de dinheiro como todo mundo. Amor à camisa? Em time de aluguel isso não existe. Ou você acha que atletas dos times do Interior que estão no G-8 beijam seus escudos?

Calculadora
Apesar do alívio momentâneo, a situação do Norusca segue preocupante porque a tabela é cascuda depois de encarar o fraco Prudente. O time precisa de pelo menos uma vitória fora de casa contra Oeste, Portuguesa ou Ituano. Difícil imaginar qual o menos complicado, mas a esperança está na Lusa, que costuma escorregar no Canindé vez ou outra. Como acabou de golear o Mirassol, sua caminhada oscilante pode ter uma baixa justo contra o Alvirrubro…

Já com o São Paulo, em casa, a torcida é para que o Tricolor poupe jogadores pensando na Copa do Brasil. Um empate já seria precioso.

Foto na homepage: Arquivo/Agência Bom Dia (Luís Cardoso)

Categorias
Coluna

Noroeste precisa de mais 13 pontos para não cair

Calculadora na mão

Dito e feito. O Noroeste perdeu para o Santos na Vila Belmiro – uma partida que não entrava na conta alvirrubra. Valia, como escrito na semana passada, como termômetro do time bauruense para o restante do campeonato, que segue produzindo ofensivamente – mas não pode desperdiçar pênalti, Zé! –, pois obrigou o goleiro Rafael a trabalhar duramente duas vezes.

Entretanto, a zaga ainda merece atenção. Ou melhor, o posicionamento defensivo. O primeiro gol do Peixe saiu de contra-ataque, após escanteio noroestino. Júlio César ficou na cobertura, marcando Zé Eduardo, e perdeu na corrida para ele. E o lado direito da zaga, com Cris, sofreu com as investidas de Diogo, que pedalou e driblou por ali como quis… O grande nome da retaguarda é Halisson.

Com isso, constata-se que melhor seria ter contratado um zagueiro experiente do que um meia. Victor Júnior, o novo reforço, é uma incógnita, mas com carimbo do treinador. Lori Sandri o treinou no Marítimo, de Portugal, na temporada 2008/2009. Além disso, o jogador é formado no futebol paranaense, base do trabalho do técnico alvirrubro.

Contas contra degola
Nas últimas seis edições do Paulistão, quem fez 21 pontos não caiu. Esse número, portanto, é uma boa referência para o Noroeste. Hoje com oito, faltam 13 para escapar. Com 33 por disputar, o Norusca precisa de um aproveitamento de 40%. Simplificando: vencer São Caetano, Ponte Preta e Grêmio Prudente no Alfredão (nove pontos) e conseguir mais quatro fora (uma vitória e um empate em seis jogos). Não incluí Palmeiras e São Paulo na conta, mesmo em casa. Pontuar contra esses grandes, então, tornará a tarefa melhor. Vendo assim, não parece difícil. Basta jogar bola direito.

Preço do ingresso
Quando anunciou os preços dos ingressos para este Paulistão, o Noroeste justificou os R$ 40 de arquibancada pela necessidade de cobrir custos da adaptação do estádio Alfredo de Castilho ao Estatuto do Torcedor – incluindo o sistema de monitoramento por vídeo. Ok. Nos últimos tempos, entretanto, a diretoria já se justificou baseada no preço mínimo estipulado pela Federação Paulista de Futebol, R$ 30. A coluna entrou em contato com a FPF e é possível, sim, praticar preços menores, como vêm fazendo vários clubes. Abre aspas para a resposta da entidade: “A FPF tem o poder, pelo Regulamento Geral de Competições, de estipular o valor dos ingressos para os campeonatos que ela organiza, mas dá autonomia ao clubes para colocarem seus preços, seja para mais ou menos de R$30,00. Para isto, o clube precisa comunicar a FPF via ofício”. A diretoria alvirrubra poderia ter mantido o argumento anterior…

É caro mesmo
As despesas (arbitragem e outras tantas taxas) a cada mando de campo estão na casa dos R$ 20mil. O Noroeste teve prejuízo em três de seus quatro jogos no Alfredão. Mesmo assim, tem uma receita líquida de bilheteria, até agora, de R$ 20.967,30 – a partida de estreia salvou os cofres. A média de público do clube é de 1.142 pagantes por partida. A sabedoria popular diz que os preços são majorados porque a maioria paga metade. Faz sentido: 83% dos ingressos vendidos pelo Norusca foram de meia-entrada.

Pacotes
Outra questão respondida pela Federação foi a respeito dos borderôs. Segunda a FPF, os ingressos comprados por pacote promocional estão incluídos nos boletins financeiros – apesar de não especificados. A coluna indagou o Noroeste sobre a quantidade de pacotes vendidos para os nove jogos e aguarda resposta.

Valeu, Ronaldo!
Hora de deixar o papo de gordo de lado e aplaudir o fechar das cortinas da brilhante carreira do Fenômeno. O maior ícone do futebol mundial nos últimos 15 anos.

Texto publicado na coluna PAPO DE FUTEBOL, do jornal BOM DIA BAURU, no dia 14 de fevereiro de 2011