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Noroeste precisa de mais 13 pontos para não cair

Fernando BH se debruça nos números do Noroeste no Paulistão 2011

Calculadora na mão

Dito e feito. O Noroeste perdeu para o Santos na Vila Belmiro – uma partida que não entrava na conta alvirrubra. Valia, como escrito na semana passada, como termômetro do time bauruense para o restante do campeonato, que segue produzindo ofensivamente – mas não pode desperdiçar pênalti, Zé! –, pois obrigou o goleiro Rafael a trabalhar duramente duas vezes.

Entretanto, a zaga ainda merece atenção. Ou melhor, o posicionamento defensivo. O primeiro gol do Peixe saiu de contra-ataque, após escanteio noroestino. Júlio César ficou na cobertura, marcando Zé Eduardo, e perdeu na corrida para ele. E o lado direito da zaga, com Cris, sofreu com as investidas de Diogo, que pedalou e driblou por ali como quis… O grande nome da retaguarda é Halisson.

Com isso, constata-se que melhor seria ter contratado um zagueiro experiente do que um meia. Victor Júnior, o novo reforço, é uma incógnita, mas com carimbo do treinador. Lori Sandri o treinou no Marítimo, de Portugal, na temporada 2008/2009. Além disso, o jogador é formado no futebol paranaense, base do trabalho do técnico alvirrubro.

Contas contra degola
Nas últimas seis edições do Paulistão, quem fez 21 pontos não caiu. Esse número, portanto, é uma boa referência para o Noroeste. Hoje com oito, faltam 13 para escapar. Com 33 por disputar, o Norusca precisa de um aproveitamento de 40%. Simplificando: vencer São Caetano, Ponte Preta e Grêmio Prudente no Alfredão (nove pontos) e conseguir mais quatro fora (uma vitória e um empate em seis jogos). Não incluí Palmeiras e São Paulo na conta, mesmo em casa. Pontuar contra esses grandes, então, tornará a tarefa melhor. Vendo assim, não parece difícil. Basta jogar bola direito.

Preço do ingresso
Quando anunciou os preços dos ingressos para este Paulistão, o Noroeste justificou os R$ 40 de arquibancada pela necessidade de cobrir custos da adaptação do estádio Alfredo de Castilho ao Estatuto do Torcedor – incluindo o sistema de monitoramento por vídeo. Ok. Nos últimos tempos, entretanto, a diretoria já se justificou baseada no preço mínimo estipulado pela Federação Paulista de Futebol, R$ 30. A coluna entrou em contato com a FPF e é possível, sim, praticar preços menores, como vêm fazendo vários clubes. Abre aspas para a resposta da entidade: “A FPF tem o poder, pelo Regulamento Geral de Competições, de estipular o valor dos ingressos para os campeonatos que ela organiza, mas dá autonomia ao clubes para colocarem seus preços, seja para mais ou menos de R$30,00. Para isto, o clube precisa comunicar a FPF via ofício”. A diretoria alvirrubra poderia ter mantido o argumento anterior…

É caro mesmo
As despesas (arbitragem e outras tantas taxas) a cada mando de campo estão na casa dos R$ 20mil. O Noroeste teve prejuízo em três de seus quatro jogos no Alfredão. Mesmo assim, tem uma receita líquida de bilheteria, até agora, de R$ 20.967,30 – a partida de estreia salvou os cofres. A média de público do clube é de 1.142 pagantes por partida. A sabedoria popular diz que os preços são majorados porque a maioria paga metade. Faz sentido: 83% dos ingressos vendidos pelo Norusca foram de meia-entrada.

Pacotes
Outra questão respondida pela Federação foi a respeito dos borderôs. Segunda a FPF, os ingressos comprados por pacote promocional estão incluídos nos boletins financeiros – apesar de não especificados. A coluna indagou o Noroeste sobre a quantidade de pacotes vendidos para os nove jogos e aguarda resposta.

Valeu, Ronaldo!
Hora de deixar o papo de gordo de lado e aplaudir o fechar das cortinas da brilhante carreira do Fenômeno. O maior ícone do futebol mundial nos últimos 15 anos.

Texto publicado na coluna PAPO DE FUTEBOL, do jornal BOM DIA BAURU, no dia 14 de fevereiro de 2011

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

2 respostas em “Noroeste precisa de mais 13 pontos para não cair”

Ou seja papo furado dessa diretoria incompetente, dessa administração incompetente e desse departamento de marketing ridiculo e amador!!!

E ainda recebe comissão pra fazer essas porcarias!!

O Noroeste voltará pra Bauru!! E não pra meia duzia de burgues ou uma duzia de pseudonoroestinos que só querem aparecer na coluna social que so tem sobrenome e de familias abastadas da provincia de Bauru.

A conta é………
ganhar do S.Bernardo e lutar para entrar entre os oito.Já a diretoria sem vergonha…não vou nem comentar,são fracos.
Vamos ganhar em S.Bernardo,o campeonato vai mudar para o ECN neste domingo.

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