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A hora e a vez de Otacílio e Vandinho

Dupla tem seis jogos, a partir do duelo com a Ponte, para justificar investimento

O meia-atacante Vandinho foi o primeiro nome anunciado pelo Noroeste como reforço para o Paulistão 2011, ainda em outubro do ano passado. Apesar de um 2010 muito fraco em que jogou apenas 64 minutos, vinha para refrescar a memória dos noroestinos, por suas boas passagens pelo clube em 2007 e 2008. Até o momento, não correspondeu, aparentando pouco preparo físico.

Já Otacílio Neto, na condição de grande ídolo da história recente do Noroeste – principalmente pelos dez gols no Paulistão 2008 -, foi o grande reforço – acerto que demorou a ser concretizado, mas Tatá manteve sua palavra. Jogador do Corinthians, veio com status de alto salário (boa parte bancada pelo Timão), ganhou a camisa 10, mas se machucou logo na quarta rodada. Soube que anda muito chateado com a situação do Noroeste, pelo tempão que passou no departamento médico e, principalmente, pelo período conturbado que passa com a torcida, que tanto o aplaudiu no passado. De quebra, pegou fama de antipático ao se recusar a vestir a camisa do Inacreditável Futebol Clube, do programa Globo Esporte (pelo incrível gol que perdeu contra o Mirassol). A verdade é que o clima do Noroeste não está para brincadeiras – e o clube já havia avisado a TV Tem, via assessoria, que Otacílio não vestiria.

Agora, na 14ª rodada do Paulistão, os dois têm a chance de virar o jogo, tornarem-se heróis de uma sonhada arrancada contra o rebaixamento. Aposto em uma vitória noroestina com o brilho de Otacílio. Mordido, o raçudo atacante vai mostrar serviço – desde que não se machuque, claro. Já a escalação de Vandinho é contestável, pois deixa no banco o jovem Diego, que vinha bem – apesar de também cansar durante as partidas.

Que tenham sucesso na tarde de sábado e façam o norestino se lembrar de seus bons tempos.

3-5-2
A princípio parece esquisito um time que precisa tanto ganhar – e em casa – jogar com três zagueiros. Mas foi esse esquema que deu certo em um curto período da vacilante trajetória noroestina. Estreou naquele empate contra o Paulista, em Jundiaí, e foi o esquema da única vitória até agora (goleada sobre o Mogi). Adaptado para o 3-6-1, foi elogiado na derrota para o Santos, na Vila, e foi abandonado após derrota para o São Bernardo.

Se Márcio Gabriel e Gleidson atuarem como na partida contra o Palmeiras – com vontade de mostrar serviço – pode funcionar, pois não terão tanta obrigação defensiva. Minha dúvida é sobre o desempenho do jovem Victor Júnior sozinho na armação – é a grande aposta de Lori, que sacou Ricardinho do time na rodada passada, até então titular absoluto e responsável pela maioria das assistências.

Segundo os colegas da imprensa apuraram, o Alvirrubro deverá enfrentar a Ponte com: André Luis; Cris, Halisson e Matheus; Márcio Gabriel, Tiago Ulisses, Júlio César, Victor Júnior e Gleidson; Vandinho e Otacílio Neto.

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Classificação e tabela do Brasileirão 2011

Carregando tabela de Central Brasileirão…

Tabela gerada por Central Brasileirão

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Noroeste

Noroeste perde para o Linense e A2 fica mais perto

Norusca até pressionou, mas não conseguiu colocar a bola na rede e segue decepcionando

De Bauru
ligado no PFC e no Jornada Esportiva

Pela terceira vez seguida em menos de um ano, o Noroeste perde para o Linense. Sim, as outras duas foram na Copa Paulista, mas lá estavam Mateus, Eric, André Bilinha, Leandro Love… Se o time de Lins errou em apostar na base de 2010 e só agora vai ganhando fôlego para fugir da degola, essa vitória evidencia ainda mais o momento alvirrubro.

O Norusca chegou até a apertar o Elefante durante boa parte do primeiro tempo, mas seguiu sua rotina de errar muitos gols, sobretudo com Zé Carlos, que teve quatro chances para marcar. Agora, faltam 18 pontos a serem disputados e o Noroeste precisa de dez ou onze, isto é, ter 60% de aproveitamento. É difícil acreditar. A esperança, como o próprio treinador Lori Sandri relatou ao final da partida, está depositada em vencer Ponte Preta e Grêmio Prudente em casa. Do contrário, passaporte carimbado para a Série A2. Ao jogo:

1º tempo

Como de costume, o Noroeste começa atacando, ignorando se está dentro ou fora de casa. Mas, como de costuma, desperdiça. Logo aos três minutos, Gleidson cruza da esquerda e Zé Carlos emenda forte, de primeira, mas Mateus defende com os pés. O Linense responde dois minutos adiante, em chute sem perigo de André Bilinha.

Em outro chute de fora da área, aos 11, Wellington Monteiro obriga André Luis a trabalhar. A partida segue lá e cá, em descidas rápidas. Numa delas, aos 25, Diego bate sem firmeza e manda a bola na galera… Três minutos depois, o cabeludo desce bem, sempre pela esquerda, é travado no chute e ela sobra para Vandinho, que também carimba a zaga.

Aos 33, Zé Carlos perde gol feito. Ele recebe na marca do pênalti, livre, e bate colocado, de canhota, em cima o goleiro. A chegada do Elefante é mais objetiva, em chute rasteiro de Leandro Love no pé da trave esquerda. Quando tudo caminhava para um segundo também também disputado, o Linense encaixa boa jogada, aos 44…

Marcus Vinicius avança com a bola e dá belo passe por cima para Éder, que recebe já dentro da área e solta a bomba, de canhota. 1 a 0 no último lance da primeira etapa.

2º tempo

O Norusca volta modificado, com Victor Júnior no lugar de Vandinho. A intenção é tapar um buraco, trocando um meia-atacante por um meia de ofício. Na prática, o camisa 17 não agrega muito…

Como no período inicial, o Noroeste pressiona. Chega forte as quatro, com Zé Carlos, que tem chute desviado pela zaga. Aos 12, de novo o camisa 12 alvirrubro: ele chuta forte, de longe, e o goleiro Mateus coloca para escanteio. O castigo definitivo vem no minuto seguinte…

Halisson derruba Pedrão na área. O camisa 9 do Linense pega a bola e cobra firme no meio do gol. A vantagem ampliada acorda o Elefante de vez – e mina as forças noroestinas. Aos 18, Marcus Vinicius bate colocado e André Luis espalma. Aos 19, Ricardinho, pela primeira vez reserva no Paulistão, entra no lugar de Júlio César.

A partida segue movimentada, mas o Alvirrubro não consegue marcar. Aos 31, novamente Zé Carlos chuta e Mateus defende. É o último bom lance noroestino, que vê o Linense administrar a vantagem. Aleilson ainda entra em campo, no lugar de Diego, mas não consegue assustara a defesa adversária.

No próximo sábado (19/3), às 18h30, o Noroeste joga sua sobrevivência em casa, contra a Ponte Preta.

Pós-jogo

Em entrevista aos repórteres Thiago Navarro, do Jornada Esportiva, e Jota Augusto, da Jovem Auri-Verde, o técnico Lori Sandri, bom nas palavras, tentou manter o ânimo para os próximos confrontos. Perguntado por Augusto se montaria um elenco diferente, se estivesse desde o início do Paulistão, saiu-se com essa” Sua pergunta é muito boa, mas vou deixar para respondê-la no fim do campeonato. O momento é de dar força a esse grupo”. Já a Navarro, que disse ao treinador que a torcida está jogando a tolha, foi otimista: “Não é hora de jogar a toalha. Se a gente vencer o próximo jogo, vamos dar o primeiro passo para fugir do rebaixamento”.

Sobre o descrédito com a torcida, o atacante Diego, ao microfone do Jornada, teve personalidade: “Aquele que acreditar e ficar com a gente até o fim, irá comemorar conosco. Porque vamos sair dessa”.

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Noroeste pode vencer o Palmeiras. Por que não?

Coluna Papo de Futebol desta semana fala do jogão desta quarta no Alfredo de Castilho

Para quem não leu –  ou quer ler de novo – segue a coluna Papo de Futebol publicana na última segunda (7/3) no jornal Bom Dia Bauru.

Vencer o Verdão: por que não?

Ao Noroeste não interessa mais empate, seja em que campo for. Em outras circunstâncias, a igualdade fora de casa contra o então líder do campeonato, Mirassol, seria comemorada. Mas, ainda mais da forma como foi – abrindo 2 a 0 –, o time bauruense só tem a lamentar mais dois pontos perdidos. Situação na classificação à parte, é bom destacar que a equipe jogou bem na partida da última sexta-feira.

O Norusca sufocou o adversário no primeiro tempo e foi pouco atacado. Depois do apagão nos minutos iniciais da segunda etapa – mais mérito do ataque mirassolense do que falha alvirrubra –, o time soube suportar a pressão amarela. Quando não teve jeito, o goleiro André Luis salvou.

A lamentar, mais uma contusão de Otacílio Neto, dúvida para o próximo jogo – a exemplo de Diego. Não concordo com críticas de que o atacante está aderindo ao “chinelinho”. Ele se notabilizou em Bauru exatamente por sua conduta profissional. Quem já conversou com Tatá uma vez na vida sabe de sua obstinação e vontade de estar em campo. Podem questionar a diretoria por sua contratação, mas nunca o caráter desse atleta.

Cinzas verdes
Com a incrível marca de sete empates em 11 jogos, o Norusca não pode se dar ao luxo de perder para o Palmeiras, na próxima quarta de cinzas, nem sob o argumento de o adversário ser um time grande. Precisa fazer valer seu mando de campo. O que, diga-se, será pelo fator de maior adaptação ao gramado, pois a expectativa é de que haja mais alviverdes nas arquibancadas.
Vencer o Verdão, que ainda oscila muito, não será nada de outro mundo. O time da capital já foi líder, mas hoje ocupa apenas o quinto posto após empatar com o fraco Santo André, no Pacaembu. Não cometer faltas na entrada da área, evitando assim os chutes de Marcos Assunção, será boa medida. Outra: não descuidar da marcação de Adriano Michael Jackson no jogo aéreo.
No Alfredo de Castilho, para alívio noroestino, o técnico Felipão não poderá contar com Kleber Gladiador. O atacante Patrik também está fora. Em compensação, são grandes as chances de Valdivia estar em campo.

Palcos vazios
Não tenho muita esperança de um grande público no Alfredão para o duelo contra o Palmeiras. Aquele encanto de ver time grande de perto está diminuindo na mesma proporção em que o preço do ingresso sobe. Exemplo disso ocorreu no sábado passado. Apenas 2.213 pessoas pagaram para ver Oeste x Santos, em Itápolis. Em Lins, apesar dos mais de 50 anos fora da elite, foram somente 6.234 pagantes no duelo Linense x Corinthians. O passeio dos grandes pelo Interior era meu melhor argumento em defesa dos Estaduais…

Centésimo
O Palmeiras poderá marcar seu gol número 100 em jogos contra o Noroeste pelo Paulistão. Em 55 confrontos no Estadual, são 35 vitórias do Palestra, 13 empates e sete vitórias noroestinas. O Verdão soma 99 gols no duelo e o Norusca, 41. As estatísticas incluem partidas das edições de 1956 e 1957 – que não aparecem no Futpédia do GloboEsporte.com –, anos em que houve uma fase preliminar que definia classificados para Série Azul (o Paulistão de fato, para o site) e Branca (repescagem contra o rebaixamento). O confronto em Bauru, portanto, será o de número 56.
Das sete vitórias alvirrubras sobre o Verdão, duas delas foram conquistadas na última década. Em 2007, no Parque Antarctica, por 2 a 1 (gol da vitória de Otacílio Neto, de perna direita, a mesma que errou incrível gol em Mirassol…), e em 2008, no Alfredão, gol de Vandinho e 1 a 0 no placar.

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Noroeste

Noroeste empata com o Mirassol

Ricardinho encara Magal: mais uma assistência. Foto da Agência Bom Dia (inclusive home)

Empate fora de casa com o líder seria ótimo, em outras circunstâncias…

De Bauru
ligado no PFC e no Jornada Esportiva

Jogar de igual para o igual com o líder do campeonato, na casa do adversário, e voltar para Bauru com um empate. Bom resultado, certo? Não no momento atual do Noroeste. E ainda mais porque a vitória se anunciava, com o placar de 2 a 0 no primeiro tempo. De qualquer forma, o Noroeste deixa a zona de rebaixamento e tem ânimo renovado para receber o Palmeiras, na próxima quarta (9/3), no Alfredão. A lamentar, mais uma contusão de Otacílio Neto, que ganhará ainda a companhia do raçudo Diego no departamento médico.

Com dez pontos na classificação, o Norusca tem a curiosa campanha de uma vitória, sete empates (!!!) e três derrotas. É um visitante encardido, que já buscou quatro empates fora. Mas, apenas uma vitória em 11 jogos… Pelo menos, há fôlego para evitar o rebaixamento. Esse é o inconstante Alvirrubro: boas partidas (como esta em Mirassol ou na derrota para o Santos) e atuações apáticas (Americana e São Bernardo).

Agora, faltam oito jogos (24 pontos a disputar) e o Noroeste precisa de 11 para não cair, isto é, 46% de aproveitamento. Três vitórias e dois empates.

A seguir, o relato de Mirassol 2 x 2 Noroeste:

1º tempo

Pressionado contra a degola, o Noroeste começa o jogo com iniciativa, pressionando o Mirassol. Logo aos quatro minutos, o goleiro Fernando Leal já trabalha, em chute de Diego. O camisa 9 alvirrubro volta a incomodar aos oito, em chute rasteiro espalmado por Leal; no rebote, com o gol livre, Otacílio Neto consegue perder, chutando forte no travessão – bastava um tapinha na bola…

Além de perder o gol, Tatá se contunde na jogada, voltando a sentir contusão na coxa. Vandinho entra em seu lugar. Apesar da saída de seu principal jogador, o Trem-Bala segue acelerando a partida e abre o placar aos 16: Matheus completa, de cabeça, escanteio cobrado por Ricardinho. Mais um gol do criticado zagueiro, que se encontrou atuando em dupla com Halisson – como bem observou o colega Rafael Antônio, do Jornada Esportiva.

O líder Mirassol – o ‘Grande Mira’, segundo Alexandre Moreno, do Bom Dia na Arquibancada! – não tem tempo para assimilar o gol e sofre outro golpe. Aos 18, Diego arranca em diagonal pela esquerda, invade a área e finaliza com estilo, no canto esquerdo. 2 a 0. O raçudo e cabeludo centroavante tem seu esforço coroado.

A primeira grande defesa de André vem apenas aos 23, em chute de Serginho . Outra grande intervenção do goleiro alvirrubro ocorre aos 43, espalmando chute a queima roupa do zagueiro Gustavo Bastos, melhor jogador em campo. Antes disso, Gleidson chuta cruzado pra fora, aos 34, desperdiçando chance de ampliar.

Intervalo

A caminho do vestiário, Vandinho fala ao microfone de Thiago Navarro, do Jornada: “O Mirassol achou que ia bater em bêbado. Nosso time tem qualidade e está provando”. Marcelinho, realista: “Tomamos um sufoco no final”. Diego completa: “Vamos entrar com a mesma pegada no segundo tempo. 2 a 0 não é nada”.

2º tempo

E não é mesmo, Diego… O Mirassol implodiu a vantagem noroestina em sete minutos. Aos 3, Xuxa cobrou falta na área e Gustavo Bastos surgiu atrás da zaga para balançar as redes. Quatro minutos adiante, Fabinho Capixaba faz boa descida pela direita e cruza rasteiro para Serginho concluir. 2 a 2.

O Noroeste reage em bom chute de Ricardinho da entrada da área, aos 11, desviado pela zaga. Aos 17, o lance capital: Gustavo Bastos tira de cima da linha, com uma “ponte de cabeça”, chute de Vandinho. Esses dois lances contêm a empolgação mirassolense e esfriam a partida, que só volta a ter lance perigoso aos 36.

E que perigo! Xuxa arremata forte e rasteiro, com sua canhota, de longe. A bola raspa a trave direita. A essa altura, o milagre já é lucro para o Norusca, sobretudo depois de milagre de André Luis aos 42, espalmando cabeceio pós-escanteio. Dois minutos depois, outra grande chance do Mirassol: o lateral Diego recebe livre na esquerda, mas chuta por cima.

Pós-jogo

Os protagonistas, novamente ao microfone de Thiago Navarro: “Pela primeira vez abrimos dois gols de vantagem. É complicado. Se a gente saísse daqui com uma grande vitória…”, lamentou o goleiro André Luis. “Se tívessemos vencido, estaríamos mais folgados. Esse empate, pelas circunstâncias, teve sabor de derrota”, disse Matheus. Sempre criticado, o zagueirão comentou sua volta por cima: “A superação foi o fator principal para eu evoluir”. O treinador Lori Sandri, numa minicoletiva aos repórteres bauruenses, lamentou as contusões, mas mantém o otimismo.

Matheus: "A superação foi o fator principal para eu evoluir" (foto Agência Bom Dia)

Os gols de Mirassol 2 x 2 Noroeste: