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Bauru 1, Flamengo 2

Marcelinho é marcado por Renato na Arena HSBC novamente vazia... Foto de Leandra Benjamin/Fla Imagem/NBB (inclusive home)

Com desfalque de Jeff, guerreiros novamente dificultam vitória do Flamengo em casa

Com Jeff Agba suspenso e Douglas Nunes jogando no sacrifício, o Itabom/Bauru se superou. Teve atuação melhor do que a do jogo 2 e, faltando menos de um minuto para o final da partida, estava no páreo. Mas, novamente deu Flamengo (79 a 73). Agora, os bauruenses precisam ganhar em casa na sexta (29/4, 20h30) para forçar o quinto jogo, domingo, no Rio de Janeiro.

Ao contrário de ontem, quando foi citado por Guerrinha como um dos que não renderam (ao lado de Alex, novamente discreto), o ala Fischer foi o cestinha da partida, com 24 pontos. Destaque, entretanto, foi novamente o raçudo Pilar, com 14 pontos, sete rebotes e recorde de bolas roubadas na história dos playoffs do NBB (seis).

Menção mais do que honrosa para Douglas Nunes, que atuou no sacrifício, com dores. Ele foi importante, na ausência de Jeff, nos rebotes (pegou nove). “Ainda estou com dores. não estou cem por cento, mas acho que ajudei um pouco a equipe. Em Bauru, não tem pressão para o nosso lado, a pressão é deles, pois nós já ganhamos lá”, falou o camisa 13 ao repórter Thiago Navarro, do Jornada Esportiva.

Transcrevi outras declarações ao Jornada (outro grande trabalho dos colegas!). Confira:

Fischer
“Foi uma bela partida, digna de playoff. O time deles tem muita qualidade, o Hélio fez uma bela partida, foi o diferencial. Fosse em Bauru, teríamos vencido. Não tem jeito, temos que ganhar uma no Rio. Mas não está nada acabado, vamos focar na sexta.”

Hélio, armador do Flamengo
“Fomos mal nos três minutos finais, ontem foi no quarto inteiro. A tendência é reduzir esse mal momento no jogo, que sempre acontece. A torcida lá em Bauru pressiona, é um dos poucos lugares em que não temos torcida. Mas estamos focados e temos chances de vencer lá.”

Larry Taylor
“Erramos muitas bolas que normalmente fazemos. Agora é nossa vez, vencer sexta para voltar para o quinto jogo.”

Guerrinha
“Hoje foi um jogo mais equilibrado, do começo ao fim. A equipe fez uma partida de superação incrivel, com a falta do Jeff e o Douglas no sacrifício. A arbitragem foi ótima hoje, só errou uma bola, normal.T emos que fazer o fator casa sobre uma equipe fortíssima. Vamos fazer a festa em Bauru e voltar ao Rio, se Deus quiser. Em casa, somos mais fortes, a equipe vai jogar melhor. Se nossa bola de três cai hoje, teríamos vencido o jogo.”
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Jogo 4: ingressos à venda na quinta

Preços sobem e Bauru Basket publica justificativa

Quinta-feira (28/4), a partir das 17h na bilheteria da Luso. A partir desse dia e horário serão vendidos os ingressos para a partida 4 do playoff quartas de final entre Bauru e Flamengo (jogo na sexta, às 20h), pelo NBB. A diretoria do Itabom/Bauru enviou carta aberta via imprensa informando que o preço dos ingressos foi reajustado e se justificou.

Agora são R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia), aumento de 50%. Não haverá venda de cadeiras, reservadas para cativos e patrocinadores. O reajuste foi salgado, sim, mas considerando-se que estamos em uma fase final – o famoso ‘filé’ -, é relevável…

A parte que mais gostei é que a carga de ingressos será diminuída, pensando na segurança dos torcedores (trecho destacado em bold, abaixo). Ainda bem. Quem esteve na Luso no último domingo viu gente até em cima da marquise. Uma temeridade. Era nítido que havia mais público do que a capacidade do ginásio. Daquelas situações que, se acontece uma fatalidade, só aí vai se apurar responsabilidades. Dessa vez, pelo menos, agiram antes, preventivamente. Tomara mesmo que, na sexta, estejam todos sentados de forma minimamente confortável.

A seguir, o texto na íntegra da carta aberta do Bauru Basket:

Carta Aberta aos Torcedores e Incentivadores do Itabom/Bauru Basket

Reconhecendo a paixão, carinho e respeito de toda a nossa comunidade, torcedores e incentivadores da equipe principal do Itabom/Bauru Basket, é com alegria e gratidão que nossa diretoria divide com todos, a responsabilidade pelo bom momento e sucesso que estamos alcançando dia após dia.

Neste momento de vibração pela campanha que estamos realizando na atual Liga Nacional de Basquete, onde tantas e tantas considerações fizemos para que nossa atitude não fosse interpretada de forma equivocada por parte dos nossos torcedores, comunicamos que para os próximos jogos em Bauru os ingressos serão majorados. Agindo sempre de forma transparente e saudável, esclarecemos que o nosso desafio maior é a obtenção do aumento de receitas, mesmo sabendo da pouca capacidade de público para o ginásio da Luso. Nessa fase do campeonato os nossos custos aumentam consideravelmente e as nossas receitas fixas permanecem inalteradas. Os ingressos para os próximos jogos dessa fase final do NBB 2010/2011 em Bauru, serão vendidos da seguinte forma: R$30,00 para ingressos inteiros e R$15,00 para meio ingresso (cadeiras numeradas não deverão ser disponibilizadas para vendas). Se o Jogo 4, contra o Flamengo, for necessário, a venda de ingressos se iniciará na quinta-feira, 28/04, às 17h na bilheteria da Luso, em Bauru.

Além da majoração citada, informamos também a diminuição do número dos ingressos disponibilizados, garantindo a devida acomodação para todos aqueles que forem aos jogos. A venda de ingressos será limitada a 02 ingressos por pessoa.

Por esse respeito e admiração que temos por nossos torcedores, seguros da necessidade das medidas tomadas, agradecemos e contamos com a compreensão e apoio de todos, certos ainda de que somente assim representaremos de forma orgulhosa o nosso esporte e a cidade de Bauru junto ao cenário nacional.

Muito obrigado a todos.

Bauru, 26 de abril de 2011.

Joaquim Figueiredo
Associação Bauru Basketall Team

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Bauru 1, Flamengo 1

Marcelinho: 23 de seus 26 pontos foram no arrasador primeiro tempo do Flamengo. Foto de Leandra Benjamin/Fla Imagem/NBB

Rubro-Negro chega a abrir 30 pontos, mas guerreiros apertam no fim, cheio de confusão

Tudo se encaminhava para uma vitória tranquila do Flamengo, que passeou no primeiro tempo (51 a 28), sobretudo no quarto inicial (30 a 12), mas os guerreiros lutaram até o fim. Se alguém desistiu de ouvir o Jornada Esportiva no meia da partida, não acreditaria que ela terminou em 79 a 71 para o time carioca, que fez apenas seis pontos no último período – tenso, com discussões, faltas técnicas e a infeliz desqualificação de Jeff Agba.

Sem contar com Douglas Nunes, contundido (e dúvida para o jogo 3), Bauru contou com o raçudo Pilar durante quase toda a partida. O camisa 17 fez duplo-duplo, com 16 pontos e dez rebotes. Jeff Agba foi o destaque dos números, também com duplo-duplo (19 pontos, 14 rebotes), além de dois tocos. O pivô norte-americano, porém, é desfalque certo na quarta, por causa da desqualificação (deu uma rasteira em Duda faltando três segundos para o jogo acabar…). Vai fazer muita falta.

Esse fim de jogo tenso, aliás, estabeleceu de vez a rivalidade entre as duas equipes. Tudo começou quando a arbitragem marcou falta em Marcelinho e Guerrinha reclamou que os 24 segundos de posse de bola já haviam estourado. Discussão armada, Marcelinho deu tapa na mesa – mais uma prova da arrogância rubro-negra… Tanta que o camisa 4 afirmou que o jogo em Bauru foi muito físico e emendou: “Se eles não tem capacidade de suportar um jogo físico aqui no Rio, paciência…”. Frase vinda do jogador mais chorão do NBB, chamado pelo ala Fischer, em entrevista pós-jogo, ao repórter Thiago Navarro, do Jornada, de “intocável”. Os dois se estranharam na confusão do último quarto.

Thiago, aliás, fez mais um grande trabalho de reportagem. Falou com Leandrinho, ex-Bauru, e o questionou sobre a ação judicial que move contra o extinto Bauru Basquete. Terminada a partida, ouviu de Guerrinha que o Flamengo iria ganhar mesmo sem os erros dos árbitros, mas que eles estragaram o jogo. “Saímos com uma vitória honrada, por buscar o placar e por causa da arbitragem”, disse.

“Tivemos dificuldades no primeiro tempo, Flamengo marcou muito bem e entramos relaxados, péssimos individualmente e coletivamente. No segundo tempo, reagimos e tivemos chance de vencer. A arbitragem se complicou, só acertou ao eliminar o Jeff, que não deveria ter feito aquilo. O Pilar jogou muito bem, tem esse jeitão estourado mesmo… Esse segundo tempo nos dá uma força grande para amanhã”, concluiu o treinador ao microfone do Jornada.

Para o jogo 3 do playoff (quartas de final), Pilar será ainda mais importante, por causa da ausência de Jeff. Durante a entrevista, Guerrinha, também na mira de repórteres cariocas, despistou que Douglas deverá ficar de fora. Mas desconfio que vá para o sacrifício… E Castellon, que jogou menos de dois minutos, precisará se impor quando entrar em quadra. Gui foi mais aproveitado e anotou seis pontos.

Está difícil? Sim. Mas quem tirou 22 pontos de vantagem (a partida estava 60 a 30 no início do terceiro quarto), já mostrou seu valor no NBB e é chamado de time de guerreiros, não vai se entregar fácil. Os jogadores vão entrar pilhados, sobretudo por causa da arbitragem. Horas depois da partida, Gui e Thyaguinho se manifestaram no Twitter, por exemplo:

Enfim, promessa de mais um jogão nesta quarta, novamente com transmissão do Jornada Esportiva, que transmitiu todas as partidas do Bauru Basket na temporada e, ontem, ganhou a audiência de flamenguistas espalhados por todo o Brasil – e de muitos cariocas que não encararam se deslocar até a Arena HSBC,

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Bauru 1, Flamengo 0

Renato, aniversariante do dia, chuta marcado por Atila. Foto de Sergio Domingues/HDR Photo/NBB

 

Guerreiros mantêm vantagem durante quase todo o jogo, sofrem pressão no fim, mas abrem playoff em vantagem

Direto da Luso

Como esperado, foi no sufoco, na palpitação, testando os nervos do torcedor. Mas deu Bauru. O Itabom venceu o Flamengo neste domingo de páscoa (24/4) por 87 a 85 e abriu 1 a 0 nos playoffs das quartas de final do Novo Basquete Brasil. No início do último quarto, parecia que seria um chocolate, mas, como bem lembrou Guerrinha ao final da partida, não há vantagem cômoda contra um time experiente como o Flamengo.

No primeiro quarto, Bauru errou muito e terminou em desvantagem de três pontos. A reação veio nos períodos seguintes e o time da casa fechou o terceiro quarto 15 pontos na frente. Aí, começaram a cair as bolas de três de Duda e Guto e a vantagem folgada foi para o espaço. Na última bola, dois pontos atrás, Duda tentou de três no estouro do cronômetro e errou. Alex garantiu a vitória pegando o rebote.

Enquanto Bauru teve um sexteto fantástico – Pilar, o sexto homem, foi o mais eficiente bauruense em quadra (12 pontos, seis rebotes e quatro assistências) – o Flamengo não mostrou conjunto. Dependente de Marcelinho (30 pontos!), contou com Hélio e Teichmann em partidas discretas, além de Wagner e Fred terem zerado em pontos. Além disso, Bábby saiu do ginásio no intervalo, com dores lombares.

Digo sexteto fantástico porque, além de Pilar, os cinco titulares pontuaram em dois dígitos. Larry (16), Alex (10), Fischer (16), Douglas (14) e Jeff (16). O Alienígena ainda pegou cinco rebotes e deu seis assistências. Jeff pegou nove rebotes e levantou a galera com duas cravadas. Douglas protagonizou lance importante no primeiro tempo, quando converteu arremesso de três e sofreu falta (um lance de quatro pontos).

A partida foi aquela marra rubro-negra de sempre, chorando faltas, simulando quedas. Mas, desta vez, não colou.

A seguir, declarações de Guerrinha e Fischer ao Canhota 10 após a partida:

GUERRINHA
O time tinha o domínio da partida e errou na hora que não podia, o que quase custou a vitória…
“Pelo jogo que desenvolvemos, poderíamos fechar o jogo com dez a quinze pontos de vantagem. Mas o basquete é assim. Quem está na frente tenta administrar e às vezes, num momento de tomar uma decisão, acontece uma falha. Mas o importante foi a vitória e vamos aprender com nossos erros e nossos acertos.”
Não é melhor ir de dois em dois pontos quando está na frente? O time chuta muito de três…
“Com certeza. Gastei três tempos para corrigir o time no último quarto. Mas é uma questão de maturidade. O Pilar fez uma falta faltando 25 segundos, o cronômetro nem havia saído… Poderia gastar o tempo, esperar o erro do adversário. Enquanto isso, o Marcelinho tem uma bagagem de Mundial, Pré-Olímpico.”
Aqui ninguém ganha mais no grito, né?
“Eles são marrentos porque tem que buscar a vitória, tem experiência. Mas hoje em dia a arbitragem erra menos diante de um time grande. A arbitragem está mais profissional.”

FISCHER
Bauru tem o melhor aproveitamento de três pontos do NBB. Mas não é melhor ir de dois em dois quando está na frente?
“É um diferencial da nossa equipe, não tem como mudar isso. Nossa intensidade é em cima do arremesso de fora. A gente tem que trabalhar para sermos menos precipitados, errarmos menos. Mas essas bolas que às vezes são precipitadas também já decidiram muitos jogos a nosso favor. É claro que os erros aparecem mais, mas já houve muitos acertos também.”
Bauru aprendeu a superar a marra do Flamengo?
“Sim. E também somos muito bons fora de casa, o melhor visitante do segundo turno. Eles têm muitos jogadores experientes, de Seleção e às vezes a arbitragem erra a favor deles. A gente tem que encarar isso como ‘normal’, mesmo não sendo.”
De repente, quase a vitória escapa…
“Pois é, quatro bolas de três tiram doze pontos e mudam totalmente o jogo, mas conseguimos segurar.”

Larry passou longe de ser genial, mas contribuiu, como sempre

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Clube dos 13 rachado. E agora?

Tentando entender (e lamentando) essa polêmica, Canhota 10 opina

Tudo parece um grande teatro. Mas que não tem graça nenhuma. Há alguns dias, a Caixa Econômica Federal resolve ligar para o São Paulo e, finalmente, entregar a Taça das Bolinhas ao então (oficialmente) único primeiro pentacampeão brasileiro desde 1971. Isso depois de muito tempo que a Confederação Brasileira de Futebol havia se pronunciado que o troféu pertenceria ao Tricolor. Eis que, uma semana depois, a CBF resolve, depois de 24 anos, reconhecer o Flamengo como campeão brasileiro de 1987 – apenas dois meses depois de afirmar o contrário, na ocasião da unificação dos títulos nacionais.

É ou não é um grande teatro? O afago aos rubro-negros – imagino que fruto de convencimento de um amigo em comum de CBF e Mengo, a Traffic – rendeu a Ricardo Teixeira um importante aliado, a partir do momento em que o clube carioca se juntou aos coirmãos, e ao Corinthians, na debandada do Clube dos 13. No caso do Fla, com o pretexto de estar magoado pela agremiação não tê-lo apoiado na empreitada de reconhecimento por 1987.

O mais lamentável dessa ruptura é que ela acontece no exato momento em que veríamos uma boa disputa pelos direitos de transmissão do Brasileirão no triênio 2012-2014. Estava curiosíssimo para ver o resultado da licitação e não concordo com o argumento do Botafogo, que imaginava perder dinheiro de patrocinadores caso a Globo não continuasse como detentora. Como bem lembrou o diário Lance! de hoje (24/2), três grandes recordes de audiência do futebol na TV (índice do Ibope em São Paulo) são em outras emissoras: a final da Libertadores-1992, na Rede OM (comandada por Galvão Bueno, à época), a final da Copa do Brasil-1995 (no SBT) e a final do Mundial de Clubes-2000 (na Band). O torcedor seguirá seu time, seja qual for o canal.

Outro receio – felizmente já rechaçado pelos dissidentes cariocas – era o de se ter ligas nacionais distintas, que renderiam mais astericos no bagunçado histórico do Campeonato Brasileiro. Mesmo assim, a confusão de direitos de transmissão negociados individualmente, ou por blocos, gerará situações inusitadas, como muitas partidas importantes não televisionadas por envolver times que negociaram com TVs diferentes…

Por fim, o mais lamentável é que tudo isso acontece a pouco mais de três anos para a Copa do Mundo no Brasil. Essa Copa que só nos poupará de uma vergonha mundial a partir do momento em que o sinal vermelho acender e o dinheiro público jorrar em cima da hora. Os últimos tempos – e os que estão por vir – no futebol brasileiro se resumem a muita politicagem e ganância e o torcedor, que deveria ser o protagonista, como consumidor que é, não é bem tratado. Nessa relação, o cliente não tem razão porque nem ouvido ele é.