Rubro-Negro chega a abrir 30 pontos, mas guerreiros apertam no fim, cheio de confusão
Tudo se encaminhava para uma vitória tranquila do Flamengo, que passeou no primeiro tempo (51 a 28), sobretudo no quarto inicial (30 a 12), mas os guerreiros lutaram até o fim. Se alguém desistiu de ouvir o Jornada Esportiva no meia da partida, não acreditaria que ela terminou em 79 a 71 para o time carioca, que fez apenas seis pontos no último período – tenso, com discussões, faltas técnicas e a infeliz desqualificação de Jeff Agba.
Sem contar com Douglas Nunes, contundido (e dúvida para o jogo 3), Bauru contou com o raçudo Pilar durante quase toda a partida. O camisa 17 fez duplo-duplo, com 16 pontos e dez rebotes. Jeff Agba foi o destaque dos números, também com duplo-duplo (19 pontos, 14 rebotes), além de dois tocos. O pivô norte-americano, porém, é desfalque certo na quarta, por causa da desqualificação (deu uma rasteira em Duda faltando três segundos para o jogo acabar…). Vai fazer muita falta.
Esse fim de jogo tenso, aliás, estabeleceu de vez a rivalidade entre as duas equipes. Tudo começou quando a arbitragem marcou falta em Marcelinho e Guerrinha reclamou que os 24 segundos de posse de bola já haviam estourado. Discussão armada, Marcelinho deu tapa na mesa – mais uma prova da arrogância rubro-negra… Tanta que o camisa 4 afirmou que o jogo em Bauru foi muito físico e emendou: “Se eles não tem capacidade de suportar um jogo físico aqui no Rio, paciência…”. Frase vinda do jogador mais chorão do NBB, chamado pelo ala Fischer, em entrevista pós-jogo, ao repórter Thiago Navarro, do Jornada, de “intocável”. Os dois se estranharam na confusão do último quarto.
Thiago, aliás, fez mais um grande trabalho de reportagem. Falou com Leandrinho, ex-Bauru, e o questionou sobre a ação judicial que move contra o extinto Bauru Basquete. Terminada a partida, ouviu de Guerrinha que o Flamengo iria ganhar mesmo sem os erros dos árbitros, mas que eles estragaram o jogo. “Saímos com uma vitória honrada, por buscar o placar e por causa da arbitragem”, disse.
“Tivemos dificuldades no primeiro tempo, Flamengo marcou muito bem e entramos relaxados, péssimos individualmente e coletivamente. No segundo tempo, reagimos e tivemos chance de vencer. A arbitragem se complicou, só acertou ao eliminar o Jeff, que não deveria ter feito aquilo. O Pilar jogou muito bem, tem esse jeitão estourado mesmo… Esse segundo tempo nos dá uma força grande para amanhã”, concluiu o treinador ao microfone do Jornada.
Para o jogo 3 do playoff (quartas de final), Pilar será ainda mais importante, por causa da ausência de Jeff. Durante a entrevista, Guerrinha, também na mira de repórteres cariocas, despistou que Douglas deverá ficar de fora. Mas desconfio que vá para o sacrifício… E Castellon, que jogou menos de dois minutos, precisará se impor quando entrar em quadra. Gui foi mais aproveitado e anotou seis pontos.
Está difícil? Sim. Mas quem tirou 22 pontos de vantagem (a partida estava 60 a 30 no início do terceiro quarto), já mostrou seu valor no NBB e é chamado de time de guerreiros, não vai se entregar fácil. Os jogadores vão entrar pilhados, sobretudo por causa da arbitragem. Horas depois da partida, Gui e Thyaguinho se manifestaram no Twitter, por exemplo:
Enfim, promessa de mais um jogão nesta quarta, novamente com transmissão do Jornada Esportiva, que transmitiu todas as partidas do Bauru Basket na temporada e, ontem, ganhou a audiência de flamenguistas espalhados por todo o Brasil – e de muitos cariocas que não encararam se deslocar até a Arena HSBC,
Uma resposta em “Bauru 1, Flamengo 1”
É arbitragem sempre enrola em jogo decisivo mesmo… agora é jogar nosso basquete hoje e tentar superá-los. Eu acredito nos nossos guerreiros.