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Bauru Basket

Bauru 1, Flamengo 0

Renato, aniversariante do dia, chuta marcado por Atila. Foto de Sergio Domingues/HDR Photo/NBB

 

Guerreiros mantêm vantagem durante quase todo o jogo, sofrem pressão no fim, mas abrem playoff em vantagem

Direto da Luso

Como esperado, foi no sufoco, na palpitação, testando os nervos do torcedor. Mas deu Bauru. O Itabom venceu o Flamengo neste domingo de páscoa (24/4) por 87 a 85 e abriu 1 a 0 nos playoffs das quartas de final do Novo Basquete Brasil. No início do último quarto, parecia que seria um chocolate, mas, como bem lembrou Guerrinha ao final da partida, não há vantagem cômoda contra um time experiente como o Flamengo.

No primeiro quarto, Bauru errou muito e terminou em desvantagem de três pontos. A reação veio nos períodos seguintes e o time da casa fechou o terceiro quarto 15 pontos na frente. Aí, começaram a cair as bolas de três de Duda e Guto e a vantagem folgada foi para o espaço. Na última bola, dois pontos atrás, Duda tentou de três no estouro do cronômetro e errou. Alex garantiu a vitória pegando o rebote.

Enquanto Bauru teve um sexteto fantástico – Pilar, o sexto homem, foi o mais eficiente bauruense em quadra (12 pontos, seis rebotes e quatro assistências) – o Flamengo não mostrou conjunto. Dependente de Marcelinho (30 pontos!), contou com Hélio e Teichmann em partidas discretas, além de Wagner e Fred terem zerado em pontos. Além disso, Bábby saiu do ginásio no intervalo, com dores lombares.

Digo sexteto fantástico porque, além de Pilar, os cinco titulares pontuaram em dois dígitos. Larry (16), Alex (10), Fischer (16), Douglas (14) e Jeff (16). O Alienígena ainda pegou cinco rebotes e deu seis assistências. Jeff pegou nove rebotes e levantou a galera com duas cravadas. Douglas protagonizou lance importante no primeiro tempo, quando converteu arremesso de três e sofreu falta (um lance de quatro pontos).

A partida foi aquela marra rubro-negra de sempre, chorando faltas, simulando quedas. Mas, desta vez, não colou.

A seguir, declarações de Guerrinha e Fischer ao Canhota 10 após a partida:

GUERRINHA
O time tinha o domínio da partida e errou na hora que não podia, o que quase custou a vitória…
“Pelo jogo que desenvolvemos, poderíamos fechar o jogo com dez a quinze pontos de vantagem. Mas o basquete é assim. Quem está na frente tenta administrar e às vezes, num momento de tomar uma decisão, acontece uma falha. Mas o importante foi a vitória e vamos aprender com nossos erros e nossos acertos.”
Não é melhor ir de dois em dois pontos quando está na frente? O time chuta muito de três…
“Com certeza. Gastei três tempos para corrigir o time no último quarto. Mas é uma questão de maturidade. O Pilar fez uma falta faltando 25 segundos, o cronômetro nem havia saído… Poderia gastar o tempo, esperar o erro do adversário. Enquanto isso, o Marcelinho tem uma bagagem de Mundial, Pré-Olímpico.”
Aqui ninguém ganha mais no grito, né?
“Eles são marrentos porque tem que buscar a vitória, tem experiência. Mas hoje em dia a arbitragem erra menos diante de um time grande. A arbitragem está mais profissional.”

FISCHER
Bauru tem o melhor aproveitamento de três pontos do NBB. Mas não é melhor ir de dois em dois quando está na frente?
“É um diferencial da nossa equipe, não tem como mudar isso. Nossa intensidade é em cima do arremesso de fora. A gente tem que trabalhar para sermos menos precipitados, errarmos menos. Mas essas bolas que às vezes são precipitadas também já decidiram muitos jogos a nosso favor. É claro que os erros aparecem mais, mas já houve muitos acertos também.”
Bauru aprendeu a superar a marra do Flamengo?
“Sim. E também somos muito bons fora de casa, o melhor visitante do segundo turno. Eles têm muitos jogadores experientes, de Seleção e às vezes a arbitragem erra a favor deles. A gente tem que encarar isso como ‘normal’, mesmo não sendo.”
De repente, quase a vitória escapa…
“Pois é, quatro bolas de três tiram doze pontos e mudam totalmente o jogo, mas conseguimos segurar.”

Larry passou longe de ser genial, mas contribuiu, como sempre