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Vôlei Bauru

Concilig Vôlei Bauru conquista a Copa São Paulo — em Osasco!

icone-VOLEIA primeira vez é um clichê inesquecível. Pois é. As meninas do Concilig Vôlei Bauru conquistaram o primeiro troféu da história do clube em um torneio de elite. Antes, as relevantes conquistas do Paulista da divisão de acesso e a Superliga B. Mas, no último andar, esta Copa São Paulo 2016. E não foi qualquer vitória. Foi contra o poderoso Osasco, em Osasco, palco onde nunca tinham ganhado um set sequer. Triunfo emocionante por 3 sets a 2 (parciais de 14 a 25, 25 a 10, 23 a 25, 25 a 20 e 15 a 9).

Diante de um ginásio José Liberatti lotado — com reforço de torcedores bauruenses —, as gigantes não se intimidaram. Apesar de Osasco ter se reformulado bastante e estar com atletas na Olimpíada, continua sendo Osasco. Uma camisa de peso e um novo elenco interessante, com a promissora oposta Paula, a realidade Tandara e a experiente líbero Suelen (esta reforço pontual antes de ir jogar na Itália).

Thaisinha ataca: mais uma partida forte dela
Thaisinha ataca: mais uma partida forte dela

A central Angélica, capitã do time bauruense, foi a maior pontuadora da partida (17 pontos), seguida da também central Valquiria e da ponteira Thaisinha, ambas com 14 pontos. A levantadora Lyara, recém-chegada da Seleção Brasileira sub-23 (campeã sul-americana), agregou no momento certo e foi inclusive responsável pela bola do jogo.

Apesar de ser uma espécie de “torneio início”, as circunstâncias desta conquista da Copa São Paulo acabam por atribuir importância ao feito. Pelo ineditismo, pelo adversário tradicional (em seu ginásio!), pela rápida resposta do elenco recém-montado. Todas as jogadoras ressaltaram a química do grupo nas entrevistas pós-jogos, aliás. Vamos a elas. Parabéns, meninas. A temporada promete!

ABRE ASPAS
Declarações colhidas pelo repórter Luiz Tá no Jogo Lanzoni, da Auri-Verde 760AM/Jornada Esportiva — com o esporte bauruense onde ele estiver e mais um título no currículo do gogó do Rafa Antonio.

“A torcida de bauru merece. É uma equipe aguerrida, que se entrega nos treinamentos. Começamos mal e depois conseguimos entrar no jogo. Podemos perder ou ganhar, mas não vai faltar entrega desta equipe, venha o que vier. Foi uma vitória do grupo, cada uma contribui com sua parte, mesmo sendo apenas entrando para um saque”, celebrou o técnico interino Fabiano Kwiek.

“A gente começa com o pé direito, mas com os pés no chão. Sem dúvida nenhuma, é uma conquista inédita para a cidade de Bauru. Nossa torcida fez barulho aqui no ginásio de Osasco, o que mostra que o vôlei está se tornando uma paixão dos bauruenses”, disse o presidente Adriano Pucinelli.

“Todos os campeonatos são importantes. Viemos com força e vamos assim também para o Paulista e a Superliga. Ano passado era um time diferente, hoje há várias jogadoras para dividir a responsabilidade. Com todo mundo se ajudando, lá na frente vamos nos dar muito bem”, comentou a oposta Bruna Honório.

Bloqueio foi fundamental na vitória
Bloqueio foi fundamental na vitória

“Fiquei muito feliz por ter ajudado o grupo, a união prevaleceu bastante. As gurias gostam muito de trabalhar, é um time muito esforçado e que vai trazer muitas alegrias durante a temporada”, comemorou a levantadora Lyara.

“Osasco é sempre uma equipe a ser respeitada. O resultado foi esse jogo longo, difícil, suado. A gente veio pra mudar a história desse time de Bauru. Formamos uma família e pode ter certeza que essa é a primeira conquista de muitas”, avisou a capitã Angélica.

“É uma delícia trabalhar com esse grupo, muito unido. Agora é descansar, colocar a cabeça no lugar e focar no Paulista, que vai ser muito difícil”, disse a central Valquiria.

“É uma felicidade. A gente luta para conseguir patrocínios e manter uma equipe competitiva. Esse grupo é forte, de guerreiras. A Concilig está muito feliz e temos que agradecer todos os patrocinadores. Vamos acreditar em coisas melhores, porque a gente gosta de ganhar. A gente acredita muito nessas meninas, elas compraram a ideia, tem objetivos”, disse Reinaldo Mandaliti, da Concilig, patrocinadora máster do Vôlei Bauru.

 

Fotos: Marina Beppu/Vôlei Bauru
Fotos: Marina Beppu/Vôlei Bauru
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Noroeste

Noroeste: caminho desenhado para 2016

O Noroeste já sabe o que fazer em 2016. E como fazer. Após reunião na Federação Paulista de Futebol na tarde de terça, ficou definida a fórmula de disputa da Série A-3. Que não se altera, aliás — apenas o critério de acesso (sobem apenas dois) e rebaixamento (caem seis). Os 20 clubes se enfrentam na primeira fase, em turno único, e oito se classificam para a segunda etapa, em dois quadrangulares com partidas de ida e volta, indo os campeões dos grupos para a final e, consequentemente, para a A-2 de 2017.

Só dá para compreender esse afunilamento de vagas de acesso porque a Federação precisa seguir o critério da A-1 (que a pedido da TV Globo terá 18 participantes em 2017 e 16 em 2018). Para efeito de diálogo com a CBF, A-1, A-2 e A-3 são primeira divisão, possibilitando que os times desses três módulos possam jogar a Copa do Brasil, que exige times da elite. É isso. Só pode ser isso. Mas que é um corte na carne do futebol do Interior, é…

Voltando ao Norusca, vale destacar e celebrar que no dia seguinte da festa do acesso (aquele suado empate com o Fernandópolis) o trabalho visando 2016 já começou. Rapidamente houve a renovação com o técnico Vitor Hugo, a composição da diretoria foi fortalecida — e mais nomes ainda serão confirmados, como um diretor de marketing — e uma série de entendimentos viabilizou mais uma sede da Copa São Paulo de futebol júnior da forma menos onerosa possível (custo praticamente zero para o clube, um terço bancado pela Semel e dois terços pela Federação).

O presidente Emilio e o vice, Rafael Padilha, na sede da FPF. Foto: Divulgacão Noroeste
O presidente Emilio e o vice, Rafael Padilha, na sede da FPF. Foto: Divulgacão Noroeste

MAIS GENTE NO ALFREDÃO
Na ocasião da coletiva da diretoria noroestina, na semana passada, perguntei ao presidente Emilio Brumati como o clube tentaria aproveitar o “resíduo” do excelente público do jogo do acesso (mais de 8 mil torcedores) para ter o Alfredão mais cheio em 2016. O presida reconheceu que o resultado em campo é o maior chamariz, mas prometeu que, junto à nova gestão de marketing, trabalharia no assunto. A primeira medida, aliás, já agrada: segue a política de ingresso a preço único de R$ 10.

28, DE NOVO
A FPF também manteve a regra que limita 28 jogadores inscritos. Para a elite é ruim, pois sacrifica jogadores da base. Mas, para nosso mundo caipira, terceirona, acho um bom cabresto para evitar loucuras, como o que aconteceu com o Noroeste em 2013 e 2014, com elencos inchados de pernas-de-pau que resultaram em rebaixamentos. No desespero, cartola costuma contratar com o campeonato em andamento. Com limite, tem que planejar melhor o elenco inicial e, durante, apenas faz ajustes com as trocas permitidas. Foi o que aconteceu em 2015: Marcelo Santos, Marcelinho, Léo Cunha e Edson Negão foram a cereja do bolo e ajudaram muito no acesso.

CALENDÁRIO
Se tudo der certo, o Noroeste terá 27 datas em 2016, entre 31 de janeiro e 15 de maio, a luta: 19 jogos na primeira fase, seis na segunda e as duas partidas da decisão. Segundo semestre? Assunto para depois, segundo o diretor de futebol Rodrigo Gomes, o Mosca, quando perguntei da possibilidade de disputar a Copa Paulista. “Só estamos pensando na Série A-3, em montar o melhor time, concentrando todos os esforços”. Ainda mais com apenas duas vagas de acesso (e seis de queda!!!), melhor mesmo pensar só nisso agora.

AÇÕES TRABALHISTAS
Quando conversei com o tesoureiro Estevan Pegoraro, perguntei sobre as ações trabalhistas que o clube sofre e qual o cenário para os próximos meses. Segundo o novo membro da diretoria, de fato o clube deixou de pagar alguns acordos, pois a demanda era maior do que a capacidade de pagamento. Pior: se pingava uma ação individual maior, quebrava todo o esforço de quitar as demais. O clube pretende se reunir com o Sapesp (sindicato dos atletas do estado) e com a Justiça do Trabalho para negociar claramente: pegar o que o clube consegue arcar por mês e diluir entre os que têm a receber.