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Copa Paulista 2018: primeiras impressões sobre o Noroeste

Estreia com derrota, seguida de empate no primeiro jogo em casa. O início do Norusca na Copa Paulista não é animador, mas é cedo para concluir um futuro sombrio na competição — sabidamente encarada como parte do planejamento para a Série A3 de 2019. O que vale, nesse primeiro momento, é detectar características da equipe comandada por Betão Alcântara, treinador que chegou como unanimidade e, portanto, a ele devem ser dados crédito e paciência.

Apesar da chuva que caiu durante a partida contra o XV de Piracicaba na última quarta, deu jogo. Muitas chances de gol — de ambos os lados, diga-se — justificaram o ingresso dos pouco mais de quinhentos torcedores que encararam o frio. E essa é uma primeira e animadora impressão sobre o Noroeste de Betão: um time que ataca. Falta melhorar a pontaria, ficou evidente, mas não há nada mais frustrante do que ir ao estádio e não ver o goleiro adversário trabalhar. O goleiro Leonardo, do XV, sujou o uniforme. Mas há o outro lado: a defesa alvirrubra passou sustos, levou bola na trave e pelo segundo jogo seguido sofreu gol nos acréscimos. Saudades, Marcelinho.

Taticamente, o Norusca defende no 4-4-2: Daniel Bueno e Leandro Oliveira marcando a saída de bola, Gindre e Renatinho pelas pontas em linha com a dupla de volantes. Quando ataca, é um 4-3-3 com uma particularidade: Gindre poucas vezes faz o corredor pela direita, pois não é um atacante agudo, velocista; quem cai por aquele lado é Leandro Oliveira. E aí mora o problema: o meia criativo ficando limitado a aguardar um passe, quando deveria ser o autor de passes decisivos.

Nas laterais, imagino que Pacheco e Cazumba não estejam fisicamente plenos, afinal, estiveram jogando a Série D por empréstimo. Eu tinha muita expectativa por desempenhos diferenciados dos dois, o que ainda deve acontecer. Cazumba, entretanto, ganhou a concorrência de Thiago Feltri, jogador que, como ele, tem DNA de time grande na base (Atlético Mineiro).

A dupla de volantes foi bem contra o XV. Alê passa segurança, Rogério Maranhão tem bom passe. E ainda descobrimos que ele chuta bem — um golaço no primeiro tempo, uma defesa difícil do goleiro no segundo. Entre alguns cochilos, a zaga noroestina dá impressão de que vai entrosar. E de goleiro (Cairo), definitivamente, estamos bem servidos.

Finalizo repetindo frase do primeiro parágrafo: crédito e paciência, moçada.

 

 

Foto: Bruno Freitas/Noroeste

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Acabou a espera: hoje tem Norusca!

Desde o dia 7 de abril (há quase quatro meses), o Esporte Clube Noroeste não entra em campo. Quem conhece a apaixonada torcida alvirrubra sabe como essa abstinência é cruel. Pois chegou o grande dia: o Norusca estreia hoje na Copa Paulista, às 15h, contra o Rio Claro — a saudade do Alfredão dura até a próxima quarta, dia 8. A partida terá transmissão da Jovem Pan News Bauru (FM 97,5 ou AM 760 ou pelo site).

Apesar de o objetivo principal ser chegar fortalecido à Série A3 de 2019, com um semestre inteiro de trabalho do técnico Betão Alcântara [foto acima, de Bruno Freitas/ECN], está vivo, sim, o sonho do tricampeonato — e a consequente vaga na Série D, o retorno ao cenário nacional.

Em Betão mora essa esperança. Ele é o melhor treinador desse cenário abaixo da elite paulista, conhece os caminhos do acesso e as brechas do campo nesses confrontos truncados em solo caipira. Que ninguém (nem diretoria, nem torcida, nem imprensa) caia na tentação de pedir sua cabeça se em algum momento nesta Copa Paulista a locomotiva sair dos trilhos. Deixemos o homem trabalhar. Ele foi tão desejado por todos e não vai desaprender. Com paciência, esse Noroeste vai longe.

O elenco foi bem montado, é mais equilibrado do que o que foi montado para última terceirona. Tem um goleiro experiente (Cairo), dois laterais diferenciados fisicamente (Pacheco e Cazumba) e meias de criação que quase ninguém tem (Hugo e Leandro Oliveira).

Novidades

A Federação Paulista de Futebol realizou um congresso de abertura da Copa Paulista 2018, reunindo palestrantes e divulgando informações sobre a organização da competição. Além de poder escolher entre a Série D e a Copa do Brasil, o campeão receberá uma premiação de R$ 250 mil — o vice, R$ 150 mil. Outra novidade, que impacta em economia para as viagens: os times já sairão de suas cidades sabendo que uniforme utilizar. Na estreia, por exemplo, o Norusca jogará de camisa branca e calção vermelho:

Fardamentos de Rio Claro e Noroeste. Imagem: Reprodução FPF

Presidente admite dificuldades

Na última quinta-feira, o presidente noroestino, Estevan Pegoraro, concedeu relevante entrevista ao Esporte em Discussão, da Jovem Pan News Bauru, conduzida por Rafael Antonio e Lucas Rocha. Admitiu atrasos de salários dos funcionários administrativos e que está negociando os acertos dos jogadores que deixaram o elenco no último semestre. Também falou de outros compromissos que não puderam ser honrados por conta da queda de receita — impacto da perda do incentivo fiscal e consequente saída da Tel. Por outro lado, celebrou o acerto da nova patrocinadora máster, AgroVale, que deve dar um fôlego nessas dificuldades. Falou ainda da renúncia do vice-presidente Reinaldo Mandaliti, que sai do cargo, mas segue apoiando, e da relação complicada com o poder público — as burocracias têm impedido o clube de receber o aluguel da Panela de Pressão. Confira abaixo o áudio completo da entrevista (gentilmente enviado pelo Rocha):

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Com Betão Alcântara, Noroeste segue firme no propósito de crescimento

Na quarta-feira anunciamos o novo treinador. E a torcida vai gostar”, disse o vice-presidente do futebol do Noroeste, Reinaldo Mandaliti, ao ENTREVISTA 10 da última segunda-feira. Feito. O clube anunciou hoje pela manhã Betão Alcântara como novo técnico. E todos gostaram mesmo. Era sonho antigo, é um rei de acessos.

A contratação mostra que a diretoria alvirrubra segue firme no propósito de tirar o Norusca desse patamar de terceirona. Pelo segundo ano seguido, contrata o treinador atual campeão da Série A3. Betão acabou de ganhar o título pelo Atibaia, um time de torcida diminuta e que atuava em outra cidade. Que ignorou camisas pesadas como a do próprio Noroeste (nas quartas) e da Portuguesa Santista (na final), que tinha melhor campanha.

Com 56 anos, vinte de carreira, Betão poderia dar um salto, disputar a Série A2 — pelo próprio Atibaia ou pelo Rio Claro, onde foi sondado —, mas acreditou no projeto noroestino. E sua chegada, agora, a mais de seis meses da próxima temporada, indica que o trabalho para a Copa Paulista ambiciona o cenário nacional — o título dá vaga à Série D.

O homem entende de acesso: em 2015, levou o Fernandópolis da Bezinha à Série A3; em 2016, subiu o Rio Preto da terceirona para a A2; e agora esse título com o Atibaia. O negócio é depositar confiança em Betão e deixá-lo trabalhar. Isso vale para todos: diretoria, imprensa e torcida. A paciência não é hábito na comunidade alvirrubra. Que tudo dê certo dessa vez.

Confira como foi a conversa com o vice de futebol, Reinaldo Mandaliti, ao ENTREVISTA 10:

Perfil completo de Betão no site oficial do Noroeste

Foto: Eduardo Lustosa/Atibaia

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Entrevista 10, edição 10: João Bidu!

Antes de se tornar o astrólogo sensação do Brasil, João Bidu, ele foi um dos grandes locutores esportivos de Bauru e região. Antes de se tornar o cronista João Carlos de Almeida, ele brincou de bola com Pelé. Não preciso me alongar, dê logo o play para ouvir esse grande mestre da comunicação.

Apoio cultural ao ENTREVISTA 10

Empresas que quiserem patrocinar a atração terão espaço durante a exibição (logomarca, slogan e contato), em banner no rodapé da tela. O investimento mensal é bem convidativo e o nível da conversa promete um bom valor agregado. Os interessados devem entrar em contato pelo e-mail fernandobh@canhota10.com ou pelo telefone (14) 99115.1360 (inclusive WhatsApp).

O ENTREVISTA 10 é uma parceria do CANHOTA 10 com a TV FIB

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Entrevista 10, edição 8: professor Gualberto, ídolo noroestino

O prazer do reencontro: da torcida do Noroeste com um dos grandes jogadores de sua história. E do aluno com o professor. João Gualberto Pires era lateral-esquerdo do Norusca que fez história com o quinto lugar no Campeonato Paulista de 1960 — e mais tarde ajudou o clube compondo comissões técnicas. Professor no curso de Educação Física da Unesp de Bauru, foi mestre de muita gente — meu, inclusive, quando puxei disciplina para aprimorar minha formação como jornalista esportivo. Ainda hoje,  aposentado, dá sua contribuição estimulando a atividade física entre idosos. Diante disso, inúmeros torcedores e ex-alunos prestigiaram essa saborosa conversa com esse homem sábio, um educador nato, um esportista que honra o nome de Bauru. Se ainda não viu, não deixe de dar o play logo abaixo:

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