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Noroeste perde para o Rio Preto no Alfredão

Noroeste perde a terceira seguida na Copa Paulista e acumula 15 partidas sem vencer. Fora de campo, o clima é tenso

O melhor , e um dos jogos do Noroeste no Alfredo de Castilho, nesta Copa Paulista, têm sido os papos no intervalo com a galera. Como na semana passada, o clima era de resignação. Não dá para vaiar uma molecada esforçada, de bolso vazio e sem a companhia dos refoços experientes — ainda sem condições (burocráticas) de jogo. Mas o discurso da rubraiada é unânime: o time é ruim. Pelo menos ESTE time que tem jogado. A esperança é que, quando os medalhões finalmente estrearem, a coisa melhore. Tem que melhorar. Por enquanto, três jogos, três derrotas — esta, por 2 a 1 para o Rio Preto.

O primeiro tempo foi de uma correria sem rumo, somente uma chance clara de gol, em chute cruzado de Cléberson. As melhores investidas eram do Rio Preto, que fizeram o goleiro Rodolfo Romano (titular neste e no próximo jogo, segundo revezamento criado pelo técnico Edinho Machado. Numa delas, aos 13, não deu para o camisa 1. Um chutaço do atacante Igor Pato, no ângulo. O revés fez o treinador mudar ainda na etapa incial, colocando Alex Bacci no lugar de Daniel Jr, o Foguinho.

Veio a segunda etapa e o Alfredão voltou a ver um gol alvirrubro. Numa bola mascada vinda da direita, Zé Roni pegou de raspão e ela entrou de mansinho no canto direito, aos sete. Mais tarde, Magrão foi expulso após receber segundo cartão amarelo e a coisa complicou. Bacci recuou para a zaga, sua posição de origem, para fechar o setor e desmontar o 4-3-3 com três volantes. O visitante seguiu mais ofensivo, exigindo de Rodolfo, que fez boas defesas. Mas não segurou a bomba de Cabral, aos 34. Com um a menos, o Norusca ainda atuou com o menino Douglas no sacrifício, sofrendo de câimbras.

“Vamos trabalhar de cabeça erguida para mudar essa situação. Nunca passei por isso na minha carreira, e logo no clube que eu gosto. Mas é uma motivação a mais“, lamentou o zagueiro Bonfim, em tom otimista.

O Noroeste perdeu para o Rio Preto com Rodolfo Romano; Felipe, Bonfim, Magrão e Douglas; Daniel Jr (Alex Bacci), Rafael Muçamba e Ruan; Cléberson, Aguiar (Valdir) e Zé Roni (Esquerdinha).

Ao final da partida, torcedores adentraram  o clube para fazer cobranças.

Crise sem fim.
O Noroeste segue um filme triste. Se for para dar só informações boas, não tem notícia. O gestor Fabiano Larangeira prometeu apresentar, até a última sexta, assessor de imprensa, advogado e revelar o nome do parceiro financeiro que o suporta. Nada até agora. E é bom destacar: ele chegou ao clube para COLOCAR DINHEIRO, e não para correr atrás da grana. Mais: ele cobra os erros administrativos como assunto terceiro, mas isso passa pela gestão de futebol, a cargo de Larangeira.

“Minha vontade, se eu pudesse, é chorar. Estou sentindo a dor da torcida, sangrando por dentro. Mas, se depender do meu trabalho, o clube vai melhorar. Existem erros, mas temos que ter cabeça fria, analisar todos os detalhes. O torcedor tem que cobrar mesmo”, disse o gestor Fabiano Larangeira, aos Jotas — Martins (87FM e Jornada Esportiva) — e Augusto (Auri-Verde).

Um torcedor se apresentou ao Canhota 10 relatando que cobraram ingresso de uma criança de 2 anos de idade –foram 348 pagantes e pouco mais de R$ 2 mil de renda bruta — será mais um prejuízo. Vou procurar o esclarecimento do clube. Se for verdade, é mais um reflexo da crise.
Atualizado: segue a resposta do clube a respeito do assunto: “Mediante a determinação da Federação Paulista de Futebol, todos os torcedores são obrigados a ter seu ingresso em mão afim de estar segurados junto a apólice de seguros na qual o ingresso dá direito. No caso de algum acidente ou incidente, a família será ressarcida pela segurada. Por este motivo, o ESPORTE CLUBE NOROESTE cobra o valor do ingresso, mesmo sendo criança, independente da idade.”

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

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