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Coluna da semana: o esquema noroestino

Explicação do desenho tático de Amauri Knevitz é o destaque do texto publicado na edição de 16 de janeiro de 2012 do jornal BOM DIA Bauru

Noroeste versão 2012

Foi apenas um jogo-treino, mas o suficiente para projetar como o Noroeste irá se comportar em campo na Série A-2. Na vitória sobre o XV de Jaú (2 a 1), o desenho tático montado por Amauri Knevitz era bem nítido e simples. Sem invencionices, o Norusca vai com um 4-4-2 com o meio-campo em losango, com um trio de volantes atrás do meia de criação. Confira abaixo a interpretação do esquema, decifrado pela coluna, que esteve em Pederneiras.

Como em todo esquema com dois zagueiros de área, os laterais alternam o avanço ao ataque. Pelo que se viu no amistoso da última terça, Mizael, pela direita, e Alexandre, pela esquerda, ainda não convenceram como titulares. Bira e Pedro, respectivamente, entraram motivados no segundo tempo e brigam pelas vagas. A dupla de zaga supostamente titular não pôde ser testada, pois o experiente De Lazzari foi poupado. Mas é ele quem deve atuar ao lado de Marcelinho.

No meio, Everton Garroni é literalmente o cabeça de área: praticamente não ultrapassa a linha central e sua função é proteger a defesa, combater os avanços adversários e ficar na cobertura. Ao seu lado, Knevitz apostou em dois volantes que, se não são dos mais habilidosos, sabem subir ao ataque com outros atributos: Juninho (pela esquerda), como arma no chute de fora da área, e França (direita), que se impõe fisicamente em arrancadas com a bola dominada. Eles ainda têm que cobrir os laterais.

Velicka é o talento solo: o meia-armador é o responsável pelo toque cadenciado, pelos lançamentos e é a ponta ofensiva do losango de Knevitz. Mas, por ser canhoto, acaba caindo bastante para a esquerda, até porque o atacante Daniel Grando, que tem a função de cair pelas pontas, fica mais pela direita – e isso acaba por equilibrar o esquema. Para finalizar, Boka, fixo na área, faz o pivô, servindo de opção para quem se aproxima, e sempre se posiciona para receber a bola na cara do gol. Começou bem o novo camisa 9 noroestino.

Calma com Grando
O atacante Daniel Grando foi bastante vaiado na partida contra o XV. Ao saber disso, um dos torcedores mais conhecidos do Noroeste, Marcos Cunha (o Marcão do shopping), apressou-se em pedir paciência à galera. “Precisamos fazer uma campanha junto ao apaixonado noroestino para deixar de pegar no pé do Daniel Grando. É um ser humano como nós e já entra em campo sabendo que tem que jogar mais que o Pelé. O nervosismo aumenta e ele erra mais ainda. Não rendeu bem no ano de 2011 pelo grupo ser muito limitado. Tem que dar tranquilidade para que o jogador saiba que não é no primeiro ou segundo jogo que a torcida já vai pegar no pé”, argumentou. O riquíssimo depoimento do Marcão, sobre sua relação com o clube e o que espera da temporada, pode ser conferido na íntegra no blog Canhota10.com.

Rafael Silva
O atacante recém-chegado da Portuguesa é a sombra de Grando. Há relatos de que agradou no primeiro coletivo. Que bom. Quanto mais opções para o treinador, melhor. Fui procurar vídeos do jovem atuando pela Lusa, mas só se acha no Google conteúdo sobre a morte suspeita de sua namorada, ano passado. Que ele possa recomeçar a vida em Bauru, com muitos gols.

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Marcão do shopping dá seu recado sobre o Noroeste

Quem vai ao Alfredão sabe que a cena ao lado é comum: o MARCÃO berrando, tal qual um treinador, a cada jogada. “Orienta” a defesa do Noroeste, incentiva cada ataque, é um incasável. Está sempre de olho nas coisas do Norusca. E dia desses, em férias, não pôde ver o jogo-treino contra o XV de Jaú e informou-se aqui no Canhota 10. Postou um comentário riquíssimo que autorizou que eu publicasse como depoimento, que vai logo abaixo dividido em tópicos. Agradeço ao Marcão pela audiência, num obrigado extensivo a todos os noroestinos que prestigiam esse espaço. As fotos desse post são do blog de outro alvirrubro dos bons, o Henrique Perazzi de Aquino – fica a dica: há sempre bons textos no Mafuá do HPA.

COPINHA
“Estou de férias no Guarujá e não pude ir ver o jogo contra os ‘fregueses’ [XV de Jaú], mas fui ver o fogo da molecada contra o Paraná [pela Copa SP] e fiquei com duas sensações bem distintas. Até tomarmos o gol de empate, éramos o Norusca ‘grande’ da Segundona; quando levamos o empate, passamos a ser o ‘minúsculo’ Maquininha Vermelha da Primeirona; até levarmos a virada, quando então voltamos a jogar com alegria, o que me leva a crer que mesmo sendo garotos de até 18 anos, não está havendo a “lavagem cerebral” de time vencedor. Faltou um pouco de ímpeto para nós fazermos o segundo gol, mas do outro lado estava um time várias vezes campeão paranaense, então, os garotos tentaram segurar a vitória simples. Foi um pecado. O time, com sobras, era o melhor do grupo.”

TIME PRINCIPAL
“Quanto ao Mizael, é um pecado falar que é um jogador limitado, sabendo-se que é um ala. O Noroeste não treina fundamento, fomos rebaixados por isso. O time não tinha saída de bola, os volantes eram somente de desarme e o único ‘meia’, o Ricardinho, sempre foi um segundo volante com um ótimo passe. Voltando de férias, conversarei pessoalmente com o Knevitz justamente a respeito do desastre de 2011.
Os três técnicos de 2011 alegaram que os ‘boleiros’ não gostam de treinar fundamentos, só que os três perderam o emprego. Telê Santana (enquanto vivo), Felipão, Luxemburgo, Leão… todos exigem treino de fundamentos com situação de jogo. Em Bauru, é bola parada a uma jarda da área, ou bola rolada para bater de primeira… O último a dar treino de alto nível foi o Comelli (exemplo: o goleiro adversário dá um balão, os volantes têm que matar e passar para o meia, esse corta um jogador parede e passa par ao atacante, que finaliza de primeira ou com um corte), fazendo exaustivamente. Me lembro em 2007, no jogo em Marília, quando tomamos um gol e perdemos um jogador defensivo, ele alterou de 4-4-2 para 3-5-1 sem alteração de banco, por treinar sempre a hipótiese de um zagueiro ou volante ser expulso. Empatamos o jogo para o delírio de nós, que estávamos no estádio.”

A-2
“Estou confiante na classificação entre os oito melhores, pois o técnico foi jogador, tem experiência e é atualizado. O grupo não tem nenhum “medalhão” e um fantástico “prêmio”, caso o Norusca suba, é jogar na primeira divisão. O que não ocorre quando estamos na Primeirona, quando, a partir da quinta rodada, os jogadores que teriam que assumir a responsabilidade estão mais preocupados com qual time vão jogar no segundo semestre – e o clube é totalmente prejudicado.”

DANIEL GRANDO
“Precisamos fazer uma campanha junto ao apaixonado noroestino para deixar de pegar no pé do Daniel Grando. É um ser humano como nós e já entra em campo sabendo que tem que jogar mais que o Pelé. O nervosismo aumenta e ele erra mais ainda e passamos a jogar com dez, sendo que ele tem experência de estádio cheio, torcida adversária e clube vencedor. Não rendeu bem no ano de 2011 pelo grupo ser muito limitado, tem que dar tranquilidade para que o jogador saiba que não é no primeiro ou segundo jogo que a torcida já vai pegar no pé… O intuito é único, a volta à Primeirona.”

CONFISSÃO
“Eu, como sou da velha guarda e vou assistir até o time de botão do Norusca [com Ewerton Armani], decidir campeonato, vou cometer uma blasfêmia, mas meu coração prefere o Norusca na Segundona. Somos time grande, a atração, a motivação do time adversário e ninguém quer ficar no quadrangular final na nossa chave – enquanto que na Primeirona somos eterno ioiô.”

NO MEIO DA GALERA
“Na minha agenda, vou assistir a 18 dos 19 jogos da primeira fase. Já comprei o passaporte dos jogos em Bauru. Sou sócio remido, posso sentar na coberta sem pagar até morrer, mas pago a mensalidade para ajudar o Norusca. Essa interação com a comunidade que falta para os bauruenses e ao esporte em geral.”

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Excursão da torcida noroestina dia 25

O Noroeste não estará só em sua estreia na Série A-2, dia 25, em São José do Rio Preto, contra o América. A torcida Sangue Rubro organiza excursão.

A saída de Bauru será às 16h30 do dia 25 e a passagem custa R$ 23. Falar com o Pavanello (3011-1936) ou direto na sede da Sangue (rua Ângelo Cerigato, 8-73, Vila Pacífico).

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Os primeiros reforços do Noroeste

Está tudo dentro do esperado: treinos físicos intensificados e reforços chegando. Difícil é falar sobre a qualidade deles.

Apenas vi jogar o meia Velicka, de 25 anos – uma única vez e me impressionou. Foi na abertura da Copa Paulista de 2010, em 17 de julho, quando o Linense bateu o Noroeste por 3 a 0 no Alfredão. No texto que escrevi na ocasião (errando a grafia do rapaz, “Velika”), eu o considerei o craque do jogo, pela forma cerebral que conduziu a partida com sua canhota. No jogo da volta, em 21 de agosto, o camisa 10 do Elefante marcou um gol. Será o “pedra noventa” tão sonhado desde que Edno saiu do clube? A conferir.

Quanto aos demais, só posso dizer que o goleiro William, ao contrário do que foi publicado por aí, não se destacou no Boa Esporte, na Série B. Não jogou nenhuma partida. Nem na Taça Minas. Aliás, não constava nem no elenco do site oficial do time mineiro.

Se tiver paciência de ver os longos vídeos dos demais reforços (o lateral-direito Bira, o zagueiro Thiago Junior, o volante Kasado e o atacante Roberto), basta conferir aí embaixo.

BIRA

THIAGO JUNIOR

KASADO

ROBERTO