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Bauru vence Defensor e avança invicto na Sul-Americana

Odeio perder jogo. Quanto mais quando é bom… Não pude ir na vitória sobre o Pinheiros, aquele partidaço no primeiro turno do Paulista, agora esta… Mas, viajando a trabalho, não retornei a tempo de ver o Bauru Basket vencer os uruguaios do Defensor por 89 a 73 e finalizar o grupo B da Sul-Americana invicto, com três vitórias que dão muito moral para a sequência do Campeonato Paulista.

O placar, aliás, foi profetizado. Na véspera, alertando-me sobre a conta do saldo de cestas, Guerrinha avisou: “Vamos vencer de 15 pontos”. Ainda veio um de lambuja. Com a vitória do Caquetios de Falcón sobre os chilenos do Concepción (122 a 93!), os venezuelanos também se garantiram na próxima etapa da competição.

Abre aspas*
“Fizemos uma boa partida e conseguimos impor nossas qualidades no jogo para superar o time uruguaio. Foi importantíssimo ter o apoio de nossa torcida nessa primeira fase e foi ótimo conseguir mais uma vaga para uma semifinal de um torneio internacional. Isso mostra o trabalho que estamos realizando e a evolução que temos”, comemorou o técnico Jorge Guerra.

“Conseguimos a vaga porque fomos unidos durante todas as partidas. Todos pensaram no bem da equipe e jogando juntos, conseguimos ficar muito fortes. Agora é trabalhar muito para chegar bem nesta semifinal”, disse o armador Ricardo Fischer, novamente o cestinha bauruense.

“É a segunda vez que conseguimos isso em Bauru e fico muito feliz por isso. Nossa torcida é apaixonada e merece muito tudo isso. Fomos bem na primeira fase, mas queremos mais”, avisou Larry Taylor.

*via assessoria

Números
Ricardo Fischer: 21 pontos, 5 rebotes, 5 assistências
Murilo Becker: 19 pontos, 9 rebotes
Larry Taylor: 16 pontos, 3 rebotes, 3 assistências
Fernando Fischer: 15 pontos
Fabian Barrios: 15 pontos, 5 rebotes, 5 assistências
Gui Deodato: 14 pontos, 3 rebotes, 3 assistências

Palmas pra eles
A Torcida Fúria cantou o tempo todo, nas três partidas, que em média contaram com público aquém do esperado. Neste terceiro jogo, melhorou um pouco. Guerrinha chegou a comentar ao Jornal da Cidade que fica difícil reivindicar um ginásio municipal maior se a Panela não encher. Mas ela enche, sim. É que havia uma ressaquinha, eram três dias seguidos e o torcedor acaba por escolher um dia. Na reta final do Paulistão, a Caverna do Dragão há de lotar.

Facada
Além da punição por usar uniforme com todos os patrocinadores (US$ 5 mil), o Paschoalotto Bauru ainda gastou outros US$ 15 mil pela participação na competição — bem onerosa, diga-se. Bobeou e os caras pedem doletas… A tendência é não voltar a sediar um grupo nesta edição de 2013.

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Em noite de Ricardo Fischer, Bauru vence Caquetios de virada

Uma pena haver tantos lugares vazios no ginásio Panela de Pressão. E sorte de quem viu o jogaço entre Paschoalotto Bauru e Caquetios de Falcón, da Venezuela. As duas equipes chegaram empatadas, com vitórias na noite de estreia, e fizeram um legítimo duelo de líderes. Os anfitriões tiveram muito trabalho para construir, de virada, o placar de 97 a 89, em noite inspiradíssima de Ricardo Fischer — e não menos eficiente de Murilo  e Larry, que ajudaram no arremate da contagem. Agora, só uma derrota por larga vantagem tira o Dragão da próxima fase da Liga Sul-Americana. Que venha o Defensor, nessa quinta, às 20h.

O jogo
Logo de cara deu para perceber que ali estavam as duas forças do grupo. Jogo lá e cá. Em início mais lento, entretanto: o cinco contra cinco predominou nos primeiros minutos. Foi quando Ricardo descobriu que a marcação dos venezuelanos era frouxa embaixo da cesta: o Ligeirinho infiltrou várias vezes e encontrou o Murilo sozinho no garrafão em outras — eles foram os que mais pontuaram no primeiro quarto, que terminou empatadado, 21 a 21.

No segundo quarto, a partida acelerou. Bauru desperdiçou muitos ataques e o Caquetios encaixou contra-ataques e contou com a mão boa de Hicks assumiram a liderança do placar — se vacilam na defesa, são espertos na frente, entre uma e outra oscilação de peladeiros. E foi assim, jogando soltos, que fecharam o primeiro tempo dez pontos na frente, 34 a 44 (parcial de 13 a 23).

No retorno, o Dragão ainda demorou a acordar. A diferença não caía, a bola não caía… Pra piorar, Lucas Tischer ficou pendurado com quatro faltas e foi para o banco. E a arbitragem também não foi um primor. Com isso, o ginásio, apesar do público ainda aquém do esperado, se inflamou. E Murilo, como sempre até aqui nesta temporada, chamou o jogo. Infiltrou, meteu bola de três e vibrou muito. A 3min do fim do período, a Panela acordou de vez, em bolaça de fora de Ricardo. E virou com seu irmão, Fernando Fischer, em sua especialidade. Nova dianteira dos venezuelanos, mas valeu a recuperação dos guerreiros, que buscaram sete pontos (fração de 26 a 19) e foram inteiros para o período final, 60 a 63.

Se Sucre já começou assustando com mais uma bola do perímetro, Ricardo Fischer, o melhor em quadra, empurrou o time para a vitória, marcando os 11 primeiros pontos do time no período. Larry, até então sumido no jogo, fez bola de três na hora certa e Gui roubou bola no lance seguinte, sofrendo falta intencional dos venezuelanos que gerou ataque de quatro pontos (lances livres mais posse de bola aproveitada por Murilo). Foi a vez de Larry fazer oito pontos seguidos e garantir o triunfo bauruense, por 97 a 89.

Abre aspas
“Estávamos jogando mal, conseguimos tirar a diferença e praticamente garantir a vaga. Pude conduzir o time, e tenho que enaltecer muito o trabalho de pick and roll do Murilo, do Tischer e do Mathias. Assim pude puxar  pontuação”, comentou Ricardo Fischer, cestinha da partida.

“Foi muito importante a reação do time, principalmente pela rotação ter funcionado. E uma partida dessas, como intercâmbio, contra um time muito físico como esse, é muito importante para a temporada. É um ganho que só um torneio internacional proporciona”, disse o técnico Guerrinha, satisfeito com o trabalho do time.

Números
Ricardo Fischer: 25 pontos
Murilo: 24 pontos, 6 rebotes
Larry Taylor: 18 pontos, 8 rebotes, 5 assistências, 5 roubadas
Fabian Barrios: 11 pontos, 6 rebotes, 4 assistências

Fazendo as contas
Apesar das duas vitórias, os alvilaranjas ainda não estão classificados. Caso o Caquetios vença o Concepción e Bauru perca para o Defensor (que hoje bateu os chilenos por 87 a 80), a decisão vai para saldo de cestas. Até aí, só um desastre… O Dragão tem um saldo de 27 pontos, o Defensor de um e o time de Falcón, dois negativos.

Bastidores
O Paschoalotto Bauru encarou uma multa de R$ 5 mil para dar visibilidade a todos os seus patrocinadores. Era permitida apenas a marca máster no uniforme. O expediente não poderá ser repetido na próxima fase, mas mostra o comprometimento da associação com seus apoiadores.
Atualizado: US$ 5 mil — em moeda de Obama.

Outra curiosidade da noite foi o fato de Bauru jogar como “visitante”, pelo menos na posição da tabela de jogos. Assim, jogou de azul e sentou-se no banco de reservas do outro lado (o da saída dos vestiários), fato que não ocorria desde o antigo Bauru Basquete, no início da última década.

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Bauru estreia com vitória tranquila na Sul-Americana

Como era esperado, o Paschoalotto Bauru começou com tranquilidade o grupo B da Liga Sul-Americana. Tranquilo mesmo. Adversário fraco, placar folgado (90 a 71), até uma certa relaxada na pontuação — os chilenos fizeram mais pontos do que deveriam. Mas tudo em casa, vem aí uma maratona de jogos e ninguém precisava se matar em quadra. Uma pena a Panela não estar lotada, apesar do bom preço do ingresso. Que melhore nesta quarta, o jogo que promete ser o decisivo, já que o Caquetios de Falcón venceu o Defensor Sporting por 97 a 91. Que venham os veteranos, base da seleção venezuelana.

O jogo
O início da partida foi de azarão. Os chilenos saíram na frente (5 a 9), demonstrando de cara a dependência no armador Arteaga e no ala-pivô Spillers. Mas não iriam cair todas as bolas… E foi com paciência, sem forçar, que Bauru assumiu o domínio do placar e foi abrindo, com bolas de Gui e Ricardo, além da presença de Murilo e Tischer, para fechar o primeiro quarto em 28 a 18.

No segundo período, já apostando no revezamento, o Dragão deslanchou. Foi quando Gui Deodato deitou e rolou, com suas de três, cravadas, contra-ataques fulminantes. Bom ver o Gui ser o Gui, que transforma sua sobra física em bola na redinha. Do outro lado, os chilenos assistiam de dentro da quadra… Parcial tranquila de 28 a 11, que contou com bolinhas de Mathias e gatilhos de fora de Fernando Fischer e Scaglia (dois cada), levando 56 a 29 para o vestiário.

O terceiro quarto já foi mais relaxado e os chilenos até  se aventuraram em bem-sucedidas infiltradas, com Spillers e Marechal — e conseguiram a façanha de vencer a fração, por 15 a 18 (71 a 47). Dessa forma, Guerrinha começou com o último período com o quintento titular em quadra (Ricardo, Larry, Gui, Murilo e Tischer), principalmente por ser a primeira vez que jogavam juntos nesta temporada. Com o placar mais do que garantido, os reservas foram entrando aos poucos, inclusive os meninos Rafael — que parece ter sentido a estreia internacional e deu dois air balls — e Biloca. No final, até o Universidad de Concepción lançou os reservas. E já em clima de fim de festa, novamente os chilenos venceram a parcial (19 a 24), mas nada que ameaçasse a vitória por 90 a 71.

Abre aspas
“Eu estava precisando disso, manter minha cabeça melhor. O time estava sentindo minha falta. E fiquei muito feliz com a volta do Fernando Fischer, para dividir comigo a responsabilidade na lateral. Agora temos que descansar e vencer os próximos jogos”, comemorou o ala Gui Deodato.

“Os meninos aproveitaram o revezamento. Tudo bem que perdemos o segundo tempo, mas cada um aproveitou a sua maneira. É normal o Fischer oscilar, o Rafael poderia ter ficado mais na quadra… Já o Mathias foi bem o jogo inteiro. A diferença poderia ser maior, mas, no momento, o importante é ganhar, revezar em função da maratona de jogos”, avaliou o técnico Guerrinha.

Números
O cestinha da partida foi o armador Arteaga, do Concepción, com 22 pontos. Do lado bauruense, Gui Deodato e Murilo fecharam com 15 pontos — o camisa 21 ainda pegou sete rebotes. Lucas Tischer: 14 pontos, seis rebotes. Ricardo Fischer anotou 12 e distribuiu seis assistências. Destaque para os reservas Scaglia (11 pontos) e Mathias (dez pontos e oito rebotes). Fernando Fischer marcou seis, Larry, sossegado, sete pontos e sete rebotes, e Fabian Barrios, acredite, zerou.

Vale destacar o excelente primeiro tempo de Gui e exaltar uma bolinha curta de Tischer da zona morta — têm caído todas.