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Coluna da semana: Noroeste precisa de atacante novo para a Copa Paulista

Esta é a opinião que defendo no texto publicado na edição de 28 de maio de 2012 no jornal BOM DIA Bauru.

Falta ataque

O primeiro treino coletivo da preparação do Noroeste para a Copa Paulista mostrou um bom rascunho do time titular: Nicolas; Mizael, Oliveira, Hélio e Giovanni; Kasado, Juninho, Velicka e Leandro Oliveira; Daniel Grando e Roberto. Avaliando cada setor do campo, é possível medir a força noroestina – nada definitivo, apenas um exercício para imaginar até onde pode chegar esse time na Copinha.

Goleiro, ok. Nicolas foi um dos melhores jogadores na campanha da Série A-2. Tem tudo para fazer longa carreira em Alfredo de Castilho e entrar para a história do clube. A linha defensiva ainda não parece a definitiva. Mizael deverá dar lugar a Bira, que renovou contrato e é mais experiente – não foi brilhante na A-2, mas também não comprometeu. A manutenção de Oliveira no elenco foi a grande cartada alvirrubra, mas, pelo currículo, seu parceiro deverá ser Lima, apresentado na última sexta. Será uma zaga experiente, o que é uma vantagem contra jovens atacantes que costumam povoar a Copinha. Já a lateral-esquerda deve ter boa disputa. Giovanni, a eterna promessa, tem mais uma chance, mas Ralph não chegou apenas para compor elenco. Há a opção da joia noroestina atuar no meio-campo.

Na faixa central, Kasado, pouco aproveitado no primeiro semestre, deverá dominar a camisa 5 com a saída de Betinho. Juninho segue, mas precisa incrementar seu jogo, não ser apenas o homem do chute perigoso. Velicka e Leandro Oliveira atuarão pela primeira vez lado a lado na armação. Na luta pelo acesso, quando Velicka foi para o meio, empurrou Leandro para o ataque. Essa formação clássica, um armador de cada lado, um destro e um canhoto, pode fazer estrago em muitos jogos.

O problema está no ataque. Mesmo com os passes que deverão chegar redondos, falta qualidade na frente. Daniel Grando ainda não justificou sua contratação, depois de um ano no clube. Roberto até balançou as redes, mas não conseguiu se firmar com camisa 9, mesmo concorrendo com o irregular Boka e com o fraco Nena. Com isso, é provável que os meias do elenco ganhem vaga no ataque, principalmente Romarinho – o recém-contratado Lauro corre por fora. O menino Lucas, depois de anunciado como craque por Jorge Saran, segue uma incógnita. Garotos do sub-20? Mariano e Vitor Hugo querem outra oportunidade.

Não me animo muito com reforços para a Copa Paulista, mas no ataque tenho que fugir à regra. Falta chegar um nome rodado para gerenciar a área adversária. Não vai ser fácil achar, a margem de erro é grande, basta lembrar a decepção que foi Anderson Cavalo por aqui. Mas será preciso encontrar para equilibrar o time, que está bem armado nos outros setores do campo e pode lutar pelo título.

Onde está Betinho?
O fraco lateral-direito Betinho se reiventou. Tornou-se um volante de ótimo passe e boa chegada ao ataque. Por isso mesmo, deve ter chamado a atenção no mercado da bola. Mas o combinado não é caro. Seu compromisso com o Noroeste vai até 30 de junho. Se tem proposta melhor, que sente para conversar.

No aguardo
O atacante guatemalteco Henry Lopez é outro que está com o contrato por vencer e ainda não sabe se continua no clube. Ele fez apenas uma partida no profissional, naquele desastroso jogo contra o União São João, mas não agradou. O jovem está em Bauru aguardando o desfecho. Enquanto isso, a seleção da Guatemala se prepara para a fase decisiva das eliminatórias para a Copa de 2014, que começa em junho. Herói do sub-20, ele não compõe o elenco principal.

Papo de basquete
O desmanche do elenco de Franca vai mexer bastante com o mercado basqueteiro. Se o pivô Drudi já negocia com o Bauru Basket, há outros dois nomes que cairiam bem aqui, para agregar experiência ao elenco (Fernando Penna e Ricardo Probst) e alcançar aquele nível que sempre falta em um playoff decisivo. Aproveitando: fantástica a classificação de São José para a final do NBB. E que maturidade de Ricardo Fischer em quadra… Vem pra Bauru, rapaz!

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Itabom/Bauru encara reta final do NBB para fugir de Franca nas oitavas

A conta é simples. A maioria das classificações de 5° a 12° colocado já estão definidas. O Bauru Basket, que tem três jogos a cumprir (Liga Sorocabana, Minas e Brasília), pode terminar em 6° ou 7°.

Por que não briga mais pela 5ª posição? Porque no máximo alcançaria as mesmas 18 vitórias do Uberlândia, mas perde para os mineiros no confronto direto. Com 15 vitórias, o objetivo dos guerreiros é ultrapassar o Paulistano, que tem 17 — após bela vitória sobre o então líder Pinheiros em seu último jogo na fase de classificação. Se Bauru vencer dois de seus três jogos, confirma a 6ª posição, pois supera o Paulistano no confronto direto, pelo saldo de cestas dos dois confrontos.

Veja o que já está definido:

5° Uberlândia
6° (Bauru ou Paulistano)
7° (Bauru ou Paulistano)
8° Joinville
9° Limeira
10° Franca
11° Liga Sorocabana
12° (Minas ou Tijuca)

Se Bauru vencer o Minas, Tijuca fica com a última vaga, pois supera o time de Belo Horizonte no critério de desempate. Confrontos já definidos nas oitavas:

Uberlândia x (Minas ou Tijuca)
Joinville x Limeira

Quem ficar em 6° pega a Liga Sorocabana. Quem ficar em 7° pega… Franca! Portanto, ninguém quer encarar o atual vice-campeão brasileiro, quem vem num momento ascendente depois do mau início, logo de cara. Então, o Itabom/Bauru tem que iniciar essa “fuga” nesta noite, na difícil tarefa de superar os sorocabanos em casa, depois de uma maratona de jogos fora do país. Tomara que o maior ritmo de jogo e a experiência quem veio na bagagem ajudem.

 

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Itabom/Bauru perde para Franca e Guerrinha perde a paciência

Helinho encara Jeff Agba: francanos tiveram mais fôlego

“Jogador chinelinho não joga no meu time”, cravou o técnico Guerrinha, em entrevista ao repórter João Paulo Benini, do Jornada Esportiva, logo após a derrota por 87 a 80 para Franca, no ginásio Pedrocão. Enquanto tiveram fôlego, pois houve pouco revezamento, os guerreiros mantiveram o placar sobre controle, mas os francanos conseguiram abrir vantagem no último quarto.

Larry mais uma vez se desdobrou, com 28 pontos e 7 assitências, igualmente Jeff Agba (duplo-duplo: 14 pontos, 12 rebotes) e Andrezão (segundo duplo-duplo seguido do jovem pivô: 10 pontos, 10 rebotes). Com 18 pontos, Fischer também ganhou elogios do treinador. Por outro lado, Guerrinha afirmou que há jogadores sem comprometimento com o time. Sem ser específico sobre quem é o “chinelinho”, lamentou que Douglas Nunes, apesar de clinicamente recuperado, ainda reclama de dores; discutiu com Gaúcho durante a partida; e é sabido que Mosso não tem contado com sua confiança. Mas foi enfático ao dizer que Pilar tem se esforçado muito para entrar em forma.

Guerrinha revelou ainda que haverá mais um jogador do Bauru Basket no Jogo das Estrelas, no próximo sábado, mas tinha que guardar segredo. Confirmou, apenas, que já estava confirmado para o evento em Franca. Isto é, ou Fischer (que disputará três pontos) ou Gui (enterradas). “Quem mais nesse time teria condições de disputar o Jogo das Estrelas?”, questionou o treinador ao repórter. “Em condições físicas, o Douglas”, respondeu JP. “Só se a mãe e o pai dele convocassem”, finalizou.

Há duas verdades nessas declarações: Guerrinha é o melhor entrevistado de todo o NBB, sempre rende aspas que fogem do lugar-comum; e esse clima ruim que começa a se formar entre ele e alguns jogadores lança certa apreensão sobre como será o rendimento do time na reta final da temporada…

A torcida Fúria informa que ainda há vagas para a excursão para o Jogo das Estrelas. O valor é R$ 35 e a saída é no sábado bem cedinho. Interessado? Entre em contato com:
Bruno Outeiro (14) 9696 6753
Felipe Coelho Lopes (14) 8801 6872
ou Luan Rodrigues (14) 9710 7767

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Itabom/Bauru no Jogo das Estrelas 2012

Como era de se imaginar, o Bauru Basket estará bem representado no Jogo das Estrelas 2012 do Novo Basquete Brasil (NBB) – dias 9 e 10 de março, em Franca. Fischer, atual campeão do desafio de três pontos, já era nome certo. Larry Taylor (armador mais votado para o time NBB Mundo) e Jeff Agba (o jogador mais lembrado entre todos!) também eram esperados. A grande novidade é a presença de Guerrinha, escolhido para comandar o time NBB Brasil. Isso mostra o prestígio entre os colegas, já que o peso do voto dos treinadores era maior – capitães das equipes, imprensa e convidados também escolheram os elencos. Fischer e Douglas Nunes também foram mencionados.

Agora, chegou a vez do público. No hotsite do Jogo das Estrelas, a galera irá escolher os cinco titulares de cada equipe. Eu já apontei os meus:

NBB Brasil: Fúlvio, Alex, Marquinhos, Giovannoni e Murilo.

NBB Mundo: Larry, Shamell, Robert Day, Kammerichs e Jeff Agba.

Será curioso ver Guerrinha voltando a comandar o ala Marquinhos, por quem não nutre muita simpatia. Fica a torcida para o ala Gui passar nas eliminatórias para o desafio de enterradas – os concorrentes do desafio de habilidades serão indicados pela Liga. E tomara que o alienígena Larry volte a protagonizar lances como este (no final do vídeo):

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Bauru Basket: balanço do primeiro turno do NBB4

Números mostram que Itabom melhorou na defesa

É o que Guerrinha sempre diz: seus comandados se superam a cada jogo, com disciplina tática e garra na defesa, para manter o Bauru Basket, de modesto orçamento, entre os melhores do Novo Basquete Brasil. O time está mais entrosado e Larry Taylor já não brilha sozinho: a terceira colocação ao final do primeiro turno tem muito, muito mesmo, da fase fantástica de Jeff Agba, do chute calibrado de Fischer, de noites inspiradas de Douglas e da entrega de Pilar. Sem contar a força de Gui e dos importantes minutos em quadra dos demais jogadores para o revezamento, sobretudo Aleo, Gaúcho e Andrezão. Luquinha perdeu espaço, mas mostrou seu valor na LDO. Já Mosso e Alex Passilongo, hoje, são mais úteis em treinamentos do que nas partidas, o que também tem seu mérito. E Nathan foi só um sonho.

A seguir, números do Itabom/Bauru (com os destaques individuais) na primeira metade do campeonato nacional, confrontados com os de toda a fase de classificação do NBB3. Perceba que o time evoluiu na defesa, mas caiu no aproveitamento de arremessos e pontua menos – melhorou um pouquinhos nos lances livres, mas continua mal.

PONTOS
6º melhor ataque: 85,6 pontos marcados por jogo (Flamengo lidera: 91,5)
no NBB3: 4º (86,4)

2ª melhor defesa: 75,9 pontos sofridos em média (Flamengo lidera: 71,9)
no NBB3: 3º (77,8)

CHUTES DE 3
9º aproveitamento: 36% de chutes certos (Flamengo lidera: 44,1)
no NBB3: 1º (39,7%)

CHUTES DE 2
6º aproveitamento: 54,5% de acerto (Flamengo lidera: 61,6)
no NBB3: 6º (55,2%)

LANCES LIVRES
9º aproveitamento: 78,3% convertidos (São José lidera: 86,6)
no NBB3: 13º (72,1%)

ASSISTÊNCIAS
4º em passes decisivos: 14,8 por jogo (São José lidera: 19,5)
no NBB3: 5º (14,9)

REBOTES
1º no quesito! 34,5 por partida (São José em 2º: 33,5)
no NBB3: 2º (32,9)

BOLAS RECUPERADAS
3º em roubadas: 8,2 por jogo (Pinheiros lidera: 9,2)
no NBB3: 10º (6,8)

ERROS
4º que menos erra: 9,6 violações em média (Uberlândia erra menos: 8,9)
no NBB3: 1º (8)

FALTAS COMETIDAS
3º que menos para o jogo: 18,7 faltas por partida (Flamengo bate menos: 17,3; Paulistano bate mais: 23,8)
no NBB3: 3º (18,6)

FALTAS RECEBIDAS
12º que mais recebe infrações: 18,1 por jogo (Liga Sorocabana apanha menos: 21,9)
no NBB3: 10º (18,6)

Destaques individuais

LARRY TAYLOR
3º mais eficiente: 14,6 (Murilo, de São José, lidera: 18,1)
2º em assistências: 7,5 passes decisivos por jogo (Fúlvio, de São José, lidera)
1º em roubadas de bola: 2,3 por partida
3º em minutos em quadra: 34,9 por jogo (Robby Collum, de Uberlândia, joga mais: 35,9)

JEFF AGBA
4º mais eficiente: 14,6
11º cestinha: 16,4 pontos de média (Sowell, de Franca, lidera: 21)
2º reboteiro: 9,4 por partida (Murilo, de São José, lidera: 9,7)
7º em enterradas: 10 no total (Cipolini, de Uberlândia, lidera: 28)
1º em chutes de 2 pontos! 89 bolas convertidas no acumulado

FISCHER
5º cestinha: 18,6 pontos por jogo
1º em chutes de 3! 43 bolas convertidas no total

DOUGLAS NUNES
2º em tocos: 16 no total (Murilo, de São José, lidera: 21)
8º em minutos em quadra: 33,1

PILAR
8º reboteiro: 6,6 por jogo

Para finalizar, vale a pena ler o texto de Guilherme Tadeu, do Basketeria, questionando-se porque não conseguer ver Bauru como um dos favoritos ao título do NBB4. Com bons argumentos, ele acaba por reforçar o que Guerrinha fala há anos: falta personalidade na reta final, nos momentos decisivos.