Campeoníssimo por vários clubes grandes, ele arrepiou do lado esquerdo antes de virar coringa
Houve um ou outro insistente treinador que escalou pontas no início dos anos 1990. Ainda pela beirada do campo de ataque, por exemplo, surgiu Sávio no Flamengo, pela esquerda, e o santista Almir arrepiava pela direita. Mas o último jogador a atuar na função de ponta na Seleção Brasileira foi Elivélton.
Xodó no início do trabalho de Carlos Alberto Parreira rumo ao tetra, em 1991, teve um período curto com a Amarelinha, que coincidiu com a época em que arrebentou no Tricolor (apenas 11 jogos pela Seleção, seis vitórias, três empates, duas derrotas e um gol marcado, no Serra Dourada, contra a Tchecoslováquia).
O extrovertido (e gago) atacante surgiu como um furacão no São Paulo, lançado por Telê Santana. Mas nunca se firmou como titular. Nos muitos títulos que ganhou pelo Tricolor, só aparece na foto da Libertadores de 1992. No banco, ganhou Mundial em Tóquio no mesmo ano e outra Liberta em 1993. Aí, foi para o Japão.
Tornou-se meia, fez golaço do título do Paulistão de 1995 pelo Corinthians e repetiu taça estadual no ano seguinte pelo rival Palmeiras. Em 1997, mais um gol de título: Libertadores, Cruzeiro, chute cruzado de direita no cantinho do Sporting Cristal. Aí, rodou o Brasil, cigano dos bons. Foi ala esquerda na Ponte Preta, sempre com muito fôlego. Jogou na Bahia, no Triângulo Mineiro, no Mato Grosso e em 2010 ainda estava em atividade, jogando pela Francana, onde é ídolo. Esteve em Bauru no último dia 18 de dezembro, participando de jogo festivo no BTC de campo, atuando pelos masters do São Paulo.
É inquestionável que esse cigano rodou o país mais por amor à bola do que ao dinheiro – prova disso é que sempre a tratou bem.