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Coluna da semana: o fim de 2011 para o Noroeste

Texto publicado na edição de 31 de outubro de 2011 no JORNAL BOM DIA BAURU
(antes da definição do playoff do Bauru Basket)

FECHADO PARA BALANÇO

Pronto. Acabou 2011 para o Noroeste. Hora de juntar os cacos e iniciar, de fato, o planejamento para a Série A-2 ano que vem. Nunca gostei do termo laboratório, muito usado em outros tempos pelos lados da Vila Pacífico – e que não foi o caso desta Copa Paulista. Montou-se um time, a princípio, para ser lapidado para 2012 e, com isso, apostar em poucos e pontuais reforços. Isto é, o Noroeste entrou na Copinha para disputar o título, pelo menos no discurso, que foi abandonado logo após a eliminação.

No início da tarde de ontem, após a goleada sofrida em Jundiaí, o treinador Jorge Saran disse ao microfone da webrádio Jornada Esportiva que tinha elenco limitado, que o time chegou onde podia. Compreendo que assumir essa realidade durante a competição seria desastroso, mas o técnico não precisava mascarar tanto sua fala nas últimas semanas. Para quem não se recorda, Saran falava em uma equipe que chegaria voando no final da competição e tinindo no ano que vem. Agora, citou a necessidade de contratar, no mínimo, 15 reforços! Se antes vestiu a camisa, não expondo seus atletas, agora perdeu a credibilidade, expondo suas deficiências técnicas. Pior: com sua permanência em risco, resolveu jogar merda no ventilador.

Em seu depoimento ao repórter João Paulo Benini, Saran colocou em xeque a saúde financeira do Noroeste e a continuidade do presidente Damião Garcia – assuntos que deverão pautar esta semana de ressaca. A diretoria chegou a admitir atrasos de pagamentos neste semestre e não é de hoje que Damião saiu de cena, delegando poderes aos Betos (Garcia, seu filho, e Souza, diretor executivo).

O clube deverá se mexer nos próximos dias para dar respostas rápidas ao torcedor. Tem sido assim na gestão Beto Souza – o que em outras ocasiões resultou em precipitação, por exemplo, ao contratar jogadores desempregados. Não há nada de bom, hoje, solto no mercado. O máximo que dá para fazer é apalavrar contratos. Então, torcedor alvirrubro, pelo bem no Norusca, não cobre reforços agora. Só a partir do final de novembro é que as prateleiras terão pé de obra qualificada.

O que dá para fazer de imediato é definir a comissão técnica e planejar cada passo da próxima temporada. O perfil de treinador que o Noroeste precisa está muito claro: algum “rei do acesso”, com currículo forte no interior. Um nome de consenso, que cause impacto positivo na crônica e nos torcedores. Se a diretoria errar na escolha, o clima ruim só irá piorar.

Semestre de colheita
Não foi um semestre perdido. Finalmente a base do Noroeste foi valorizada, muitos jovens entraram em campo pelo time principal, inclusive mandando experientes para a reserva. Mizael, Magrão, França, Vitor Hugo e Mariano são os principais nomes dessa safra. Mas é bom olhar com carinho para todo o elenco sub-20, que se despediu do Campeonato Paulista com elogiável campanha. O plantel de 2012 deveria ser formado por pelo menos metade desses garotos, com um ou outro conseguindo ser titular e o banco todo preenchido por eles. Além de economizar com salários, o time ganha em comprometimento, pela identificação (e gratidão) desses meninos com a centenária camisa alvirrubra, que lhes dá a oportunidade de correr atrás de seus sonhos.

Futuro sombrio
Não é a falta de dinheiro de Damião Garcia que me causa arrepios, caso ele se afaste definitivamente do Noroeste. O problema está em um Conselho Deliberativo pouco atuante, de raras e esvaziadas reuniões, que se limita a aprovar contas e mudar o nome do complexo esportivo – em quóruns inferiores a 50% de seu quadro. Uma instituição sem forças políticas não se sustenta.

Papo de basquete
Na tarde desta segunda se define a vida do Itabom/Bauru no Paulista. Entre torcedores, a sensação é a de um campeonato absolutamente “conquistável” que parece estar escorrendo entre os dedos. Alguns apagões defensivos e o exagero em chutes de três são os pontos negativos do time que podem resultar em uma eliminação precoce. Mas há outras tantas virtudes para acreditar numa virada sobre São José.

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Coluna da semana: a derrota do Noroeste e o “acerto” de Nathan Thomas com o Bauru Basket

Texto publicado na edição de 24 de outubro de 2011 no jornal BOM DIA BAURU

FALTAM DOIS JOGOS

Muito já se falou desse controverso segundo semestre do Noroeste. Laboratório, uso da base e daí por diante… Todo ano é a mesma coisa. “Semestre perdido” é a expressão recorrente, aquela muleta de discurso tratada pela coluna na semana anterior. No mundo ideal, o time que disputará a Série A-2 de 2012 já deveria estar pronto e entrosado. Mas a realidade não é tão generosa assim. Nem com o clube bauruense, nem com ninguém. Cada metade de temporada tem vida própria. Somente planejamento e continuidade refletem resultados de uma competição para outra. E até que o Noroeste já colhe frutos de suas categorias de base – reativadas há cerca de um ano – que deverão encorpar o grupo ano que vem.

Vamos combinar assim: o Alvirrubro tem dois jogos para decidir sua permanência na Copa Paulista. Esse é o foco. Deixemos a roupa suja para outra hora.

Apatia
No sábado, na derrota para a Ferroviária, o Norusca se arrastou em campo em rede nacional. Praticamente não incomodou a defesa grená. Altair, que alterna lampejos de armador cerebral com sumiços em campo, foi pouco produtivo. Sem Anderson Cavalo, não se viu um noroestino marcando presença na área – nem quando Vitor Hugo entrou no segundo tempo. O volante França novamente se desdobrou, enquanto Tiago Ulisses não é nem sombra daquele marcador voluntarioso que chamou a atenção no Paulistão. Já o jovem goleiro Léo assumiu a fogueira em sua estreia no profissional e não comprometeu. E o meia Lucas ainda não justificou o oba-oba lançado sobre ele – uma espécie de “Neymar da Vila Pacífico”.

Não cola
Mais uma vez, o treinador Jorge Saran usou a justificativa da juventude da equipe. A média de idade de alvirrubros que estiveram em campo foi de 22 anos – contra 26 do time de Araraquara. Engraçado é que, na Copinha do ano passado, o clube bauruense tinha um elenco mais velho e atribuía seus insucessos à correria da molecada dos adversários. A grande vantagem de quadrangulares decisivos é que todo jogo “vale seis pontos”, isto é, sempre há confronto direto entre postulantes a vaga. Apesar de estar na lanterna do grupo, com três pontos, o Noroeste ainda está vivo.

Papo de basquete
Com início arrasador – duas vitórias por “cestadas” – na Liga de Desenvolvimento Olímpico (o NBB sub-21), o Itabom/Bauru já virou sensação do grupo B da competição, que classificará três equipes para o hexagonal final, que já tem Flamengo, Franca e Paulistano classificados. O ala Gui, sobrando fisicamente, tem ficado mais de 30 minutos em quadra, mesmo sem haver essa necessidade – lembrando que Luquinha e Ferrugem se machucaram na estreia. Entre os jogadores do Regatas de Campinas (clube que fez parceria com o Bauru Basket), o ala Weliton roubou 15 bolas na partida de ontem, contra a Liga Sorocabana (106 a 48), e ainda foi o cestinha do jogo (20 pontos). Olho nele, Guerrinha!

Enquanto o futuro está garantido, o presente é a semifinal do Paulista. Abrir 2 a 0 sobre São José nos jogos em casa é primordial. Gui, Luquinha e o assistente Hudson Previdello (que treina o sub-21) voltam de São Sebastião do Paraíso para reforçar o time.

Papo de basquete 2
Segundo o site Basketeria, o norte-americano Nathan Thomas assinou com o Bauru Basket um contrato de dois meses para ser experimentado em condições de jogo, no início do NBB 4. A posição oficial da diretoria, entretanto, é de que o ala continua em fase de testes – o que o próprio jogador confirmou à coluna. O diretor financeiro Eder Poli afirmou que é preciso levantar recursos para a contratação, se houver o aval de Guerrinha. O certo é que o carismático gringo já caiu no gosto da galera.

Atualizado: apesar de todas as pistas de que Nathan deve defender o Bauru Basket no início do NBB 4, o Canhota 10 tomou o cuidado de ouvir o lado oficial da história, que não confirmou o acerto.

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Uma coisa de cada vez: agora é a Copa Paulista

Coluna da semana fala de mito noroestino
Publicada na edição de 17 de outubro de 2011 no jornal BOM DIA BAURU

Entre fatos e mitos

O Noroeste chega em seu momento decisivo no semestre: se perder para a Ferroviária no próximo sábado, a classificação para a terceira fase da Copa Paulista ficará comprometida. Com apenas mais um jogo a fazer em casa, contra o Ituano, o time terá que mostrar superação como visitante e provar que a atual fase invicta (12 partidas) serve mais do que discurso. Tudo isso é fato, a situação alvirrubra na competição, o que há para conquistar ainda em 2011. Claro que refletirá na montagem do elenco para a Série A-2 do ano que vem, mas muitos mitos são criados pensando no próximo campeonato.

Equivocadamente se fala que a Copinha serve de preparação para a temporada seguinte. É uma conversa alimentada há anos entre torcedores, crônica esportiva e até mesmo dentro do próprio clube. Ora, é sabido que o elenco se modificará e nem a permanência do técnico Jorge Saran é garantida. No máximo, vale para observar peças e separar o joio do trigo.

O maior dos mitos é achar que o clube está perdendo tempo agora porque o time não está pronto a três meses de sua principal competição. Nenhuma equipe está, em nenhuma divisão! Todos estão pensando no desafio atual, seja ele Brasileirão, Série D ou Copa Paulista (ou Taça Minas, Copa Espírito Santo, Pernambuco, etc). Exigir contratações agora é achar refugos à deriva no mercado do futebol. Os bons estão empregados, correndo atrás da bola.

Para os afoitos, um lembrete: o Noroeste se antecipou bastante nas contratações ano passado, começou cedo a preparação para o Paulistão, certo? Trouxe um monte de jogadores dispensandos por seus clubes ou que pediram rescisão por não estarem sendo aproveitados durante 2010. A lista é grande: Cris (Grêmio Prudente), Francis (Bragantino), Da Silva (Sport), Vandinho (Ceará), Márcio Gabriel (Atlético-GO), Matheus (São Caetano), Gleidson (Duque de Caxias) e Thiago Marin (Náutico). Repito: jogadores dispensandos por seus clubes ou que pediram rescisão por não estarem sendo aproveitados. E mais: com muitos rebaixamentos no currículo. Alguém aí quer repetir o erro? Porque agora, em outubro, só há refugo procurando emprego.

Então, hora de pensar na Copa Paulista como competição, lutar nesses três próximos jogos pela classificação e ganhar mais tempo para observar quem fica – e, principalmente, dar mais experiência aos jovens. Essa é a preocupação atual, uma coisa de cada vez. Essa contagem regressiva para janeiro é um mito, um clichê, uma muleta de discurso.

Garimpo
O que dá para fazer agora, no máximo, é alguém pegar a estrada para observar jogadores com perfil raçudo, com certa qualidade técnica, disciplina e que suportem vaias, porque ninguém espera uma campanha maravilhosa em 2012, sem percalços. Muitos deles estão no Norte-Nordeste, mas é preciso vê-los de perto. Indicação de boca ou de DVD não cola mais.

Debaixo d’água
Não dá para culpar a chuva e o campo pesado pelo empate sem gols com a Ferroviária no último sábado. O ambiente era igual para ambos e, mesmo aos trancos e poças, a bola chegou perto do gol. Houve boas chances desperdiçadas, o Norusca quase recebeu merecido castigo no final e colocou mais dois pontos perdidos na conta. Pior: saiu debaixo de vaias e o zagueiro Marcelinho, mesmo a cerca de cem metros de distância, ouviu e respondeu a provocação de um noroestino. Capitão do time, ele já foi conversar com torcedores em outro recente protesto.

Papo de basquete
Enquanto o Itabom/Bauru vai construindo sua caminhada rumo à final do Campeonato Paulista, já é possível ver sinais da reforma do ginásio Panela de Pressão. Ainda bem.

Novo Canhota 10
O Canhota10.com inicia nova fase nesta semana, com formato mais simples que prioriza a agilidade nas postagens. E continua com o mesmo propósito: levar opinião recheada de informações para o leitor. Conto com sua visita.

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Coluna da semana: Alfredaço, não!

Noroeste só precisa vencer XV de Jaú em casa para se classificar. Derrota seria um vexame

Texto publicado na edição de 26 setembro de 2011 no jornal Bom Dia Bauru

Alfredaço, não

Nem a boa (e invicta) campanha do Noroeste no segundo turno da primeira fase da Copa Paulista garantiu tranquilidade. Por mais que vencer na última rodada o XV de Jaú, em Bauru, pareça uma certeza, a pressão para evitar uma vexaminosa derrota (e possível desclassificação) para o lanterna é grande. Guardadas as proporções, pegando carona no termo “Maracanazzo”(derrota do Brasil na final da Copa de 1950), isso seria um senhor Alfredaço. Bata na madeira.

E o que era uma desconfiança, a de que Jorge Saran não está garantido no comando em 2012, virou uma certeza, após ouvir o próprio treinador do Noroeste ao microfone de Jota Martins (87FM/Jornada Esportiva), após o empate de ontem contra o Penapolense. Sua meta é entregar à diretoria, ao final da participação na Copinha, resultados consistentes e uma avaliação do elenco. A partir daí, os Betos (Garcia e Souza) decidem.

Exemplo cruzmaltino

Dá uma preguiça essa conversa de que time que já tem vaga garantida na Libertadores desacelera no Campeonato Brasileiro… Jogador profissional tem que dar o máximo pela vitória sempre e, principalmente, gostar de troféu. Como os cruzeirenses, que não se contentaram apenas com a Copa do Brasil, em 2003, e fecharam um ano mágico arrebentando no primeiro Brasileirão de pontos corridos. Em 2007, também vencedor do mata-mata nacional e com vaga assegurada para o torneio continental, o Flu terminou no G-4, o que “inspirou” o treinador Renato Gaúcho, no ano seguinte, a dizer que seu time “brincaria no Brasileirão” caso vencesse a Libertadores — e perdeu. Ninguém pode brincar na maior competição do nosso futebol. E o Vasco está provando isso: que o campeonato não serve somente para dar vaga. Vale para colocar o título de melhor do país na estante, caramba!

Por isso, acho que o Santos tem que insistir em sua arrancada, não pode tirar o pé quando dezembro se aproximar. Irá contribuir ainda mais para essa emocionante reta final. No discurso do treinador Muricy Ramalho, esse é o objetivo, mas muitos desconfiam que logo entrará em cena o famoso “foco” na disputa no Japão. Ora, entre a última rodada do Brasileiro e a estreia no Mundial serão dez dias, tempo suficiente para viajar, descansar e treinar, considerando o calendário atual.

Por conta desse raciocínio de mirar o planeta, o Internacional, campeão da América, terminou o Brasileirão em segundo em 2006. Não é difícil deduzir que, em algum momento, o time relaxou e permitiu que o São Paulo disparasse. Quando acordou (uma sequência de sete vitórias e um empate entre as rodadas 28 e 35), já era tarde. Ok, o Colorado venceu o poderoso Barcelona depois, mas continua na fila de um título brasileiro, que não ganha desde que nasci, em 1979!

Convocações

Com um ou outro nome discutível — normal, em se tratando de Seleção Brasileira —, Mano Menezes fez boa chamada para a decisão do Superclássico das Américas (dia 28, em Belém, lista só de quem atua no país) e os amistosos contra Costa Rica (dia 7 de outubro) e México (11). Celebro a convocação de Borges, mas lamento a ausência de Arouca, o melhor volante brasileiro, aqui ou lá fora.

Já nos relacionados para os jogos das datas Fifa — ignoradas na tabela do Brasileirão, como já foi discutido aqui —, fica difícil saber como seria o time ideal de Mano, pois se limitou (ainda bem!) a chamar apenas um jogador por time local, deixando gente boa de fora. Aos que chiaram que não há corintianos na segunda lista, convenhamos: melhores que Ralf e Paulinho há muitos volantes por aí… Além de Arouca, o são-paulino Wellington, por exemplo.

A volta de Hernanes também chamou atenção, principalmente por Mano Menezes ter a humildade de mudar de ideia. Antes, o convocava como volante, agora o relacionou como meia, da mesma forma que atua na Lazio. Por fim, o treinador foi coerente ao deixar Lúcio de fora — quer apostar mais em David Luiz e não precisa chamar o capitão pra ficar no banco de reservas.

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Derrota para o Penapolense: que fase!

Coluna da semana aborda o mau futebol do Noroeste na Copa Paulista

Texto publicado na edição de 15 de agosto de 2011 no jornal Bom Dia Bauru

Que fase, Norusca!

Há duas semanas eu associava eficiência no futebol à incessante busca pelo gol. Hoje, parece piada, mas eu estava falando do Noroeste, que fora bastante ofensivo contra Inter de Bebedouro, Linense e no primeiro tempo contra a Santacruzense. De lá pra cá, a rede não balançou mais… Os laterais/alas não vão ao fundo, não existe troca de passes entre meio e ataque, a bola não chega no centroavante. Não por acaso, todas as chances de gol do Norusca na derrota para o Penapolense, no último sábado, foram em chutes de fora da área.

O que me causou espanto foi a demora de Jorge Saran em mexer no time. Não variou o posicionamento dos jogadores para adaptar-se ao adversário. O Alvirrubro insistiu no erro até o fim. E amargou sua terceira derrota na competição. Se cair na primeira fase da Copa Paulista, não haverá outra palavra senão vexame. Em letras garrafais.

Justificar as más atuações pela juventude do time? Não, não pode. O Alvirrubro está (corretamente) apostando na molecada, aproveitando os jogadores formados em suas categorias de base. Mas eles não estão sozinhos. Estivesse o time sub-20 representando o clube na Copinha, vá lá. Mas há gente rodada mesclando a formação em campo. Tanto que a média de idade da escalação titular da última partida foi de 23 anos. E mais: dos cinco criados na base que começaram jogando, apenas Vitor Hugo é do atual elenco inferior. Os demais já compunham a equipe principal. Mais? Sete titulares são remanescentes do Paulistão deste ano. Não se pode falar em nervosismo para, com todo o respeito, enfrentar o Penapolense numa Copa Paulista.

Tem que ter paciência com os garotos? Claro. Mas vale puxão de orelhas para contribuir com seu crescimento. Tanto Vitor Hugo quanto Mariano são fominhas e, pior, não acertam um drible.

Interrogações no DM
Ninguém entende o que se passa no departamento médico noroestino. Giovanni contundiu o joelho e o tempo se arrastou até que finalmente realizasse cirurgia. O atacante Adilson está de molho há quase 20 dias, desde que sofreu mal-estar em campo. É correta a prudência do time em não colocá-lo para jogar enquanto não tiver um check-up completo em mãos; o que espanta é a demora. O mesmo vale para o atacante Renam, cujo tratamento no tornozelo é uma incógnita. O zagueiro Bruno Lopes, o volante Tiago Ulisses e o meia Felipe Barreto engrossam a lista de lesionados.

Com que roupa?
Depois de longos cinco anos, se a memória não me trai, o Noroeste voltou a jogar no Alfredão com seu tradicional uniforme: camisa vermelha, calção branca e meia vermelha. Isso foi na última quarta, contra o Oeste. No jogo seguinte, porém, voltou a vestimenta branca, marca registrada da era Damião Garcia. Mais um elemento para caracterizar a perda de identificação do clube.

Agora vai?
Para fazer o título de capitalização ‘É Gol’ decolar, a empresa de marketingo esportivo DirectRio irá intensificar ações no Interior – tanto que já estampa a loteria na manga da camisa noroestina. O fracasso do Timemania, contudo, está aí para provar que os clubes de futebol não estão com essa bola toda nas lotéricas. Torço para que dê certo e traga dinheiro para o Noroeste, tanto que já comprei cartela – R$ 3 dos R$ 954 arrecadados pelo Alvirrubro até agora saíram do meu bolso.

Tranquilo
Autor de dois gols sobre o Figueirense ontem, o centroavante Deivid contou à coluna que não se preocupou quando o Flamengo foi atrás de outro atacante – tentou Kleber Gladiador e Ariel e trouxe Jael. “É normal procurar outros atletas, ainda mais quando o objetivo do time é brigar pelo título em um campeonato tão longo e difícil como o Brasileirão. Estou tranquilo, porque sempre joga quem estiver melhor”, disse o camisa 9.

Estive no Alfredão no último sábado, mas não pude publicar relato/análise – o que, de certa forma, esta coluna contempla. Abaixo, como de hábito, ficha do jogo (reproduzida do parceiro BOM DIA)