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Noroeste, novo elenco Copa Paulista (7): Marcos Aurélio, o xerifão

Marcos Aurélio chega ao Norusca para ser o líder da defesa

Com atraso, mas sempre em tempo, um breve post sobre o último reforço anunciado pelo Noroeste, o zagueiro Marcos Aurélio. Mais um trintão (completará 36 em setembro). Mas está fininho, como se vê na foto ao lado — recente, do semestre passado, quando esteve no São José (marcou dois gols na Série A-2).

Aliás, o irmão mais novo do ex-volante Bernardo (titular do São Paulo nos anos 1980 e que esteve em Bauru na apresentação do técnico Edinho Machado) sempre chamou a atenção exatamente pelo porte físico, para se impor nas disputas de bola e no jogo aéreo. Se não é um primor de talento, está longe de ser um brucutu. Pelo que me recordo, atua mais na quarta-zaga, o lado esquerdo da defesa — mas também atuou como volante por vários clubes.

No Noroeste, o beque irá reencontrar Jorginho Paulista, com quem atuou no Tianjin Teda, da China, em 2006. Entre os títulos de seu currículo, o Paulistão de 2004 (pelo São Caetano), a Série A-2 de 2007 (Portuguesa) e o Baiano de 2009 (Vitória). As passagens por clubes grandes valeram como experiência, mas não foram bem-sucedidas. No Palmeiras, em 2002, apesar de uma sequência como titular, ficou o gosto amargo do rebaixamento para  a Série B. Em 2005, um semestre apagado no Cruzeiro, outro ainda mais no Fluminense, coberto de vaias.

Por outro lado, Marcos Aurélio virou ídolo em Ribeirão Preto, ao ter atuação decisiva na partida que evitou o rebaixamento do Botafogo na elite estadual, em 2012. Em seguida, outra atitude louvável: foi para o Marília, mas, depois de dois jogos, pediu dispensa por não estar rendendo. “Não estava me sentindo bem e não sou nenhum sanguessuga para querer ficar mamando no dinheiro do clube sem me sentir à vontade para jogar“, disse na ocasião.

Que seu brio e sua vitalidade estejam com vento a favor, nesse novo desafio que abraçou, no Norusca.

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

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