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Noroeste, novo elenco Copa Paulista (6): Jorginho Paulista, nome de peso

Muito já se discutiu em outros tempos, no Noroeste, a necessidade do famoso medalhão no elenco. Aquele jogador de nome, que atrai mídia, que tem a experiência dos tempos áureos e atrai a admiração de torcedores — desde que corresponda em campo — e dos jovens jogadores.

As últimas experiências, com Alessandro Cambalhota (ex-Vasco, Santos, Cruzeiro, Atlético-MG, Corinthians…) e Valdiram (artilheiro da Copa do Brasil de 2006 pelo Vasco) não deixaram saudades. E desde 2009 não chegava a Alfredo de Castilho um nome de peso. Até ontem.

Dentro da nova filosofia de trabalho do Norusca, de mesclar boleiros acima dos 30 com a molecada, chegou um lateral-esquerdo com bagagem. Jorginho Paulista tem em seu currículo o título mundial sub-17, em 1997 (dois gols na campanha, ao lado de Ronaldinho Gaúcho), o Brasileiro e a Mercosul de 2000, pelo Vasco. E um passaporte cheio de carimbos.

Formado no Palmeiras, Jorginho foi aos 18 anos para o PSV da Holanda, após se destacar no Mundial juvenil. De lá para a Udinese da Itália, onde relata ter sido inscrito com passaporte comunitário, teve problemas e precisou rodar por outros clubes, por empréstimo, durante os quatro anos de contrato. O que parecia problema, virou solução: chamou a atenção no Atlético Paranaense e logou tornou-se titular no timaço do Vasco que arrepiou em 2000, com Júnior Baiano, Juninho Paulista, Juninho Pernambucano, Euller e Romário.

No Flamengo do Piauí, seu último clube

Aí, o lateral foi parar no Boca Juniors e disputou o Mundial e Clubes de 2001 (vice). Em seguida, Cruzeiro, São Paulo, Botafogo (ajudou a voltar à Série A) e Vasco de novo, antes de mais um tour internacional, em 2006/2007, por México (Pumas Morelos) e Estados Unidos (Salt Lake City).

Os tempos de protagonismo foram ficando para trás e camisas menos famosas se multiplicaram: Paulista de Jundiaí, Tianjin Teda (China), Bragantino, Campinense-PB, Ceilândia-DF, NK Lucko (Croácia), Marcílio Dias-SC e, ufa… Flamengo do Piauí. Tamanha lista sugere idade mais avançada, mas, tomara, Jorginho ainda tem lenha pra queimar aos 33 anos.

Chega?
Até aqui, nomes animadores chegaram ao clube. A parceria precisa faturar lá na frente vendendo garotos revelados. Mas esses garotos não irão aparecer se o time não jogar bem, não protagonizar seus campeonatos. Por isso os veteranos, para empurrarem. O raciocínio é perfeito. Mas já chegaram quatro trintões, já está de bom tamanho.

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

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