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Bauru Basket Noroeste

Feliz 2013?

Duas sumidas recentes, o leitor há de ter notado. A primeira pela corrida insana que dezembro nos impõe. A segunda para curtir a virada de ano, misturada às férias, o mais longe possível do teclado. Agora, vai. Pra começar, feliz novo ano para você e todos que estima. E segue minha lista de desejos para 2013.

BAURU BASKET
Para o primeiro semestre (o restante do NBB5), não tenho ambição. Apenas quero ver os guerreiros reencontrarem seu melhor basquete. Se isso acontecer, a vaga nas quartas de final, como de costume, acontecerá. Entretanto, um chaveamento desastroso pode colocar um adversário mais qualificado de cara nas oitavas. Uma eliminação precoce seria um encerramento melancólico para um temporada que prometia glórias e tem se mostrado difícil demais, com reforços que ainda não encaixaram e o surgimento das vaias na Panela de Pressão, algo antes inimaginável. O que se deseja, quando o time cair — porque vai cair em algum momento, o título brasileiro agora seria uma façanha sem precedentes –, é que caia de pé, como sempre aconteceu nas outras temporadas.

Aí, quando o NBB acabar, com a tranquilidade de um patrocínio máster de longo prazo, será hora da reformulação que Guerrinha deverá promover. Nada drástico, mas todos têm que se desdobrar para garantir sua continuidade. Fica a dúvida sobre o perfil dos reforços para 2013/2014. E repito o desejo para 2012: que tragam pelo menos um atleta brasileiro calejado, vencedor, aquele cara que coloca a bola debaixo do braço e decide. Para o Paulista, novamente, a expectativa é romper a barreira da semi e chegar à decisão. Vai, Bauru!

NOROESTE
Desejo modestíssimo, o meu. Quero um clube sustentável, administrado de forma transparente e organizada. Que cessem as notícias desencontradas, precipitadas. Que a diretoria consiga honrar os compromissos financeiros em dia. Assim, cada um cumprirá seu papel com dignidade — o tempo será de vacas magras, mas se o mês tiver 30 dias, poderá ser cobrada dedicação, do porteiro ao centroavante.

É bom o presidente Anis Buzalaf tomar cuidado com promessas de parceria, com agentes que arrendam cota no elenco para exibir seus pernas-de-pau. Mesmo que bata o desespero, dinheiro fácil normalmente vai também fácil. O esforço deve se concentrar em buscar apoio local e, sobretudo, conseguir um apoio máster para desafogar o sofrido orçamento.

Espero também que a nova formação do Conselho Deliberativo traga sangue novo para esse órgão e que as reuniões sejam frequentes e produtivas. Por fim, que a torcida abrace o clube neste 2013 que será turbulento. Mas não falo dos habituais noroestinos que seguem de perto sua paixão — esses estarão sempre por perto, inclusive discutindo os bastidores do clube. Falo dos bauruenses em geral, que têm potencial para encher muito mais o Alfredão, comprar mais camisas, redescobrir o barato que é ver esse time jogar a olho nu. Avante, Noroeste!

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

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