Muitos acreditam. Os torcedores noroestinos têm manifestado apoio aos jogadores no Facebook e, sabedores da história alvirrubra de surpresas e viradas, não jogam a toalha. Alguns, inclusive, organizam-se para ir a Lins incentivar o Noroeste contra o Linense, na última rodada da primeira fase da Copa Paulista.
Recapitulando: o Noroeste (nove pontos) precisa vencer o Linense e torcer para o Monte Azul (11) perder para a já eliminada Francana. Um empate em Franca obriga o Norusca a vencer por dois gols de diferença.
Essa torcida pela classificação vai muito além do campo esportivo. A galera reconhece o esforço desses guerreiros de bolsos vazios. Que teriam motivo suficiente para tirar o pé, mas têm honrado o centenário manto alvirrubro. Classificar significaria chacoalhar a diretoria e colocaria a segunda fase da Copa Paulista coincidindo com a possibilidade de nova receita proposta por Toninho Gimenez. Aí, não haveria dispensa em massa e consequente “vá procurar seus direitos”, o que seria uma imoralidade com esse brioso elenco.
É por isso que torço também. Porque sair agora não significaria colocar a casa em ordem. Seria multiplicar a quantidade de ações trabalhistas, sem contar a mancha na já combalida credibilidade do clube. Ajeitar as contas noroestinas passa obrigatoriamente por acertar os salários atrasados. Que a cartolagem entenda que isso faz parte de um projeto de resgate.