Não foi do dia para a noite que o Noroeste caiu de produção. A desconstrução da campanha noroestina já dura quatro rodadas — antecedidas por três vitórias consecutivas. Claro que perder para a Portuguesa (3 a 0), no Canindé, não é nada de anormal. Mas a derrota é semelhante às anteriores: gols perdidos, falhas na defesa e reclamações com a arbitragem.
Claro que a turma do apito não é um primor, mas é muito difícil um time ser garfado quatro vezes seguidas! E se for, tem que se desdobrar em campo para ganhar na bola. Esse discurso de “fomos prejudicados” é muito preguiçoso e pode encobrir os defeitos, que são muitos. Tivesse sido mais eficiente nas finalizações, não digo que o Noroeste empataria ou venceria, mas certamente sairia mais confiante do Canindé, e não em frangalhos para encarar diante do desafio das próximas seis rodadas.
Nada está perdido, o G-8 ainda está logo ali. Por outro lado, nada está garantido, o rebaixamento assombra. Se matar o fantasma, a vaga na segunda fase pode ser consequência. Para tanto, é preciso resgatar aquela garra dos primeiros jogos.
Além disso, fica a pergunta: algum jogador daquela baciada de reforços em cima da hora será aproveitado? Terão tempo para o entrosamento? O campeonato está acabando, se vieram, foi para fazer a diferença. Ou não?
Domingo, empatar com o Barueri no Alfredão será um desastre. Chega de tropeçar — ou o tombo será desastroso. Em nota, a diretoria reforçou seu apoio ao técnico Carlos Alberto Seixas. Ao contrário de grande parte dos torcedores, concordo. Esse mau hábitobrasileiro de trocar o comando não resolve o problema. Que o grupo esteja com ele e coma grama até o fim.
O Norusca perdeu para a Lusa com Yuri; Mizael, Bonfim, Magrão (Emerson) e Júnior Maranhão*; Luiz Gustavo, Paulinho, Adílson e Deives (Diogo); Nathan e Diego (Berg).
* E Hasley Silva voltou a ser Júnior Maranhão…