Se noroestino não desiste nunca, só pode ser mesmo por teimosia. Não dá mais, minha gente. O Noroeste vai disputar a quarta divisão em 2015. Com o empate desta noite com a Matonense (2 a 2), o Alvirrubro chegou aos 13 pontos, ficando seis atrás dos primeiros times fora da zona de rebaixamento, Juventus e Cotia, que têm 19 — faltando seis por disputar. Ironicamente, esses times se enfrentam na próxima rodada e, se a partida terminar empatada, o Norusca cai, pois chegariam a 20, número inalcançável. E nem adianta pensar em marmelada, há outros times perseguindo esses dois, o empate não os interessa.
A verdade é que, há muito tempo, desde o início, aliás, o Norusca não demonstrava forças. Mesmo em partidas em que a vitória parecia próxima, como hoje, havia sempre vacilos para que os pontos escorressem pelos dedos. No segundo gol dos visitantes, o experiente Bira tomou um drible de forma tão imatura… Isso aos 38 do segundo tempo, quando era hora de pegar a enxada e rifar a bola como se não houvesse amanhã. Mas haverá, no inferno da Bezinha, no último degrau do futebol paulista.
O jogo
O Norusca começou bem, abrindo o placar logo aos 8min, com Henrique, de cabeça, complementando cobrança de escanteio de Lauro César. E foi só. A Matonense chegou algumas vezes, mas sem perigo iminente. E o Norusca se contentou com a vantagem mínima. Na volta do intervalo, logo aos 6min, o lateral-direito Denner avançou para empatar. Precisando vencer, Vitor Hugo abandonou o esquema com três zagueiros, tirando Zé Ilton para colocar Allan, o homem do segundo gol, aos 23min, aproveitando bem rebote após mais um córner. Aí, começou a pressão adversária, Aranha teve que trabalhar, mas na base do chutão a vitória parecia sob controle. Até o atacante de azul ameaçar chutar, Bira virar as costas e oferecer espaço para ele cruzar livre para o complemento de Rai, aos 38, colocando mais um punhado de terra na cova.
Por que caiu?
Motivos para a queda há vários — já listei alguns deles neste texto — e teremos tempo, muito tempo mesmo, para esmiuçar a desgraça noroestina, que nasce nos equívocos extracampo.
O Noroeste empatou jogando com Wellington Aranha; Alex Bacci, Zé Ilton (Allan) e Henrique; Bira, Luiz Azevedo, Lelê (Rafael Silva) e Douglas; Lauro César, Jairo e Adelino (Ruan).