Tenho chamado a quarta divisão do futebol paulista de inferno. É o fim da linha. O maior dos castigos. O fundo do poço.
O que se anunciava desde as primeiras rodadas se concretizou por antecipação: o centenário Esporte Clube Noroeste está rebaixado mais uma vez. O último punhado de terra para tapar sete palmos foi na pequena Tupã, em mais uma derrota categória, 3 a 1.
Com apenas 13 pontos em 18 jogos (24% de aproveitamento). Três vitórias, quatro empates e 11 derrotas. Agora, futebol profissional em Bauru só daqui um ano, quando o Norusca vai levar sua tradicional camisa às currutelas do mundo da bola.
E por faltar muito tempo, e por ter muito a lamentar, refletir, analisar, ponderar, fico por aqui hoje. Mas vamos repassar,nos próximos dias, os equívocos que trilharam o caminho da Locomotiva rumo ao inferno.
Uma coisa adianto: aqui não se vai choramingar pelos tempos de Damião Garcia. Naquela época, eu era um dos que defendia que o clube deveria se preparar para a saída de cena do mecenas, que não é eterno. Devo fazer parte da “meia dúzia”, então… (escrevi isso, em novembro de 2011).
Não se prepararam, deu no que deu. De 2013 pra cá, bastidores turbulentos e nebulosos deixaram a montagem de um time decente em segundo plano. E o maior símbolo da cidade, cada vez mais abandonado, minguou até chegar a esse momento inimaginável.
O Noroeste perdeu, mais uma vez, jogando com Wellington Aranha; Alex Bacci, Zé Ilton (Allan) e Glauco; Bira (Ruan), Luiz Azevedo, Lelê e Douglas; Lauro César, Jairo e Adelino (Aguiar).