Ufa… Enfim, uma atuação convincente. Numa noite em que mais pressionou o adversário do que passou sufoco, o Noroeste trouxe animador empate de 1 a 1 contra o Sertãozinho, jogando na terra dos canaviais.
Este jornalista é bastante reticente quanto a troca de treinador sem tempo para trabalhar, mas tenho que concordar que Ney Silva não tinha mais clima para trabalhar no Alvirrubro. Assisti à derrota para o Juventus bem próximo ao banco noroestino e ele só fazia criticar e minimizar o esforço de seus comandados. Os jogadores, definitivamente, não iriam correr por ele.
Chegou Jorge Saran, velho conhecido, com seu jeitão simplório, habituado ao ambiente do complexo da Vila Pacífico. Não é o treinador dos sonhos, mas o da realidade noroestina. E faça-se justiça: conseguiu, num curtíssimo espaço de tempo, motivar o grupo.
Segundo relatos dos repórteres que estiveram em Sertãozinho, o treinador reuniu o grupo no centro do gramado, depois do suado e merecido empate, para motivá-los e dar o primeiro passo da reação alvirrubra. Aos microfones dos Jotas, Saran revelou que os atletas, exaustos, chegaram às lágrimas.
Pintou uma esperança na caminhada noroestina, com garra e correria. O Água Santa, na terça de carnaval, na Rua Javari — seu estádio só gerou reclamações e segue vetado –, será o próximo a experimentar essa nova (e, tomara, duradoura) fase do Noroeste.
O jogo
Mal teve tempo de se localizar na partida, o Noroeste, para variar, sofreu o primeiro gol nos instantes inciais. Giravam apenas 11min quando Juninho, de cabeça, completou cruzamento e abriu o placar. Quando se recompôs do baque, o Norusca avançou. Lauro, o mais lúcido desde a primeira rodada, levou perigo ao goleiro Clééééristooon (isso mesmo!) aos 23 e 27. O goleiro alvirrubro Aranha foi exigido algumas vezes, mas nada perto dos milagres que operou no último domingo.
No segundo tempo, o arqueiro grená seguiu salvando, principalmente em cabeçada a queima-roupa de Gustavo. Ele ainda foi bem no golpe de vista, secando a cobrança de falta de Lauro que beijou o ninho da coruja. Aos 39min, a recompensa, em nova bola parada: Lelê deu asas ao pombo que, dessa vez, preferiu a rede do que o poste. Alívio geral.
O Norusca empatou jogando com Wellington Aranha; Alex Bacci, Zé Ilton e Lucas Matheus; Fernando (Gilson), Gustavo, Bira, Lelê (Raphael) e Hércules (Davi); Lauro César e Jairo.
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Fotos gentilmente cedidas por LUCIANO ANDRÉ, do jornal O Pinga Fogo, de Sertãozinho.
Em tempo: não me esqueci da eleição do Conselho. Apenas não tive tempo de opinar e ainda o farei.