A fase de Robert Day é muito boa. Há algumas semanas o Especialista merece um post sobre seu momento no Paschoalotto Bauru — o melhor, disparado, desde que chegou, há mais de um ano. São vários os motivos, entre melhor condição física, maior adaptação, nova postura tática… Mas penso que um fator é determinante: o último ano de contrato.
Muito amigo do elenco e com a família adaptada à Sem Limites, certamente o gringo adoraria permanecer por aqui e está com sangue nos olhos. E tem números consistentes até a nona rodada para negociar uma renovação. Com isso, o camisa 31 é:
• o jogador mais eficiente do time até aqui (e o terceiro do campeonato)
• o segundo cestinha, o terceiro reboteiro e o terceiro em assistências do Dragão
• quem mais guarda bolas de três por jogo (3,5) no torneio
De quebra, este ano o pai da Lainey e do Cooper entrou para o Hall da Fama da West Oregon University — ele é o maior pontuador da história de sua universidade.
No NBB 8, seu escaute está bem próximo de sua média histórica na competição, sobretudo nos tempos de protagonismo com a camisa do Uberlândia — alguns números, inclusive, superiores:
médias | NBB 7 | NBB 8 | histórico NBB |
Minutos em quadra | 25 | 25 | 31 |
Pontos | 10,7 | 14,6 | 16,4 |
Rebotes | 2,7 | 4,9 | 4,5 |
Assistências | 1,2 | 2,2 | 2,4 |
Aproveitamento em chutes de 3 | 41,3% | 54,2% | 44,1% |
Eficiência | 10,0 | 17,7 | 16,8 |
Contra o novato Vitória, nesta terça (15/dez), às 20h, na Panela — na arquibancada todos pagam meia, R$ 15 —, Day tem mais uma oportunidade de mostrar que seu arsenal, além de calibrado, está mais diversificado. No passeio contra o São José, campeão paulista, na última rodada (não cobri o jogo, confira a cobertura dos parceiros da Locomotiva), ele foi sensacional, fazendo 12 pontos de 12 tentados no terceiro quarto.
Acho que vale, no mínimo, deixar o contrato redigido, hein?
Foto: Caio Casagrande/Basket