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Campeão, vôlei feminino de Bauru caminha para novo patamar

Campeãs estaduais, meninas do vôlei de Bauru chegam ao maior patamar do projeto: elite paulista e vão disputar nacional de acesso

Já vai quase uma semana que o Preve/Concilig/Semel/Bauru conquistou o título paulista da divisão de acesso, batendo o Bradesco/Osasco por 3 a 0 e fechando a série decisiva logo de cara, com duas vitórias. Mas ainda dá tempo de reverenciar as meninas e todo o estafe que toca esse projeto que mostra-se ambicioso.

Há anos sendo competitivo, porém estacionado na segunda divisão paulista, o time da Luso, dirigido por Adriano Pucinelli, encarou 2013 como o ano da virada — o que pôde ser concretizado com a entrada da Concilig como patrocinadora máster. A grande prova de que seria diferente foi a contratação do técnico Airton Nascimento, de currículo extenso e com muitos carimbos no passaporte.

Ao fechar a fase de classificação na liderança, Bauru passou a ser a equipe a ser batida e confirmou seu favoritismo. Encerrou o Paulista com 18 vitórias em 21 jogos, com aproveitamento de 77% nos sets disputados (venceu 56 de 72).

Mas há pouco tempo para festejar e descansar, pois a Superliga B (que será disputada por seis equipes e vale vaga para a liga principal já na temporada 2014/2015) começa em janeiro. “Nós estamos em condições de brigar, claro. Se a gente subir para a Superliga, vamos precisar de mais aporte, mas isso é natural, estamos no caminho certo. Outro ponto bacana é o envolvimento da cidade, nos últimos jogos o público veio em grande número, isso é muito legal e acredito que se repetirá na Superliga B”, disse o diretor em reportagem de Thiago Navarro, no Jornal da Cidade. Oitocentas pessoas assistiram à decisão do último sábado, com entrada franca, o que certamente ajudou a conquistar novos torcedores. “Espero que o bauruense aceite o vôlei como um dos esportes representantes da cidade. Estamos caminhando para isso”, disse o treinador da equipe a Vitor Oshiro (JC), logo após a conquista.

Quem ganha com esse novo time de elite — que se junta ao futsal da FIB e ao Paschoalotto Bauru Basket — é a cidade de Bauru, que tem que dar sua contrapartida tanto pelo poder público (um ginásio para pelo menos 5 mil pessoas e quadra compatível com as medidas do futsal é urgente), quanto pela iniciativa privada (patrocinem, gente, leis de incentivo e isenção fiscal não faltam!).

(Mesmo na terceira divisão, não se pode esquecer do Noroeste, o centenário carro-chefe do esporte local, que precisa de carinho, de dinheiro e que também é retorno garantido para o empresariado local.)

Parabéns, meninas!

Por Fernando Beagá

Mineiro de Ituiutaba, bauruense de coração. Jornalista e mestre em Comunicação pela Unesp, atuou por 16 anos na Editora Alto Astral, onde foi editor-chefe e responsável pela implantação e edição das revistas esportivas. É produtor de conteúdo freelancer pelo coletivo Estúdio Teca. Resenhou 49 partidas da Copa do Mundo de 2018 para Placar/Veja. Criou o CANHOTA 10 em 2010, a princípio para cobrir o esporte local (ganhador do prêmio Top Blog 2013), e agora lança olhar sobre o futebol nacional e internacional.

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