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Bauru Basket cochila e Shamell decide

Líder do campeonato vira jogo após estar perdendo por 17 pontos de diferença

Larry x Shamell: ala do Pinheiros levou a melhor. Foto de Sergio Domingues/HDR Photo/NBB (inclusive home)

Por uma meia dúzia de vezes neste Novo Basquete Brasil 3, eu já me perguntei: “Como é que Bauru conseguiu perder esse jogo?!”. Ao fechar o primeiro tempo com 12 pontos à frente sobre o líder do NBB, Pinheiros, o Itabom/Bauru parecia galopar rumo a sua décima vitória – chegou a abrir 17. Mas, a diferença se foi no terceiro quarto e os paulistanos só não viraram nesse período porque Larry estava inspirado, praticamente jogando sozinho. A partida terminou 94 a 89 para Pinheiros.

O duelo dos melhores estrangeiros do NBB, aliás, foi um show à parte. E o ala Shamell, 33 pontos, levou a melhor. Chamou o jogo para si e conduziu o Pinheiros a sua 12ª vitória. Larry (22 pontos), mais uma vez, falhou em bolas decisivas no último quarto – mais do que uma crítica, é uma constatação de que ele chama a responsabilidade.

A série de cinco jogos em casa – o sexto mudou-se para Assis, nesta sexta (11/2) – acabou. E foram apenas três vitórias (Vila Velha, Vitória e Joinville). Limeira e Pinheiros levaram a melhor no ginásio da Luso. Mesmo fora, bater o Paulistano é praticamente uma obrigação para as pretensões bauruenses, o que renderia apenas 50% de aproveitamento nessas partidas, o que atrapalha a tentativa de ficar entre os quatro primeiros – ficar entre os oito já parece líquido e certo, não é mais um desafio.

O terceiro quarto
“É no terceiro quarto que se ganha jogo!” bradou Guerrinha, logo após o intervalo. O comandante novamente criticou as famosas “jogadas de NBA” (como se refere a lances de efeito) sem ninguém no rebote. Pinheiros começou 12 pontos atrás e terminou empatado – venceu o período por 31 a 19.

Os rebotes, aliás, fizeram a diferença. Enquanto Pinheiros pegou 26 (12 de Olivinha, duplo-duplo com 17 pontos), o Itabom/Bauru, apenas 17. Jeff, referência do time, ficou apenas 22 minutos e quadra e só pegou seis rebotes. O que há com o camisa 11? Opção tática, cansaço, músculos poupados? Na derrota para Limeira, a torcida chiou por Guerrinha ter deixado o norte-americano no banco em momentos decisivos.

Enfim, uma jornada infeliz do Itabom/Bauru. Mais uma. Mas, é bom reconhecer também que não necessariamente o time bauruense perdeu. Foi o Pinheiros, líder do NBB, quem impôs seu jogo na hora certa.

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Outro vacilo no fim tira vitória do Bauru Basket

Limeira, desfalcado, se supera em quadra e leva a melhor em confronto na Luso

Larry teve muito trabalho e pegou apenas um rebote. Foto de Sérgio Domingues/HDR Photo/NBB

A exemplo do que ocorreu contra Araraquara, no último dia 16, o Itabom/Bauru perdeu um jogo que parecia ganho – se é que esse tipo de expressão pode ser usado no imprevisível basquete, em que tudo muda a cada segundo.

O time bauruense foi superado por Limeira, campeão paulista, por 97 a 94, após fechar o primeiro tempo com 13 pontos na frente. A reação dos visitantes, com poucas opções de revezamento, concretizou-se a partir dos últimos cinco minutos de partida. “Jogamos com garra, com pegada e demos a virada na hora certa. Eu disse que tínhamos que jogar como no Paulista. É um elenco que se supera e mostra toda sua satisfação de jogar basquete”, disse o técnico Demétrius ao microfone de Thiago Navarro, do Jornada Esportiva. Sofrendo com contusões no elenco, por causa do desgaste da recente maratona de jogos, o treinador de Limeira sugeriu mudanças para 2011. “Os clubes paulistas precisam sentar e rever esse calendário. Os paulistas não têm feito grande campanha no NBB…”, concluiu, sobre a simultaneidade dos torneios nacional e estadual.

Pelo lado bauruense, o ala Fischer falou pelo time: “Não poderíamos deixar escapar. Foi uma derrota triste. Vacilamos no segundo tempo, não contávamos com essa derrota em casa”, lamentou.

Guerrinha, como sempre, foi mais duro – sempre ao microfone do Jornada. “Falei para os jogadores no vestiário: quem deu toco no Tatu? Quem fez falta na hora errada? Hora que peço falta, não fazem… Como você quer ganhar o jogo tomando 35 pontos no último quarto dentro de casa? É um jogo que vai fazer muita falta, é um confronto direto”.

Nesses momentos, Guerrinha sempre relembra a imaturidade do time. “Quantos anos tem o Douglas? 23. Que maturidade que ele tem? Ele estava bravinho porque o Larry não passou a bola num ataque. Mas tem que ficar puto é com quem falhou na defesa!”.

Guerrinha ainda foi questionado sobre a mudança do jogo contra o Paulistano para Assis (dia 11/2, às 16h), em acordo logístico entre clubes, Liga e TV. Mas isso é assunto para outro texto.