Jeff vai pra cesta: 12 pontos e 5 rebotes do camisa 42
Depois da desastrosa estreia contra o Obras Sanitarias, quando marcou apenas 38 pontos durante toda a partida, o Itabom/Bauru voltou a mostar seu espírito guerreiro e dificultou bastante a vitória dos donos da casa, o Pioneros de Quintana Roo, por 73 a 68.
Depios de um primeiro tempo brilhante, em que saiu na frente vencendo por 33 a 31, o time sofreu apagões no início dos quartos seguintes. O Pioneros abriu 13 a 0 no terceiro período, mas Larry Taylor, mas Alienígena do que nunca, guardou uma sequência de chutes de longe e Bauru foi para o quarto decisivo empatado em 49 a 49. Nova sequência de erros, 11 pontos seguidos dos mexicanos, mas os guerreiros não se entregaram. Novamente Larry tirou coelhos da cartola.
Mas o corpo do nosso craque cobrou por tanto esforço. Sem condições de continuar em quadra após tanto esforço, viu os companheiros se desdobrarem nos dois minutos finais, mas não foi possível evitar a derrota, pois o Pioneros estava inspirado nos chutes de fora, encaixou bem os contra-ataques e contou com o entusiasmo de sua torcida.
Pesou muito na derrota bauruense a atuação ruim de Douglas Nunes, que anotou apenas dois pontos – ele que foi o destaque do Bauru Basket na primeira fase da Liga das Américas e também no Interligas. Nas mídias sociais, o jogador foi bastante cobrado por torcedores.
Agora, o time cumpre tabela na terceira rodada contra o venezuelano Bucaneros. Hora de poupar quem está baleado para o time chegar mais forte na reta final do NBB.
Valeu pela experiência internacional, mas ficou a sensação de que dava pra chegar longe, pois Bauru foi melhor em muitos momentos do jogo. Mas nunca se pode esquecer que esse time tira leite de pedra – o comentarista do Fox Sports, Alberto Bial, lembrou disso no final, pois é do meio e sabe do apertado orçamento dos guerreiros. Abaixo, mais dois cliques do confronto (divulgação FIBA Américas).
O Pioneros foi mais eficiente nos rebotesEliminado no final com 5 faltas, Gui fez 12 pontos e pegou 3 rebotes
Não! É para ver o VT do jogo, decorar todos os erros e não repeti-los mais. O Bauru Basket esteve irreconhecível em sua estreia na fase semifinal da Liga das Américas. Anotar apenas 38 pontos em uma partida (derrota por 74 a 38 para o Obras Sanitarias, da Argentina) é muito, muito, muito, muiiiiito pouco!
Gaúcho zerou, Gui zerou, nenhum jogador pontuou em dois dígitos! O Obras jogou um arroz com feijão bem-feito, só no passe picado para finalização no garrafão, além de ser mais eficiente no conta-ataque, o que deveria ser a arma bauruense. E os argentinos se deram ao luxo de colocar os reservas em quadra no último quarto.
Hora de sacudir a poeira, resgatar o espírito raçudo do time e voltar a jogar bem, assim como ocorreu recentemente no Interligas, quando a estreia foi muito ruim e depois o time se encontrou. E se reencontrou exatamente contra o Obras, na casa do Obras, sem Larry e Jeff… Isto é, o time pode muito, muito, muito, muiiiito mais!
Registro do técnico Guerrinha, via assessoria de comunicação: “Sentimos muito o jogo físico do time do Obras. Nós estamos lutando contra uma série de dificuldades e hoje ficou claro a falta de ritmo do Larry e Jeff que vinham de contusão. Apesar da derrota, iremos trabalhar muito para a partida de amanhã. Nós ainda temos chances de classificação e iremos buscar isso.”
Vale o intercâmbio, vale aprender com os erros, vale dizer que o time é inexperiente e que está baleado. Mas 38 pontos é muito pouco! Vocês podem mais, guerreiros.
O Basketeria publicou em primeira mão e está confirmado: o Itabom/Bauru jogará em Cancún na semifinal da Liga das Américas. Infelizmente, não será na Panela. E o técnico Guerrinha demonstrou preocupação, ainda no domingo, sobre a possibilidade de Cancún, exatamente por conta de tirar visto para os jogadores…
Pior: a disputa será nos dias 30 e 31 de março e 1 de abril. Isto é: o armador Larry Taylor não estará 100% fisicamente e Fischer, afastado por seis semanas para tratar ligamentos rompidos do dedo mínimo da mão esquerda, está fora.
Os adversários dos guerreiros: Pioneros (México), Bucaneros (Venezuela) e Obras Sanitarias (ARG).
Nathan Thomas de volta
Conforme o BOM DIA publicou com exclusividade em seu portal – informação do repórter Gustavo Longo – o ala Nathan Thomas está de volta ao Itabom/Bauru. Ele foi recontratado às pressas para compor o elenco que está bastante desfalcado – e irá disputar o Interligas.
Mais uma chance para o empolgado ala mostrar seu valor. Perdido taticamente em quadra, ele tem um vigor físico impressionante, além de muito carisma.
Não houve nada de sensato na decisão do Noroeste de trocar o horário do jogo do último sábado. Houve tudo de emoção e entrega no êxito do basquete na Liga das Américas. São os temas da coluna publicada na edição de 19 de março de 2012 no jornal BOM DIA Bauru.
Basquete 10 x 0 Noroeste
O placar inalterado da partida do Noroeste anteontem, contra o Rio Claro, pareceu castigo. Nota zero para a sensibilidade do clube, que solicitou mudança de horário (das 15h30 para as 19h) e dividiu as atenções com a Liga das Américas de basquete. Seja qual for o motivo da alteração – fugir do calor ou simples pirraça –, não justifica. A Panela de Pressão no mesmo complexo, Bauru sediando evento internacional. Seria mais inteligente bolar uma “rodada dupla” do que medir forças.
Não interessa se o futebol é mais popular ou se os públicos são supostamente distintos. Enquanto Quimsa e Leones jogavam na preliminar da segunda rodada, ouvia-se os fogos. Era o Norusca entrando em campo. Quando o Itabom/Bauru entrou em quadra, no gramado jogavam o segundo tempo. Bauru lá e cá, como se coração se dividisse ao meio… Esse conflito de horário já aconteceu muitas vezes e ainda vai acontecer, mas Liga das Américas de novo na Sem Limites vai demorar… (Atualizado: fico muito feliz por Bauru ter impressionado a FIBA Américas e haver a possibilidade de um grupo semifinal voltar para cá. Mas não se engane quem pensa que foi a estrutura ‘no jeitinho’ da Panela. Foi a bela torcida que compareceu, vibrou e encheu a tela da Fox Sports de gente – pois os outros grupos da Liga das Américas foram um fiasco de público.)
E não reclamo porque não pude ver o jogo. Talvez mais cedo também não pudesse. Mas o torcedor de Bauru certamente teria essa opção. Então, não vi o jogo, não há o que analisar taticamente. No mais, empate em casa contra adversário inferior é sempre ruim. E ponto.
Papo de basquete Vamos ao que interessa. Excelente finalmente ver a Panela de Pressão de volta, mesmo que maquiada. Com exceção da quadra impecável, o resto do espaço foi reformado na base da gambiarra. Fiação antiga, cadeiras velhas, infiltrações… Pior: muita coisa ajeitada de última hora.
Também estranhei ver apenas o pessoal do Bauru Basket correndo atrás dos detalhes finais. Até cesto de lixo para banheiros eles providenciaram… Na hora H, a Semel estava mais focada nos confetes.
A torcida iniciou vaia quando o secretário Batata foi anunciado, mas a popularidade de Rodrigo Agostinho o salvou. Estou com o recente editorial do BOM DIA: chega de jeitinho. Nada de confete para essa administração: não fez nada demais.
Lágrimas
Guerrinha desmoronou na entrevista coletiva após a emocionante vitória sobre o Quimsa, da Argentina, por 89 a 83, que valeu vaga para a segunda fase da Liga das Américas. Quem sabe das dificuldades dos guerreiros entende cada lágrima do treinador. “A gente limpa a quadra se for preciso. Essa vitória é a prova do comprometimento, da emoção que cada jogador. A gente não quer sensibilizar ninguém a apoiar. Fazemos tudo por amor ao basquete. Se entenderam o recado após toda essa entrega do time, se tivermos condições de montar um elenco ainda mais forte, essa Panela vai ficar sempre cheia”, comentou.
Identificação
Entendeu, Noroeste? Percebeu o que é emocionar o público, criar identificação, envolver-se com a comunidade? Deveriam estar todos os alvirrubros na Panela, recebendo uma aula de amor ao jogo, sobretudo de Larry Taylor, que atuou no sacrifício após lesionar o joelho direito na véspera da competição.
Alienígena Rende um documentário a saga de Larry nos últimos dias. Apreensão, abatimento, suspense, homenagem ao entrar em quadra nos minutos finais na sexta só para ser ovacionado – um gesto de agradecimento de Guerrinha – e descanso no sábado. Tratamento intensivo para tentar jogar no domingo. E como jogou! Mauri, Vanderlei e Leandrinho irão entender: o maior nome da história do basquete de Bauru é Larry James Taylor Junior.
Aqui, não! Recado da torcida: primeiro, ninguém ganha aqui só batendo a mão no peito. O ala Pellot, do Quimsa, provocou a galera e nada fez depois disso – teve até “air ball” (arremesso que não dá nem aro) do gringo. Segundo: esse time não pode acabar, essa emoção tem que continuar. O presidente Joaquim Figueiredo, emocionado, garantiu à coluna: “Não vai acabar!”.
… Andrezão, Gaúcho, Luquinha, Gui, etc, etc, etc… Porque hoje Bauru ganhou um presente. Bauru ganhou um exemplo de amor ao esporte, respeito ao torcedor. Não economizaram uma gota de suor, nem de lágrima – Guerrinha se emocionou e emocionou a todos na coletiva. Esse time é um barato! Esse time não pode parar. O que se viu na Panela de Pressão nessa noite de domingo foi de arrepiar.
Pode chorar, Guerrinha. Cada lágrima vale uma gota de suor.
Torcida inflamada, empurrando os jogadores, presente em cada rebote, em cada chuá. Contar como foi o jogo, agora, é desnecessário (confira minha reportagem para o Basketeria). Prefiro relembrar os abraços de agradecimento que Larry recebeu no fim do jogo. Ele que foi para o sacrifício, venceu a dor, venceu o medo de errar e acertou o coração de cada um.
Que bom ver a evolução do Fischer, mero arremessador anos atrás, que hoje rouba bolas, pega rebote e até arma o time. Que bom ter um cara marrento como Douglas Nunes, que quando o bicho pega, chama o jogo para si, guarda uma bola de três atrás da outra. Que bom ver o Gui virar carrapato, incansável na defesa. Que bom ver o Jeff, mesmo mal fisicamente, dando o sangue (literalmente!, vide seu queixo) até o fim. Que bom, Itabom…
Enquanto a cúpula da política bauruense contava as horas para ganhar confete na reinauguração da Panela, Joaquim e Vitinho corriam atrás dos últimos detalhes. Ok, o poder público gastou dinheiro. Ótimo investimento, o fruto vem com sabor de vitória, Bauru ganhou visibilidade. Mas os louros vão todos para quem merece, cada guerreiro da Associação Bauru Basketball. Porque essa vitória começou em cada entrevista, cada cutucada cobrando a volta da Panela. E justificaram o pedido, enchendo o coração da comunidade basqueteira de alegria – e isso irá se multiplicar por toda a cidade, cada um vai contar a história do seu jeito, mas todas com o mesmo final: feliz.
Alienígena, monstro, o cara: Larry entra definitivamente para a história de Bauru
(O Itabom/Bauru venceu o Quimsa, da Argentina, por 89 a 83 e se classificou para a segunda fase da Liga das Américas)
Atualizado: Fischer teve uma séria luxação em um dos dedos da mão esquerdo, rompendo todos os ligamentos (previsão de seis semanas de recuperação). Também está fora do Interligas, junto com Jeff e Pilar. Talvez Larry vá, se puder jogar e tratar o joelho ao mesmo tempo.