Unidos também fora da quadra, os guerreiros deram um show de alegria em confraternização
Já passava das 20h30 quando cheguei ao Botequim da Luso, local em que o Itabom/Bauru Basketball Team confraternizava com patrocinadores e imprensa. Evento marcado para as 20h: perdi os discursos, certamente de agradecimento e também de anúncio de muita luta em quadra para orgulhar a todos. O atraso me valeu um bem-humorado puxão de orelhas do Joaquim, vice-presidente. Tudo bem, o que se passou nas horas seguintes valeu tanto quanto o melhor dos dircursos: a cordialidade de todos, o bom-humor, o espírito familiar que move a equipe de guerreiros traduzido em cada gesto.
Dia desses, no meio da pré-temporada, postei um texto sobre a visita do Bauru a uma colônia de férias com o título “Esse time é um barato!”. Como estas linhas merecem o mesmo elogio, entrou um mesmo para enfatizar. Tem gente que pensa que jornalista só gosta de cutucar, cornetar, achar defeito. Mas, na cobertura esportiva regional, nosso sonho é sempre dar boas notícias. E os guerreiros têm sido inesgotável fonte. De vez em quando eles também merecem puxões de orelha, mas o saldo é positivo. Oxalá o Noroeste chegue nesse ponto…
Enfim, papo animado, boa comida, música ao fundo e muitos contatos. Sempre bom confraternizar com os colegas de imprensa. Basquete e Noroeste passados a limpo em papo com Rafa Antônio, Cris Simão e João Paulo Benini (Jornada Esportiva), Guga Longo (Bom Dia) e Andressa Piri (TV Record).
Entre os jogadores,muita tiração de sarro e a disponibilidade de sempre. Entre uma brincadeira e outra, ainda fiz minientrevistas com os guerreiros.
Larry contou que Magnano, treinador da Seleção, é exigente, incentiva o trabalho duro, mas não é muito bravo – Guerrinha ganha nesse quesito… O Alienígena contou que assistiu alguns amistoso dos colegas e que está na torcida. Disse que Huertas foi bacana com ele, mas não teve oportunidade de treinar coletivo com o armador titular, na ocasião sem condições contratuais para ir à quadra. “Só arremessos e academia”, contou. Por fim, Larry acredita ser quase impossível o astro Kobe Bryant atuar no Brasil, pelo seu alto salário.
Ainda falando de Seleção, Douglas Nunes desfilava na festa com seu agasalho da CBB. Sinal do orgulho que sentiu pelo período em que treinou entre as feras brasileiras. “Foi uma experiência enriquecedora”, disse o pivô nascido em Uberlândia – quase meu conterrâneo. Quando disse a ele que não entendi até agora porque foi cortado por Magnano, ele foi enfático: “Nem eu!”.
Admirador da música sertaneja, Douglas foi um dos maiores entusiastas quando o gênero tomou conta do cardápio musical da noite. E com um reforço: o pivô Alex Passilongo mostrou seus dotes ao violão e como cantor e mandou bem — arrancou aplausos de todos os colegas. Só foi superado pela saudação ao desempenho musical do patrão: Pedro Poli, o presidente, rasgou a voz em um modão das antigas.
Falei ainda com Luquinha, que com o uniforme novo da Cambs pegou a camisa 10 que era de Alex (que foi para o Paulistano). Como ele conduz a bola com a mão esquerda, brinquei com ele que agora ele era o canhota 10 do time. Ele disse ter guardado a foto de Juliana Lobato, do Bom Dia, em que vibra com os companheiros após uma cesta fantástica sobre Brasília.
E o papo com Jeff Agba foi o mais engraçado. Ele tem uma voz meio tímida, que não combina com seu tamanhão. Já arrastando um bom português, disse que a perna ainda dói um pouco, mas nada que atrapalhe o andamento das próximas partidas. O novo camisa 42 (deixando a 11 para Pilar) disse que conversa em inglês com Larry e com Mosso.
Por fim, tomei o segundo puxão de orelhas da noite. Guerrinha reclamou, com razão, da periodicidade do Canhota 10. O início da coluna semanal no jornal Mais Esporte, de Ituiutaba, tomou bastante meu tempo, tive que me dedicar a esse projeto. Mas não perdi os guerreiros de vista e sigo com meu propósito: trazer um olhar diferenciado, um texto mais leve e analítico, oferecer conteúdo complementar ao que os colegas de outros veículos fazem.
Ao me despedir do treinador — que promove pizzadas em casa reunindo os jogadores, para explorar seus dotes culinários —, ele perguntou-me: “Já viu um time igual a esse, Fernando?”. Não mesmo, Guerrinha. Esse time é um barato.
A seguir, o vídeo feito pela Camila Turtelli, do Bom Dia, e as fotos que ela registrou. Vale também conferir o que ela escreveu em sua coluna.