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Coluna repercute goleada e prevê o jogo em Santos

Texto de ‘Papo de Futebol’ do dia 7 de janeiro, publicado no Jornal Bom Dia Bauru

Com já foi comentado no programa Bom Dia na Arquibancada deste dia 8 de fevereiro, não pude estar no Alfredão no último sábado (foto na homepage de Cristiano Zanardi/Agência Bom Dia). Entretanto, pude constatar a mudança de ânimos não só no Noroeste, mas na crônica e entre os torcedores. E é disso que fala a coluna Papo de Futebol do dia 7, que ainda lança olhar sobre a partida do Norusca contra o Santos, a próxima sexta-feira.

Após o texto, para não perder o hábito – nem o histórico -, ficha do jogo e os gols.

Entre o céu e o inferno

As reações que o futebol provoca são imediatistas, vindas do calor da emoção e com pouca razão. É essa mistura perigosa que leva gente a chacoalhar o ônibus de um time ou, no caso do Noroeste, decretar o pior a 13 rodadas do fim da tabela – mesmo a poucos pontos do G8, já estava fadado a desafiar o rebaixamento. A goleada sobre o Mogi Mirim provou que o céu e o inferno são vizinhos. Na pré-temporada, o time estava voando e causava otimismo. Bastou um início vacilante no Paulistão para o elenco virar um bando de pernas de pau.

De repente, chega treinador novo, o Norusca goleia, méritos do professor que motivou o grupo, aquela prosa toda. Mas as pernas são as mesmas, ora bolas! Cenário igual ocorreu na sequência de derrotas na Série A2 de 2010, que derrubou Amauri Knevitz. Naquele momento, ninguém acreditava no acesso. Que veio.

A história de um campeonato se conta em capítulos (rodadas), muitos deles dramáticos. Deve-se analisar a caminhada do time à medida que se acumulam os jogos.

Ok, o Noroeste passou vexame na goleada para Americana, perdeu muitos gols em Jundiaí, mas trouxe bons empates de Ribeirão Preto e, principalmente, do corintiano Pacaembu. Faltava se impor no Alfredão. Não falta mais.

Demorou para dar esse passo, mas segue vivo, segue na briga, como sempre foi dito neste espaço. Não é questão de bancar o “eu já sabia”. Eu não sei de nada. É que somente a rodada 19 saberá.

Oito e oitenta
Opinar no calor do revés já transformou heróis em vilões em Bauru – e que deverão ganhar elogios de novo. Gleidson era o ala moderno e apoiador na pré-temporada. De repente não servia nem para o futebol amador.

Com Aleílson, sempre guerreiro na frente, foi questão de miopia mesmo: foi (mal) comparado com o fraco Adílson Souza, hoje no XV de Piracicaba. Matheus, sim, joga com descrédito desde o início. A ausência contra o Mogi pode ter feito bem a ele. Que volte sem pensar que é Domingos da Guia ou Lúcio. Melhor dar chutão do que entregar o ouro.

3-5-2
Parece mesmo que o esquema com três zagueiros deu mais equilíbrio ao Noroeste, que está bem servido de volantes. Hernani e Marcelinho são sombras incômodas para os titulares Francis e Júlio César.

Já na armação das jogadas, Ricardinho é absoluto, com suas preciosas assistências. E Zé Carlos, na ausência do capitão Francis, assumiu a braçadeira. Um moral para o goleador, que errou e se redimiu. Isso pode ser creditado à sensibilidade de Lori Sandri.

Normal
Não será nenhum espanto se o Norusca perder para o Santos, na Vila Belmiro, na próxima sexta-feira. Até de goleada, pois a turma de Elano e Maikon Leite tem média de quase três gols por jogo. E aí, volta a crise? Será preciso avaliar a forma como o time eventualmente perderá. Se empatar ou vencer, surpreendendo o baladado Peixe, a maré vira de vez.

Fiel?
A palavra fiel não combina com as atitudes dos torcedores corintianos na última semana. Indignação tem limite: a vaia e o boicote – deixar de comprar ingresso, afinal, as arquibancadas são termômetro da situação de um time.

Acho que nem o melhor dos sociólogos explica porque uma derrota esportiva causa tamanha revolta enquanto o gramado em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, ficou vazio no dia seguinte à aprovação de mais um aumento estratosférico do salário de nossos “produtivos” deputados.

Ficha de Noroeste x Mogi

Os gols de Noroeste 4 x 1 Mogi Mirim

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Conheça melhor o treinador Lori Sandri

O novo comandante do Noroeste pelo ponto de vista de um amigo

Como já foi difundido, o novo treinador do Noroeste, Lori Sandri, tem sua estaca fincada no estado do Paraná, onde atuou profissionalmente como jogador e também onde teve passagens marcantes como treinador. Por lá, tem um amigo chamado Roberto Queiróz, que muitos noroestinos já devem saber quem é.

Queiróz é tio do atacante Diego, titular nas duas últimas partidas do Norusca. A meu pedido, ele fez um relato traçando um perfil de Lori Sandri e fez questão de destacar: não vai pedir uma vaguinha ao sobrinho para o amigo. Que conquiste na bola. Confira:

“Bem, o estilo do Lori é o da palavra correta. Ou seja, com ele o jogador não terá espaço para mil desculpas ou uma outra chance para provar que é capaz.

Ele é do diálogo, porém, com personalidade para não aceitar estrelismo.

Com argumento embasado em profundos conhecimentos, não só do futebol brasileiro, mas também com o futebol mundial, é um cara simples, educado e boa praça.

Lembro que em 2008/09 ele treinava o Marítimo, de Portugal, e o presidente do time começou a dar pitacos na escalação, já que o time estava meio lá e meio cá  no campeonato. O Lori não aceitou as interferências do presidente e se mandou do time.

Com toda certeza é de personalidade forte e exemplar. Uma outra situação foi em um jogo entre Paraná Clube e São Paulo. O Paraná foi goleado sumariamente e durante a entrevista ele disse mais ou menos assim: ‘Meus atletas não tiveram a ousadia nem pra sujar a camisa do Rogério Ceni. Ele não precisará mandá-la pra lavanderia…’.

Ele é muito querido nos Emirados Árabes, onde conquistou títulos, como a Copa do Golfo, se não me engano em 1993, pelo Al Shabab, e em 1999 a Copa Príncipe Faissal, o nosso Brasileirão e a nossa Copa do Brasil, respectivamente.

Ele era volante, jogava duro, porém limpo. Fez sucesso no Atlético Paranaense, embora ele tenha jogado também em um dos times que originou o Furacão (o Água Verde) e no Londrina.

Posso dizer que ele pode ser a ‘salvação’ do Norusca, se o elenco ajudar (principalmente) e não houver interferências da diretoria, pois não faz parte do hábito dele receber ordens para escalar esse ou aquele.

Resumindo: personalidade, conhecimento, palavra correta e tranquilidade. Este é o estilo do seu Lori Paulo Sandri.

Embora o conheça… Não tenho a ousadia de falar pra ele: ‘Pô, seu Lori, coloca o Diego, ele precisa de ritmo de jogo’. O cabeludo terá que ganhar a vaga na raça, no talento e marcando gols, o que é mais importante! Se quiser pode publicar essa observação sobre o Diego. O lance é esse, jogar aberto.”
(Roberto Queiróz)

Foto na homepage: Diogo Carvalho/Noroeste

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Noroeste empata mais uma no Paulista

Time perde boas chances de gols e continua sem vencer no campeonato

Norusca teve espaço para criar jogadas e não aproveitou. Foto de Clodoaldo de Silva/Agência Bom Dia (inclusive home)

DE BAURU
ligado no PFC e na 87FM

Em outras circunstâncias, um empate fora de casa seria comemorado. Mas não dessa vez. Ainda se vencer no Campeonato Paulista, que caminha para sua sétima rodada, o Noroeste desperdiçou boa chance de somar três pontos. Melhor em campo – muito pela fragilidade do Paulista – o Alvirrubro desperdiçou gols e segue seu calvário.

É incerto o anúncio de um novo treinador antes da partida de sábado (5/2), contra o Mogi Mirim, no Alfredão. O interino Jorge Saran cumpriu dignamente seu papel e, com três zagueiros, praticamente não sofreu ataques do adversário. Faltou, entretanto, pontaria para os atacantes – talvez aquela “faca nos dentes” na hora de concluir.

Com cinco pontos na classificação, o Norusca deve seguir na zona de rebaixamento. Invicto fora de casa (três empates), falta ao time se impor no Alfredão. Que o Mogi engula esse sapo… Vamos ao jogo:

1º tempo

A partida começa truncada, feia até. Somente aos 15 minutos a torcida se levanta – e em um lance invalidado – quando Hernane, impedido, é lançado na área e conclui raspando a trave. O bandeira para a jogada.

Aos 19, a já característica falha de Matheus. O zagueirão erra a saída de bola, Hernane rouba, avança e arremata forte, de canhota, com perigo.

Cinco minutos depois, a primeira boa chegada do Noroeste – que a partir daí domina o jogo. Ricardinho lança Márcio Gabriel na direita, que cruza rasteiro para Diego; o camisa 9, na cara do gol, chuta pra fora. O mesmo Diego perde em lance parecido dois minutos à frente: ele recebe cruzamento de Aleílson e, na pequena área, é travado pelo zagueiro.

Diante de um inofensivo Paulista, o Alvirrubro aperta novamente aos 33, quando Aleílson avança, corta o zagueiro, mas chuta franco, facilitando a vida do goleiro Cristiano. No minuto seguinte, o camisa 11 noroestino volta a atacar pela esquerda, mas chuta de bico pra fora. Em sua última chegada no primeiro tempo, aos 43, Gleidson recebe na área e chuta cruzado à esquerda do camisa 1 do Paulista.

2º tempo

A etapa complementar recomeça da mesma forma, com o Noroeste atacando. Logo aos sete, em escanteio cobrado por Ricardinho, Da Silva cabeceia para defesa de Cristiano.

O Paulista reage. Nas duas oportunidades, André Luis defende: aos 11, em cobrança de falta de Baiano; aos 14, em chute de Hernane.

O Norusca volta a perder chances. Aos 24 minutos, Márcio Gabriel chuta por cima após jogada de Rafael Aidar (substituto de Diego). Quatro minutos depois, o lance mais incrível: Aleílson rouba a bola, avança, dribla Cristiano e perde o tempo do chute; o camisa 11 volta a ciscar na frente do goleiro, mas é desarmado…

A partir daí, a partida fica truncada. E o Noroeste, que até merecia vencer, quase volta com mais uma derrota quando, aos 43, Fabiano conclui por cima jogada de João Paulo. Após o apito final, vaias.

Pós-jogo

Ao microfone do repórter Jota Martins, da 87FM, o técnico Jorge Saran elogiou os jogadores, afirmando que o Noroeste fez um partidaço. Exageros à parte, numa coisa ele tem razaão: o time foi pouco ameaçado. Mas poderia ser melhor…

Segundo a reportagem do Bom Dia Jundiaí, houve confusão nas cadeiras numeradas do estádio Jayme Cintra, com torcedores hostilizando membros da diretoria do Paulista – fala-se em supostas agressões físicas. Sem vencer a quatro jogos, o Galo da Japi também está em crise.

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Noroeste chegou sem entusiasmo até a quinta rodada

Atleta do time revelou apatia de diretoria e jogadores ao jornalista Júlio Penariol, do Bom Dia

Minutos após a goleada aplicada pelo Americana no Noroeste (5 a 1), nada de cobranças no vestiário. Silêncio total entre os jogadores e, não necessariamente, por constrangimento. Nem todos no grupo têm a dimensão da oportunidade de se sair bem  neste campeonato. Essa foi a impressão que teve o jornalista Júlio Penariol, do Bom Dia Bauru – como relatou na edição de ontem (1/2) no programa Bom Dia na Arquibancada.

Júlio conversou com um atleta do Alvirrubro que revelou a apatia pelos lados do Complexo Damião Garcia até o vexame de sábado à noite. Segundo o jogador, ninguém da diretoria foi até o vestiário cobrar. Entre os colegas de elenco, disse perceber comodismo em alguns – nem todos têm a ambição de disputar um Brasileirão Série A, por exemplo. O boleiro disse ainda que, fosse em outro clube, não poderia sair de casa naquele sábado, tamanha a cobrança que receberia na rua. Em Bauru, pode ir jantar tranquilamente e passou batido. Literalmente, disse que o time não está jogando com “a faca entre os dentes”.

O mesmo aconteceu com o demitido Luciano Dias, que foi visto em uma pizzaria na noite do dia 29/1. Sem o peso nos ombros – e provavelmente já assediado pelo pessoal do Red Bull Brasil -, pode se despedir de Bauru degustando um bom chope…

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Noroeste

Vitória para concretizar evolução

Noroeste encara Bragantino, que tem retrospecto melhor nos confrontos pelo Paulistão; dúvida na lateral-direita: Júlio César ou Gustavo?

Pela quarta rodada do Paulistão 2011, o Noroeste busca sua primeira vitória nesta quarta (26/1). A partida contra o Bragantino no Alfredão, às 17h, deverá ter público reduzido, mas o fator casa terá que prevalecer, pois, apesar da invencibilidade (três jogos, três empates), o Alvirrubro ocupa a incômoda 15ª posição na tabela.

Dúvida na direita: Júlio César ou Gustavo Henrique? Foto de Diogo Carvalho/ECN

Com a suspensão de Márcio Gabriel, expulso contra o Corinthians, Luciano Dias deixou no ar a dúvida de seu substituto na lateral-direita. De qualquer forma, será no improviso: ou o volante Júlio César, ou o lateral-esquerdo Gustavo Henrique. Há uma pista, pelos jogadores relacionados: a presença de França no banco. Desde a estreia, Luciano Dias tem sido bem pragmático na formação dos suplentes: há sempre o goleiro, claro, um zagueiro, um lateral, um volante, um meia e dois atacantes. Portanto, com o volante França como opção, Júlio César deverá vestir a camisa 2.

Com o retorno de Otacílio Neto, outra dúvida: Vandinho ou Thiago Marin permanece no time? Eu ficaria com Thiago, que equilibrou o meio-campo. Mas, até pela característica do adversário, muito defensivo, Vandinho será a flecha que poderá furar o bloqueio do Bragantino. Aguardemos.

Retrospecto
Noroeste e Bragantino se enfrentaram 12 vezes na história do Paulistão. E a vantagem do Massa Bruta da terra da linguiça é massacrante: sete vitórias do time alvinegro, três empates e apenas dois triunfos noroestinos. O Norusca marcou dez vezes e o Braga, 17. No Alfredão, o Alvirrubro não ganha desde 1993 e houve três empates recentes (1 a 1 em 2006, com gol do ex-noroestino Gileno; 1 a 1 em 2008; 0 a 0 em 2009); a última vitória do confronto foi do Bragantino, em 2007 (2 a 1, em Bragança Paulista).

Fotos na homepage: Diogo Carvalho/ECN