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Movimento Pró-Panela: deixe seu recado!

O Canhota 10 está ao lado da campanha pela manutenção do basquete em Bauru. Torcendo para que o melhor seja feito: o melhor para o Noroeste, para a Prefeitura, para o Itabom/Bauru e, sobretudo, para a cidade.

Mas todas as correntes podem se manifestar. A favor ou contra a reativação da Panela de Pressão. Sugestões, então, são mais do que bem-vindas.

Fique à vontade, leitor!

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Guerrinha: guerreiro desde 1997

Hoje treinador de Bauru, ele acumulou as funções de jogador e manager na fundação do COC/Ribeirão Preto

O time de basquete de Ribeirão Preto não existe mais. Mas fez história, com cinco títulos paulistas e um brasileiro (2003). Poderia estar aí até hoje, enriquecendo a modalidade, não fosse a bagunça instaurada no Nacional de 2006.

Essa trajetória vitoriosa de Ribeirão tem em seu embrião o empreendedorismo de Jorge Guerra, hoje treinador do Itabom/Bauru. Quando a equipe Dharma/Yara/Franca foi extinta, no final de 1996 – não confundir com o Franca (Vivo) ativo até hoje -, Guerrinha procurou o empresário Chaim Zaher, do colégio COC. Em seguida, veio o apoio da multinacional italiana Polti, nascendo assim o Polti Vaporetto/COC/Ribeirão Preto – a Polti sairia no final de 1998, ano em que levou, já como treinador (veja foto abaixo), o time ao vice-campeonato brasileiro. Em 1999, Guerrinha aterrissou em Bauru, em sua primeira passagem.

Em seu primeiro ano em Ribeirão, além de armador em quadra, Guerrinha assumiu o papel de manager da equipe, treinada por José Medalha. Ao saber dessa história, entendi como foi forjado o perfil do Guerra, que só faltava servir café quando iniciou o desafio do Bauru Basketball Team, na temporada 2008 – era o homem do marketing, do contato com a imprensa, da aproximação com patrocinadores e autoridades. Hoje, o Itabom/Bauru está bastante estruturado nesses setores, mas ele segue na linha de frente, defensor voraz da causa do basquete na Cidade Sem Limites.

Pedido de tempo enérgico desde o começo... Foto de Paulo Arruda/CBB

Abaixo, uma foto de Guerrinha dos tempos de jogador, quando defendia o Dharma/Yara/Franca.

Reprodução/Luiz Doro/revista Basketball World, ed. 11, jan/1997
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Pior do que está, fica: basquete sem ginásio

Um dia depois de repercutir a entrevista de Guerrinha na TV Preve, afirmando a possibilidade de Bauru perder seu time de basquete – por falta de apoio público e privado – vem outra pancada. A Associação Luso Brasileira recebeu vultosa proposta para vender sua sede social, isto é, o time fica sem ginásio para receber seus jogos.

Para você entender melhor o caso, antes de o Canhota 10 opinar, reproduzo depoimento do colega Thiago Navarro, do Jornada Esportiva, que soube em primeira mão dessa iminente venda, numa espécie de desabafo de Guerrinha na tarde de ontem (13/10).

Conversei ontem com o Guerrinha sobre essa questão dos patrocínios, ele explicou que o presidente [Pedro Poli, da Itabom] quer receber mais apoio de Bauru, gostaria que entrasse uma cota master. Ele reclamou da demora em Bauru aprovar uma Lei de Incentivo ao Esporte, coisa que tem de ser feita até novembro se a cidade quiser usar isso já em 2011. Ele disse que o projeto está pronto, é só a Câmara Municipal votar.

A questão do ginásio ele disse que é paralela a tudo isso, e que este é o grande problema que o Bauru Basket tem hoje, porque a Luso só está garantida até maio de 2011. E realmente a chance de a Luso ser vendida é muito grande, a proposta pelo prédio ultrapassa a casa dos R$ 15 milhões, então a verdade é que Bauru estará sem ginásio a partir do meio do ano que vem.

O Guerra disse que o projeto continuará de alguma forma, ele quer que seja em Bauru, mas, se não tiver ginásio, ele disse que não há problema legal em ir para outra cidade (a LNB permite, por ser franquia). A gente sabe que a construção de um poliesportivo demoraria pelo menos uns dois anos. A única solução imediata é a Panela de Pressão.

Foi um desabafo do Guerrinha para mim e o para o Wagner Teodoro (do JC), que também estava no treino de ontem. Ele pediu o apoio da imprensa, disse que agora é hora da imprensa bauruense levar tudo isso à Prefeitura, porque quem vai perder é a cidade se o time acabar ou sair daqui.

Aproveitando o assunto basquete, segundo o site Basket Brasil, o ala Eddy realmente aceitou a proposta do Vitória Basquete (antigo Saldanha da Gama) e deixou o Bauru. O Júlio Toledo também deve sair. Leia também o texto de Thiago no Webesportiva.

No meio da tarde, a 94FM apurou que o grupo empresarial interessado na sede social da Luso é a Iguatemi Empresa de Shopping Centers S.A. – mais um shopping (há dois novos anunciados na cidade)?! O negócio depende da aprovação dos conselhos deliberativo e fiscal, além de uma assembleia geral entre os associados. Como a dívida do clube é pequena, o fato de parte do dinheiro ser investida em melhorias da sede de campo aumenta a chance de aprovação.

Dessa forma, Bauru não terá onde jogar em 2011. Os ginásios da USP, do Santa Luzia e o Duduzão (FIB) são acanhados para a missão. O retorno à Panela de Pressão, apenas com muita boa vontade de ambas as partes – Prefeitura e Noroeste – e a reforma teria que começar ontem, tamanho o estado de abandono.

No que depender do Canhota 10, o espaço está escancarado para sensibilizar a iniciativa privada e, sobretudo, como enfatizou Rafael Antônio na transmissão de hoje (14/10) de Bauru 102 x 86 Franca (lanche Bob’s para a galera!), o poder público (“Hora de arregaçar as mangas!”) para evitar que esse time, propagador do nome de Bauru, escorra pelas mãos.

Em entrevista a Thiago Navarro, depois do show do Itabom/Bauru em quadra – um time de primeira – Guerrinha contou que vai à próxima sessão da Câmara cobrar os vereadores a respeito do ginásio poliesportivo. Sobre a Panela, acha que é a primeira (e urgente) etapa. “Falta boa vontade de muita gente. É bom para o Noroeste ter um espaço ocioso? Esta semana vou procurar o deputado Pedro Tobias. O Rodrigo ganhou a eleição apoiado no PAC, na proximidade com o PT, com a vice Estela. Esse dinheiro existe, temos que buscar. Quem corre atrás, consegue, com a ajuda de vocês [imprensa] vamos conseguir”. Conte conosco, Guerrinha.

Atualizado em 15/10, às 9h27: o repórter Bruno Mestrinelli, do jornal Bom Dia, falou com conselheiros da Luso (leia aqui) e apurou que a proposta já foi aprovada no Deliberativo e no Fiscal, faltando apenas o parecer dos associados. A empresa compradora não foi divulgada oficialmente.

Às 10h29: a assessoria de imprensa do Bauru Basket alertou que Eddy segue no time, enquanto estuda a proposta do Vitória Basquete. De fato, ele atuou na partida contra Franca. Júlio Toledo não saiu do banco…

(Dias depois, é confirmada a saída de Eddy)
(Não foi o grupo Iguatemi quem comprou a Luso)

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Bauru pode perder o basquete pela segunda vez

O aviso foi dado por Guerrinha, em entrevista a Samuel Ferro na TV Preve

O Novo Basquete Brasil 3 termina em junho. Essa mesma data também pode marcar o fim das atividades do Bauru Basketball Team. O aviso, em leve tom de ameaça, foi dado pelo técnico Guerrinha, em entrevista ao jornalista Samuel Ferro, no programa Enfoque Regional da TV Preve transmitido dia 12/10. Midiático, o treinador deu o recado no lugar certo, um canal assistido por formadores de opinião.

Ao contrário do Noroeste, um clube social cujo espólio não pertence a Damião Garcia – portanto não pode se mudar de cidade como fez o Grêmio Prudente (ex-Barueri) e pretende o Guaratinguetá (para Americana) – o time de basquete pode, sim, trocar de CEP. O NBB trabalha com franquias e Guerrinha pode se mudar com diretoria, elenco e patrocinadores para onde quiser.

Muito bem conduzida, a entrevista trouxe colocações pertinentes de Jorge Guerra sobre o atual momento do basquete brasileiro e como o Itabom/Bauru está inserido nele; confirmou que Júlio Toledo e Eddy estão de saída, como o Canhota 10 deduziu na última semana; e alertou novamente sobre o déficit financeiro (20%), buraco que segundo ele tem sido coberto com dinheiro do próprio bolso de Pedro Poli, presidente do time e dono da Itabom.

Guerrinha contou que a adesão de empresas amigas do basquete (cotas de R$ 1 mil e R$ 2 mil) foi baixíssima, na casa dos R$ 10 mil – esperava R$ 30 mil; reforçou os espaços ainda disponíveis no uniforme; lamentou que a ajuda da Prefeitura, apesar da boa vontade de Rodrigo Agostinho, é nula, sobretudo por não viabilizar um aporte via lei de incentivo, prática comum em outros times profissionais de basquete. Por fim, lamentou o Itabom/Bauru não ter um ginásio com maior capacidade de público à disposição, o que certamente geraria mais renda, pois a adesão dos torcedores tem sido maravilhosa.

Dito tudo isso, as conclusões do Canhota 10: o alerta é válido, mas a princípio parece mais uma pressão do que uma possibilidade real – ou pelo menos essa é a torcida… Não chega a ser um apelo ao estilo chororô de Damião Garcia, mas é bom Guerrinha ter o mandatário noroestino como exemplo para ter noção de que o empresariado não se comove muito. No Interior, poucos se arriscam a gastar montantes de dinheiro com patrocínio, mal acostumados que estão com a famosa permuta. Sobre a Prefeitura de Bauru, considero obrigação uma ajuda ao basquete. Guerrinha diz precisar de pouco mais de R$ 20 mil mensais para arcar com taxas de arbitragem. O que é esse valor no orçamento municipal (R$ 240 mil por ano)? Esse time leva o nome da cidade por onde joga, está na TV fechada (Sportv e ESPN, audiência qualificada) e disputa em alto nível com as melhores equipes do Brasil.

A torcida é para que Rodrigo Agostinho abrace a causa do esporte, apoie o Bauru Basket e consiga reverter o imbróglio com o Noroeste. Não pode esquecer dos outros esportes, dos Regionais, dos Jogos Abertos, do lazer da população, claro. Mas se outras prefeituras conseguem apostar nesses verdadeiros cartões de visitas, por que não a cidade que não tem limites?

Imagem na homepage: montagem sobre foto reproduzida do site da Liga Nacional de Basquete

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Itabom/Bauru prepara reformulação no elenco

Após a ótima vitória sobre Araraquara, fora de casa (86 a 79, dia 7/10), na abertura da segunda fase do Campeonato Paulista, o técnico Guerrinha deu pistas de que haverá mudanças no elenco do Itabom/Bauru. As declarações foram dadas ao repórter Thiago Navarro, do Jornada Esportiva, e não pautou os veículos impressos nesta quinta-feira, focados em repercutir o resultado do jogo. Somente o Webesportiva abordou o tema até o momento e o Canhota 10 entra em quadra para opinar.

Então, vamos lá. Começando pela parte financeira. Guerrinha comentou que o time está gastando 20% mais do que o orçamento mensal. Que o ginásio da Luso somente terá sua capacidade aumentada com o apoio de empresas – e esse acréscimo na renda das partidas ajudaria no fim do mês. Outra boa solução financeira seria preencher a cota de patrocínio no nome do time (Itabom/?/Bauru). Enquanto isso não acontece, a solução é otimizar os gastos com o elenco.

Em sua fala, Guerrinha deu pistas de que Júlio Toledo deverá sair – a exemplo do que já aconteceu com Gaspar, que foi para o time mineiro Catalão/Olympico. Segundo o treinador, o contrato de Toledo vence em dezembro e, se atuar no NBB, não poderá defender outro clube. Conclui-se, portanto, que o melhor seria sair já – o atleta, com rendimento abaixo do esperado, não tem sido muito aproveitado. Dentro desse perfil, encaixa-se também o ala Eddy, que não foi citado por Jorge Guerra.

Para não ficar com menos peças no elenco após essas supostas dispensas, a solução está na garotada. Explico: o treinador manifestou a intenção de o time disputar o NBB sub-20 com jogadores de outro clube – já que Bauru não trabalha hoje com essa categoria – para se juntarem a Gui e Ferrugem. Provável parceria: Paraíso Basquete – de quem Guerrinha se aproximou bastante quando foi conhecer a Arena Olímpica de São Sebastião do Paraíso – e Barueri.

E é da cidade da Grande São Paulo que podem vir novidades no elenco principal, segundo Guerra – lembrando que especulo sempre baseado na entrevista ao Jornada. Terminada a participação de Barueri no Paulista, que deverá ser precoce, alguns jogadores podem chegar. Uma boa aposta seria o jovem armador Ricardo Fischer, irmão de Fernando Fischer, já no grupo bauruense – dedução do Canhota 10, pois é o jogador mais elogiado daquele time.

Por fim, Guerrinha disse ter esperanças de que um novo aporte financeiro viabilizaria a contratação de um jogador “bom” – palavra dita com ênfase por ele, referindo-se a um atleta que chegaria para ser titular ou, pelo menos, o sexto elemento. O técnico lembrou que aproxima-se uma fase que chamou de “janela de transferências” do basquete brasileiro.

Dessa mexida na composição do grupo bauruense, há esperanças de que, finalmente, o time tenha um banco forte. Havia essa expectativa no início do semestre, o que não se concretizou com Júlio Toledo e Eddy – Thyago Aleo ainda tem crédito, afinal, está à sombra do astro Larry Taylor. Para se ter uma ideia, na partida contra Araraquara, os reservas foram responsáveis por apenas um ponto, o que sobrecarrega muito o quinteto principal.

NA TV

A partida contra Franca foi remarcada para quinta-feira, dia 14, às 20h30, por solicitação da ESPN Brasil, que transmitirá o duelo. Nessa ocasião, o Itabom/Bauru irá aderir à campanha Outubro Rosa, utilizando adesivo no uniforme pela prevenção ao câncer de mama. E convida os torcedores a irem trajados na cor rosa ou branca. O time bauruense tem se notabilizado por abraçar causas sociais, o que o aproxima cada vez mais da comunidade.