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Guerrinha: “Hoje somos a quinta força do campeonato”

O primeiro passo está dado. Passar pela primeira fase de forma tranquila, entre os favoritos – inclusive liderando seu grupo por algumas rodadas. O saldo é mais do que positivo para o Itabom/Bauru, mas ficou um gostinho de que poderia ser melhor. Nesse “rali de resistência”, como define o campeonato o técnico Guerrinha, o time tropeçou em alguns obstáculos. “Perdemos para o Pinheiros em duas partidas que poderíamos ter ganhado. Isso pesou para as nossas pretensões na competição”, avalia. Apesar de ter sido um jogo fora de casa, o Canhota 10 avalia que o fiel da balança também tenha sido a derrota para Rio Claro.

Além de pensar no título – o que não é nenhum delírio -, o desempenho no Paulista se reflete nas pretensões para o NBB. Afinal, se hoje somos a quinta força, que posição teremos no campeonato nacional? – no qual, além dos paulistas, há os fortes Brasília, Flamengo e Joinville e muita expectativa sobre sobre como virá Uberlândia. Uma frase de Guerrinha é providencial: “A próxima fase vai ser muito difícil, teremos que jogar acima da média”. Dessa necessária evolução virá a resposta para o questionamento acima.

Enquanto isso, no Estadual, um regulamento confuso. Os próximos seis jogos de Bauru valem somente para definir a posição para os playoffs. Mas o lado bom é poder medir forças contra Franca, Araraquara e Limeira em partidas não-eliminatórias – melhor preparação para o NBB, impossível.

Em relação aos jogadores, Larry segue sendo o cara, Jeff evoluiu em relação à última temporada e Alex está de volta! Fisher poderia melhorar o calibre – hoje tem 43,2% de aproveitamento nos chutes de três pontos (9º melhor do campeonato). Entre os contratados, Thyago Aleo precisa sair da sombra de Larry. A grande decepção é Júlio Toledo. Não o esperava como titular, mas como ótima peça para o rodízio das partidas, o que nem de longe está acontecendo (média de 8min em quadra e apenas dois pontos por jogo!).

A seguir, um olhar sobre os números do time:

ITABOM/BAURU:

Time que mais pontuou na primeira fase (87,4 por jogo), Desses pontos:
• 31,5% em bolas de três
• 52,5% em bolas de dois
• 16% em lances livres

3ª melhor equipe em rebotes (32,5 por partida), sendo:
•  21,9 defensivos (6ª melhor)
• 10,6 de ataque (2ª melhor)
• Jeff pega 8,21 rebotes por jogo (6º melhor)

E mais:
• 4º time que mais roubadas bolas (7,9 por jogo)
• 3º que mais deu tocos (3,1)
• 2º menos faltoso (17,6) – nesse ponto, poderia explorar mais faltas na hora certa
• é a equipe que menos perdeu bolas (9,6)

LARRY TAYLOR:
• 2º jogador mais eficiente do campeonato (atrás de Fúlvio, do São José)
• cestinha da competição (média de 19,6 pontos por partida); em números absolutos (252), é o segundo (atrás de Shamell, do Pinheiros, mas com um jogo a menos)
• 14º maior reboteiro (6,08) – e ele não é pivô…
• 2º em assistências (7,46)
• 2º em roubadas de bola (2,46)
• é quem mais fica em quadra pelo time (33min30s – Fisher fica em média 33min29s), mas tem descansado mais do que em outros tempos
• tem 58,4% de aproveitamento em lances de dois pontos – pode melhorar

Fotos da homepage: Gabriel Pelosi/Bauru Basket

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Ausência de Larry desperta potencial de Thyago Aleo

Ao contrário do que ocorreu no futebol, no sábado, Barueri não fez a festa em casa bauruense. Até tentou, esteve à frente no placar em alguns momentos, mas o Itabom/Bauru, mesmo sem Larry Taylor, confirmou seu favoritismo e ainda brindou a galera com o lanche do Bob’s por ultrapassar os 100 pontos (101 a 86). O pivô Jeff Agba foi o destaque, com 27 pontos e dez rebotes (duplo-duplo) – ele errou apenas um arremesso de dois pontos e um lance livre.

Classificado e de olho na última partida do turno, contra um rival direto, São José, o técnico Guerrinha poupou a estrela Larry Taylor, com desconforto muscular. Foi a oportunidade do armador Thyago Aleo assumir a responsa de conduzir no time e se soltar mais – fora criticado publicamente por Guerrinha, no primeiro turno, após jogo contra o Palmeiras (23/8), por não aproveitar as chances de entrar em quadra contra times mais fracos.

O camisa 5 parece ter se empenhado mais dessa vez – e nada melhor do que os números para provar isso. Confira, abaixo, as médias dele no Campeonato Paulista em comparação com a partida deste domingo (26/9):

Fonte: Federação Paulista de Basquete. Foto: Cristiani Simão/Jornada Esportiva

Na véspera da partida, Aleo havia comentado ao repórter Wagner Teodoro, do Jornal da Cidade, sua característica, que se concretizou na partida. “Tenho um lado mais organizador e o Larry tem mais o lado do um contra um, agressivo”. É verdade.

Para fazer uma comparação justa, do time com e sem Larry Taylor, peguemos a partida de ida contra o Barueri: foram nove assistências (quatro de Larry, que foi o cestinha com 22 pontos, a maioria deles em suas infiltrações); na volta, neste domingo, foram 23! O time fica mais solidário sem o camisa 4, porém, não pode prescindir desse monstro. Outra diferença: com Larry, no jogo de ida contra o Barueri, os acertos nos chutes de dois pontos foram de 55%; subiram para 73% na volta. Entretanto, as roubadas de bola (especialidade do norte-americano) diminuíram em 40%.

Tomara que a experiência solte Thyaguinho (como Guerrinha o chama) de vez e possa, além de permitir que o ‘Alienígena’ descanse durante os jogos, trocar bons passes com ele e deixar os companheiros na boa.

Mais dois pontos a destacar. Alex voltando com confiança (23 minutos em quadra, 14 pontos, três rebotes e cinco assistências), que bom. E uma pergunta: o que há com Júlio Toledo? O bom ala tem jogado pouco e sido pouco efetivo…

Resumindo, não dá para imaginar o time sem Larry Taylor e nem querer que mude seu estilo de jogo agressivo e individualista, mas é bom saber que o Bauru Basket tem alternativas.

Fotos da homepage: Cristiani Simão/Jornada Esportiva – exceto foto torcida (Reprodução)

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O primeiro título da nova era

Quatro jogos, quatro vitórias. E com uma média quase centenária: 99,25 pontos por partida. Com esse desempenho, o Itabom/Bauru ganhou o primeiro troféu da nova era do basquete bauruense, retomada em 2008.

Depois do anunciado fim do patrocínio da Tilibra, antes mesmo de o time ganhar o Brasileiro de 2002, e sobreviver a duras penas com o elogiável apoio da Plasútil e da Sukest, o Bauru Basquete encerrou suas atividades em 2006. A cidade, apaixonada por basquete, ficava sem as emoções da Panela de Pressão.

Dois anos depois, longe do estádio do Noroeste e com CNPJ novo, o Bauru Basketball Team recomeçou discreto, com um empolgado Guerrinha que só faltava passar o café. Fazia as vezes de marqueteiro, assessor de imprensa, batia de porta em porta em busca de patrocinadores. Partiu de um orçamento modesto, R$ 70 mil mensais, para encarar o Torneio Novo Milênio – começar lá embaixo, roendo o osso.

O primeiro elenco: os armadores Bernardo, Otávio e Pedro, os alas Alex, Guilherme, Daniel, Everton, Michel e Marcel e os pivôs Renato, Diego, Atílio e Filé. Jovens esforçados e afobados que logo ganhariam a companhia do ala Gaúcho e da grande descoberta de Guerrinha: o norte-americano Larry Taylor, herói da liga mexicana por suas jogadas de efeito.

Agora, o time conta com um grande staff: profissionais de marketing, assessor de imprensa, diretores em várias áreas. Orçamento ainda modesto, mas com custo-benefício dos melhores do país, segundo declarações de Lula Ferreira e Sérgio Domenici (gerente executivo da LNB), quando aqui estiveram na festa de lançamento da temporada 2010/2011.

A campanha do título:
94 x 89 Wofford Terriers (EUA)
87 x 69 Paulistano
118 x 94 XV de Piracicaba
98 x 92 São José

Larry Taylor, o Alienígena, foi eleito o melhor jogador do campeonato

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Guerrinha cobra atitude; time terá boa sequência de testes

Jeff Agba engatilha arremesso na vitória sobre o Palmeiras. Foto de Cristiani Simão/Jornada Esportiva

Jogo fácil, contra o lanterna, expectativa de show e placar centenário. Não rolou o lanche da galera, mas o Bauru Basket realmente bateu o Palmeiras ontem (23/8) sem fazer força (98 a 76). Entretanto, ficou devendo na avaliação do técnico Guerrinha, que deu nome aos bois. “Não gostei do time, principalmente de jogadores que poderiam aproveitar o jogo, caso do Renato, Thyaguinho [Aleo], Eddy. Achei muito sem expressão”, disse ao repórter Wagner Teodoro, do Jornal da Cidade.

Os jogadores reservas terão nova oportunidade de melhorar seu desempenho na Copa EPTV, torneio amistoso que será disputado a partir de hoje, com direito a intercâmbio: o time norte-americano Wofford Terries (universitário) é o adversário na estreia. “Estes jogos são para os jogadores mais novos ganharem. Em jogo que vamos estar disputando vaga, esse jogadores não jogam. Têm que entender que jogos como esse são para dar ritmo e aproveitar”, avisou Guerrinha, que foi além, lamentando que todo o trabalho da comissão técnica de pesquisa e orientação não é totalmente assimilado. “O cara não entende e vai perdendo espaço”.

Se talvez não tenha sido o melhor momento de lavar a roupa suja, expor os atletas – ainda em início de trabalho -, por outro lado eles deverão correr dobrado para não decepcionarem o treinador de novo. O fato lembra muito a época em que Gaúcho atuava no Bauru, em 2008. Com o perdão da palavra, Guerrinha dava sonoros esporros no ala durante os pedidos de tempo. “Aqui não é NBA!”, cansava de repetir ao disperso jogador.

Portanto, que os bois nomeados (Thyago Aleo, Renato e Eddy) aproveitem a Copa EPTV para mostrar serviço, pois o time realmente precisa de um banco forte para revezar e aguentar as pauleiras que se anunciam na temporada.

Atualizado em 26/8: deve ter repercutido mal a declaração de Guerrinha, que ao comentar a vitória na estreia da Copa EPTV, sobre o norte-americano Terries, elogiou Thyago e Renato com bastante ênfase.

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Embalado, Bauru Basket será testado amanhã

O começo é perfeito. Na noite de ontem, o Itabom/Bauru venceu, em casa, o Rio Claro por 88 a 77, com Larry Taylor novamente desequilibrando. Quase chegou ao triplo-duplo (três estatísticas com dois dígitos), com 19 pontos, nove rebotes e oito assistências. Para tirar a desconfianças de que os três primeiros adversários facilitaram a tarefa do time até agora, o time bauruense tem uma excelente prova de fogo amanhã (22/8), contra o Pinheiros (também com seis pontos), lá em São Paulo.

“Vai ser uma partida difícil. O Pinheiros é uma equipe que foi formada para ser campeã e vai jogar em casa. Será um confronto direto, pois, se vencermos, assumimos a liderança. Evoluímos em relação ao jogo passado, mas ainda cometemos muitas falhas e precisamos melhorar”, disse o técnico Guerrinha, via assessoria.

Para os que gostam de números, aí vão os do jogador mais eficiente do Paulista até agora, Larry Taylor – o ALIENÍGENA, como bem apelidou o Jornada Esportiva. O camisa 4 de Bauru é o:
• cestinha do campeonato: 23,7 pontos por jogo
• maior ladrão de bolas: 4,3 (quase metade das roubadas de bola do time)
• terceiro em assistências: 7,3
• 15º reboteiro: 6,3 (e ele não é pivô…)

O Itabom/Bauru tem média de 95 pontos por jogo, sendo:
• 25% em bolas de três
• 55% em arremessos de dois
• 20% em lances livres
A média baurense em rebotes é de 20 defensivos e sete de ataque por jogo