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Balanço do Bauru Basket no Campeonato Paulista

Terminada a participação dos guerreiros, confira levantamento do desempenho bauruense

Larry: contusão comprometeu seu desempenho. Foto (inclusive home) de Sergio Domingues/HDR Photo/Bauru Basket

Foi aquém do que a torcida sonhava, mas guerreiro como sempre. O Itabom/Bauru fechou sua participação eliminado nas quartas por Franca, depois de cinco jogos alucinantes, de igual para igual. Ficou a sensação de que poderia ter chegado mais longe e a certeza de que o elenco tem potencial – grande prova foi o bom jogo contra Brasília, ontem (12/12), perdendo por pouco um partida que se anunciava um massacre, pelo cansaço do time, jogando menos de 48 horas depois (muitas delas na estrada).

Agora, com foco apenas no NBB, com o reforço de Pilar – e talvez de Will – e a já comprovada competitividade, espera-se vaga nos playoffs, provavelmente entre 5º e 12º (fase pré-quartas). Individualmente, Larry deve recuperar a forma física após a parada da virada do ano; Fischer precisa esfriar a cabeça; Douglas Nunes aperfeiçoar-se nos rebotes defensivos; Jeff oscilar menos entre partidas fantásticas e atuações apagadas. A boa notícia, insisto, foi o desenvolvimento de Thyago Aleo, que atuou com personalidade em momentos decisivos, sobretudos nos três últimos jogos contra Franca.

A seguir, números que ajudam a entender a campanha do time do Campeonato Paulista (as colocações em relação aos outros times e jogadores são até o final das quartas).

ITABOM/BAURU:

2º time que mais pontou na primeira fase (82,8 por jogo – 87,4 na 1ª fase), sendo:
• 32,6% em bolas de três (31,5% na 1ª fase)
• 50% em bolas de dois (52,5% na 1ª fase)
• 17,4% em lances livres (16% na 1ª fase)

E mais:
• 2ª equipe que mais pegou rebotes, com 32,1 por jogo (3ª na 1ª fase, com 32,5)
• 4º pior time em roubadas de bola, 6,9 por partida (era o 4º melhor na 1ª fase, com 7,9)
• Manteve-se como 3º melhor em tocos (3,2 por jogo)
• Também continuou sendo quem menos perde bolas, 10 por duelo (9,6 na 1ª fase)
• Time menos faltoso do campeonato, com 17,6 infrações por jogo (2º na 1ª fase, com a mesma média)
• Jeff seguiu como sexto melhor reboteiro (média de 8,17)
• Fischer passou Larry como atleta com mais tempo em quadra: ficou em média 34min04; foi apenas o 11º em aproveitamento de três (40,6%) e foi o melhor do campeonato em lances livres (91,23%)

LARRY TAYLOR:
• 3º jogador mais eficiente (era o 2º ao término da 1ª fase)
• 9º cestinha, com média de 16,7 pontos (foi o melhor da 1ª fase, com 19,6)
• Manteve a média como reboteiro (6,04) e caiu uma posição
• Seguiu como 2º melhor assistente, mas média caiu de 7,46 para 6,29
• 3º maior ladrão de bolas (2,04 por jogo), perdendo uma posição em relação à primeira fase para Will, que hoje treina em Bauru

Importante destacar que as partidas da 2ª fase e dos playoffs tiveram nível elevado, o que ajuda a explicar a queda das médias. Some o cansaço e, particularmente, a contusão de Larry, e tire suas conclusões.

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Acredita, guerreiro!

Não há tempo para ficar frustrado com derrota para Franca no jogo 4; nesta sexta, tem partida decisiva

Larry não foi brilhante como na véspera. Como Guerrinha havia avisado em entrevista à 94FM, ele é humano. Foto minha mesmo.

Direto da Luso

Refleti muito antes de começar este texto. Tomado pela frustração, temia usar tom melancólico após a derrota para Franca (75 a 76) no quarto jogo dos playoffs das quartas de final do Campeonato Paulista. Tudo levava a crer que o Itabom/Bauru fecharia a série. Ginásio cheio, time jogando bem. Mas, um detalhe aqui, outro ali, e os visitantes forçaram o quinto jogo, em casa. Vai ser difícil, porém, chamar de tarefa impossível, com o que esse time vem jogando seria uma grande blasfêmia.

Na noite desta quarta (8/12), Jeff foi um monstro. Foi soberano no garrafão, com seus 23 pontos e dez rebotes. Mas a grande notícia é a atuação de Thyago Aleo, em franca evolução, sobretudo por ser em partidas decisivas. Quando errou um passe, atravessou a quadra para recuperar a bola; deu quatro assistências; guardou uma bela bola de três. Pelo twitter, respondeu a meu elogio. “Vou melhorar cada dia mais”, avisou, antes de emendar: “Amanhã é ir com tudo!”.

Guerrinha reclamou dos critérios da arbitragem, passiva aos agarrões dos francanos. Faz parte, ainda mais para lançar certa pressão para a arbitragem na partida decisiva. Afinal, o experiente treinador sabe que leite derramado não volta – e muitos outros fatores explicam a derrota bauruense.

O que mais chamou minha atenção foi o tempo de posse de bola. Bauru, com bastante frequência, explora quase todos os 24 segundos. No aperto do cronômetro, nem sempre chuta nas melhores condições. Faltou mais rotação, segundo meu amigo/consultor Oswaldo Thompson.

E, novamente, o time cansou no último quarto. Ok, Franca também vem no mesmo ritmo alucinante de partidas – disputou a Sul-Americana. Mas tem mais banco para revezar.

Enfim, bola pra frente, foi daqueles jogos sem vilão. O time correu muito. E pode ganhar, como já provou. Acredita, Bauru!

Atualizado: não poderia deixar de citar o soberbo segundo quarto do time bauruense: tirou oito pontos de diferença e abriu seis (fechou período em 26 a 12). Um show de basquete, finalizado com uma linda cesta de três de Douglas ao zerar do cronômetro.

Foto na homepage: Renato de Faria/Franca Basquete

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Falta um!

Vitória apertada – e espetacular! – sobre Franca abre vantagem no playoff; Itabom Bauru pode fechar série hoje

Douglas cercado por Spillers e Helinho: decisivo no ataque. Foto de Juliana Lobato/Agência Bom Dia

Direto da Luso
(colaborou Oswaldo Thompson***)

Aqui valem todos os clichês: teste pra cardíaco, de tirar o fôlego, jogo de nervos e por aí vai. O que importa é que o Itabom/Bauru se impôs em casa (85 a 82), seu quinteto titular estava afinado e o time abriu vantagem (2 a 1) sobre Franca nos playoffs das quartas de final do Paulista de basquete.

Foram dois cochilos no placar, no final do segundo quarto e na abertura do último período. Na maior parte do tempo, porém, os guerreiros estavam ligados. Jeff foi soberado no garrafão, com nove rebotes (sete deles defensivos) e cinco tocos, além de anotar 18 pontos. Os pivôs estavam mesmo com a mão calibrada: Jeff acertou 70% de seus arremessos e foi perfeito nos lances livres; Douglas guardou três bolas de três (60% de suas tentativas), errou apenas um lance livre em sete, e fechou o jogo com 19 pontos.

Larry Taylor, claro, foi um caso à parte… Duplo-duplo (20 pontos, dez assistências), além de cinco rebotes. Mais que isso, comandou o time, dando significado pleno ao termo liderança técnica.

Fischer e Alex, 13 pontos cada, foram os guerreiros de sempre. Muito tempo em quadra, marcação incansável, bolas decisivas.

Com o quinteto jogando de forma tão intensa, claro que cansaram no fim. Valeu a superação. Entre os suplentes, importante destacar os oito minutos em quadra de Thyago Aleo – a maior parte dividindo a armação com Larry. Thyaguinho só repetiu uma vez sua já característica infiltração afoita. Mas deixou sua marca com dois pontinhos, dois rebotes, uma roubada de bola e boa articulação. Já Ricardo, muito discreto, e falhando na marcação sobre Márcio (cestinha do jogo, com 26 pontos), está cada vez mais distante do nível dos colegas.

Outro grande fator para a vitória bauruense, diga-se, foi a torcida. Só parou de cantar nos dois últimos lances livres de Bauru, tamanha a apreensão – e a necessidade daqueles dois pontos, convertidos. Àquela altura, o placar marcava 85 a 81. Falta em Helinho, a 2s do fim. Ele acertou um e forçou erro em outro para Franca ganhar o rebote e tentar milagroso chute de três. Mas o gigante Jeff Agba abraçou a bola e o alívio se misturou à adrenalina. Ufa!

Ao final de partida, cumprimentei um entusiasmado Luciano Dias, treinador do Noroeste, que disse ter curtido o clima do ginásio, a raça do time e garantiu presença na partida de hoje (8/12). Ainda dei pitaco no Jornada Esportiva – nada refeito da emoção do jogo, falei como torcedor, não como jornalista. Aliás, como é difícil ver um jogo de basquete sem se envolver, se emocionar… Por isso o bloco, a caneta – e mesmo o notebook – ficaram em casa. Ontem, eu fui só mais um furioso guerreiro.

E hoje tem mais! Já que falei de clichês no início do texto, que você me permita lembrar Galvão Bueno: haaaja coração, amigo!

*** Poucos têm o privilégio de assistir a uma partida de basquete ao lado de alguém que entende de basquete. Meu amigo Oswaldo Thompson, pivô nas horas vagas, traduz o jogo, prevê situações. Eu, claro, pergunto o tempo todo e melhoro meu repertório.

Foto na homepage: Renato de Faria/Franca Basquete

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Fantástico, guerreiros!

Vitória histórica em Franca recupera confiança do Bauru Basket, que tem maratona de desafios em dezembro

Douglas Nunes, no jogo da quarta-feira: Pedrocão calado no dia seguinte. Foto de Cristiani Simão/Jornada Esportiva

Ok, estou atrasado. A vitória foi na noite de ontem (1/12) e já estamos na hora do almoço. Mas somente neste intervalo para eu dar conta da correria. O leitor não tem nada com isso, já leu aqui e ali sobre a vitória, mas não poderia deixar de registrar.

Fantástico, emocionante, heroico. Use os adjetivos que quiser. São vitórias assim (82 a 78 sobre Franca, empatando o playoff das quartas de final em 1 a 1) que levantam um grupo. Guerrinha, entretanto, alertou após a partida que os jogadores já mostraram que sabem se superar nas dificuldades, mas que precisam aprender a não relaxar quando estão vencendo.

Como é de costume neste espaço, registro algumas falas de Guerrinha ao microfone do Jornada Esportiva, após o jogo. A melhor revelação de ontem é que o presidente do Itabom/Bauru, Pedro Poli, realizou churrasco após a derrota para o Minas, para motivar o grupo. Foi como um pai, segundo Guerrinha. Lançou mão de todo o seu know-how de líder para resgatar um grupo que vinha de quatro derrotas seguidas – e teria pela frente um playoff cascudo, contra Franca.

Com Larry Taylor bem fisicamente, a história é diferente. O Alienígena fez 23 pontos e pegou sete rebotes. Ele ainda não está 100%, mas o diferencial é que as dores acabaram. Assim, teve mais confiança em quadra. E fez a diferença, sobretudo, nos lances de três pontos (acertou quatro). Fischer, o especialista, anotou apenas um desse arremesso, mas na hora certa – além disso, ficou praticamente o jogo todo em quadra e deu cinco assistências. Jeff, com 18 pontos e sete rebotes, foi bem. Gui tem ganhado espaço, colaborado na formação defensiva. E Douglas Nunes fez duplo-duplo (15 pontos, 11 rebotes).

Antes de lutar para fechar o playoff em casa (jogos dias 7 e 8 de dezembro, às 20h, na Luso), o Itabom/Bauru brinda a torcida com um grande duelo: contra o Flamengo, pelo NBB. Se vencer esse jogo, ninguém segura os guerreiros no meio da semana. Mas, repito, Guerrinha alertou sobre a displicência do time exatamente nos momentos de confiança, por começarem a se achar autosuficientes, experientes, donos da situação. Alerta dado, é hora de curtir o bom momento e valorizar a garra desse time, ainda mais após outra revelação importante do treinador – sempre ao microfone do Jornada: o presidente Pedro Poli assumiu questões trabalhistas envolvendo o pivô Brasília e o armador Leandrinho. O treinador, ao contar esse episódio, falou em tom magoado.

Foto na homepage: Levi Fanan/Franca Basquete

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Júlio Toledo fora dos planos do Bauru Basket

Guerrinha havia dado pistas, em entrevista ao Jornada Esportiva, no início de outubro, sobre a saída de Júlio Toledo. O jogador não rendeu por aqui e, com contrato vencendo em dezembro, não poderia atuar por outro time no NBB se entrasse em quadra. Pois agora é oficial, está na nota nº 198/2010 da Confederação Brasileira de Basquete, publicada ontem e reproduzida abaixo.

Que o campeão do torneio de enterradas 2009 tenha mais sorte em outro time. E que a economia com seu salário gere um novo reforço – se bem que a Itabom estava bancando grana extra por Pilar…

O Canhota 10 entrou em contato com a assessoria de imprensa do Bauru Basket, que afirmou que o jogador treinou normalmente ontem (17/11) e está relacionado para a partida de hoje, contra Limeira, pelo Campeonato Paulista. O jogo vale a quinta colocação no chaveamento dos playoffs – a verdade é que não faz muita diferença e, acertadamente, foi decidido que Larry Taylor será poupado. Atualizado: Bauru  perdeu por 80 a 85, terminou em sexto e vai encarar Franca nas quartas. Júlio Toledo esteve 5min39s em quadra e não moveu as estatísticas (zero ponto, zero arremesso, zero falta, zero assistência…).

Deduz-se, então, que Júlio Toledo seguirá atuando apenas no Paulista até que acerte com outro time – o que foi confirmado pela assessoria, em nota.

Atualizado em 19/11: a assessoria de imprensa do Bauru Basket publicou nota de esclarecimento afirmando que o jogador não será desligado do time até o fim de seu contrato, em dezembro – mas nada impede que surja uma equipe interessada antes disso. Aproveitado apenas no Paulista, uma eventual desclassificação da equipe antes das finais poderia precipitar a saída de Júlio Toledo.