Não é só o Noroeste que é teimoso, como diz Paulo Sérgio Simonetti no título de seu livro. Sua torcida também é. Não é fácil correr atrás desse time, cada vez mais nas currutelas, sofrendo com a decadência dessa camisa centenária. Mas a Sangue Rubro, fundada em 1986, segue firme e forte. E animada para festejar seus 30 anos em 2016.
Na tarde do último domingo, a Sangue realizou sua confraternização anual. Como sempre, falamos muito de Norusca, relembrando o passado glorioso e preocupados com o futuro a curto prazo. Mas era dia de festa e foram mais risadas do que rugas na testa. Agradeço o convite e a receptividade da turma: Pavanello, o eterno diplomata da agremiação, o diretor financeiro João, o presidente Gustavão e toda a galera.
Foi uma resenha muita boa e reafirmei uma certeza, a de que o Noroeste existirá enquanto esses torcedores existirem. Há muita gente de arquibancada que gosta mais da própria torcida do que do time — uma autoexaltação bem chata, diga-se. Na Sangue, não, o Alvirrubro vem primeiro. Dá pra ver nos olhos deles o escudo noroestino.
A Sangue Rubro gosta tanto do Noroeste que paga esse preço, ao ser questionada por sempre dar um voto de confiança às gestões do clube. Mas ninguém pode esquecer que um dos mais fervorosos episódios políticos do clube, recentemente, ocorreu lá na sede da organizada, quando houve um verdadeiro debate entre Buzalaf e Rino.
Que a Sangue siga forte, para seguir amando e empurrando o Norusca!